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5 Psicogênese da pessoa - a abordagem de Wallon

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22/08/2017 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/17
Psicogênese da pessoa: a abordagem
de Wallon
APRESENTAR A TEORIA PSICOGENÉTICA DE WALLON, VISANDO A COMPREENSÃO DAS FASES DO
DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRANDO SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE.
AUTOR(A): PROF. MARGARETE MOTA
AUTOR(A): PROF. MARGARETE MOTA
Você faz ideia do que levou Wallon a criar a teoria das emoções? Ora, por uma  razão extremamente
simples. Por ter percebido que as emoções acompanham o ser humano desde seu nascimento.
Wallon partiu do princípio que a emoção é o instrumento da espécie humana e influencia tanto no
desenvolvimento  como no processo de ensino-aprendizagem.
Sua teoria aborda a psicongênese  (definir) da pessoa  e além de ousada é considerada abrangente, pois
objetiva compreender o ser humano de maneira global, entendendo a pessoa de maneira:
completa: vendo-a como um todo nos aspectos: cognitivo, social, afetivo, psicomotor.
concreta: verificando como ela se relaciona com o meio a cada momento de seu processo de
desenvolvimento;
contextualizada: procurando visualizar em que contexto histórico ela está inserida.
Hoje, em várias disciplinas pedagógicas fala-se que a escola deve proporcionar formação integral
(intelectual, afetiva e social) às crianças, mas não foi sempre assim. A construção do conhecimento
baseava-se na memória e na inteligência.
Com muita ousadia, Wallon foi o primeiro estudioso a levar as emoções para a sala de aula, não somente o
corpo como a maioria dos estudiosos da época, compreendendo que a psicologia e a pedagogia são ciências
que se complementam.
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Jamais pude dissociar o biológico do social, não porque os creia redutíveis entre si, mas
porque, no homem, eles me parecem tão estreitamente complementares, desde o
nascimento, que a vida psíquica só pode ser encarada tendo em vista suas relações
recíprocas.
 
(WALLON APUD WEREBE E NADELBRULFERT, 1986, P. 8)
[...] não existe um sujeito a princípio: o que existe é uma indiferenciação entre o recém-
nascido e o meio social (a mãe, o outro) e físico que o acolhe. A criança nasce para a vida
psíquica pela emoção, que, ao lado do movimento, alimenta a simbiose inicial.
 
(NASCIMENTO, 2004, P. 49)
 As autoras Werebe e Nadelbrulfert (1986)  ressaltam que para Wallon a realidade psicológica tem história e
condições materiais de existência, ou seja, entende o desenvolvimento infantil como parte de um contexto
em que as relações interpessoais, históricas e pessoais são muito importantes. Para Wallon, o ser humano é
geneticamente social. Assim, salienta:
Relações recíprocas
O que seriam relações recíprocas? De acordo com Nascimento (2004) citando Wallon, o desenvolvimento
biológico é condição do desenvolvimento social, pois, logo que nasce, a criança tem movimentos impulsivos
ou reflexos e descargas musculares provocadas por sensações internas que causam desconforto.
Como é inapta, a criança depende do adulto para satisfazer suas necessidades básicas. Portanto, suas
reações impulsivas e orgânicas são interpretadas pelas pessoas que estão ao seu redor.
Essa resposta do meio forma um elo entre a criança e o adulto próximo a ela, e as associações fisiológicas
tornam-se manifestações expressivas, ocorrendo uma troca emocional entre a criança e o adulto.
Dessa forma, inicia-se a constituição psíquica, porém: 
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Incapaz de efetuar algo por si próprio, ele [o próprio recém-nascido] é manipulado pelo
‘outro’ e é nos movimentos desse ‘outro’ que suas atitudes tomarão forma. 
(WALLON APUD WEREBE E NADELBRULFERT, 1986, P. 161).
Assim, podemos perceber como é importante uma relação saudável do adulto com o bebê, pois ele
interpretará o mundo como hostil ou gentil dependendo de como forem essas relações.
Com isso, podemos dizer que o adulto é o elo mediador entre a criança e ela mesma, entre as crianças e os
elementos do mundo cultural onde está inserida.
Adepto da corrente interacionista, que visa o desenvolvimento humano na integração organismo e meio
ambiente, sua teoria é pautada em quatro elementos básicos, denominados por Wallon de campos
funcionais que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu
como pessoa.
Esses campos funcionais se inter-relacionam por meio dos estágios de desenvolvimento, que embora são
divididos por faixas etárias, o que vai determinar a mudança de um estágio para outo é a maturação
orgânica e a interação da criança com o meio físico e social que ela está inserida. Assim temos, os estágios:
impulsivo emocional (0 a 12 meses);
sensório motor e projetivo (1 a 3 anos);
personalismo (3 a 6 anos);
categorial (6 a 11 anos);
puberdade e adolescência (a partir de 11-12 anos).
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qualidade de quem sente afeto. Conjunto de fenômenos psíquicos: emoções, sentimentos
e paixões, acompanhados de sensações como dor ou prazer, satisfação ou insatisfação,
agrado ou desagrado, alegria ou tristeza.
(QUEIROZ, 2003, P. 13)
Entendendo o dinamismo dos campos funcionais
Abordaremos cada um dos campos funcionais, e sua inter-relação com as fases do desenvolvimento
humano, na ótica de Wallon.
Afetividade
Como se define afetividade?
 
