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Didatica - planejamento
educacional e planejamento
do ensino
Psicopedagogia
Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
7 pag.
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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E PLANEJAMENTO DO ENSINO 
 Gilberto Teixeira (Prof.Doutor FEA/USP )
 
I - INTRODUÇÃO
 Neste texto iremos analisar as diferenças básicas entre o que seja Planejamento Educacional e Planejamento 
do Ensino.
 Embora possam parecer sinônimos iremos verificar que há uma enorme diferença entre os dois termos que 
poderíamos definir como sendo uma questão de hierarquia de planejamento.
 
 
II - PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
 A educação é hoje em dia concebida como fator de mudança, renovação e progresso. Por tais circunstâncias 
o planejamento se impõe, neste setor, como recurso de organização. É o fundamento de toda ação educacional.
 Como toda inovação ou mudança vai encontrar resistências o planejamento é a forma de gerenciar essas 
mudanças para que sua implantação se realize com o mínimo de resistências.
 A educação, por ser considerada um investimento indispensável à globalidade desenvolvimentista, passou, 
nos últimos decênios de nosso século a merecer maior atenção das autoridades, legisladores e educadores, pelo 
menos no mundo desenvolvido.
 Amparados em legislação pertinente, foram desencadeados processos de aceleração, principalmente no que 
diz respeito à expansão e melhoria da rede escolar e preparação de recursos humanos.
 O planejamento educacional põe em relevo esta área, integrando-a, ao mesmo tempo, no progresso global do 
país.
 Nessa ampla perspectiva constatamos que planejamento educacional é:
· “processo contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e “quais as maneiras adequadas para chegar lá”, 
tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as 
necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto as do indivíduo”.[1]
· processo de abordagem racional e científica dos problemas da educação, incluindo definição de prioridades e 
levando em conta a relação entre os diversos níveis do contexto educacional.
 
II.1. - Objetivos do Planejamento Educacional
 São objetivos do planejamento educacional, segundo Joanna Coaracy:
“relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural do 
país, em geral, e de cada comunidade, em particular;
· “estabelecer as condições necessárias para o aperfeiçoamento dos fatores que influem diretamente sobre a 
eficiência do sistema educacional (estrutura, administração, financiamento, pessoal, conteúdo, procedimentos e 
instrumentos);
· alcançar maior coerência interna na determinação dos objetivos e nos meios mais adequados para atingi-los;
· conciliar e aperfeiçoar a eficiência interna e externa do sistema”.[2] 
 É condição primordial do processo de planejamento integral da educação que, em nenhum caso, interesses 
pessoais ou de grupos possam desviá-lo de seus fins essenciais que vão contribuir para a dignificação do homem e 
para o desenvolvimento cultural, social e econômico do país.
 
II.2. - Requisitos do Planejamento Educacional
 “Os requisitos fundamentais do planejamento educacional são:
· aplicação do método científico na investigação da realidade educativa, cultural, social e econômica do país;
· apreciação objetiva das necessidades, para satisfazê-las a curto, médio e longo prazo;
· apreciação realista das possibilidades de recursos humanos e financeiros, a fim de assegurar a eficácia das 
soluções propostas;
· previsão dos fatores mais significativos que intervêm no desenvolvimento do planejamento;
· continuidade que assegure a ação sistemática para alcançar os fins propostos;
· coordenação dos serviços da educação, e destes com os demais serviços do Estado, em todos os níveis da 
administração pública;
· avaliação periódica dos planos e adaptação constante destes mesmos às novas necessidades e circunstâncias;
· flexibilidade que permita a adaptação do plano a situações imprevistas ou imprevisíveis;
· trabalho de equipe que garanta uma soma de esforços eficazes e coordenados;
· formulação e apresentação do plano como iniciativa e esforço nacionais, e não como esforço de determinadas 
pessoas, grupos e setores”.[3]
 O planejamento educacional tem como pressupostos básicos:
· o delineamento da filosofia da Educação do País, evidenciando o valor da pessoa e da escola na sociedade;
· a aplicação da análise - sistemática e racional - ao processo de desenvolvimento da educação, buscando torná-
lo mais eficiente e passível de responder com maior precisão às necessidades e objetivos da sociedade.
 Podemos, portanto, considerar que o planejamento educacional constitui a abordagem racional e científica dos 
problemas da educação, envolvendo o aprimoramento gradual de conceitos e meios de análise, visando estudar a 
eficiência e a produtividade do sistema educacional, em seus múltiplos aspectos.
 
