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JUDITE MERTEN Maringá 2011 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública MOTIVAÇÃO DE ACADÊMICOS PARA CURSOS DE ENSINO SUPERIOR EM CIDADE DE PEQUENO PORTE: UM ESTUDO DE CASO JUDITE MERTEN Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública MOTIVAÇÃO DE ACADÊMICOS PARA CURSOS DE ENSINO SUPERIOR EM CIDADE DE PEQUENO PORTE: UM ESTUDO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Prof. Augusto Cesare de Campos Soares, M.Sc. JUDITE MERTEN Professor Augusto Cesare de Campos Soares, M.Sc. (orientador) Assinatura Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)] Assinatura Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)] Assinatura Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte banca examinadora: MOTIVAÇÃO DE ACADÊMICOS PARA CURSOS DE ENSINO SUPERIOR EM CIDADE DE PEQUENO PORTE: UM ESTUDO DE CASO Aprovado em ___/___/2011 RESUMO O presente trabalho visa conhecer o grau de motivação e realização dos acadêmicos oriundos de grandes centros, estudando em cidade de pequeno porte, como Cidade Gaúcha. Apontar as dificuldades e as deficiências encontradas, para que se possa tomar decisões para suprir o indesejável. Buscar técnicas e recursos para transformar a apatia e a inércia em ambientes conquistadores, confortáveis. A motivação transforma o estudante para a busca do conhecimento e do saber, adaptando-o a realidade em que vive. Visto que a mesma acontece mediante fatores internos e externos. Os internos dependem grande parte do próprio indivíduo e os externos da sociedade onde vive. A metodologia usada foi pesquisa de fontes bibliográficas sobre teorias de motivação. A coleta de dados para adquirir informações dos acadêmicos do Curso de Engenharia Agrícola, foi realizada através de questionário que resultou nas informações necessárias para o conhecimento da situação que se encontram os acadêmicos em Cidade Gaúcha. Informações estas, que nos disponibilizam o nível do curso, relacionamento com o corpo docente e vida social dos mesmos. Os itens supra-citados confirmam que o grau de satisfação é muito bom restando a desejar somente o fator social, na parte de lazer. Através do questionário foi possível também identificar as deficiências do poder público em relação ao que proporciona e deixa de proporcionar na vida social do acadêmico. Informação esta, positiva no sentido de alertar a administração pública para realização de melhorias no futuro. Palavras-chave: Motivação, satisfação, comportamento. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 6 2.1 MOTIVAÇÃO ................................................................................................... 6 2.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW ..................................... 9 2.3 TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG ........................................... 12 3. METODOLOGIA ............................................................................................. 14 4. UM HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CIDADE GAÚCHA .............................. 16 5. CAR – CAMPUS DO ARENITO ..................................................................... 17 6. ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 18 7 CONCLUSÃO.................................................................................................. 24 8. REFERÊNCIAS................................................................................................ 25 APÊNDICE 1 - Questionário de Pesquisa ................................................... 26 5 1. INTRODUÇÃO O ser humano rompe da inércia pela motivação. Necessário se faz que o ambiente interno e externo onde vive e convive seja constantemente incentivador, harmonioso e atrativo. A inteligência humana ininterruptamente procura melhorias de vida. E isto se dá na busca de novos conhecimentos. Sendo as pessoas caracteristicamente individuais, cada qual persegue os caminhos que conduzem à realização, à conquistas propostas. Importante conhecer e refletir sobre a variedade de interferências que o ser humano recebe. Muitas são externas, como trabalho, situação econômica, meios de comunicação, nova tecnologia, sociedade em que vive. As interferências interiores, muitas vezes são mais fortes: a crença, o conhecimento, o caráter, a força de vontade e a motivação. Todos estes fatores impulsionam o ser humano a sair da monotonia, da sonolência e impelem o mesmo para a ação. O jovem necessariamente busca alternativas condizentes com sua perspectiva de vida, conforme seus dons; a vontade de se realizar no futuro. O curso de Engenharia Agrícola estabelece condições ao acadêmico de manter contato direto com a natureza, com equipamentos alusivos ao cultivo da terra, construções necessárias para armazenamento de grãos e outras. Proporciona conhecimento para o progresso e aperfeiçoamento do cultivo do que é básico, necessário e essencial a toda a humanidade, a matéria prima para a alimentação humana e de certos animais. Por esta perspectiva, verifica-se que a necessidade de deslocamento de ambiente em que vive para outro em busca da conquista proposta, é constante. Nem sempre o ambiente onde se pode atingir o almejado, satisfaz as demais necessidades secundárias, como lazer, tecnologia. Muitas vezes o jovem não tem a força de vontade, não está motivado o suficiente para enfrentar as barreiras, abnegando os prazeres por determinado período, abandonando o proposto, regressando a estaca zero. Priorizando o lazer e, colocando em segundo plano a conquista do conhecimento, do saber; o alicerce de uma vida futura. 