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Antiinflamatóri�� nã� esteróide� (AINEs) INFLAMAÇÃO A inflamação é uma complexa reação tecidual, provocada por estímulos endógenos ou exógenos que gerem injúria celular, e que ocorre como resposta protetora, cujo objetivo é livrar o organismo da causa da injúria celular, e também das consequências da injúria (céls. necróticas, tecidos desvitalizados). OBJETIVOS - destruir/remover agente injurioso - limitar expansão da injúria - neutralizar toxinas - remover debris/resíduos de tecidos - preparar o tecido para reparo final (regeneração ou cicatrização) CAUSAS - trauma - infecção - deposição de cristais - auto-imune - reação antígeno-anticorpo INFLAMAÇÃO COMO PROTEÇÃO Fisiologicamente, a inflamação é um fenômeno protetor. Quando ocorre um insulto/dano tecidual, a resposta inflamatória limita esse dano. Esse é o perfil da inflamação principalmente em situações agudas, em resposta a uma infecção/trauma local, eliminando ou freando o agressor e prepara o tecido para cicatrização. INFLAMAÇÃO COMO INJÚRIA ADICIONAL Quando a resposta inflamatória causada pelo insulto gera mais dano do que o próprio insulto inicial, a inflamação tende a ser danosa. Isso geralmente ocorre na inflamação crônica, em que a inflamação é exagerada e sem benefício. Ocorre aumento do dano tecidual, como em casos de fibrose e neo coágulos. Nesse caso deve-se utilizar antiinflamatórios para conter essa inflamação descontrolada. SEQUÊNCIA DE EVENTOS NA INFLAMAÇÃO MEDIADORES INFLAMATÓRIOS Efeitos só duram enquanto o mediador está presente ● Mediadores de permeabilidade vascular - Aminas vasoativas (H,D,5-HT) - Cininas (BK) - PGs, LT, PC ● Mediadores de quimiotaxia - Complemento - Cininas/tPA - IL-1 e IL-6 - Leucotrienos - Fatores bacterianos - Linfocinas PROSTAGLANDINAS As principais envolvidas no processo inflamatório são: - PGD2, envolvida principalmente com broncoconstrição - PGE2, envolvida na broncodilatação, gastroproteção, aumento da atividade do músculo liso no tecido gastrointestinal, aumento da sensibilidade à dor, aumento da temperatura corporal (especialmente causando febre no hipotálamo) e vasodilatação. - PGF2, broncoconstrição, aumento da contração uterina - PGI2, é a prostaciclina, diminui a agregação plaquetária, gastroproteção e vasodilatação - PGA2, aumenta agregação plaquetária e causa vasoconstrição. CICLOOXIGENASES Quando o ác araquidônico sofre ação da COX-2 (induzivel durante o processo inflamatório através de citocinas e estresse de cisalhamento vascular), ela vai agir sobre o ácido e produzir prostaglandinas pró-inflamatórias, patológicas que irão causar vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar, edema, dor e ativação de leucócitos. Usamos os antiinflamatórios para inibir a COX-2. A COX-1 é constitutiva. Quando ela age sobre o ácido araquidônico, ela determina a formação de prostaglandinas com ações fisiológica, proteção gástrica e renal, relaxamento do tônus do músculo liso, causando broncodilatação e vasodilatação, além de regular a agregação plaquetária. Em um processo inflamatório, não queremos agir sobre a COX-1 pois ela possui caráter protetor. FEBRE Citocinas pirogênicas agem aumentando a temperatura corporal (IL-1, IL-6, TNF alfa e interferon), elas agem no hipotálamo induzindo a produção de prostaglandinas E2, que tem como segundo mensageiro o AMP-cíclico e provoca modificação do termostato hipotalâmico (que controla a temperatura de todo o corpo) e o deixa desregulado para cima e em conjunto com tremores e vasoconstrição, causa a febre. DOR Ocorre um dano tecidual que libera mediadores inflamatórios que determinam sensibilização periférica (nociceptores) e isso aumenta a dor. A sensibilidade a dor migra através