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habilidades médicas exame físico ___ Vitória Freitas @vi_medgram Vitória Freitas - @vi_medgram exame físico @vi_medgram ➤ geral ➤ qualitativo 1. Fácies → É uma expressão facial distinta ou aparência associada a condições médicas específicas. Vem da palavra latina para "rosto". Nesta parte, procure descrever o que está vendo ao examinar estas pessoas, antes de tentar pensar em um diagnóstico. - Fácies Hipocrática: Olhos fundos, parados, inexpressivos. Nariz afilado e lábios delgados, com presença de “batimento” das asas do nariz. Rosto quase sempre coberto de suor. Típica de doença grave e estados agônicos, como por exemplo, ascaquexias. - Fácies Renal: caracterizada por edema palpebral predominante, principalmente na parte da manhã. Observada particularmente na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. - Fácies tetânica: Exprime sensação de dor crônica, permanente - Fácies Mixedematosa: Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada, com aumento dos sulcos. Edema periorbital, com supercílios escassos e cabelos secos e sem brilho. Fisionomia de desânimo e apatia. Estápresente principalmente no Hipotireoidismo. - Fácies Cushingoide ou de lua-cheia – Arredondamento do rosto, caracterizando edema, com bochechas avermelhadas e surgimento de acne. Observado no paciente com uso prolongado de corticoides (Cushing iatrogênico) e também nos casos da Síndrome de Cushing (hipertrofia do córtex dassuprarrenais) - Fácies da Paralisia Facial Periférica: assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras do lado afetado, repuxamento da boca para o lado e apagamento do sulconasolabial. - Fácies Mongoloide: Elemento característico: Fenda palpebral. Há ainda a prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro. Rosto redondo e boca quase sempre entreaberta. Fisionomia de pouca inteligência. Ex: Síndrome de Down. - Fácies Hipertireóidea ou Basedowiana – Traço caraterístico: Exoftalmia (olhos salientes; protrusão do globo ocular para fora da órbita). Rosto magro, com expressão fisionômica de vivacidade e às vezes aspecto de espanto e ansiedade. Presença de bócio. Típica do hipertireoidismo. - Fácies Leonina: Pele espessada, sendo sede de grande número de lepromas de tamanhos variados, em maior número na fronte. Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. Há deformidade da bochecha e do mento pelo aparecimento de nódulos. Barba escassa ou inexistente. Aspecto de cara de leão. Típico de paciente acometidos do Mal de Hansen (Hanseníase). - Fácies acromegálica: Saliência das arcadas supra-orbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento da mandíbula. Aumento do nariz, lábios e orelhas. Visto na acromegalia, consequente à hiperfunção hipofisária doadulto - Fácies Esclerodérmica: Denominada também fácies de múmia, pela quase completa imobilidade facial. Pele apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos lábios, redução do diâmetro da boca (microstomia) afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. Fácies típica daesclerodermia. - Fácies Miastênica: caracterizada por ptose palpebral bilateral, que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na miastenia gravis e outrasmiopatias. - Fácies Adenoidiana: Elementos fundamentais: Nariz pequeno e afilado e boca sempre entreaberta. Presente nas crianças com hipertrofia das adenóides, que dificultam a respiração nasal. - Fácies Pseudobulbar: Caraterizada por crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, dando um aspecto espasmódico à fácies. Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar. 2 - Fácies da depressão: Cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. Sulco nasolabial acentuado e o canto da boca rebaixado. Visível na síndrome da depressão, endógena oureacional. 2. Fâneros → estruturas visíveis da pele. Compreendem os cabelos, pêlos e unhas. Estão associadas com funções particulares, que incluem sensações, contratilidade, lubrificação e perda de calor. - cabelo, verificamos a sua implantação, distribuição, coloração, consistência (incluindo se há falhas da pilificação. Atentar aos padrões de pêlos em face, braços e pernas. - unhas, observamos suas formas, implantação, espessura, consistência, brilho e coloração. 