 
III - O PLANEJAMENTO CURRICULAR
 Para posicionar-se ante o sistema educacional e a nova dinâmica de ensino, o educador é chamado a refletir, 
num primeiro momento, em torno de certos elementos que recebem hoje um novo enfoque decorrente do progresso 
científico e tecnológico.
 Atualmente a escola é vista como o centro da educação sistemática, integrada na comunidade da qual faz 
parte. Cabe-lhe oferecer aos alunos situações que lhes permitam desenvolver suas potencialidades de acordo com a 
fase evolutiva em que se situam e com os interesses que os impelem à ação.
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 A escola atual visa ao preparo de pessoas de mentalidade flexível e adaptável para enfrentar as rápidas 
transformações do mundo. Pessoas que aprendem a aprender e, consequentemente, estejam aptas a continuar 
aprendendo sempre.
 Portanto, o currículo de hoje deve ser funcional. Deve promover não só a aprendizagem de conteúdo e 
habilidades específicas, mas também fornecer condições favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos. 
Isto é viável através da proposição de situações que favoreçam o desenvolvimento das capacidades do aluno para 
solucionar problemas, muitos dos quais comuns no seu dia-a-dia.
 A previsão global e sistemática de toda ação a ser desencadeada pela escola, em consonância com os 
objetivos educacionais, tendo por foco o aluno, constitui o planejamento curricular. Portanto este nível de 
planejamento é relativo à escola. Através dele são estabelecidas as linhas-mestras que norteiam todo o trabalho. 
Expressa, por meio dos objetivos gerais a linha filosófica do estabelecimento.
 Planejamento curricular é:
· “uma tarefa multidisciplinar que tem por objeto organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas 
dentro de um ou vários campos do conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-
aprendizagem”.[4]
· a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir os fins da 
educação.
 
III.1 - Objetivos do Planejamento Curricular
 São objetivos do planejamento curricular:
· ajudar aos membros da comunidade escolar a definir seus objetivos;
· obter maior efetividade no ensino;
· coordenar esforços para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem;
· propiciar o estabelecimento de um clima estimulante para o desenvolvimento das tarefas educativas.
 
III.2. - Requisitos
 O planejamento curriculardeve refletir os melhores meios de cultivar o desenvolvimento da ação escolar, 
envolvendo, sempre, todos os elementos participantes do processo .
 Seus elaboradores devem estar alertas paras novas descobertas e para os novos meios postos ao alcance 
das escolas. Estes devem ser minuciosamente analisados para verificar sua real validade naquele âmbito escolar. 
Posto isso, fica evidente a necessidade dos organizadores explorarem, aceitarem, adaptarem, enriquecerem ou 
mesmo rejeitarem tais inovações. O planejamento curricular é de complexa elaboração. Requer um contínuo estudo 
e uma constante investigação da realidade imediata e dos avanços técnicos, principalmente na área educacional. 
Constitui, por suas características, base vital do trabalho. A dinamização e integração da escola como uma célula viva 
da sociedade, que palmilha determinados caminhos conforme a linha filosófica adotada, é o pressuposto inerente a 
sua estruturação.
 O planejamento curricular constitui, portanto, uma tarefa continua a nível de escola, em função das crescentes 
exigências de nosso tempo e dos processos que tentam acelerar a aprendizagem. Será sempre um desafio a todos 
aqueles envolvidos no processo educacional, para busca dos meios mais adequados à obtenção de maiores 
resultados.
 