dos nervos sensitivos que fazem sinapse nos cornos distais da medula (onde existe PGE2) para fazer a sensibilização central a dor, aumentando a migração desse estímulo para as áreas sensoriais do córtex cerebral, aumentando a sensação de dor principalmente através da PGE2 e PGI2 na periferia e da PGE2 na sensibilização central. AINE - CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX (antiinflamatórios gerais) ● Salicilatos: AAS, diflunisal, salicilato de sódio. ● Derivados da Pirazolona: fenilbutazona, Oxifenbutazona ● Ácidos Indolacéticos: Indometacina, cetorolaco, sulindac. ● Ácidos Heteroarilacéticos: Diclofenaco. Tolmetina. ● Ácidos Propiônicos: Naproxeno, cetoprofeno e ibuprofeno. ● Ácidos Antranílicos: Ácido mefenâmico, meclofenâmico. ● Ácidos Enólicos: Piroxicam, meloxicam, tenoxicam ● Sulfonanilida: Nimesulida ● Alcanonas: Nabumetona. ● Derivado do P-aminofenol: Paracetamol (analgesico não opióide sem ação antiinflamatória) OBS: principais grifados INIBIDORES SELETIVOS DA COX 2 ● Celecoxib ● Etoricoxib FARMACODINÂMICA DOS AINEs ● Inibem síntese de prostaglandinas e tromboxanos (TXA2) por inativação COX-1 e COX-2 através da inibição competitiva e reversível (exceção: AAS) ● AAS acetilação irreversível da COX-1 e COX-2 ● AAS e AINEs não inibem lipoxigenases, somente as cicloxigenases, então eles não diminuem a produção de leucotrienos, então eles tem uma ação praticamente inexistente na broncoconstrição. Efeitos farmacológicos Antiinflamatório Diminuição das prostaglandinas nos sítios inflamatórios Analgésico Diminuição das PGs nos sítios de dor e medula Antitérmico Diminuição da PGE2 no hipotálamo Antitrombótico Diminuição de TXA2 nas plaquetas (ligação pré-sistêmica) MECANISMO DE AÇÃO - AINEs Seletivos COX 2 São antiinflamatórios mais modernos, mais específicos para a inibição da COX-2. O efeito anti inflamatório é mais puro, com menos efeitos adversos da COX-1, porém o uso dessas drogas levou à descoberta de efeitos adversos bem preocupantes, não atingindo a posição central no tratamento da inflamação que se esperava inicialmente. A maior seletividade a COX-2 tem relação com a meia vida da droga. Anti inflamatórios mais seletivos a COX2 do que a COX 1 tendem a ter meia vida mais longa. FARMACOCINÉTICA DOS AINEs São ácidos orgânicos com pKa baixo ABSORÇÃO Boa absorção via oral, biodisponibilidade ampla, pico 2-3 horas. Antiácidos retardam a absorção, alimentos não. DISTRIBUIÇÃO Alta lipoproteínas plasmáticas. Distribuição alta, tempo de meia vida varia. Concentram no líquido sinovial (o que é bom para inflamação) e no SNC. Todos se acumulam em sítios inflamatórios devido ao pH baixo. A duração de ação anti inflamatória costuma ser maior do que o previsto pela meia vida devido a essa grande concentração nos tecidos inflamados. METABOLISMO Biotransformação hepática Processo de metabolização envolve a Fase I e Fase II (glucoronidação direta) Pode aumentar absorção de outros fármacos EXCREÇÃO Renal através da filtração e secreção tubular Não são dialisáveis (com exceção da aspirina/ácido salicílico) e alguns podem sofrer excreção biliar/reabsorção através do ciclo entero hepático. USOS CLÍNICOS Combater dor leve a moderada. Dor intensa exige analgesicos opióides Tratar doenças inflamatórias agudas ou crônicas e para evitar antiagregação plaquetária (AAS) Exemplos de usos dos anti inflamatórios: - Dismenorréia (dor menstrual) - Pós-operatória - Artrite reumatóide (não diminui a evolução da doença) - Lombalgia - Cefaléia tensional/enxaqueca - Reduz câncer de colon (RRR 50% uso crônico) - Osteoartrite - Artrite gotosa Ineficaz para dor neuropática Cardioproteção: só AAS Pode fechar o ducto patente (ibuprofeno) As plaquetas só possuem COX-1 TERAPÊUTICA OBJETIVOS - Reduzir