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AINEs - Anti inflamatórios Não Esteróides

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Antiinflamatóri�� nã�
esteróide� (AINEs)
INFLAMAÇÃO
A inflamação é uma complexa reação
tecidual, provocada por estímulos
endógenos ou exógenos que gerem
injúria celular, e que ocorre como
resposta protetora, cujo objetivo é livrar o
organismo da causa da injúria celular, e
também das consequências da injúria
(céls. necróticas, tecidos desvitalizados).
OBJETIVOS
- destruir/remover agente injurioso
- limitar expansão da injúria
- neutralizar toxinas
- remover debris/resíduos de tecidos
- preparar o tecido para reparo final
(regeneração ou cicatrização)
CAUSAS
- trauma
- infecção
- deposição de cristais
- auto-imune
- reação antígeno-anticorpo
INFLAMAÇÃO COMO PROTEÇÃO
Fisiologicamente, a inflamação é um
fenômeno protetor. Quando ocorre um
insulto/dano tecidual, a resposta
inflamatória limita esse dano.
Esse é o perfil da inflamação
principalmente em situações agudas, em
resposta a uma infecção/trauma local,
eliminando ou freando o agressor e
prepara o tecido para cicatrização.
INFLAMAÇÃO COMO INJÚRIA
ADICIONAL
Quando a resposta inflamatória causada
pelo insulto gera mais dano do que o
próprio insulto inicial, a inflamação tende
a ser danosa. Isso geralmente ocorre na
inflamação crônica, em que a inflamação
é exagerada e sem benefício. Ocorre
aumento do dano tecidual, como em
casos de fibrose e neo coágulos. Nesse
caso deve-se utilizar antiinflamatórios
para conter essa inflamação
descontrolada.
SEQUÊNCIA DE EVENTOS NA
INFLAMAÇÃO
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS
Efeitos só duram enquanto o mediador
está presente
● Mediadores de permeabilidade
vascular
- Aminas vasoativas (H,D,5-HT)
- Cininas (BK)
- PGs, LT, PC
● Mediadores de quimiotaxia
- Complemento
- Cininas/tPA
- IL-1 e IL-6
- Leucotrienos
- Fatores bacterianos
- Linfocinas
PROSTAGLANDINAS
As principais envolvidas no processo
inflamatório são:
- PGD2, envolvida principalmente
com broncoconstrição
- PGE2, envolvida na
broncodilatação, gastroproteção,
aumento da atividade do músculo
liso no tecido gastrointestinal,
aumento da sensibilidade à dor,
aumento da temperatura corporal
(especialmente causando febre no
hipotálamo) e vasodilatação.
- PGF2, broncoconstrição, aumento
da contração uterina
- PGI2, é a prostaciclina, diminui a
agregação plaquetária,
gastroproteção e vasodilatação
- PGA2, aumenta agregação
plaquetária e causa
vasoconstrição.
CICLOOXIGENASES
Quando o ác araquidônico sofre ação da
COX-2 (induzivel durante o processo
inflamatório através de citocinas e estresse de
cisalhamento vascular), ela vai agir sobre o
ácido e produzir prostaglandinas
pró-inflamatórias, patológicas que irão
causar vasodilatação, aumento da
permeabilidade capilar, edema, dor e
ativação de leucócitos. Usamos os
antiinflamatórios para inibir a COX-2.
A COX-1 é constitutiva. Quando ela age
sobre o ácido araquidônico, ela determina
a formação de prostaglandinas com ações
fisiológica, proteção gástrica e renal,
relaxamento do tônus do músculo liso,
causando broncodilatação e
vasodilatação, além de regular a
agregação plaquetária. Em um processo
inflamatório, não queremos agir sobre a
COX-1 pois ela possui caráter protetor.