 
IV - O PLANEJAMENTO DE ENSINO
 Alicerçado nas linhas-mestras de ação da escola, isto é, no planejamento curricular, surge, em nível mais 
específico, o planejamento de ensino. Este é a tradução, em termos mais próximos e concretos, da ação que ficou 
configurada a nível de escola. Indica a atividade direcional, metódica e sistematizada que será empreendida pelo 
professor junto a seus alunos, em busca de propósitos definidos.
 O professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe que deve participar, elaborar e organizar 
planos em diferentes níveis de complexidade para atender, em classe, seus alunos. Pelo envolvimento no processo 
ensino-aprendizagem, ele deve estimular a participação do aluno, a fim de que este possa, realmente, efetuar uma 
aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e necessidades.
 O planejamento, neste, caso, envolve a previsão de resultados desejáveis, assim como também os meios 
necessários para alcançá-los.
 A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, 
coerência e flexibilidade de seu planejamento.
 Às vezes, o plano é elaborado somente por um professor; outras vezes, no entanto, vários professores 
compartilham a responsabilidade de sua elaboração. Neste último caso temos o planejamento de ensino cooperativo. 
Este, por sua natureza, resulta de uma atividade de grupo, isto é, os professores (às vezes, auxiliados por 
especialistas) congregam esforços para juntos estabelecerem linhas comuns de ação, com vistas a resultados 
semelhantes e bastante válidos para a clientela atendida.
 Planejando, executando e avaliando juntos, esses professores desenvolvem habilidades necessárias à vida 
em comum com os colegas. Isso proporciona, entre outros aspectos, crescimento profissional, ajustamento às 
mudanças, exercício da autodisciplina, responsabilidade e união a nível de decisões conjuntas.
 Inúmeras são as conceituações sobre planejamento de ensino encontradas nos diferentes autores 
consultados. No entanto, consideramos as seguintes:
 Planejamento de ensino é:
· “previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do trabalho escolar que envolvem as atividades 
docentes e discentes, de modo a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente”.[5]
· “previsão das situação específicas do professor com a classe”.[6]
· processo de tomada de decisões bem informadas que visam à racionalização das atividades do professor e do 
aluno, na situação ensino-aprendizagem, possibilitando melhores resultados e , em conseqüência, maior 
produtividade.
 
IV.1. - Objetivos do Planejamento de Ensino
 São objetivos do planejamento de ensino:
· racionalizar as atividades educativas;
· assegurar um ensino efetivo e econômico;
· conduzir os alunos ao alcance dos objetivos;
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· verificar a marcha do processo educativo.
 
IV.2. Requisitos do Planejamento do Ensino
 Por maior complexidade que envolva a organização da escola, é indispensável ter sempre bem presente que 
a interação professor-aluno é o suporte estrutural, cuja dinâmica concretiza ao fenômeno educativo. Portanto, o 
planejamento de ensino deve ser alicerçado neste pressuposto básico.
 O professor, ao planejar o trabalho, deve estar familiarizado com o que pode pôr em prática, de maneira que 
possa selecionar o que é melhor, adaptando tudo isso às necessidades e interesses de seus alunos. Na maioria das 
situações, o professor dependerá de seus próprios recursos para elaborar seus planos de trabalho. Por isso, deverá 
estar bem informado dos requisitos técnicos para que possa planejar, independentemente, sem dificuldades.
 Ainda temos a considerar que as condições de trabalho diferem de escola para escola, tendo sempre que 
adaptar seus projetos às circunstâncias e exigências do meio.
 Considerando que o ensino é o guia das situações de aprendizagem e que ajuda os estudantes a alcançarem 
os resultados desejados, a ação de planejá-lo é predominantemente importante para incrementar a eficiência da ação 
a ser desencadeada no âmbito escolar.
 O professor, durante o período (ano ou semestre) letivo, pode organizar três tipos de planos de ensino. Por 
ordem de abrangência, vai:
· delinear, globalmente, toda a ação a ser empreendida (Plano de Curso);
· disciplinar partes da ação pretendida no plano global (Plano de Unidade);
· especificar as realizações diárias para a concretização dos planos anteriores (Plano de Aula).
 Pelo significativo apoio que o planejamento empresta à atividade do professor e alunos, é considerado etapa 
obrigatória de todo o trabalho docente.
 O planejamento tende a prevenir as vacilações do professor, oferecendo maior segurança na consecução dos 
objetivos previstos, bem como na verificação da qualidade do ensino que está sendo orientado pelo mestre e pela 
escola.
 