6 Toda organização que se estabelece num determinado local, deve priorizar a qualidade de vida de todo ser humano que de uma forma ou outra constitui essa organização. Portanto a globalização deve estar inerente. A administração pública deve priorizar o atendimento às necessidades das organizações estabelecidas no local; Assim como o comércio, a indústria, as associações, os clubes. Todos com uma única visão: Proporcionar capacitação para que haja no futuro produção, realização e desenvolvimento. Proporcionar aos acadêmicos do curso de Engenharia Agrícola motivação no estudo e no lazer para que os mesmos se comprometam com a futura profissão de forma agradável e estimulante. Necessário se faz, de forma específica, verificar a realidade e proporcionar condições e motivação para que permaneçam em Cidade Gaúcha, cursando Engenharia Agrícola. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 MOTIVAÇÃO O presente trabalho procura levantar conceitos científicos inerentesao tema bem como expor uma literatura que trabalhe a motivação em acadêmicos para cursos de ensino superior em cidade de pequeno porte: um estudo de caso. Segundo Maximiano (2009, p. 250) a palavra motivação indica as causas ou motivos que produzem determinado comportamento, seja ele qual for. A motivação é a energia ou força que movimenta o comportamento e que tem três propriedades: - Direção: o objetivo do comportamento motivado ou a direção para a qual a motivação leva o comportamento. - Intensidade: magnitude da motivação. - Permanência: duração da motivação. A motivação é interior; é a incentivadora das ações. Diverge de momento em momento, de estímulo, de circunstância. Ela é totalmente única e específica. O estímulo pode motivar uma pessoa a um comportamento, num determinado momento e pode não motivar em outro momento. Como o mesmo 7 estímulo pode não motivar outras pessoas, no mesmo momento. Portanto a motivação é realmente específica. Age conforme a causa. Esta se prende ao resultado, que por sua vez é conseqüência do esforço. O comportamento é motivado para atingir determinado objetivo. Este é o percurso normal de qualquer ação motivada. No entanto pode a mesma encontrar no percurso obstáculos, tais como conflitos, frustrações, ansiedade que a impeça sua realização de forma parcial ou mesmo total. Conforme Vergara (2003, p. 41) motivação não é um produto acabado; antes, um processo que se configura a cada momento, no fluxo permanente da vida. Tem caráter de continuidade, o que significa dizer que sempre teremos à nossa frente algo a motivar-nos. A energia que surge dentro de nós e nos arranca da inércia, levando-nos para ações é motivação. Ela é totalmente interna e depende de nós. O externo é estímulo. Os nossos conteúdos psicológicos são os fios que conduzem que acionam a energia da motivação. Dedicamos mais tempo ou menos tempo a atividades, conforme nos motivamos, segundo Freud. Por que um estímulo provoca reações diferentes em cada ser humano? Cada ser humano é constituído diferentemente em inumeráveis pontos de vista, como organização familiar, necessidades diferentes, profissão diferente, uma história de vida. Cada qual influencia e conduz a ações originais, próprias. Contribuem para a formação dessa individualidade, fatores genéticos, educacionais, ambientais, circunstanciais, sociais e psicológicos. Para entender e poder lidar com toda essa complexidade faz-se necessário por em ação nossa sensibilidade e aceitar as diferenças de cada um. Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta (ROBBINS, 2005, p. 132). Na realidade, pela experiência de vida, confirma-se o pensamento de Robbins. Existe uma meta a ser atingida. Os caminhos são vários; ou você pode abrir caminhos. O necessário e principal é conhecer e saber qual caminho tomar. Após essa decisão, torna-se fácil trabalhar com a intensidade e a persistência. Exemplo: você necessita de um meio de locomoção. Faz-se necessário, em primeiro lugar decidir qual. Se, uma bicicleta, um carro ou uma moto, tem que escolher. 8 Tomada a decisão, torna-se mais fácil estabelecer tempo, juntar recursos e manter a idéia formalizada. Isto representa intensidade, persistência e direção. São elementos interligados. Um completa o outro. Não se chega a lugar algum sem o esforço e a persistência. Portanto a TRINDADE é inseparável. Faz-se necessário saber a qualidade do esforço e a dimensão da persistência para perseguir o objetivo proposto. Quem nos apresenta e nos afirma essa qualidade e essa dimensão é a motivação. Responsável para acionar constantemente o motor da direção, do esforço e da persistência, até atingir o objetivo almejado. Quando as pessoas se sentem conectadas a algo com um objetivo maior do que elas próprias, ficam inspiradas a buscar atingir níveis que de outra forma não tentariam alcançar. Nossa empresa está baseada no potencial humano (Zimmer citado por SCHERMERHORN 2007, p. 310). Mediante a colocação de Zimmer, pode afirmar que o desafio transporta a pessoa a tal ponto, fazendo que a mesma acredite em si, em seu potencial. As células motivadoras se multiplicam, borbulham e transbordam as margens do cotidiano. Transformando o indivíduo num grande alavancador. O termo motivação é usado na teoria de gestão para descrever forças dentro do indivíduo que são responsáveis pelo nível, direção e persistência dos esforços empregados no trabalho. Em suma, uma pessoa altamente motivado trabalha mais em sua função, que a desmotivada. (SCHERMERHORN, 