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Dantas (1992) pontua que, a emoção é manifestada organicamente, provocando alterações nos ritmos
respiratório e cardíaco, enrijecendo ou relaxando o tônus muscular dependendo do sentimento a ser
expressado, como a raiva, a tristeza, a alegria, o medo, entre outros.
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[...]O movimento, quando descoberto fortuitamente pela criança, é fonte de prazer, depois
passa a ser repetido de forma intencional. Essa repetição, denominada por Wallon, de
reações circulares (caracterizadas por atividades de repetição), traduz as primeiras
manifestações do brincar infantil e possibilita a exploração do mundo externo e o
desenvolvimento das funções sensoriais, motoras e perceptivas. É por meio do movimento
que o bebê conquista os espaços bucal, proximal (preensão) e locomotor.
(MORAES, 2013, P. 110/111)
Complementa Galvão (2000) dizendo que a emoção se propaga no ambiente social e impacta as pessoas que
nele convivem, corroborando que a afetividade se constitui um dos principais elementos que contribuem
para o desenvolvimento do ser humano.
De acordo com Moraes (2013) citando Wallon a afetividade tem origem nas sensibilidades:
interoceptiva, relacionada às sensações viscerais do indivíduo, ou seja, os sinais dos órgãos internos,
proprioceptiva, refere-se às várias sensações musculares, ligadas à consciência corporal, ao movimento do
corpo e ao seu equilíbrio no espaço
exteroceptiva representadas pelas sensações referentes ao mundo exterior, proporcionadas pelos órgãos
dos sentidos
Movimento
Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se
manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do
movimento quanto por sua representação. 
PARA REFLETIR
A disposição das carteiras enfileiradas permite a manifestação das emoções importantes para a
movimentação e consequentemente a aprendizagem, proporcionado assim o desenvolvimento
integral do aluno?
Complementando, Moraes (2013) aponta que 
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A autora pontua ainda que, na perspectiva walloniana,   a criança pequena precisa do movimento para
representar seu pensamento, ou seja, o ato motor possibilita a representação do ato mental.
Inteligência
Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da
inteligência depende essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior.
Primeiro porque, ao mesmo tempo, suas ideias são lineares e se misturam – ocasionando um conflito
permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos,
códigos e valores sociais e culturais.
Nesse conflito entre situações antagônicas ganha sempre a criança. É na solução dos confrontos que a
inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo (mistura de ideias em um mesmo plano), bastante comum
nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se estabelece um ciclo constante
de boas e novas descobertas.
Moraes (2013), reafirmando o pensamento de Wallon nos mostra que nos primeiros meses de vida o bebê
estabelece uma comunicação com o mundo externo por intermédio da emoção e do movimento. Num
momento seguinte, essa comunicação passa a ser intencional, representada pela inteligência prática que
permite a criança resolver alguns problemas corriqueiros, de maneira prática. Essa habilidade vai evoluindo
aos poucos até a compreensão da noção da causalidade que é uma característica importante da função
categorial do pensamento infantil.
Pessoa
A construção do eu na teoria de Wallon depende essencialmente do outro. Seja para ser referência, seja para
ser negado. Principalmente a partir do instante em que a criança começa a viver a chamada crise de
oposição, em que a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si
própria. 
De acordo com Wallon, apud Moraes (2013)
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a vida psíquica da criança se origina na relação com o outro, e o meio físico e social são
fundamentais para o desenvolvimento das funções motoras, afetivas e cognitivas. Nesta
perspectiva, indivíduo e meio se constituem mutuamente, sendo o meio social
responsável por estabelecer condições da existência coletiva. 
(WALLON APUD MORAES, 2013, P. 112)
no decorrer da vida existe uma relação de oposição e dependência entre o eu e o outro (ou
socius). É por volta dos 3 anos de idade que a criança inicia o processo de diferenciação
entre ela e o outro) processo este que não ocorre de forma clara e passiva e, na tentativa
de individualização e diferenciação, a criança busca expulsar o outro, opondo-se a ele,
mas ao mesmo tempo dependente dele. 
(WALLON APUD MORAES, 2013, P. 113/114)
Neste sentido, Wallon, apud Moraes (2013), reforça que, 
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Características de cada estágio do desenvolvimento
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Moraes (2013), menciona que para  Wallon, o desenvolvimento humano caminha por duas vertentes:
alternância e preponderância dos conjuntos funcionais. Ora, em um determinado estágio há a
preponderância da afetividade, ora do conhecimento, da inteligência. Sendo assim, nos estágios em que a
criança está mais voltada para si, para a diferenciação do eu e do outro prevalece a afetividade. Mas se ela
está voltada para o conhecimento de uma realidade objetiva por meio da exploração do mundo que a cerca,
então o que se percebe é a ação da inteligência.
Impulsivo-emocional: (0 a 12 meses)
Ocorre no primeiro ano de vida e aponta para o fechamento da consciência sobre si, ou seja, para a
indiferenciação entre a criança e o outro.