dor/sintomas - Manutenção da função - Retardar dano tecidual ● Todos os AINEs têm eficácia semelhante ao AAS, com particularidades para certas doenças. ● Pode haver diferenças individuais na resposta terapêutica com os AINEs. Por exemplo, algumas pessoas terão maior beneficio com alguns antiinflamatórios e menor com outros. ● Prescrição deve se basear em 4 critérios, além da eficácia (que é igual) 1. Custo 2. Experiência com aquele antiinflamatório 3. Toxicidade relativa 4. Conveniência (menor numero de tomadas diárias) ● AINEs melhorama qualidade de vida mas não curam nada, não mudam a história natural da doença. ● A causa da inflamação deve ser tratada SITUAÇÕES ESPECIAIS GESTAÇÃO - AINEs não são recomendados - AAS (aspirina) - administrar doses menores por um tempo curto e evitar no último trimestre pois pode retardar trabalho de parto, causar sangramentos e fechar o ducto arterioso. - AAS é útil na pré-eclâmpsia - Paracetamol é indicado na amamentação CRIANÇAS - AAS não é recomendado - AINES: Acetaminofeno, naproxeno, ibuprofeno. IDOSOS - AINEs de meia vida longa e metabolização oxidativa (oxicans e celecoxib) - Aumento da concentração sérica - AINEs têm maior fração livre EFEITOS ADVERSOS TRATO GASTRO INTESTINAL - dor abdominal - náuseas/anorexia - úlcera gástrica - hemorragia/perfuração - Aumenta o risco de efeitos adversos: álcool, corticóides, presença de helicobacter pylori no estômago - Os COX-2 tem menor risco de efeito adverso no TGI HEPATOPATIAS - Aumento das enzimas hepáticas - Podendo dar mais raramente hepatite medicamentosa e crônica PULMONAR - Asma (AAS costuma causar em pacientes com hipersensibilidade) SISTEMA NERVOSO CENTRAL - Cefaléia - Vertigem/confusão HEMATOLÓGICOS - Ativação inibição plaquetária - Aumento na propensão de hematomas - Aumento no risco de hemorragias - Agranulocitose - Anemia aplástica - Associado com anticoagulante aumenta a chance de sangramento PELE - Rashes - Prurido RIM - Perda de função renal - Proteinúria - Aumento de potássio HIPERSENSIBILIDADE - Rinite vasomotora - Asma - Urticária - Flushing - Edema glote - Broncoespasmo - Hipotensão - Pode causar reação cruzada para quem tem alergia a AAS CORAÇÃO - COX não inibem a agregação plaquetária no coração, pois a plaqueta não tem COX 1 mas o vaso sanguíneo tem COX-2 e devido a isso causa vasoconstrição e com isso aumentam o risco cardiovascular. - Aumento de edema - Aumento de eventos trombóticos - Aumento do risco de IAM, AVC, trombose. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - AINEs + opióides: racional e efetiva - AINE + outro AINE é incoerente - AINE + Corticoide (ou AAS): piora o risco gastrointestinal - Bloqueador H2 e antiácidos: diminui a ação do AINE - AINE + IECA: aumenta potássio, diminui a eficácia do IECA - Anticoagulantes/antiplaquetários: aumentam risco de sangramento - Anti Hipertensivos: diminuem o controle pressórico - Sulfoniluréias: aumenta a fração livre, podendo causar hipoglicemia - Metotrexato: aumenta fração livre podendo causar toxicidade - AAS pode aumentar a concentração plasmática de fenitoína, tiroxina etc, podendo aumentar a toxicidade. CONTRAINDICAÇÕES - Insuficiência renal crônica severa - Hepatopatia severa - Hipersensibilidade AAS/AINEs - Asma - Diáteses hemorrágicas Salicilat�� Seu mecanismo de ação é a inibição da COX AÇÕES FARMACOLÓGICAS DO AAS - Antiinflamatória - Analgésica - Antitérmica (exceto diflunisal) - Antiagregante plaquetária FARMACOCINÉTICA - SALICILATOS ABSORÇÃO - A via oral é boa, a maior parte ocorre no intestino delgado. - O alimento retarda a absorção. - Absorção retal é lenta e inconsistente DISTRIBUIÇÃO - Distribuição ocorre na maioria dos tecidos/fluidos, cruza a placenta. - Pode acetilar hormônios, DNA etc - Possui ligação a proteínas plasmáticas pequenas - O pico de ação ocorre em 1 hora. METABOLISMO Hepático por desacetilação na fase 1 e fase 2 por conjugação, glucuronidação e esterificação. EXCREÇÃO - Se dá por meio renal. Quanto maior o pH da urina, mais ionizado vai estar a AAS, aumentando a excreção já que a urina é um meio hidrossolúvel. - Cinética de ordem zero: capacidade do metabolismo hepático é limitado. A meia vida depende da dose. Dose 100mg: meia vida é 30 min Dose 2g: meia vida chega até 9 horas Meia vida do Diflunisal é de 8 a 12 horas PRESCRIÇÃO Doses de AAS são proporcionais ao objetivo. - Antiagregante plaquetário: 75 a 100mg/dia - Dor/febre: 500mg a cada 4/6 horas - Anti-inflamatória: 1g a cada 4/6 horas - Diflunisal: 250-500mg a cada 4/6 horas Via de administração: preferencialmente oral INDICAÇÕES/EFEITOS - Febre/inflamação/dor - Diflunisal: SEM efeito antitérmico, potente AINE, menos efeitos adversos ototóxicos, gastrointestinal e plaquetários - AAS previne cardiopatia isquêmica e câncer de cólon (<100mg/dia) - Tratamento antitrombótico - Salicilato de sódio possui ação queratolítica - Mesalazina utilizado para doenças de Crohn - Contra indicado para crianças e adolescentes. AAS+infecção viral, varicela zoster e influenza podem gerar síndrome de reye. - Síndrome de Reye: A síndrome de Reye é uma doença muito rara, mas potencialmente fatal, que causa inflamação e inchaço do cérebro e degeneração e perda da função hepática. - AAS por via oral pode ser apresentada em apresentações usuais ou na forma tamponada (proteção do comprimido para evitar absorção gástrica, para proteger a mucosa gástrica da ação do ácido acetilsalicílico) . - Ação irreversível do AAS: inibição irreversível das COXs. Em outros tecidos a enzima aspirina volta a ser sintetizada. Nas plaquetas é irreversível devido a não presença das COX. - AAS e CIRUGIA: Efeito mais duradouro, plaquetas não sintetizam as enzimas novas, uso de AAS crônico causa mais chance de haver sangramento em cirurgias, por isso, no caso de cirurgias eletivas deve-se evitar o uso da AAS por pelo menos 7 dias, para recuperar a quantidade de tromboxano. A ligação irreversível da AAS com as plaquetas faz necessário com que haja substituição de novas plaquetas que não estejam ligadas a AAS. O tempo de vida das plaquetas é de 7 dias. AAS CONTRAINDICAÇÕES - Úlcera péptica ativa - Crianças febris - Hepatopatia severa - Deficit de vitamina K - Hemofilia - Plaquetopenia - Hipersensibilidade a AAS - Asma DIFLUNISAL - Inibidor competitivo da COX - Não é convertido a ácido salicílico - Efeito antiinflamatório mais potente que a aspirina - Menos efeito antiplaquetário que aspirina - Penetração pobre no SNC, não possui efeito antitérmico - Menos efeito adverso no TGI e auditivo que aspirina - Usado para endorses, osteoartrite e artrite reumatóide EFEITOS ADVERSOS DOS SALICILATOS Os salicilatos possuem efeitos adversos em comum e alguns específicos - AAS em excesso pode desacoplar a cadeia respiratória, aumentar o consumo de oxigênio e a produção de CO2 (podendo causar hiperventilação, queda da pressão de CO2 e alcalose respiratória), o rim consegue excretar mais bicarbonato e consegue normalizar o pH, causando uma acidose renal compensatória. - No rim os salicilatos podem causar os mesmos problemas que o antiinflamatórios em geral - No coração, em doses anti inflamatórias podem causar retenção de sódio, aumento da volemia, aumento do débito cardíaco etc. Mas em doses baixas antiplaquetárias há uma proteção anti trombótica - No TGI os mesmos efeitos adversos dos antiinflamatórios - No fígado pode haver uma injúria crônica, mas geralmente é reversível. - Hemato: o efeito antiplaquetário é irreversível (problema das cirurgias eletivas). - Pode