2007, p. 311) As recompensas geralmente são dadas pelos atos bem sucedidos das pessoas. É interessante, as mesmas servem para suscitar o ânimo e a pessoa se mantém motivada. Torna-se um ciclo repetitivo. Esse tipo de recompensa é externa. A recompensa interna ocorre pelos seus próprios atos. Conforme as ações executadas surgem o sentimento de competência, desenvolvimento pessoal, autocontrole. As pessoas mesmo se autoavaliam. A motivação é um processo psicológico básico, juntamente com a percepção, atitudes, personalidade e aprendizagem, a motivação sobressai como um importante processo na compreensão do comportamento humano. Ela interage e atua em conjunto com outros processos mediadores e o ambiente. Da mesma forma como acontece com os processos cognitivos, a motivação não pode ser visualizada. A motivação é um constructo hipotético utilizado para 9 ajudar a compreender o comportamento humano. (CHIAVENATO, 2010, p.242) Importante destacar que o acionador é o talento humano. Este necessita possuir conhecimento, habilidade e competências. Competência, capacidade, liderança, dedicação, esforço despendido, orientação são fatores que modelam o desempenho individual. No entanto o comportamento individual do ser humano é acionado e movido pela motivação. O administrador, por princípio, deve estar e ser motivado, para que possa obter todo o arsenal do conhecimento da motivação humana, indispensável ao sucesso das pessoas. Em qualquer campo, as pessoas devem estar: decididas, confiantes e motivadas; prontas para qualquer desafio. Importante observar que cada ser humano age de maneira diferente dos outros e cada ação executada por ele mesmo é diferente. A diversidade faz com que o comportamento humano aja diferenciado conforme as necessidades e as metas. A motivação ocupa quase todos os lugares. A motivação se processa de forma diferente de pessoa por pessoa ou dentro da mesma. Há um sistema motivacional, constituído de elementos que se interligam no momento de agir: necessidades, impulsos e incentivos. A motivação para a realização é uma força que algumas pessoas têm para vencer desafios e obstáculos na busca de objetivos. Uma pessoa com esse tipo de impulso deseja desenvolver-se, crescer e progredir na escala do sucesso. A realização é importante em si mesma independente das recompensas que possam acompanhá-la. (DAVIS e NEWSTROM, 2004, p. 47) Julgo importante esse tipo de motivação, visto a pessoa buscar por si própria o acionamento da realização. 2.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW Segundo Chiavenato (2010, p. 247) a teoria motivacional de Maslow se baseia na chamada hierarquia de necessidades. O fundamento da sua teoria é que 10 as necessidades podem ser hierarquizadas, ou seja, distribuídas em uma hierarquia de importância e de influenciação do comportamento humano. As necessidades humanas expostas por Maslow enfatizam os seguintes itens: 1. Fisiológico ou biológico – necessidade de se alimentar, beber, habitação, proteção contra dor, sofrimento. Exige garantia de sobrevivência. 2. Segurança – estar livre de perigos e estar protegidos contra ameaças externas e ambientais. 3. Social – está intensamente ligada a vida socialdo indivíduo; desejo de dar e receber afeto, amor. Ter amizades, participar de grupos, filiação. 4. Estima – são necessidades, pelas quais a pessoa se vê, se projeta, auto- avalia, autoconfia. 5. Auto-realização – necessidade primordial do ser humano. Cada ser humano tenta a realização do próprio potencial, desenvolvendo continuamente a criatura humana no decorrer da vida. Maslow argumenta que a necessidade não satisfeita, influência no comportamento. As pessoas nascem com bagagem de necessidades fisiológicas que são hereditárias. Numa certa idade, a pessoa passa para o caminho da aprendizagem de novos padrões de necessidades para sua conservação e sobrevivência pessoal. As necessidades secundárias surgem à medida que as primárias são satisfeitas e passam a predominar sobre os níveis mais baixos. Uma necessidade mais baixa e não satisfeita, ela impera e predomina provisoriamente, até estar satisfeita. As necessidades mais baixas requerem motivação rápida, as mais elevadas, um ciclo mais longo. Maslow apresenta uma teoria em que afirma que as pessoas têm necessidades de crescer e desenvolver-se. Teoria esta, aceita por muitas pessoas, mas não todas. Para Schermerhorn (2007, p. 35) necessidade é uma carência fisiológica ou psicológica que alguém sente a compulsão de satisfazer. Trata-se de um conceito significativo para gerentes, pois as necessidades criam tensões que podem influenciar as atitudes e comportamentos de uma pessoa no trabalho. Cinco níveis das necessidades humanas, das mais baixas às mais elevadas. A teoria se baseia no princípio do déficit, as pessoas agem para satisfazerem necessidades das quais estão privadas. O segundo princípio se baseia na 11 progressão. As necessidades são hierárquicas. Uma é ativada quando a de nível imediatamente inferior for satisfeita. As necessidades inferiores incluem preocupações fisiológicas, de segurança e sociais. São compostas por desejos de bem estar social e físico. As necessidades superiores são preocupações de estima e auto-realização. São desejos de crescimento e desenvolvimento psicológico. Maslow usa dois princípios para descrever como essas necessidades afetam o comportamento humano. (Maslow citado por Schermerhorn, 2007, p. 313) O princípio do déficit diz que uma necessidade satisfeita não é um motivador de comportamento. As pessoas devem se comportar de forma a satisfazer nas necessidades não atendidas. No princípio da progressão verifica-se que uma necessidade de um nível não é ativada até que a do nível imediatamente inferior esteja satisfeita. As pessoas sobem de passo a passo em busca da satisfação das necessidades. Na auto- realização, quanto mais essas necessidades são realizadas, mais aumentam. Segundo Robbins (2005, p. 133) a mais conhecida teoria sobre motivação é, provavelmente, a hierarquia das necessidades, de Abraham Maslow. Segundo este autor, dentro de cada ser humano existe uma hierarquia de cinco categorias de necessidades. São elas: 1. Fisiológica: inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades do corpo. 2. Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. 3. Social: inclui afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo. 4. Estima: inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção. 5. Auto-realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser; inclui crescimento, alcance do seu próprio potencial e autodesenvolvimento. Interessante observar que após o atendimento de uma necessidade, a próxima torna-se a dominante. O ser humano busca o topo da hierarquia. Referindo- 12 se a motivação, mesmo que uma necessidade não esteja completamente suprida, desde que haja satisfação, elimina-se a motivação. As necessidades de nível mais baixo são fisiológicas e de segurança, satisfeitas externamente; as de nível mais alto são as de auto-realização, satisfeitas internamente. 2.3 TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG Segundo Chiavenato (2010, p. 251) Herzberg chegou à conclusão de que os fatores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação. Para ele, o oposto de satisfação não é a insatisfação, mas nenhuma satisfação. Da mesma maneira, o oposto de insatisfação não é a satisfação, mas nenhuma insatisfação. Cada um dos dois fatores tem uma dimensão própria. Os fatores higiênicos têm capacidade limitada para influenciar as pessoas. Higiênicos, tem caráter preventivo, eles apenas evitam a insatisfação, visto não terem capacidade para levar à motivação. Quando precários provocam a insatisfação; daí o nome de insatisfacientes. São os que englobam as condições físicas e ambientais de trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização. Os fatores motivacionais são os que se referem ao conteúdo do cargo. Produzem efeito duradouro de satisfação e aumento de produtividade. São eles que conduzem a sentimento de satisfação e auto-realização. Relacionam-se com as necessidades secundárias da pessoa. A teoria dos dois fatores associa os fatores higiênicos, ou fontes de insatisfação na função, com aspectos relacionados ao contexto de função. Os fatores higiênicos incluem aspectos como condições de trabalho, relacionamentos interpessoais, gestão e políticas organizacionais, qualidade técnica da supervisão e forma de remuneração ou salário. Tais fatores contribuem para maior ou menor insatisfação no trabalho. Herzberg argumenta que ao melhorar o ambiente, colocando música ambiente ou implementando uma política antifumo, as pessoas podem ficar menos insatisfeitas com tais aspectos de seu trabalho. Mas isso não iria melhorar a satisfação no exercício do cargo. Trata-se de algo que exige atenção em um conjunto totalmente diferente e iniciativas gerenciais. (SCHERMERHORN, 2007, p. 314) 13 Para melhorar a satisfação é necessário enfocar fatores de satisfação, assim, automaticamente o desempenho e a satisfação se elevam, incluindo senso de realização, sentimento de reconhecimento, responsabilidade e sentimento de crescimento pessoal. Frederick Herzberg, na década de 60, focalizou a questão da satisfação para formular sua teoria. Segundo ele, existem dois fatores que explicam o comportamento das pessoas no trabalho: os higiênicos e os motivacionais. (HERZBERG citado por VERGARA, 2003, p. 45) Os fatores higiênicos se localizam no ambiente de trabalho, tais como salário, benefícios sociais, condições físicas de trabalho, relacionamento com os colegas; sua presença não causa insatisfação, mas também não traz satisfação. Os fatores motivacionais estão relacionados a auto-realização e ao reconhecimento. A teoria dos dois fatores (algumas vezes também chamada de teoria da higiene-motivação) foi proposta pelo psicólogo Frederick Herzberg. Com a crença de que a relação de uma pessoa com o seu trabalho é básica, e de que essa atitude pode determinar o seu fracasso, Herzberg investigou a questão: “o que as pessoas desejam do trabalho?”. Ele pediu às pessoas que descrevessem, em detalhes, situações em que elas se sentiram excepcionalmente bem ou mal a respeito do eu trabalho. As respostas foram, então, tabuladas e categorizadas. (ROBBINS, 2005, P. 134) As respostas traduziam que os que estavam bem atribuíam o sucesso a seu próprio esforço, visto serem resultados de fatores intrínsecos, como progresso, reconhecimento, responsabilidade e realização. Os insatisfeitos atribuíam a fatores extrínsecos, como à supervisão, remuneração, política da empresa e condições de trabalho. Os dados obtidos não significam que o oposto de satisfação seja insatisfação, conforme é conceituado. Portanto segundo Herzberg o oposto de satisfação é não-satisfação e o oposto de insatisfação é não-insatisfação.Há quem conteste a teoria dos dois fatores. O procedimento é limitado por sua metodologia. Quando as coisas vão bem, o mérito é seu; ao contrário a culpa é do ambiente externo. A metodologia é questionável; o pesquisador precisa fazer interpretações, correndo o risco de interferência. A teoria ignora as variáveis 14 situacionais. Herzberg coloca relação entre satisfação e produtividade, mas a metodologia da pesquisa não enfoca a produtividade. A teoria de Herzberg, mesmo com todas essas dúvidas, é recomendada e representa um grande sucesso na motivação dos trabalhadores. 