3. Mucosas → tecidos epiteliais de revestimento interno das cavidades do corpo que têm contato com o meio externo. Também significa o conjunto formado por epitélio mais tecido conjuntivo que reveste as cavidades úmidas do corpo, em contraste com a pele onde a superfície é seca. Neste exame geral, focaremos nas mucosas dos olhos e da boca. - grau de palidez - grau de hidratação - icterícia - cianose 4. Tugor → elasticidade normal da pele causada pela pressão exercida para fora dos tecidos e do fluido intersticial. A redução do turgor é indicativo de redução da hidratação da pessoa, por diversos motivos (diarreia, vômitos, não ingerir líquidos, ou processo de envelhecimento). Observa-se a elasticidade e plenitude do tecido avaliado 5. Extremidades (+ rever pulsos) → pés e mãos, envolvendo a inspeção visual, percepção olfativa, palpação e comparação. Procura-se identificar a perfusão sanguínea, pulsos, lesões e presença ou não de edemas. Sempre avaliar se as alterações são simétricas ou não, pois serão pistas para localizar o sítio da alteração (central ou periférica) 6. Estado geral → Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente, em sua totalidade: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade, entre outros. O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) ou mau estado geral (MEG). ➤ linfonodos - Linfonodos reacionais, considerados comuns, são linfonodos ativados devido alguma infecção em andamento, como uma faringite, amigdalite, cárie dentária, acne, tuberculose ganglionar, hiv… Mais comuns em crianças, adolescentes e adultos jovens. - Já os linfonodos malignos são geralmente encontrados em pessoas acima dos 50 anos, com recorrência de metástases linfonodais – câncer de tireóide, câncer de boca, nasofaringe, orofaringe, laringe, ou até o linfoma ➥ anamnese - infecções da pele e do tecido subcutâneo (erisipela) - moradia e trabalho - hábitos de higiene - edema → bloqueio ganglionar como processo neoplásico, inflamatório, parasitário e após cirurgia de esvaziamento ganglionar - adenomegalia → aumento do volume de um linfonodo - linfangite → inflamação de um vaso linfático ➥ exame físico - inspeção → identificar assimetria, aumento do volume, lesões, hiperpigmentação, micoses - palpação → alteração da temperatura, consistência, sensibilidade e elasticidade ➥ submandibular faringe 3 → A parte superior da nasofaringe, ou abóbora da faringe, é ocupada na criança por uma aglomeração de tecido linfóide → A base da língua é ocupada por um conjunto de folículos linfóides que constitui a amígdala lingual → O anel linfático de waldeyer é o órgão formador de anticorpos ou imunoglobulinas das classes A e G e também reservatório de linfócitos T exame físico 1. Paciente deve abrir a boca e Mostrar toda a superfície da farinha de bucal ou orofaringe 2. Pode ser que haja necessidade de se recorrer ao abaixador de língua → uma das extremidades deve ser colocado no texto anterior ou médio da língua e nunca deverá ser levada até o terço posterior 3. Deve ser observado o tipo anatômico da amígdala como, reações inflamatórias, exsudatos, ulcerações, pseudomembranas, placas mucosas, formações tumorais 4. Sensibilidade da mucosa faríngea será pesquisada por intermédio de estileteque tocará os diversos elementos anatômicos faríngeos e comprovará ou não a hipoestesia ou anestesia → A exploração da cavidade faríngea Deve ser completada pela pesquisa dos linfonodos de cabeça e pescoço, pois os processos inflamatórios das amígdalas palatinas provocam ingurgitamento e dor dos linfonodos submandibulares doenças → A inflamação aguda ou crônica da faringe incluindo as amígdalas, pode ter as seguintes causas; viral, bacteriana, alérgica, hematopoética, substância ingerida ❏ Amigdalite; processo inflamatório infeccioso localizado geralmente nas amígdalas palatinas. É comum, no entanto, que a inflamação se estenda a toda a mucosa da bucofaringe, tomando, então, a denominação de angina. - Angina eritematosa. Toda mucosa faríngea apresenta-se congesta, levemente edemaciada, sobretudo ao nível das amígdalas palatinas, que, com frequência, se mostram recobertas por depósito esbranquiçado, puriforme, facilmente destacável → complicações - Abscesso da loja amigdaliana, aparecendo, então, dor unilateral, lancinante, com