FEBRE
Citocinas pirogênicas agem aumentando
a temperatura corporal (IL-1, IL-6, TNF
alfa e interferon), elas agem no
hipotálamo induzindo a produção de
prostaglandinas E2, que tem como
segundo mensageiro o AMP-cíclico e
provoca modificação do termostato
hipotalâmico (que controla a temperatura
de todo o corpo) e o deixa desregulado
para cima e em conjunto com tremores e
vasoconstrição, causa a febre.
DOR
Ocorre um dano tecidual que libera
mediadores inflamatórios que determinam
sensibilização periférica (nociceptores) e
isso aumenta a dor.
A sensibilidade a dor migra através dos
nervos sensitivos que fazem sinapse nos
cornos distais da medula (onde existe
PGE2) para fazer a sensibilização central
a dor, aumentando a migração desse
estímulo para as áreas sensoriais do
córtex cerebral, aumentando a sensação
de dor principalmente através da PGE2 e
PGI2 na periferia e da PGE2 na
sensibilização central.
AINE - CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA
COX (antiinflamatórios gerais)
● Salicilatos: AAS, diflunisal, salicilato
de sódio.
● Derivados da Pirazolona:
fenilbutazona, Oxifenbutazona
● Ácidos Indolacéticos: Indometacina,
cetorolaco, sulindac.
● Ácidos Heteroarilacéticos:
Diclofenaco. Tolmetina.
● Ácidos Propiônicos: Naproxeno,
cetoprofeno e ibuprofeno.
● Ácidos Antranílicos: Ácido
mefenâmico, meclofenâmico.
● Ácidos Enólicos: Piroxicam,
meloxicam, tenoxicam
● Sulfonanilida: Nimesulida
● Alcanonas: Nabumetona.
● Derivado do P-aminofenol:
Paracetamol (analgesico não opióide
sem ação antiinflamatória)
OBS: principais grifados
INIBIDORES SELETIVOS DA COX
2
● Celecoxib
● Etoricoxib
FARMACODINÂMICA DOS AINEs
● Inibem síntese de prostaglandinas e
tromboxanos (TXA2) por inativação
COX-1 e COX-2 através da inibição
competitiva e reversível (exceção:
AAS)
● AAS acetilação irreversível da COX-1 e
COX-2
● AAS e AINEs não inibem
lipoxigenases, somente as
cicloxigenases, então eles não
diminuem a produção de leucotrienos,
então eles tem uma ação praticamente
inexistente na broncoconstrição.
Efeitos farmacológicos
Antiinflamatório Diminuição das
prostaglandinas
nos sítios
inflamatórios
Analgésico Diminuição das
PGs nos sítios de
dor e medula
Antitérmico Diminuição da
PGE2 no
hipotálamo
Antitrombótico Diminuição de
TXA2 nas
plaquetas (ligação
pré-sistêmica)
MECANISMO DE AÇÃO - AINEs
Seletivos COX 2
São antiinflamatórios mais modernos,
mais específicos para a inibição da
COX-2. O efeito anti inflamatório é mais
puro, com menos efeitos adversos da
COX-1, porém o uso dessas drogas levou
à descoberta de efeitos adversos bem
preocupantes, não atingindo a posição
central no tratamento da inflamação que
se esperava inicialmente.
A maior seletividade a COX-2 tem relação
com a meia vida da droga. Anti
inflamatórios mais seletivos a COX2 do
que a COX 1 tendem a ter meia vida mais
longa.
FARMACOCINÉTICA DOS AINEs
São ácidos orgânicos com pKa baixo
ABSORÇÃO
Boa absorção via oral, biodisponibilidade
ampla, pico 2-3 horas. Antiácidos
retardam a absorção, alimentos não.
DISTRIBUIÇÃO
Alta lipoproteínas plasmáticas.
Distribuição alta, tempo de meia vida
varia. Concentram no líquido sinovial (o
que é bom para inflamação) e no SNC.
Todos se acumulam em sítios
inflamatórios devido ao pH baixo. A
duração de ação anti inflamatória costuma
ser maior do que o previsto pela meia vida
devido a essa grande concentração nos
tecidos inflamados.