causar uricosúria, em doses baixas podem diminuir a excreção e aumentar a concentração de urato (importante para pacientes com gota) - Altas doses de AAS pode causas alterações no ouvido/audição - Na gestação: no 3 trimestre aumenta a mortalidade fetal principalmente devido ao fechamento do ducto. NO RN pode causar baixo peso ao nascer - A hipersensibilidade é incomum, mas pode ser fatal. Pode causar rinorréia, urticária, broncoespasmo, choque vasomotor. EFEITOS DOSE-DEPENDENTE - Uma dose baixa, gerando até 10 mg/decilitro de concentração plasmática, temos inicialmente uma dose antiplaquetária, subindo uma dose antitérmica e analgésica e já tendo como efeito adverso o risco de sangramento gástrico e diminuição da coagulação, além de reações alérgicas. - Dose entre 10 e 50 mg/decilitro temos efeito anti inflamatório, podendo ocorrer tinidos no ouvidos e iniciam-se os sintomas de intoxicação. Em algum momento dessas doses mais elevadas começa a ocorrer desidratação, coma, colapso vasomotor - Casos +150mg/decilitroa dose é potencialmente letal. AAS - INTERAÇÕES - AAS reduz concentração de indometacina, naproxeno, cetoprofeno - Warfarin + AAS - aumento do sangramento - Sulfoniluréias (antidiabéticos) com MTX: reduz metabolismo - intoxicação - AAS reduz ação natriurética da espironolactona - Antiácidos: alcalinizam a urina, excretando mais AAS. INTOXICAÇÃO POR SALICILATOS - AGUDA: dose >10g: desconforto GI. Tratamento: êmese, lavagem, carvão ativado, alcalinizar urina - CRÔNICA: intoxicação crônica leve, chamada de salicilismo. Mais frequente em crianças. - Morte em adultos: >30g. Reversível. - Efeitos no SNC: alteração de audição/visão, confusão mental, sonolência, coma. Tratamento: emergência médica. Dosar AAS. Não possui antídoto. Pode-se tentar alcalinizar a urina e provocar vômito. A�N�s não se����vo� da CO� (t�a��c�o����) - Derivados da Pirazolona: fenilbutazona, Oxifenbutazona - Ácidos Indolacéticos: Indometacina, cetorolaco, sulindac. - Ácidos Heteroarilacéticos: Diclofenaco. Tolmetina. - Ácidos Propriônicos: Naproxeno, cetoprofeno e ibuprofeno. - Ácidos Antranílicos: Ácido mefenâmico, meclofenâmico. - Ácidos Enólicos: Piroxicam, meloxicam, tenoxicam - Sulfonanilida: Nimesulida - Alcanonas: Nabumetona. AINEs tradicionais são inibidores reversíveis da ciclooxigenase (COX), não indicados como antiagregantes plaquetários. Similaridades com aspirina: - AINE - Analgésico - Antipirético - Frequente alergia cruzada - Efeitos adversos renais são iguais - Podem aumentar a pressão arterial - Idosos são mais suscetíveis a efeitos adversos. DIFERENÇAS COM ASPIRINA - Efeitos adversos (mais ou menos) - Maior distribuição tecidual - Podem ser mais potentes - Duração é maior INDICAÇÕES - Espondilite - Dores em geral - Gota aguda - Bursites - Tendinites - Cefaléia - Dor dentária - Dismenorréia DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO DICLOFENACO (VOLTAREN) - Ações antiinflamatórias, analgésicas, antipirética. - Está entre os mais potentes dos AINEs - Inibidor preferencial da COX2 - Absorção rápida, tempo de meia vida entre 1-2 horas - Age por mais tempo do que a meia vida pois acumula na sinóvia - Efeito adverso ocorre em 20% dos pacientes, incluindo danos hepaticos - Contraindicado para crianças, lactantes e gestantes CETOROLACO (TORAGESIC) - Ação antiinflamatória moderada - Mais potente ação analgésica - Utilizado para dor aguda, como em pós-operatórios. - Uso limitado a <5 dias para evitar efeitos adversos - Não utilizado em inflamações crônicas - Efeitos adversos: os mais sérios são GI, renais, sangramento e hipersensibilidade IBUPROFENO (MOTRIN) - Ação analgesica, antipirética - Menos ação antiinflamatória do que o diclofenaco - Metabolizado no fígado, sua excreção