 
V - HIERARQUIA E RELACIONAMENTO DOS PLANEJAMENTOS
 Na esfera educacional o processo de planejamento ocorre em diversos níveis, segundo a magnitude da ação 
que se tem em vista realizar.
 O planejamento educacional é o mais amplo, geral e abrangente. Prevê a estruturação e o funcionamento da 
totalidade dos sistema educacional. Determina as diretrizes da política nacional de educação.
 A seguir, temos o planejamento curricular, que está intimamente relacionado às prioridades assentadas no 
planejamento educacional. sua função é traduzir, em termos mais próximos e concretos, as linhas-mestras de ação 
delineadas no planejamento imediatamente superior, através de seus objetivos e metas. Constitui o esquema 
normativo que serve de base para definir e particularizar a linha de ação proposta pela escola. Permite a interrelação 
entre a escola e a comunidade.
 Logo após, temos o planejamento de ensino, que parte sempre de pontos referenciais estabelecidos no 
planejamento curricular. Temos, em essência, neste tipo de planejamento, dimensões:
· filosófica, que explicita os objetivos da escola;
· psicológica, que indica a fase de desenvolvimento do aluno, suas possibilidades e interesses;
· social, que expressa as características do contexto sócio-econômico-cultural do aluno e suas exigências.
 Este detalhamento é feito tendo em vista o processo ensino-aprendizagem.
 Assim,chegamos ao nível mais elementar e próximo da ação educativa. É através dele que, em relação ao 
aluno:
· prevemos mudanças comportamentais e aprendizagem de elementos básicos;
· propomos aprendizagens a partir de experiências anteriores e de suas reais possibilidades;
· estimulamos a integração das diversas áreas de estudo.
 Como vemos, o planejamento tem níveis distintos de abrangência; no entanto, cada nível tem bem definido e 
delimitado o seu universo. Sabemos que um nível particulariza - um ou vários - aspectos delineados no nível 
antecedente, especificando com maior precisão as decisões tomadas em relação a determinados eventos da ação 
educativa.
 A linha de relacionamento se evidencia, então, através de escalões de complexidade decrescente, exigindo 
sempre um alto grau de coerência e subordinação na determinação dos objetivos almejados. 
 
