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Patologia das glândulas salivares - neville - Parte I

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Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIA DAS 
GLÂNDULAS SALIVARES 
Patologia Oral – parte I 
 
 
 
Fonte: Patologia Oral e Maxilofacial. Neville, 3ºEd. 
 
Aplasia de glândula salivar; 
Mucocele; 
Rânula; 
Cisto do ducto salivar; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
❖ APLASIA DE GLÂNDULA 
SALIVAR 
 
É uma anomalia de desenvolvimento rara 
que afeta uma ou mais glândulas salivares 
maiores. Pode ocorrer de forma isolada, 
porém a agenesia das glândulas salivares 
frequentemente está relacionada com 
várias síndromes, incluindo a disostose 
mandibulofacial, microssomia hemifacial e 
síndrome lacrimo-auriculo-dento-digital. 
✓ Características clínicas e 
radiográficas 
 
Clínicas: Acomete mais em homens 
do que me mulheres (2:1). Pode ser 
ausência das 4 glândulas maiores (2 
parótidas e 2 submandibulares) ou 
pode ser de 1,2 ou 3. Caso se tenha 
a ausência das 4 não há alteração 
na face, pois os sítios são 
preenchidos por gordura e tecido 
conjuntivo. Intraoralmente não há 
saída dos ductos. 
Sintomas: Xerostomia, língua 
espessada e risco elevado de erosão 
e cáries. 
Exame: A ausência pode ser 
confirmada através da cintilografia 
com pertecnetato de tecnécio, da 
tomografia computadorizada ou 
por meio de imagem de ressonância 
magnética. 
 
Síndrome LADD:É uma desordem 
autossômica dominante causada 
por mutações no gene do fator de 
crescimento fibroblástico 10. E, é 
caracterizada pela aplasia ou 
hipoplasia das glândulas lacrimais e 
salivares, orelhas com inserções 
baixas e anomalias dentárias e 
digitais. 
 
✓ Tratamento e prognóstico 
Conduta: Direcionamento para 
compensação da deficiência da 
saliva, uso de substitutos salivares é 
sempre necessário. Caso haja 
algum tecido glandular funcionais 
medicamentos sialogogos podem 
ser utilizados. O fluxo salivar 
também pode ser estimulado pelo 
uso de goma de mascar sem açúcar 
ou balas azeda. Deve-se ter cuidado 
para evitar cáries de xerostomia e 
perda do esmalte. 
 
❖ MUCOCELE (FENÔMENO DE 
EXTRAVASAMENTO DE MUCO; 
REAÇÃO DE ESPACE DE MUCO) 
 
É uma lesão comum da mucosa oral 
resultante de ruptura de um ducto de 
glândula salivar e o extravasamento da 
mucina para dnetro dos tecidos moles 
adjacentes. Geralmente é resultado de 
um trauma local, porém pode não ser. 
A mucocele NÃO é cisto verdadeiro 
porque não possui revestimento 
epidelial circudante, porém alguns 
autores classificam o cisto do ducto 
salivar com mucocele de retenção. 
✓ Características clínicas 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
Aumento de volume mucoso em forma 
de cúpula podendo ter tamanhos 
diferentes de 1 a 2 mm para alguns 
centímetros. É comum em crianças e 
adultos jovens 
O sítio mais comum é no lábio inferior 
geralmente lateralmente a linha média, 
é menos comum a ocorrência em: 
assoalho de boca (rânulas), região 
anterior de ventre de língua, mucosa 
jugal, palato e trígono retromolar. 
Raramente ocorrem no lábio superior. 
A mucina extravasada abaixo da 
superfície mucosa frequentemente 
apresenta uma cor azulada à lesão, 
porém mucoceles profundas pode ser 
normocrômicas. 
Clinicamente a lesão é flutuante, porém 
é firme a palpação. A evolução varia de 
dias a anos. Geralmente os pacientes 
relatam aumente de volume recorrente 
e que se rompem periodicamente 
liberando um fluido. 
mucocele superficial 
 