3. METODOLOGIA Conforme Severino (2007, p. 118) várias são as modalidades de pesquisa que se podem praticar, o que implica coerência epistemológica, metodológica e técnica, para o seu adequado desenvolvimento. Segundo Gil (2008, p. 17) a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados. Quando não se tem informação suficiente ou disponível para encontrar solução dos problemas, faz-se necessário aplicar uma pesquisa. A mesma deve obedecer a métodos, técnicas e procedimentos científicos para se obter resultados reais. Para Marconi e Lakatos (2006, p. 157) a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Segundo Severino (2007, p. 123), na pesquisa de campo, o objeto/fonte é abordado em seu meio ambiente próprio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados, sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador. O importante na pesquisa de campo é a presença humana. Pode-se fazer perguntas, observações, experiências. Constatando de forma presencial as ações e o comportamento humano, no campo pesquisado. Torna-se mais fácil concretizar o projeto a ser implantado. Para Marconi e Lakatos (2006, p. 188) pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um 15 problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Segundo Gil (2008, p. 53), o estudo de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis. Como conseqüência, o planejamento do estudo de campo apresenta muito maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa. O pesquisador permanece o maior tempo possível na comunidade, visto ser ele o realizador de quase todo o trabalho no estudo de campo. A experiência direta com a situação de estudo, com a realidade pode entender melhor as regras, os costumes e as convenções que reagem o grupo estudado. As vantagens do estudo de campo, os resultados são os mais fidedignos, econômicos e confiáveis. Constam também desvantagens como longo tempo e o risco do subjetivismo na análise e interpretação dos resultados. Pesquisa exploratória são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. (MARCONI e LAKATOS, 2006, p. 190) Pesquisa exploratória trata-se da fase inicial da pesquisa; busca o levantamento bibliográfico sobre o tema, com o propósito de identificar informações e subsídios para definição dos objetivos, determinação do problema e definição dos tópicos do referencial teórico. É considerada uma forma de pesquisa porque implica em leituras sobre o assunto, embora não seja o propósito fim da pesquisa. (MICHEL, 2009, p. 40) A pesquisa exploratória tem como finalidade auxiliar na definição dos objetivos, levantar informações sobre o assunto. O intuito não é resolver o problema, mas proporcionar informações para entendê-lo melhor. Para Severino (2007, p. 125), questionário é o conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. Para que o resultado do questionário seja condizente e satisfatório ao objetivo proposto, faz-se necessário que as questões sejam claras e objetivas. 16 Sendo que as mesmas podem ser abertas, em que as opções de respostas serão pré-definidas pelo pesquisador; ou fechadas, podendo o questionado elaborar as respostas com suas próprias palavras. O questionário antes de ser aplicado deve passar por um pré-teste, para que o pesquisador tenha oportunidade de avaliar sua eficácia e, se necessário revisá-lo e ajustá-lo. Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistado (MARCONI e LAKATOS, 2006, P 203). Pelo questionário obtêm-se dados que são oferecidos pelos pesquisados. Na maioria dos questionários, os dados são fieis, corretos; pois não comprometem a pessoa pesquisada, visto ser a mesma no anonimato. É o de mais facilidade, rapidez e barato de se obter. Ele traduz os objetivos específicos da pesquisa. Quando se interroga sobre dados objetivos obtêm-se facilmente as respostas objetivas e verídicas, mas quando o questionário refere-se a sentimentos, crenças, é mais difícil de existir coerência, verdades absolutas nas respostas. O questionário é a maior técnica e a melhor na coleta de dados. Não existem normas específicas e rígidas na elaboração do mesmo. 4. UM HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CIDADE GAÚCHA O município de Cidade Gaúcha, situado no noroeste do Estado do Paraná, surgiu devido ao ciclo do café que, devido às grandes geadas, foi substituído pelas atividades: agrícola, pecuária e cana-de-açúcar. Com a finalidade de atrair famílias da região Sul do Brasil, em 1952 a Imobiliária Ypiranga de Boralli & Held, realizou a colonização do atual município de Cidade Gaúcha. Em outubro de 1961 realizou-se a primeira eleição municipal, onde o Sr. Lauro R. Muller (1961/1965) foi eleito prefeito; depois assumiram: Mário Ribeiro Borges (1966/1968); Gentil Geraldi (1968/1969); Moacir Motta (1970/1972); Gentil Geraldi (1973/1976); Nelson Enumo (1977/1982); Gilberto P. Aita (1983/1988); Antonio Milton de Oliveira Lucena (1989/1992); Ideval Santos Ferrarini (1993/1996); 17 Gilberto P. Aita (1997/2000); Antonio Milton de Oliveira Lucena (2001/2003), que com o seu falecimento em 05/12/2003, assumiu Ideval Santos Ferrarini (2003/2004), seu vice; Vitor Manoel Alcobia Leitão (2005/2008), sendo reeleito para a gestão de 2009 a 2012. Resultados do Censo 2010, realizado pelo IBGE, demonstram que o crescimento populacional de Cidade Gaúcha foi acima da média dos trinta e dois municípios da região da Amerios (Associação dos Municípios do Entre-Rios). A região teve um crescimento populacional de 3,48%, enquanto que Cidade Gaúcha aumentou em 4,35%. O município de Cidade Gaúcha conta com 11.067 habitantes. Cidade Gaúcha, uma cidade de pequeno porte, encontra-se em momentos de vitórias. Com a criação do Curso de Engenharia Agrícola, muitos acadêmicos e docentes de várias regiões do país vieram residir na mesma. Com isso o comércio e o setor imobiliário cresceram. O que se encontra deficitário no município é o lazer e a necessidade de mais cursos que já foram reivindicados. 