METABOLISMO
Biotransformação hepática
Processo de metabolização envolve a
Fase I e Fase II (glucoronidação direta)
Pode aumentar absorção de outros
fármacos
EXCREÇÃO
Renal através da filtração e secreção
tubular
Não são dialisáveis (com exceção da
aspirina/ácido salicílico) e alguns podem
sofrer excreção biliar/reabsorção através
do ciclo entero hepático.
USOS CLÍNICOS
Combater dor leve a moderada. Dor
intensa exige analgesicos opióides
Tratar doenças inflamatórias agudas ou
crônicas e para evitar antiagregação
plaquetária (AAS)
Exemplos de usos dos anti inflamatórios:
- Dismenorréia (dor menstrual)
- Pós-operatória
- Artrite reumatóide (não diminui a
evolução da doença)
- Lombalgia
- Cefaléia tensional/enxaqueca
- Reduz câncer de colon (RRR 50%
uso crônico)
- Osteoartrite
- Artrite gotosa
Ineficaz para dor neuropática
Cardioproteção: só AAS
Pode fechar o ducto patente (ibuprofeno)
As plaquetas só possuem COX-1
TERAPÊUTICA
OBJETIVOS
- Reduzir dor/sintomas
- Manutenção da função
- Retardar dano tecidual
● Todos os AINEs têm eficácia
semelhante ao AAS, com
particularidades para certas doenças.
● Pode haver diferenças individuais na
resposta terapêutica com os AINEs.
Por exemplo, algumas pessoas terão
maior beneficio com alguns
antiinflamatórios e menor com outros.
● Prescrição deve se basear em 4
critérios, além da eficácia (que é igual)
1. Custo
2. Experiência com aquele
antiinflamatório
3. Toxicidade relativa
4. Conveniência (menor numero de
tomadas diárias)
● AINEs melhorama qualidade de vida
mas não curam nada, não mudam a
história natural da doença.
● A causa da inflamação deve ser
tratada
SITUAÇÕES ESPECIAIS
GESTAÇÃO
- AINEs não são recomendados
- AAS (aspirina) - administrar doses
menores por um tempo curto e
evitar no último trimestre pois pode
retardar trabalho de parto, causar
sangramentos e fechar o ducto
arterioso.
- AAS é útil na pré-eclâmpsia
- Paracetamol é indicado na
amamentação
CRIANÇAS
- AAS não é recomendado
- AINES: Acetaminofeno,
naproxeno, ibuprofeno.
IDOSOS
- AINEs de meia vida longa e
metabolização oxidativa (oxicans e
celecoxib)
- Aumento da concentração sérica
- AINEs têm maior fração livre
EFEITOS ADVERSOS
TRATO GASTRO INTESTINAL
- dor abdominal
- náuseas/anorexia
- úlcera gástrica
- hemorragia/perfuração
- Aumenta o risco de efeitos
adversos: álcool, corticóides,
presença de helicobacter pylori no
estômago
- Os COX-2 tem menor risco de
efeito adverso no TGI
HEPATOPATIAS
- Aumento das enzimas hepáticas
- Podendo dar mais raramente
hepatite medicamentosa e crônica
PULMONAR
- Asma (AAS costuma causar em
pacientes com hipersensibilidade)
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
- Cefaléia
- Vertigem/confusão
HEMATOLÓGICOS
- Ativação inibição plaquetária
- Aumento na propensão de
hematomas
- Aumento no risco de hemorragias
- Agranulocitose
- Anemia aplástica
- Associado com anticoagulante
aumenta a chance de
sangramento
PELE
- Rashes
- Prurido
RIM
- Perda de função renal
- Proteinúria
- Aumento de potássio
HIPERSENSIBILIDADE
- Rinite vasomotora
- Asma
- Urticária
- Flushing
- Edema glote
- Broncoespasmo
- Hipotensão
- Pode causar reação cruzada para
quem tem alergia a AAS
CORAÇÃO
- COX não inibem a agregação
plaquetária no coração, pois a
plaqueta não tem COX 1 mas o
vaso sanguíneo tem COX-2 e
devido a isso causa
vasoconstrição e com isso
aumentam o risco cardiovascular.
