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HERPES ZOSTER

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HERPES ZOSTER
	EPIDEMIOLOGIA
	- incidência > 5 a década
- não é rara em jovens.
- É uma doença benigna, autolimitada, durando cerca de 2 semanas
- imunodeprimidos, em que o quadro clínico é mais extenso e arrastado.
	ETIOLOGIA
	- Vírus varicela-zóster 
- O VZV ou HHV-3 causa herpes-zóster e da varicela.
	FISIOPATOLOGIA
	- vírus latente nos gânglios paravertebrais por invasão dos nervos correspondentes pele formam vesículas agrupadas e em disposição metamérica (pode tbm vesículas erráticas). 
- processo de reativação do VZV envolve a mudança no balanço intraneuronal de 2 ptns octaméricas (Oct) ptn viral alfa-TIF liga-se à Oct1 (encontrada nos queratinócitos promove a transcrição do genoma viral). 
- A situação normal dos neurônios é a de predominância da Oct-2, em que alfa-TIF não consegue exercer seu efeito. 
- Lesões cutâneas, vibração, extremos de temperatura lesionam as terminações nervosas e liberam o fator de crescimento neuronal (FCN) reabilita as terminações lesadas, altera temporariamente o balanço Oct-1/Oct-2 (predomínio temporário do primeiro). 
- Esses fatos possibilitam a transcrição do genoma do VZV latente nos gânglios paravertebrais e a reativação do vírus
	QUARO CLÍNICO
	- nervos mais frequentemente acometidos são: 
torácico > cervical (C2, C3 e C4 ) > trigêmeo, incluindo o oftálmico > lombossacro. 
- nervos cranianos (facial, óptico, auditivo, faríngeo, laríngeo) erupção de localização correspondente aos seus trajetos anatômicos. 
- comprometimento de um único gânglio erupção é assimétrica e respeita o dimídio. 
- quadro dermatológico: eritema com vesículas agrupadas e/ou bolhas no trajeto nervoso acometido formação de crostas escamas 
- casos mais graves: as lesões podem sofrer necrose (zóster necrótico) involução deixa cicatrizes queloidianas. 
- neuralgia e a hiperestesia (+ intensa nos idosos), podendo anteceder o quadro cutâneo por dias. 
- dor lancinante acompanha a erupção cutânea e pode permanecer meses ou anos após a involução do herpes-zóster; 
- prurido
- neuralgia pós-herpética (NPH) dor persiste por mais de 1 mês > resolução do quadro cutâneo. (após 90 ou mesmo 120 dias). depressão em idosos + suicídios (dor crônica). 
- o zóster como um indicador de neoplasia (não é paraneoplásico) – linfoma - mais exuberante ou multidermatomal
■ Nervo trigêmeo (ramos oftálmico, maxilar e mandibular). 
- comprometimento do ramo oftálmico dano ocular em 2/3 dos casos (vesículas na ponta do nariz envolvimento do nervo nasociliar (sinal de Hutchinson). 
- complicações oculares: uveíte, ceratite, conjuntivite, edema conjuntival, paralisia do músculo ocular, proptose, esclerite, oclusão vascular retiniana e ulceração, cicatriz e até necrose de pálpebra. 
- envolvimento do gânglio ciliar pupila de Argyll Robertson (não acomodação com a luz). 
- zóster do ramo maxilar vesículas na úvula e na área tonsilar. 
- ramo mandibular vesículas na parte anterior da língua, no assoalho da boca e na mucosa bucal.
- zóster orofacial dor de dente. 
■ Nervo facial. 
- motor
- fibras sensoriais que inervam a orelha externa, a fossa tonsilar e o palato mole. 
- vesículas + dor (mesmo na ausência de acometimento cutâneo). 
- síndrome de Ramsay-Hunt: acometimento do nervo facial e do auditivo ipsilateral paralisia facial, às lesões no conduto auditivo externo e no tímpano surdez, tinido e vertigem. 
- ↓paladar nos 2/3 anteriores da língua e alteração do lacrimejamento pelo envolvimento do nervo intermédio ou seu gânglio geniculado. 
■ Outros nervos. 
- sacrais complicações motoras: bexiga neurogênica e alteração na defecação. 
- nervo laríngeo: disfagia
- nervos torácicos: hérnia abdominal. 
- infecção do SNC vasculopatias de médio e grande vasos, vasculite granulomatosa e ventriculites. 
	DIAGNÓSTICO
	
	DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
	
	TRATAMENTO
	- compressas com antissépticos para evitar infecção secundária
- analgésicos, se necessário, em função da intensidade da dor. 
- antivirais sistêmicos aciclovir oral administrado em altas doses, 800 mg a cada 4 h, 5 vezes/dia, por 7 a 10 dias. OU valaciclovir 1 g ou o fanciclovir 250 a 500 mg a cada 8 h por 7 dias. 
- antivirais ↓ o tempo de evolução da vesiculação,↓as complicações sistêmicas, ↓ a dor do zóster durante o tratamento e pode ↓ a chance da neuralgia pós-herpética quando administrado dentro dos primeiros dias (menos de 48 a 72 h), principalmente com o fanciclovir em doses mais altas (500 a 750 mg a cada 8 h) ou o valaciclovir. 
- > 50 anos corticoterapia sistêmica (prednisona 40 mg/dia), a fim de evitar a neuralgia pós-herpética (controverso). 
- síndrome de Ramsay-Hunt ou com acometimento ocular aciclovir por via venosa na dose de 10 mg/ kg, a cada 8 h por 7 dias + prednisona 60 mg por 2 semanas
- imunodeprimidos ACV venoso por 7 a 14 dias.
- neuralgia pós-herpética carbamazepina em doses de 100 a 400 mg/dia, amitriptilina em doses de 12,5 a 75 mg/dia, benzodiazepínicos, opiáceos e, até mesmo, bloqueio ganglionar. 
- A capsaicina, uma depletora da substância P efetiva no tto da neuralgia pós-herpética moderada ( 3 a 5 vezes/dia durante 4 semanas, na dose de 0,025 a 0,075%). 
- Lidocaína gel a 5%

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