Predomina a afetividade que orienta as primeiras reações do bebê em relação às pessoas que estão ao seu
redor, e estas são os mediadores do vínculo do bebê com o mundo físico.
Moraes, (2013)  destaca dois momentos neste estágio:
O momento impulsivo (0 a 6 meses), onde percebe-se movimentos descoordenados do recém-nascido, por
meio de gestos impulsivos e involuntários dos membros do corpo revelando sensações boas ou
desagradáveis.
O momento emocional (6 a 12 meses) onde o bebê reage ao meio externo demonstrando corporalmente
expressões de raiva, alegria, tristeza, entre outras.
Sensório-motor e projetivo: (1 a 3 anos)
A aquisição da marcha e da preensão oferece à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na
exploração dos espaços. Os objetos passam a ter significado. Também, nesse estágio, a criança entra no
mundo dos signos e da linguagem. O termo projetivo significa que a ação do pensamento precisa dos
movimentos para se exteriorizar. Pois como já foi mencionado anteriormente, para Wallon, o ato mental se
desenvolve a partir do ato motor.
Nesta fase, surge o conflito entre o "eu" e o "outro", e a negação do outro. Características que Wallon
considera saudáveis, pois irão contribuir para a formação do Eu.
Personalismo: (3 a 6 anos)
A criança começa a conhecer-se de fora para dentro, ter "consciência de si". Surge a consciência do eu.
Ocorre a crise de personalidade, pois percebe que pertence a outros grupos sociais, representando
diferentes papéis em cada um deles. Ao mesmo tempo que nega o outro, ocorre também a imitação desse
outro. Surge a necessidade de auto-afirmação, de impor seu ponto de vista pessoal. Nesta fase, observa-se o
pensamento sincrético. Em termos psicomotores, surge a internalização do esquema corporal
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ressalta que os conflitos presentes neste estágio são fundamentais para  o
estabelecimento das relações sociais. Afirmando, ainda, que a criança deste estágio deve
frequentar a escola de educação infantil, para estabelecer relações sociais diferentes das
familiares.”
(WALLON APUD MORAES, 2013, P. 118)
ESQUEMA CORPORAL
"Designa a imagem que temos do nosso corpo, total ou parcial, compreendida em seu estado global,
dinâmico ou estático, nas relações internas de suas partes construtivas, nas relações externas com
os objetos existentes no espaço a sua volta. Em relação a ele, podemos afirmar que: é inseparável da
temporalidade, marcando o presente; é sensório-motor; mantém as relações entre o simbólico e a
linguagem; auxilia na elaboração da atuação espacial na criança; é um elemento fundamental na
construção da personalidade”. (QUEIROZ, 2003:106)
Moraes, (2013) contribui para o entendimento da teoria walloniana, reforçando que neste estágio há a
predominância da afetividade, sendo que o interesse da criança está voltado para a diferenciação do eu
(criança) e do outro (pessoas com as quais convive) o que contribui para a formação de sua personalidade e
individualização. Trata-se de um período muito instável, marcados por três fases complementares:
oposição, graça e imitação.
Na fase da oposição, interage com os outros por meio do choro; tem vontade própria; precisa testar sua
independência; nega o outro. Consegue utilizar com certa frequência os pronomes “mim” e “eu” ao invés de
se comunicar na terceira pessoa: ele ou ela.
A fase da graça, é caracterizada pela necessidade de autoafirmação, onde a criança procura chamar a
atenção dos adultos para o que está fazendo, mostra sua capacidade de imitação de maneira sedutora.
Busca sempre a admiração e a aprovação das pessoas que estão ao seu redor.
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Já na fase da imitação, como o próprio termo diz, a criança buscamodelos para imitar, reproduzindo as
características seja dos personagens infantis, das pessoas que admira, como professores ou quem gostaria
de ser.
Categorial: (6 a 12 anos) 
A criança passa a ter maior domínio sobre o universo simbólico. Dessa forma, ela consegue se dirigir a
objetos que não estejam necessariamente presentes, operando e pensando sobre eles usando apenas a
representação. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o
conhecimento e conquista do mundo exterior.
Predomina nesta fase o aspecto cognitivo. Ocorre uma redução do sincretismo, dando origem à capacidade
de estabelecer categorias abstratas: qualidades específicas de um objeto, tornando-o assim distinto dos
outros. Trata-se da aquisição de nova capacidade conceitual, ou seja, a possibilidade de definir e explicar os
vários objetos com os quais interage. Adquire a habilidade de análise e síntese.
Moraes (2013) nos auxilia a complementar as características desse estágio, mencionando que num primeiro
momento, a criança distingui entre a unidade e o conjunto, classifica objeto de acordo com as propriedades,
estabelece categorias de acordo com as características dos objetos.
O segundo momento ocorre a maturação dos centros nervosos de discriminação e inibição, possibilitando
maior concentração e a criança consegue se dedicar mais tempo em uma só tarefa, possibilitando o
desenvolvimento relevante da memória, atenção e raciocínio simbólico.
E ainda, é possível, neste segundo momento, perceber que os gestos se tornam mais ajustados ao seu efeito,
a criança é capaz de realizar estratégias de ação, apresentar a noção de causa e efeito e ainda, sua
capacidade de conceituar os fenômenos e de explicá-los vai sendo paulatinamente ampliada.
O que significa perceber que é no final do estágio categorial, por volta dos 11 ou 12 anos, que o pensamento
infantil, pautado pelo sincretismo dará lugar para a objetividade da lógica do adulto.
 