5. CAR – CAMPUS DO ARENITO Em 22/06/1988 foi criado o Campus do Arenito da Universidade Estadual de Maringá, com uma área de 46 hectares para implantaçãode um centro experimental para os cursos de Zootecnia e Agronomia. Com o intuito de que a Universidade Estadual de Maringá se fizesse presente em Cidade Gaúcha, uma equipe de professores incentivou as autoridades locais para tal criação. O Reitor Prof. Dr. Fernando Ponte de Sousa e o Vice-Reitor Prof. Dr. Manoel Jacó Garcia Gimenes apoiaram a criação do campus juntamente com o Prefeito Municipal de Cidade Gaúcha, Senhor Gilberto Pedro Aita. Atualmente é ofertado no Campus, o curso de Engenharia Agrícola na modalidade presencial e diversos cursos na modalidade a distância, como: Administração (Projeto Piloto), Administração Pública, Ciências Biológicas, Física, História e Pedagogia e cursos de pós-graduação de Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e Gestão em Saúde. Além destes, a Universidade Aberta do Brasil oferta os cursos na modalidade à distância de Pedagogia em convênio com Universidade Federal do Mato Grosso do sul; e Administração, Letras habilitações em Português e 18 Espanhol em convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina. Dispondo de uma infra-estrutura de três blocos didáticos contendo salas de aula, auditório e laboratórios em diversas áreas da Engenharia Agrícola, além de uma estação meteorológica, barracão de máquinas agrícolas e áreas experimentais para realização de atividades para fins de ensino, pesquisa e extensão. 6. ANÁLISE DOS RESULTADOS Foi elaborado um questionário e encaminhado aleatoriamente à 20 acadêmicos do curso de Engenharia Agrícola, do qual repassamos o conteúdo. Entre os acadêmicos questionados 70% são do sexo masculino, e 30% são do sexo feminino. Constata-se que, embora o curso se constitua de disciplinas referentes a agricultura, construção, manejo de máquinas e equipamentos, dentre outros, o sexo feminino se faz presente. Quanto a idade dos acadêmicos questionados, pode-se verificar na tabela 01 que 50% têm de 17 a 21 anos e 50% de 22 a 25 anos. TABELA 01 – Idade Idade (anos) Número de Entrevistados (%) 17 a 21 50 22 a 25 50 26 a 30 0 > 31 0 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. O porte da cidade onde a família do acadêmico reside, obteve-se a seguinte informação: 15% dos questionados, a família reside em cidade de pequeno porte; 50% reside em cidade de médio porte e 35% reside em cidade de grande porte. Conforme tabela 02, verifica-se que a porcentagem maior é oriunda da cidade de médio porte, visto que o número da população é considerável em relação a cidade de pequeno porte. E as cidades de médio porte não oferecem todos os cursos, ao 19 contrário dos grandes centros. Está é a justificativa do número de acadêmicos por porte de cidade. TABELA 02 – Porte da cidade onde família reside Porte da Cidade de origem Número de Entrevistados (%) pequena 15 médio 50 grande 35 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. 85% dos questionados informaram que eram sabedores que Cidade Gaúcha era de pequeno porte; enquanto 15% desconheciam. Observa-se que o candidato a vestibular busca as informações necessárias para que o que pretende. O entrosamento entre os acadêmicos (clima, respeito e aceitação) encontra- se num excelente nível. As relações sociais são respeitadas entre os mesmos. Não são encontrados obstáculos para harmonia no ambiente acadêmico. Comprova-se pela porcentagem, onde 90% responderam sim e 10% não. O relacionamento entre professores e acadêmicos é excelente; visto que 90% responderam que sua relação com os docentes é positiva e 10% que sua relação com os docentes é negativa. Mediante tal resultado, constata-se que o DEA – Departamento de Engenharia Agrícola tem um corpo docente capacitado, atuante e ótimas relações sociais. A satisfação em cursar Engenharia Agrícola em Cidade Gaúcha é unânime entre os acadêmicos questionados. 90% manifestaram positivamente enquanto 10% negativamente. Conclui-se que estrutura física, corpo docente e administrativo correspondem ao almejado, atingindo os objetivos da Instituição e dos acadêmicos. A atração que Cidade Gaúcha oferece aos acadêmicos fica a desejar, visto que 80% responderam que Cidade Gaúcha não é atrativa, em contrapartida 20% é atrativa. Julga-se que o setor de lazer é deficitário. Há necessidade, muitas vezes, deslocar-se para cidades vizinhas em busca do mesmo. Quanto a moradia, conforto físico e lazer oferecido pelo município de Cidade Gaúcha aos acadêmicos, satisfaz os mesmos, visto ser uma cidade organizada e embora de pequeno porte, oferece o básico em todas os setores. Comprovado pelo gráfico 01, onde 05% responderam que a moradia, conforto físico e lazer ofertado 20 pelo município de Cidade Gaúcha aumentam a motivação para o estudo, enquanto que 35% diminuem a motivação e 60% não interfere na motivação. Motivação em Relaçãao aos Estudos 5% 35% 60% aumenta diminui não interfere Gráfico 01 – Motivação em Relação aos Estudos Fonte: Pesquisa de Campo, 2011. A forma da população de Cidade Gaúcha acolher o estudante que vem de outras localidades fica a desejar; visto que o resultado do questionamento é de 50% positivo e 50% negativo. Atendimento do Poder Público aos Estudantes 0% 10% 60% 30% ótimo bom regular péssimo Gráfico 02 – Atendimento do Poder Público aos Estudantes Fonte: Pesquisa de Campo, 2011. 