irradiação ao ouvido, trismo acentuado, salivação abundante e ingurgitamento linfonodal submandibular, febre, calafrios, mal-estar geral; o diagnóstico é confirmado pela punção exploradora - Abscesso laterofaríngeo, que é o processo supurativo agudo do tecido conjuntivo e de linfonodos do espaço laterofaríngeo. Manifesta-se por odinofagia unilateral intensa, empastamento edematoso do músculo esternocleidomastóideo, temperatura elevada e sinais de toxinfecção geral grave. A faringoscopia assinala abaulamento da parede lateral, logo atrás da amígdala. É frequente a instalação de trismo e de torcicolo - Febre reumática e glomerulonefrite, que são doenças inflamatórias de natureza autoimune relacionadas com infecção prévia por Streptococus do grupo A. - Angina diftérica. O agente específico é o Corynebacterium diphtheriae; A faringoscopia revela falsas membranas branco-acinzentadas, localizadas sobre as amígdalas, que invadem o terço superior dos arcos palatoglosso até a úvula , estas falsas membranas aderem à mucosa, resistem ao destacamento e não se dissociam na água, como acontece com o depósito da angina eritematopultácea. Há ingurgitamento linfonodal secundário submandibular. - Angina fusoespirilar. É provocada por simbiose entre os bacilos fusiformes e espiralares, saprófitos normais da cavidade bucal, que adquirem poder patogênico quando associados. - Angina do sarampo. Decorre de infecção por vírus pertencente ao grupo dos Paramixovírus. Além de provocar a angina eritematosa, frequentemente dá origem ao sinal de Koplik: um pontilhado branco, envolvido por halo vermelho, em número de 2 a 10, distribuído próximo à desembocadura do canal de Stenon (da glândula parótida). É raríssima atualmente. - Angina agranulocítica. A angina agranulocítica vai de simples eritema a ulceração e necrose da mucosa bucofaríngea. -Angina monocítica. É a mononucleose infecciosa, que pode acompanhar-se de angina eritematosa, por vezes com depósito fibrinoso. neoplasia 4 → Câncer da amígdala. Esse tipo de câncer, seguido ao da língua, é a mais frequente das neoplasias malignas bucofaríngeas. De regra, é unilateral e incide, de preferência, entre os 40 e os 60 anos de idade. A disfagia é pouco acentuada de início e não desperta maior atenção da parte do paciente. Com a progressão da neoplasia, a dor à deglutição torna-se cada vez mais intensa, com irradiação para o ouvido. Sobrevém linfadenopatia submandibular e carotídea, de consistência lenhosa, ao lado de sialorréia ( ↑ saliva), perturbações da fonação, da deglutição e da respiração cavidade bucal exame físico 1. boa iluminação 2. paciente sentado 3. utiliza-se espátula de madeira, afastador bucal e gaze 4. condições gerais → higiene bucal (dentes, lesões, tártaro, halitose neoplasia → papiloma; neoplasia benigna do tecido epitelial bastante comum na mucosa bucal e lábios. Aparece como um crescimento exofítico, assintomático, mais pediculado que séssil, com superfície rugosa e projeções digitiformes ou verrucoides, muitas vezes parecidas com "couve-flor". A superfície pode apresentar-se branca, graças à intensa queratinização causada por trauma secundário. → fibroma; é a neoplasia benigna do tecido conjuntivo, da cavidade bucal, sendo causada por traumatismo crônico. É um crescimento exofítico, séssil ou pediculado, consistente à palpação, assintomático, cor de mucosa normal ou mais clara em razão da menor concentração de vasos sanguíneos → hemangioma; é uma neoplasia benigna dos vasos sanguíneos, que pode ser de origem congênita ou traumática; pode ser cavernoso ou capilar, mas os tipos mistos são mais comuns. Aparece como um crescimento exofítico, que embranquece pela pressão digital → carcinoma epidermóide ( espinocelular); é a lesão maligna bucal mais comum, irritação crônica, tabagismo, bebidas alcoólicas, irradiações ionizantes e actínicas, atuando isoladamente ou em conjunto, podem desencadear alteração maligna em mucosa geneticamente condicionada. Apresenta-se de três maneiras: ulcerativa, exofítica e verrucosa; a medida que a lesão cresce, pode produzir um tecido proliferativo, exofítico e 5 de sangramento fácil. As metástases acometem principalmente os linfonodos submandibulares, cervicais superficiais e profundos, pré e pós-auriculares e supraclaviculares 6