A mucocele superficical geralmente 
desenvolve-se no palato mole, região 
retromolar e ao longo da mucosa jugal 
posterior. Elas se apresentam como 
vesículas tensas únicas ou múltiplas que 
medem 1 a 4 mm em diâmetro. As 
lesões geralmente se rompem, 
deixando úlceras rasas dolorosas que 
cicatrizam em poucos dias. Episódios 
recidivantes na mesma localização são 
comuns. Alguns pacientes relatam o 
desenvolvimento das lesões próximo ao 
horário das refeições. A ocorrência das 
mucoceles superficiais também têm 
sido relatadas em associação a 
desordens liquenoides como o líquen 
plano, erupções liquenoides por drogas 
e a doença do enxerto versus 
hospedeiro (GVHD). A aparência 
vesicular é criada pela natureza 
superficial do extravasamento de 
mucina, que causa a separação entre o 
epitélio e o tecido conjuntivo. 
OBS: não se deve confundir essa lesão 
com uma doença vesiculo bolhosa, 
especialmente o penfigoide (cicatricial) 
das membranas mucosas. 
✓ Características Histopatológicas 
Apresenta uma área de mucina 
extravasada circundada por tecido 
de granulação reacional. A 
inflamação geralmente tem 
numerosos histiócitos espumosos 
(macrófagos). Frequentemente as 
glândulas salivares menores têm 
infiltrado inflamatório crônico e 
ductos dilatados. 
 
✓ Tratamento e prognóstico 
Algumas cicatrizam sozinhas, 
porém a grande maioria é de 
natureza crônica e a excisão 
cirúrgica local é necessária. Para 
diminuir o risco de recorrência o CD 
deve remover qualquer glândula 
salivar menor que posa localizar-se 
dentro da lesão quando a área for 
excisada. Para confirmar o 
diagnóstico e descartar a 
possibilidade de tumores da 
glândula salivar, o tecido excisado 
deve ser submetido a avaliação 
microscópica. 
Prognóstico: excelente, porém 
alguns casos podem recidivar 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
precisando, assim, uma reexcisão 
principalmente se as glândulas 
subjacentes não tiverem sido 
removidas. 
 
❖ RÂNULA 
 
Termo usado para mucoceles que 
ocorrem no assoalho da boca. Em 
latim, essa palavra significa “rã”, 
pois o aumento de volume lembra o 
ventre translúcido de uma rã. Essa 
denominação também pode ser 
usada para descrever outros 
aumentos de volume similares no 
soalho de boca, incluindo cistos de 
ducto salivar verdadeiro, cistos 
dermóites e higromas císticos. 
Porém o melhor uso do termo é para 
reações de extravasamento de muco 
(mucoceles). A origem da mucina 
extravasada é geralmente da 
glândula sublingual, mas nas rânulas 
pode ser do ducto da glândula 
submandibular ou das salivares 
menores presentes no soalho de 
boca. Grandes rânulas se originam 
do corpo da glândula sublingual, 
porem as pequenas podem se 
desenvolver ao longo da prega 
sublingual a partir dos ductos 
superficiais de Rivinii. 
✓ Características clínicas 
Se apresenta como um aumento de 
volume flutuante, de formato abaulado 
e coloração azulada no soalho de boca, 
Porém, lesões profundas podem 
apresentar coloração normal da 
mucosa. É frequente em crianças e 
adultos jovens. Geralmente são 
maiores que as mucoceles nas 
localizações orais, geralmente de 
desenvolvendo como grandes massas 
que preenchem o soalho da boca e 
elevam a língua. Em geral, a rânula 
localiza-se lateralmente à linha média, 
isso é uma característica que pode 
auxiliar no diagnóstico diferencial do 
cisto dermoide da linha média. Como as 
mucoceles, as rânulas podem se romper 
e liberar seu conteúdo mucinoso e 
posteriormente se formam novamente. 
Variante não usual: 
✓ Rânula cervical ou mergulhante 
 
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fadmini
stracao.spemd.pt%2Fapp%2Fassets%2Fimagens%2Ffiles_img%2F1_19_5b3d0
edd3180e.pdf&psig=AOvVaw1XtIRbZ9Khl7CevETp8Jvl&ust=16075290664790
00&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIio7ILfvu0CFQAAAAAdAAA
AABAD 
Ocorre quando a mucina extravasada 
disseca através do musculo milo-hioide e 
produz aumento de volume dentro do 
pescoço. Um aumento de volume 
concomitante no soalho de boca pode ou 
não estar presente. Se não houver a 
presença da lesão bucal, o diagnóstico 
clínico de rânula pode não ser considerado. 
Os estudos por imagem podem auxiliar no 
diagnóstico de rânula mergu Ihante e na 
determinação da origem da lesão. Imagens 
de TC e IRM das rânulas mergulhantes 
originárias da glândula sublingual 
geralmente exibem discreto envolvimento 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
da lesão dentro do espaço sublingual ("sinal 
de cauda")– uma imagem característica não 
observada nas lesões que se desenvolvem a 
partir da glândula submandibular. 
✓ Características Histopatológicas 
É similar a mucocele. A mucina extravasada 
incita a formação de um tecido de 
granulação reacional que tipicamente 
contém histiócitos (macrófagos) 
espumosos. 
 