é renal - Atinge a placenta - Acumula na sinóvia - Efeitos adversos: GI bem tolerado, 5-15% TGI - Pode causar rash, diminuição plaquetária, edema. - Pode ser utilizado por lactantes/gestantes durante o 1-2 trimestre de gestação. NAPROXENO (NAPROSYN) - Ações antiinflamatórias, analgesica, antipirética e na migração de leucócitos (gota) - Tempo de meia vida: 14 horas - Em idosos o tempo de meia vida é maior, por isso deve-se administrar doses menores. - Cruza a placenta, 1% do leite materno - Efeitos adversos: risco trombótico baixo. GI 1 a 10%, pode causar cefaléia, tonturas. Earamente causa icteria e angioedema. - Reduz ação antiplaquetária do AAS. CETOPROFENO (PROFENID) - Inibe COX não seletiva, establiza lisossomas. - Tempo de meia vida de 1 a 2 horas - Eficácia semelhante a outros AINEs. - Efeitos adversos: geralmente bem tolerado. 30% GI leve. Pode causar alterações hepáticas. - Idosos: aumenta a exposição, SNC (>que ibuprofeno) ÁCIDOS ENÓLICOS (OXICANS) PIROXICAM (FELDENE) - Boa ação antiinflamatória, boa tolerabilidade, longa ação. É inibidor não seletivo, reversível da COX. - Pode ser utilizado a longo prazo em doenças inflamatórias. Bloqueia ativação e a quimiotaxia de neutrófilos, independente da COX. - Antiinflamatório com maior meia vida, 57 horas. - Inicia a sua ação lentamente, então é inadequado para ação aguda. - Pode causar efeitos gastrointestinais mais frequentemente que os outros AINEs, também pode causar rashes. MELOXICAM (MOVATEC) - Bem tolerado - Inibe a TXA2 mas não chega a inibir a agregação plaquetária - Pode ser utilizada 1 vez ao dia - Não deve ser utilizada para quadros agudos - Menos efeitos GI do que a maioria dos AINEs, até por ser inibidor preferencial da COX 2. Ini����re� p�e��r���i��s da CO� 2 NIMESULIDA - Boa ação antiinflamatória, analgésica, antitérmica, boa tolerabilidade - Inibidor preferencial da COX 2 - Ação anti inflamatória por outros mecanismos também: diminui a produção de espécies ativas de oxigênio pelos neutrófilos, inibe a síntese da produção de cofatores inflamatórios, inibe as metaloproteinase na articulação, podendo ajudar bastante no tratamento da artrite. - Uso como antiinflamatório, analgesico - Efeitos adversos: TGI, rash, sonolência, vertigem. Alguns casos descritos de falência hepática (raro) - Não tem reação cruzada com AAS ou portadores de asma. INIBIDORES SELETIVOS COX 2 CELECOXIB e ETORICOXIB - COX 2 se expressa: cérebro/rim; induzida nos sítios inflamatórios (outros tecidos) - Bloqueiam a COX 2 induzível nos sítios inflamatórios sem bloquear a COX 1 - Permite a formação de prostaglandinas protetoras no estômago (bom) e mantém a produção de tromboxanos nas plaquetas (ruim) - Eficácia analgésica, antipirética. Eficácia anti inflamatória semelhante aos outros AINES. - Não são a primeira escolha. - Beneficios: menos problemas em TGI, não altera o sangramento. - Pode aumentar a chance de infarto, por isso vários foram retirados do mercado. - Efeitos adversos renais seguem igual (bloqueador de COX 2 renal) - Não substitui AAS como antiplaquetário, não deve ser utilizado como antitrombótico. OBSERVAÇÃO A prostaglandina H2 sintase, também conhecida como cicloxigenase (COX), é uma glicoproteína dimérica integral da membrana, encontrada predominantemente no retículo endoplasmático. Atua como efetor secundário na via metabólica da cascata do ácido araquidônico. A Cox 1 está associada à produção de prostaglandinas e resulta em diversos efeitos fisiológicos, como proteção gástrica, agregação plaquetária, homeostase vascular e manutenção do fluxo sanguíneo renal. Em contraste, a Cox 2 está presente nos locais de inflamação, sendo, por isso, denominada de enzima indutiva.
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