[1]COARACY, Joanna. O planejamento como processo. Revista Educação, Ano I, no. 4, Brasília, 1972. p.79.
[2]COARACY, J. op.cit. p. 78-9.
[3]UNESCO, Seminário Interamericano sobre planejamento integral na educação. Washington. 1958.
[4]SARUBBI, Maria Irma. Curriculum. Buenos Aires. Stella, 1971. p.34.
[5]MATTOS, L.A.de. Sumário de Didática Geral. Rio de Janeiro. Aurora. 1968. p. 140.
[6]CAPPELLETTI, Isabel Franchi. Planejamento de Ensino. Revista Escola n.5. Abril, São Paulo, 1972. p.10.
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www.pedagogiaemfoco.pro.br/fundam02.htm
O PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO: 
REVISANDO CONCEITOS PARA MUDAR CONCEPÇÕES E PRÁTICAS 
 Maria Adelia Teixeira Baffi 
 Petrópolis, 2002. 
 Pedagoga - PUC-RJ. 
 Mestre em Educação - UFRJ 
 Doutoranda em Pedagogia Social - UNED 
 Profª Titular - FE/UCP 
 O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é 
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uma preocupação marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre estamos enfrentando situações que 
necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias são delineadas em etapas concretas da 
ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não estão 
inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para alcançar o que desejamos. 
 As idéias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores 
para o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos. Assim 
sendo, o objetivo deste texto é procurar explicitar o significado básico de termos, tais como planejamento, plano, 
programa, projeto, plano estratégico plano operacional, e outros, visando a dar espaço para que o leitor possa 
estabelecer as relações entre eles, a partir de experiências pessoais e profissionais. Cabe ressaltar que, neste breve 
texto, não se pretende abordar todos os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin (2001, p. 83), 
 “ é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo 
porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está 
sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente e 
eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a propor 
ações e atitudes para transformá-la.”
PLANEJAMENTO É 
 1. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor 
funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O 
ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de 
necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à 
concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações 
(PADILHA, 2001, p. 30). 
 2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios 
que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente 
o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os 
pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (idem, 2001, p. 63). 
Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a 
improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação 
educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas. 
 3. Planejamento Educacional é "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras 
adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da 
educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 
1995, p. 14). 
 Para Vasconcellos (1995, p. 53), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os 
níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual 
e municipal", incorporando as políticas educacionais. 
 4. Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão 
sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um 
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de 
aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares 
(VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
 5. Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu 
trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e entre os 
próprios alunos (PADILHA, 2001, p. 33). Na opinião de Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento 
trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e 
do aluno, na situação de ensino-aprendizagem". 
 6. Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre 
a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, 
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto 
social" (LIBÂNEO, 1992, p. 221). 
 7. Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", "para 
quem" e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de 
eficácia; serve para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. 
"Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994, p. 55). 
 8. No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", tratando 
prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatizaa técnica, os instrumentos, centralizando-se 
na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua expressão nos programas e, mais 
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especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de administradores, onde a ênfase é o presente, momento de 
execução para solucionar problemas (idem.). 
PLANO É 
 1. Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando 
fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando 
com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder as questões indicadas acima. 
 O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a 
realizar" (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36). Plano tem a conotação de produto do planejamento. 
 Plano é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um 
documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, 
envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.). 
 2. Plano Nacional de Educação é "onde se reflete toda a política educacional de um povo, inserido no contexto 
histórico, que é desenvolvida a longo, médio ou curto prazo" (MEEGOLLA; SANT'ANNA, 1993, p. 48). 
 3. Plano Escolar é onde são registrados os resultados do planejamento da educação escolar. "É o documento mais 
global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto pedagógico da escola com os 
planos de ensino propriamente ditos" (LIBÂNEO, 1993, p. 225). 
 4. Plano de Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas em uma 
instituição educacional, durante o período de duração de um curso. Segundo Vasconcellos (1995, p. 117), esse tipo de 
plano é a "sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de 
estudo, numa dada realidade". 
 5. Plano de Ensino "é o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos 
ou pela comunidade". Situa-se no nível bem mais específico e concreto em relação aos outros planos, pois define e 
operacionaliza toda a ação escolar existente no plano curricular da escola. (SANT'ANNA, 1993, p. 49). 
PROJETO É 
 1. Projeto é também um documento produto do planejamento porque nele são registradas as decisões mais 
concretas de propostas futuristas. Trata-se de uma tendência natural e intencional do ser humano. Como o próprio 
nome indica, projetar é lançar para a frente, dando sempre a idéia de mudança, de movimento. Projeto representa o 
laço entre o presente e o futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro. Na opinião de Gadotti 
(apud Veiga, 2001, p. 18), 
 Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado 
confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa 
que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa 
frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores 
e autores. 
 2. Projeto Pedagógico, segundo Vasconcellos (1995) é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a 
enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o 
que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os 
agentes da instituição (p.143).
 Para Veiga (2001, p. 11) o projeto pedagógico deve apresentar as seguintes características: 
 a) "ser processo participativo de decisões; 
 b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as 
contradições; 
 c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no 
estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo; 
 d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma 
realidade específica; 
 e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão. 
 f) nascer da própria realidade , tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas 
quais tais problemas aparecem; 
 g) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação; 
 h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; 
 i) ser construído continuamente, pois como produto, é também processo". 
 3. Projeto Político-Pedagógico da escola precisa ser entendido como uma maneira de situar-se num horizonte de 
possibilidades, a partir de respostas a perguntas tais como: "que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja e 
para que projeto de sociedade?" (GADOTTI, 1994, P. 42). Dissociar a tarefa pedagógica do aspecto político é difícil, 
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visto que o "educador é político enquanto educador, e o político é educador pelo próprio fato de ser 
político" (GADOTTI, FREIRE, GUIMARÃES, 2000, pp. 25-26). 
 Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto de um processo participativo, onde 
o passo inicial é a elaboração do marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas. 
Alguns autores que tratam do planejamento, como por exemplo Moacir Gadotti, falam simplesmente em referencial, 
mas outros, como Danilo Gandin, distinguem nele três marcos: situacional, doutrinal e operativo. 
PROGRAMA É 
 1. Padilha (2001), citando Bierrenbach, explica que um programa é "constituído de um ou mais projetos de 
determinados órgãos ou setores, num período de tempo definido" (p. 42). Gandin (1995) complementa dizendo que o 
programa, dentro de um plano, é o espaço onde são registradas as propostas de ação do planejador, visando a 
aproximar a realidade existente da realidade desejada. Desse modo, na elaboração de um programa é necessário 
considerar quatro dimensões: "a das ações concretas a realizar, a das orientações para toda a ação (atitudes, 
comportamentos), a das determinações gerais e a das atividades permanentes" (GANDIN, 1993, p. 36 e 1995, p. 104). 
CONSTRUINDO UM CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO 
 A preocupação com a melhoria da qualidade da Educação levantou a necessidade de descentralização e 
democratização da gestão escolar e, consequentemente, participação tornou-se um conceito nuclear. Como aponta 
Lück et al. (1998), "o entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia de participação, isto é, do 
trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agir sobre elas em 
conjunto" (p.15). 
 De acordo com a etimologia da palavra, participação origina-se do latim "participatio" (pars + in + actio) que 
significa ter parte na ação. Para ter parte na ação é necessário ter acesso ao agir e às decisões que orientam o agir. 
"Executar uma ação não significa ter parte, ou seja, responsabilidade sobre a ação. E só será sujeito da ação quem 
puder decidir sobre ela" (BENINCÁ, 1995, p. 14). Para Lück et al. (1998) a participação tem como característica 
fundamental a força de atuação consciente, pela qual os membros de uma unidade social (de um grupo, de uma 
equipe) reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica, da cultura da unidade 
social, a partir da competência e vontade de compreender,decidir e agir em conjunto. 
 Trabalhar em conjunto, no sentido de formação de grupo, requer compreensão dos processos grupais para 
desenvolver competências que permitam realmente aprender com o outro e construir de forma participativa. 
 