- Aumento de edema
- Aumento de eventos trombóticos
- Aumento do risco de IAM, AVC,
trombose.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- AINEs + opióides: racional e
efetiva
- AINE + outro AINE é incoerente
- AINE + Corticoide (ou AAS): piora
o risco gastrointestinal
- Bloqueador H2 e antiácidos:
diminui a ação do AINE
- AINE + IECA: aumenta potássio,
diminui a eficácia do IECA
- Anticoagulantes/antiplaquetários:
aumentam risco de sangramento
- Anti Hipertensivos: diminuem o
controle pressórico
- Sulfoniluréias: aumenta a fração
livre, podendo causar hipoglicemia
- Metotrexato: aumenta fração livre
podendo causar toxicidade
- AAS pode aumentar a
concentração plasmática de
fenitoína, tiroxina etc, podendo
aumentar a toxicidade.
CONTRAINDICAÇÕES
- Insuficiência renal crônica severa
- Hepatopatia severa
- Hipersensibilidade AAS/AINEs
- Asma
- Diáteses hemorrágicas
Salicilat��
Seu mecanismo de ação é a inibição da
COX
AÇÕES FARMACOLÓGICAS DO AAS
- Antiinflamatória
- Analgésica
- Antitérmica (exceto diflunisal)
- Antiagregante plaquetária
FARMACOCINÉTICA - SALICILATOS
ABSORÇÃO
- A via oral é boa, a maior parte
ocorre no intestino delgado.
- O alimento retarda a absorção.
- Absorção retal é lenta e
inconsistente
DISTRIBUIÇÃO
- Distribuição ocorre na maioria dos
tecidos/fluidos, cruza a placenta.
- Pode acetilar hormônios, DNA etc
- Possui ligação a proteínas
plasmáticas pequenas
- O pico de ação ocorre em 1 hora.
METABOLISMO
Hepático por desacetilação na fase 1 e
fase 2 por conjugação, glucuronidação e
esterificação.
EXCREÇÃO
- Se dá por meio renal. Quanto
maior o pH da urina, mais ionizado
vai estar a AAS, aumentando a
excreção já que a urina é um meio
hidrossolúvel.
- Cinética de ordem zero:
capacidade do metabolismo
hepático é limitado. A meia vida
depende da dose.
Dose 100mg: meia vida é 30 min
Dose 2g: meia vida chega até 9 horas
Meia vida do Diflunisal é de 8 a 12 horas
PRESCRIÇÃO
Doses de AAS são proporcionais ao
objetivo.
- Antiagregante plaquetário: 75 a
100mg/dia
- Dor/febre: 500mg a cada 4/6
horas
- Anti-inflamatória: 1g a cada 4/6
horas
- Diflunisal: 250-500mg a cada 4/6
horas
Via de administração: preferencialmente
oral
INDICAÇÕES/EFEITOS
- Febre/inflamação/dor
- Diflunisal: SEM efeito antitérmico,
potente AINE, menos efeitos
adversos ototóxicos,
gastrointestinal e plaquetários
- AAS previne cardiopatia isquêmica
e câncer de cólon (<100mg/dia)
- Tratamento antitrombótico
- Salicilato de sódio possui ação
queratolítica
- Mesalazina utilizado para doenças
de Crohn
- Contra indicado para crianças e
adolescentes. AAS+infecção viral,
varicela zoster e influenza podem
gerar síndrome de reye.
- Síndrome de Reye: A síndrome
de Reye é uma doença muito rara,
mas potencialmente fatal, que
causa inflamação e inchaço do
cérebro e degeneração e perda da
função hepática.
- AAS por via oral pode ser
apresentada em apresentações
usuais ou na forma tamponada
(proteção do comprimido para
evitar absorção gástrica, para
proteger a mucosa gástrica da
ação do ácido acetilsalicílico) .