21 Ao serem questionados quanto ao atendimento do poder público aos acadêmicos, obteve-se um resultado desagradável e preocupante. Como consta no gráfico 02, 10% responderam que o atendimento do poder público aos acadêmicos é bom; 60% é regular e 30% é péssimo. Urgentemente deve ser alertado o poder público quanto a essa situação. Questionando o estudante sobre a influência que exerce sobre o mesmo, a estrutura oferecida pelo município de Cidade Gaúcha (saúde, educação e lazer), obteve-se o seguinte resultado, conforme tabela 03: 55% não afeta a motivação do estudante para o estudo e 45% reduz. Mediante tal resultado verifica-se que o município deve se preocupar e agir providenciando melhorias nos itens supra citados. TABELA 03 – Motivação aos Estudos devida à Infraestrutura oferecida Motivação aos Estudos devida à Infraestrutura oferecida Número de Entrevistados (%) Aumenta 0 Reduz 45 Não afeta 55 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Os acadêmicos questionados em relação a estrutura de laboratório, biblioteca, sala de aula, transporte no CAR – Campus do Arenito em Cidade Gaúcha, conforme conta no gráfico 03, reconhecem que o atendimento é bom, visto que de 20 questionados 65% considerada bom e 35% regular. Atualmente os laboratórios e a biblioteca estão recebendo equipamentos, livros de forma considerável. 22 Estrutura do Campus 0% 65% 35% 0% ótimo bom regular péssimo Gráfico 03 – Estrutura do CAR – Campus do Arenito Fonte: Pesquisa de Campo, 2011. A motivação dos docentes que trabalham em uma cidade de pequeno porte motivaria os acadêmicos? Foi esse o questionamento proposto aos 20 acadêmicos. 35% responderam não e 65% sim. Conclui-se que os jovens estudantes não se prendem ao docente quanto ao trabalhar e residir em cidade de pequeno porte. No questionamento da existência do único curso presencial, Engenharia Agrícola em Cidade Gaúcha, não afeta a motivação dos acadêmicos, conforme a porcentagem apresentada pelos questionados na tabela 04. 70% por ser o único curso, não afeta a motivação para o estudo e 30% reduz sua motivação. Constata-se que o jovem estudante tomou a decisão com firmeza a respeito do curso escolhido. TABELA 04 – Motivação aos Estudos devido ao Curso oferecido Motivação aos Estudos devido ao Curso oferecido Número de Entrevistados (%) Aumenta 0 Reduz 30 Não afeta 70 Fonte: Pesquisa de campo, 2011. Questionando a importância da criação de novos cursos superiores presenciais em Cidade Gaúcha, 100% dos entrevistados responderam positivamente.Vê-se claramente a urgência dessa criação. Desta forma abre espaço 23 para atender as diversidades de pretensões para que cada um possa se realizar dentro do almejado. Com a criação de novos cursos o ambiente estudantil se tornaria mais atrativo, acolhedor e incentivador. Ao questionar os alunos, se indicariam a seus amigos Cidade Gaúcha para seus estudos, surpreendentemente a porcentagem foi de 75% sim e 25% não. Conclui-se que a cidade de pequeno porte, quanto ao ensino é de um nível excelente. A porcentagem das respostas obtidas dos acadêmicos questionados, sobre a nova opção de escolha, se optaria por estudar em Cidade Gaúcha novamente, traz uma satisfação, visto que 55% optaram positivamente e 45% negativamente. Por ser uma cidade de pequeno porte e considerando a idade dos jovens, o resultado é satisfatório. A distância entre o município de Cidade Gaúcha e algumas cidades de médio porte não próximas atinge em pequena proporção a motivação, o incentivo dos jovens em se deslocar de seu ambiente pare este município. Pode ser comprovado pelas respostas obtidas dos jovens estudantes conforme o gráfico 04. Em 20 acadêmicos questionados 05% aumenta a motivação; 25% reduz e 70% não afeta. Conclui-se, portanto que o jovem vem para este município motivado para o curso e com certeza do conhecimento que irá adquirir e não com o ambiente e a circunstâncias que o rodeiam. Motivação aos Estudos em Relação a Distância a outras Cidades 5% 25% 70% aumenta reduz não afeta Gráfico 04 – Motivação aos Estudos em Relação a Distância a outras Cidades Fonte: Pesquisa de Campo, 2011. 24 7. CONCLUSÃO Este trabalho conscientiza da importância da qualidade de vida de todo ser humano. Em primeiro plano deve existir o objetivo. Para que este seja atingido faz- se necessário, vontade, incentivo e a motivação. Para tanto várias são as exigências encontradas: condições físicas, econômicas, sociais. A busca do conhecimento é fundamental. Para a realização da mesma é imprescindível a existência das condições supra citadas, as quais são externas. Este conjunto deve ser unido às características internas, para a concretização do objetivado. Todas as mudanças, o grande desenvolvimento da tecnologia, ocorrem constantemente movidos pelo incentivo e pela motivação. As aquisições de novos conhecimentos, a atração em novas profissões, obrigam a humanidade, e principalmente o jovem, a mergulhar de cabeça neste vulcão, permanentemente em errupção. Há necessidade que se estabeleça o equilíbrio entre a