Puberdade e Adolescência (a partir dos 12 anos)
Esta fase é marcada por transformações fisiológicas e mudanças corporais por causa do amadurecimento
sexual, como também por transformações psíquicas com preponderância afetiva, preparando o jovem para a
vida adulta. As modificações hormonais provocam a explosão pubertária. Ocorre uma ruptura no nível
somático (há modificação física do corpo) e surge a necessidade da reconstrução do esquema corporal. O
adolescente precisa reinstalar-se dentro do próprio corpo, aprender a conviver com esses novos apelos.
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“É indispensável para uma prática docente comprometida com o desenvolvimento global
do aluno, e coerente com esses princípios teóricos, considerar a dimensão afetiva dos
estudantes, atentando para o fato de que ela tem impacto sobre as dimensões cognitiva e
motora. Vale lembrar, também, que independentemente do meio o aluno se expressa por
inteiro dentro dessas dimensões, construindo a sua individualidade. Neste sentido, cabe
ao professor pensar em propostas de ensino que considerem todos estes aspectos.”
 
(MORAES, 2013, P. 123)
Tanto o meio social como o cultural passam a ter grande relevância. Os adolescentes entram em contato
com normas e regras estabelecidas pela sociedade, mas não as aceitam, também não toleram o controle que
os pais exercem sobre eles. Ocorre a chamada crise de identidade, onde necessitam identificar-se com seu
grupo de amigos.
Moraes, (2013) citando Wallon complementa que, as contradições vivenciadas pelo jovem são ocasionadas
por estar em um período de transição entre a infância e a vida adulta, para alguns comportamentos ele é
criticado por não ser mais criança e outros não pode executar por ainda não ser adulto. Complementa que
nessa fase há a busca por um par ideal.
DOCUMENTáRIO
Para complementar os estudos sobre a Teoria de Wallon, você pode adquirir o vídeo que faz parte
da "Coleção Grandes Educadores" 
http://www.attamidia.com.br/produtos.php?/prd/149/grandes-educadores/
Destaco a fala de Moraes, (2013) para ratificar a importância da teoria walloniana para a educação.
 