- Ação irreversível do AAS: inibição
irreversível das COXs. Em outros
tecidos a enzima aspirina volta a
ser sintetizada. Nas plaquetas é
irreversível devido a não presença
das COX.
- AAS e CIRUGIA: Efeito mais
duradouro, plaquetas não
sintetizam as enzimas novas, uso
de AAS crônico causa mais
chance de haver sangramento em
cirurgias, por isso, no caso de
cirurgias eletivas deve-se evitar o
uso da AAS por pelo menos 7
dias, para recuperar a quantidade
de tromboxano. A ligação
irreversível da AAS com as
plaquetas faz necessário com que
haja substituição de novas
plaquetas que não estejam ligadas
a AAS. O tempo de vida das
plaquetas é de 7 dias.
AAS CONTRAINDICAÇÕES
- Úlcera péptica ativa
- Crianças febris
- Hepatopatia severa
- Deficit de vitamina K
- Hemofilia
- Plaquetopenia
- Hipersensibilidade a AAS
- Asma
DIFLUNISAL
- Inibidor competitivo da COX
- Não é convertido a ácido salicílico
- Efeito antiinflamatório mais potente
que a aspirina
- Menos efeito antiplaquetário que
aspirina
- Penetração pobre no SNC, não
possui efeito antitérmico
- Menos efeito adverso no TGI e
auditivo que aspirina
- Usado para endorses, osteoartrite
e artrite reumatóide
EFEITOS ADVERSOS DOS
SALICILATOS
Os salicilatos possuem efeitos adversos
em comum e alguns específicos
- AAS em excesso pode desacoplar
a cadeia respiratória, aumentar o
consumo de oxigênio e a produção
de CO2 (podendo causar
hiperventilação, queda da pressão
de CO2 e alcalose respiratória), o
rim consegue excretar mais
bicarbonato e consegue normalizar
o pH, causando uma acidose renal
compensatória.
- No rim os salicilatos podem causar
os mesmos problemas que o
antiinflamatórios em geral
- No coração, em doses anti
inflamatórias podem causar
retenção de sódio, aumento da
volemia, aumento do débito
cardíaco etc. Mas em doses
baixas antiplaquetárias há uma
proteção anti trombótica
- No TGI os mesmos efeitos
adversos dos antiinflamatórios
- No fígado pode haver uma injúria
crônica, mas geralmente é
reversível.
- Hemato: o efeito antiplaquetário é
irreversível (problema das cirurgias
eletivas).
- Pode causar uricosúria, em doses
baixas podem diminuir a excreção
e aumentar a concentração de
urato (importante para pacientes
com gota)
- Altas doses de AAS pode causas
alterações no ouvido/audição
- Na gestação: no 3 trimestre
aumenta a mortalidade fetal
principalmente devido ao
fechamento do ducto. NO RN pode
causar baixo peso ao nascer
- A hipersensibilidade é incomum,
mas pode ser fatal. Pode causar
rinorréia, urticária,
broncoespasmo, choque
vasomotor.
EFEITOS DOSE-DEPENDENTE
- Uma dose baixa, gerando até 10
mg/decilitro de concentração
plasmática, temos inicialmente
uma dose antiplaquetária, subindo
uma dose antitérmica e analgésica
e já tendo como efeito adverso o
risco de sangramento gástrico e
diminuição da coagulação, além de
reações alérgicas.
- Dose entre 10 e 50 mg/decilitro
temos efeito anti inflamatório,
podendo ocorrer tinidos no ouvidos
e iniciam-se os sintomas de
intoxicação. Em algum momento
dessas doses mais elevadas
começa a ocorrer desidratação,
coma, colapso vasomotor
- Casos +150mg/decilitroa dose é
potencialmente letal.