criatividade e a harmonia, desenvolvimento, as condições para que o mesmo aconteça, estejam ao alcance de todos. Porém dois pontos impedem que haja igualdade: o desnível econômico e a aglomeração nos grandes centros. As grandes cidades oportunizam todas as condições de desenvolvimento e qualidade de vida: Bem estar social, lazer, educação e tecnologia. No interior resta a desejar. A inteligência humana não difere pelo simples fato da diferença nos locais em que residem as pessoas. O que há é desequilíbrio de oportunidades oferecidas. Em conseqüências o jovem aprende desde cedo a deixar sua família, em busca do curso que pretende fazer para realização no futuro, da profissão escolhida. Neste processo, existem partes positivas e negativas. Ao deixar a família, muitos assumem a responsabilidade sobre si, passando a administrar todas as suas ações do dia a dia. O amadurecimento chega mais cedo. O jovem sofre por esta separação. Negativamente, alguns por estarem longe dos familiares, abandonam os estudos, freqüentam lanchonetes, casa de jogos, gastando o valor destinado para adquirir conhecimento. Ou mais, alguns mergulham nas drogas, se autodestruindo. Tudo é relativo. Deve-se destacar que pelo questionamento feito a um número de acadêmicos, conclui-se que os cursos presenciais, instalados em pequenas cidades, 25 possuem o mesmo valor, transmite os mesmos conhecimentos, encontram as mesmas tecnologias existentes na educação dos grandes centros. O que importa é a personalidade, o objetivo proposto, a motivação que o acadêmico traz em si, abnegando-se muitas vezes do lazer em favor do conhecimento. 8. REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 539. DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: Uma abordagem psicológica. 1. ed. 4. reimpr. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 207. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. 11 reimpr. São Paulo: Atlas, 2008. p. 175. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. – 3. reimpr. São Paulo: Atlas, 2006, p. 315. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revelação urbana à revolução digital. 6. ed. 5. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009, p. 491. MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 204. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2005. p. 536. SCHERMERHORN, Jr, John R. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 2007. p. 608. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007, p. 304. VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de pessoas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 213. 26 APÊNDICE 1 - Questionário de Pesquisa Você está recebendo um questionário que tem por finalidade pesquisar a motivação de acadêmicos para cursos de ensino superior em cidade de pequeno porte. Não é necessário se identificar. Portanto, tente respondê-lo da maneira mais sincera. Desde já, agradeço a sua participação. Artigo: “Motivação em acadêmicos para cursos de ensino superior em cidade de pequeno porte: um estudo de caso”. 1. Qual o seu sexo? ( ) Masculino. ( ) Feminino. 2. Qual a sua Idade: ( ) 17 a 21 anos ( ) 22 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos ( ) mais de 31 anos 3. De que porte é a cidade onde sua família reside? ( ) cidade de pequeno porte; ( ) cidade de médio porte; ( ) cidade de grande porte. 4. Você veio estudar em Cidade Gaúcha sabendo que era uma cidade de pequeno porte? ( ) Sim ( ) Não 5. Você considera boa a relação que tem com os seus colegas (clima, respeito e aceitação)? ( ) Sim ( ) Não 6. Você considera boa a relação que tem com seus professores? ( ) Sim ( ) Não 7. Você se sente satisfeito com o curso escolhido? ( ) Sim ( ) Não 8. Cidade Gaúcha, onde você estuda, é atrativa para você? ( ) Sim ( ) Não 9. Moradia, conforto físico, lazer oferecido pelo município de Cidade Gaúcha ( ) aumenta minha motivação para o estudo ( ) reduz minha motivação para o estudo ( ) Não afeta minha motivação para o estudo 27 10. A população de Cidade Gaúcha é acolhedora em relação aos estudantes que vem de outras localidades? ( ) Sim ( ) Não 11. Em relação ao atendimento do poder público aos acadêmicos, você considera: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 12. Infraestrutura oferecida pelo município de Cidade Gaúcha (saúde, educação, lazer). ( ) aumenta minha motivação para o estudo ( ) reduz minha motivação para o estudo ( ) Não afeta minha motivação para o estudo 13. No Campus do Arenito em relação a estrutura (laboratórios, biblioteca, sala de aula e transporte) e atendimento em geral você considera: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 14. Em relação aos docentes, você se sente motivado vendo-os motivados em trabalhar em uma cidade de pequeno porte? ( ) Sim ( ) Não 15. Sendo Engenharia Agrícola o único curso superior presencial oferecido no município de Cidade Gaúcha ( ) aumenta minha motivação para o estudo ( ) reduz minha motivação para o estudo ( ) Não afeta minha motivação para o estudo 16. Vocêacha importante a criação de novos cursos de ensino superior presencial em Cidade Gaúcha? ( ) Sim ( ) Não 17. Você indicaria aos seus amigos vir estudar em Cidade Gaúcha? ( ) Sim ( ) Não 18. Se você tivesse a opção de escolha, escolheria estudar em cidade gaúcha novamente? ( ) Sim ( ) Não 19. A distância entre o município de Cidade Gaúcha com as cidades de médio porte ( ) aumenta minha motivação para o estudo ( ) reduz minha motivação para o estudo ( ) Não afeta minha motivação para o estudo
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