✓ Tratamento e prognóstico 
O tratamento da rânula consiste na 
remoção da glândula sublingual e/ou 
marsupialização. A marsupialização 
(descompressão) consiste na remoção da 
porção superior da lesão intraoral, que 
geralmente pode ser bem sucedida para as 
rânulas pequenas e superficiais associadas 
aos ductos de Rivini. Entretanto, a 
marsupialização geralmente não é bem-
sucedida para as rânulas grandes que se 
desenvolvem a partir do corpo da glândula 
sublingual, e a maioria dos autores enfatiza 
que a remoção da glândula afetada é uma 
importante consideração na prevenção de 
recorrências da lesão. Se a glândula for 
removida, pode não ser necessária a 
dissecção meticulosa do limite da lesão para 
sua resolução, mesmo para as rânula 
mergulhantes. 
 
❖ CISTO DO DUCTO SALIVAR 
(CISTO DE RETENÇÃO MUSOCO; 
CISTO DUCTAL MUCOSO; 
SIALOCISTO) 
É uma cavidade delimitada por epitélio 
que surge a partir do tecido da glândula 
salivar. Ao contrário das mucoceles 
comuns, ele é um cisto de 
desenvolvimento verdadeiro delimitado 
por epitélio que é separado dos ductos 
salivares normais adjacentes, sua causa 
ainda é incerta. Também pode ocorrer a 
dilatação dos ductos salivares 
semelhantes a um cisto 
secundariamente a uma obstrução 
ductal (p. ex., tampão de murcina), que 
cria uma pressão intraluminal 
aumentada. Embora alguns autores 
relatem estas lesões como cistos de 
retenção mucosos, elas provavelmente 
representam ectasias ductais e não 
cistos verdadeiros. 
✓ Características clínicas 
Geralmente ocorre em adultos e pode 
acometer tanto dentro das glândulas 
salivares maiores quanto as menores. 
Os cistos das glândulas salivares maiores 
são mais comuns dentro da parótida, em 
que se apresenta como um aumento de 
volume de crescimento lento e 
assintomático. 
Localização: Pode ocorrer em qualquer 
local que tenha glândula salivar menor, 
porém é mais comum em soalho de boca, 
mucosa jugal e lábios. 
Essas lesões são semelhantes às mucoceles 
e são caracterizadas por aumento de 
volume flutuante de consistência amolecida 
e pode ter cor azulada dependendo da sua 
profundidade quanto a superfície mucosa. 
Entretanto, alguns podem ser firmes a 
palpação. 
Os cistos do soalho bucal geralmente são 
adjacentes ao ducto submandibular e as 
vezes têm cor âmbar. 
✓ Características Histopatológicas 
Apresenta revestimento variável podendo 
consistir em epitélio cuboidal colunar ou 
pavimentoso atrófico circundando o lúmen 
contendo uma secreção fluida ou mucóide. 
Quando em constraste a ectasia ductal 
secundária à obstrução salivar é 
caracterizada por metaplasia oncocítica do 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
epitélio de revestimento do ducto. Este 
epitélio geralmente apresenta 
crescimentos papilares no sentido da luz do 
cisto, assemelhando-se a um pequeno 
tumor de Warthin, mas sem o estroma 
linfoide proeminente, se estas proliferações 
forem muito exuberantes, então estas 
lesões algumas vezes são diagnosticadas 
como cistadenomas papilíferos, embora 
muitas não sejam neoplasias verdadeiras. 
As lesões individuais dos pacientes com 
múltiplos "cistos de retenção mucosos" 
também exibem uma proeminente 
metaplasia oncocitica do epitélio de 
revestimento. 
✓ Tratamento e prognóstico 
O tratamento é por meio de excisão 
cirúrgica conservadora. Para os cistos nas 
glândulas salivares maiores, a remoção 
parcial ou total da glândula pode ser 
necessária. A lesão não apresenta recidiva. 
Raramente nos pacientes que se 
desenvolve ectasia ductal salivar multifocal 
(cistos de retenção mucosos) a excisão local 
deve ser realizada nas lesões mais 
problemáticas, porem a excisão cirúrgica 
não é recomendado para todas as lesões, as 
quais podem ser bem numerosas chegando 
a 100. Em estudo, foi constatado que o uso 
da eritromicina sistêmica e enxaguatórios 
bucais com clorexidina foi de grande auxilio 
no alivio da dor e redução da drenagem 
purulenta. Os medicamentos sialogogos 
também pode ser uteis na estimulação do 
fluxo salivar, prevenindo assim o acumulo 
de mucina extravasada dentro dos ductos 
excretores dilatados.

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