AAS - INTERAÇÕES
- AAS reduz concentração de
indometacina, naproxeno,
cetoprofeno
- Warfarin + AAS - aumento do
sangramento
- Sulfoniluréias (antidiabéticos) com
MTX: reduz metabolismo -
intoxicação
- AAS reduz ação natriurética da
espironolactona
- Antiácidos: alcalinizam a urina,
excretando mais AAS.
INTOXICAÇÃO POR SALICILATOS
- AGUDA: dose >10g: desconforto
GI.
Tratamento: êmese, lavagem,
carvão ativado, alcalinizar urina
- CRÔNICA: intoxicação crônica
leve, chamada de salicilismo. Mais
frequente em crianças.
- Morte em adultos: >30g.
Reversível.
- Efeitos no SNC: alteração de
audição/visão, confusão mental,
sonolência, coma.
Tratamento: emergência médica.
Dosar AAS. Não possui antídoto.
Pode-se tentar alcalinizar a urina e
provocar vômito.
A�N�s não se����vo� da CO�
(t�a��c�o����)
- Derivados da Pirazolona:
fenilbutazona, Oxifenbutazona
- Ácidos Indolacéticos:
Indometacina, cetorolaco,
sulindac.
- Ácidos Heteroarilacéticos:
Diclofenaco. Tolmetina.
- Ácidos Propriônicos: Naproxeno,
cetoprofeno e ibuprofeno.
- Ácidos Antranílicos: Ácido
mefenâmico, meclofenâmico.
- Ácidos Enólicos: Piroxicam,
meloxicam, tenoxicam
- Sulfonanilida: Nimesulida
- Alcanonas: Nabumetona.
AINEs tradicionais são inibidores
reversíveis da ciclooxigenase (COX), não
indicados como antiagregantes
plaquetários.
Similaridades com aspirina:
- AINE
- Analgésico
- Antipirético
- Frequente alergia cruzada
- Efeitos adversos renais são iguais
- Podem aumentar a pressão
arterial
- Idosos são mais suscetíveis a
efeitos adversos.
DIFERENÇAS COM ASPIRINA
- Efeitos adversos (mais ou menos)
- Maior distribuição tecidual
- Podem ser mais potentes
- Duração é maior
INDICAÇÕES
- Espondilite
- Dores em geral
- Gota aguda
- Bursites
- Tendinites
- Cefaléia
- Dor dentária
- Dismenorréia
DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO
DICLOFENACO (VOLTAREN)
- Ações antiinflamatórias,
analgésicas, antipirética.
- Está entre os mais potentes dos
AINEs
- Inibidor preferencial da COX2
- Absorção rápida, tempo de meia
vida entre 1-2 horas
- Age por mais tempo do que a meia
vida pois acumula na sinóvia
- Efeito adverso ocorre em 20% dos
pacientes, incluindo danos
hepaticos
- Contraindicado para crianças,
lactantes e gestantes
CETOROLACO (TORAGESIC)
- Ação antiinflamatória moderada
- Mais potente ação analgésica
- Utilizado para dor aguda, como em
pós-operatórios.
- Uso limitado a <5 dias para evitar
efeitos adversos
- Não utilizado em inflamações
crônicas
- Efeitos adversos: os mais sérios
são GI, renais, sangramento e
hipersensibilidade
IBUPROFENO (MOTRIN)
- Ação analgesica, antipirética
- Menos ação antiinflamatória do
que o diclofenaco
- Metabolizado no fígado, sua
excreção é renal
- Atinge a placenta
- Acumula na sinóvia
- Efeitos adversos: GI bem tolerado,
5-15% TGI
- Pode causar rash, diminuição
plaquetária, edema.
- Pode ser utilizado por
lactantes/gestantes durante o 1-2
trimestre de gestação.
NAPROXENO (NAPROSYN)
- Ações antiinflamatórias,
analgesica, antipirética e na
migração de leucócitos (gota)
- Tempo de meia vida: 14 horas
- Em idosos o tempo de meia vida é
maior, por isso deve-se administrar
doses menores.