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Agora que você já entrou em contato com a teoria de Wallon, convido-o para responder aos exercícios
propostos objetivando a verificação da aprendizagem
ATIVIDADE FINAL
Para Wallon, a simbiose afetiva ocorre na fase:
A. Impulsivo emocional
 
B. Sensório motor e projetiva 
 
C. Personalismo 
 
D. Puberdade e adolescência 
 
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Flavya
Nota
Correta
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Com relação à teoria walloniana pode se considerar que:
I - A afetividade é o foco principal dos estudos.
II - A afetividade não exerce influência na aprendizagem da criança.
III - O primeiro contato que o bebê tem com o mundo é por meio das
emoções.
Estão corretas:
 
A. I e II apenas
 
 
 
B. II e III apenas
 
 
C. I e III apenas
 
 
D. 
 
I, II e III
 
Na fase categorial a criança:
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Flavya
Nota
Correta
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A. Passa pelas subfases: oposição, da graça e imitação
 
 
 
B. Realiza estratégias de ação, apresenta a noção de causa e efeito. 
C. Age conforme o pensamento sincrético. 
 
 
D. Desenvolve a marcha e a fala. 
REFERÊNCIA
DANTAS, Heloysa. "A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon". In: LA TAILLE, Yves
de; OLIVEIRA, Marta Kohl de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo:
Summus, 1992. p. 117
GALVÃO, IZABEL. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 7.ed. Coleção
Educação e Conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 134.
MORAES, Regiane R. de. Henry Wallon: a psicogênese da pessoa completa. In MORAL E VERCELLI (orgs)
Psicologia da educação: múltiplas abordagens, Jundiaí, Paco Editorial, 2013, p. 216 (103–125)
NASCIMENTO, Maria Letícia B.P. A Criança Concreta, Completa e Contextualizada: a Psicologia de Henri
Wallon. In: Introdução a Psicologia da Educação: seis abordagens. Kester Carrara (Org). São Paulo:
Avercamp, 2004.]
QUEIROZ, Tânia Dias. Dicionário Prático de Pedagogia. São Paulo: Rideel, 2003, 255p
WEREBE, Maria José Garcia; NADELBRULFERT, Jacqueline. Henri Wallon. São Paulo: Ática, 1986.
 
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Flavya
Nota
Correta
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