- Cruza a placenta, 1% do leite
materno
- Efeitos adversos: risco trombótico
baixo. GI 1 a 10%, pode causar
cefaléia, tonturas. Earamente
causa icteria e angioedema.
- Reduz ação antiplaquetária do
AAS.
CETOPROFENO (PROFENID)
- Inibe COX não seletiva, establiza
lisossomas.
- Tempo de meia vida de 1 a 2 horas
- Eficácia semelhante a outros
AINEs.
- Efeitos adversos: geralmente bem
tolerado. 30% GI leve. Pode
causar alterações hepáticas.
- Idosos: aumenta a exposição,
SNC (>que ibuprofeno)
ÁCIDOS ENÓLICOS (OXICANS)
PIROXICAM (FELDENE)
- Boa ação antiinflamatória, boa
tolerabilidade, longa ação. É
inibidor não seletivo, reversível da
COX.
- Pode ser utilizado a longo prazo
em doenças inflamatórias.
Bloqueia ativação e a quimiotaxia
de neutrófilos, independente da
COX.
- Antiinflamatório com maior meia
vida, 57 horas.
- Inicia a sua ação lentamente,
então é inadequado para ação
aguda.
- Pode causar efeitos
gastrointestinais mais
frequentemente que os outros
AINEs, também pode causar
rashes.
MELOXICAM (MOVATEC)
- Bem tolerado
- Inibe a TXA2 mas não chega a
inibir a agregação plaquetária
- Pode ser utilizada 1 vez ao dia
- Não deve ser utilizada para
quadros agudos
- Menos efeitos GI do que a maioria
dos AINEs, até por ser inibidor
preferencial da COX 2.
Ini����re� p�e��r���i��s da
CO� 2
NIMESULIDA
- Boa ação antiinflamatória,
analgésica, antitérmica, boa
tolerabilidade
- Inibidor preferencial da COX 2
- Ação anti inflamatória por outros
mecanismos também: diminui a
produção de espécies ativas de
oxigênio pelos neutrófilos, inibe a
síntese da produção de cofatores
inflamatórios, inibe as
metaloproteinase na articulação,
podendo ajudar bastante no
tratamento da artrite.
- Uso como antiinflamatório,
analgesico
- Efeitos adversos: TGI, rash,
sonolência, vertigem. Alguns
casos descritos de falência
hepática (raro)
- Não tem reação cruzada com AAS
ou portadores de asma.
INIBIDORES SELETIVOS COX 2
CELECOXIB e ETORICOXIB
- COX 2 se expressa: cérebro/rim;
induzida nos sítios inflamatórios
(outros tecidos)
- Bloqueiam a COX 2 induzível nos
sítios inflamatórios sem bloquear a
COX 1
- Permite a formação de
prostaglandinas protetoras no
estômago (bom) e mantém a
produção de tromboxanos nas
plaquetas (ruim)
- Eficácia analgésica, antipirética.
Eficácia anti inflamatória
semelhante aos outros AINES.
- Não são a primeira escolha.
- Beneficios: menos problemas em
TGI, não altera o sangramento.
- Pode aumentar a chance de
infarto, por isso vários foram
retirados do mercado.
- Efeitos adversos renais seguem
igual (bloqueador de COX 2 renal)
- Não substitui AAS como
antiplaquetário, não deve ser
utilizado como antitrombótico.
OBSERVAÇÃO
A prostaglandina H2 sintase, também
conhecida como cicloxigenase (COX), é
uma glicoproteína dimérica integral da
membrana, encontrada
predominantemente no retículo
endoplasmático. Atua como efetor
secundário na via metabólica da cascata
do ácido araquidônico.
A Cox 1 está associada à produção de
prostaglandinas e resulta em diversos
efeitos fisiológicos, como proteção
gástrica, agregação plaquetária,
homeostase vascular e manutenção do
fluxo sanguíneo renal. Em contraste, a
Cox 2 está presente nos locais de
inflamação, sendo, por isso, denominada
de enzima indutiva.

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