 Para Pichin-Rivière (1991) grupo é um "conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço 
e tempo, articuladas por sua mútua representação interna interatuando através de complexos mecanismos de assunção 
e atribuição de papéis, que se propõe de forma explícita ou implícita uma tarefa que constitui sua finalidade" (pp. 
65-66). O que se diz explícito é justamente o observável, o concreto, mas abaixo dele está o que é implícito. Este é 
constituído de medos básicos (diante de mudanças, ora alternativas transformadoras ora resistência à mudança). 
Pichon-Rivière (ibdem) diz que a resistência à mudança é conseqüência dos medos básicos que são o "medo à perda" 
das estruturas existentes e "medo do ataque" frente às novas situações, nas quais a pessoa se sente insegura por falta 
de instrumentação. 
 A partir desses breves comentários, pode-se compreender a importância do tão divulgado "momento de 
sensibilização" na implementação de planos, programas e projetos. Sensibilidade é "qualidade de ser sensível, 
faculdade de sentir, propriedade do organismo vivo de perceber as modificações do meio externo e interno e de reagir 
a elas de maneira adequada" (FERREIRA, s/d). Sensibilizar, portanto, é provocar e tornar a pessoa sensível; fazer 
com que ela participe de alguma coisa de forma inteira. Por outro lado, lembra Pichon-Riviére (1991) que "um grupo 
obtém uma adaptação ativa à realidade quando adquire insight, quando se torna consciente de certos aspectos de sua 
estrutura dinâmica. Em um grupo operativo, cada sujeito conhece e desempenha seu papel específico, de acordo com 
as leis da complementaridade" (p. 53). 
 Com diz Libâneo (2001), a participação é fundamental por garantir a gestão democrática da escola, pois é assim 
que todos os envolvidos no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e construções de 
propostas (planos, programas, projetos, ações, eventos) como no processo de implementação, acompanhamento e 
avaliação. Finalizando, cabe perguntar: como estamos trabalhando, no sentido do desenvolvimento de grupos 
operativos, onde cada sujeito, com sua subjetividade, possa contribuir na reconstrução de uma escola de que 
precisamos? 
 
REFERÊNCIAS 
BENINCÁ, E. As origens do planejamento participativo no Brasil. Revista Educação - AEC, n. 26, jul./set. 1995. 
GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000. 
GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 
_________ . Planejamento como prática educativa. 7.ed. São Paulo: Loyola, 1994. 
_________ . Posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem 
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Fronteira, v.1, n. 1, jan./jun., 2001, pp. 81-95. 
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora alternativa, 2001 
LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. 
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: 
Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001. 
PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. Trad. Marco Aurélio Fernandes. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. 
Porto Alegre: Sagra / DC Luzzatto, 1995. 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 
1995. 
VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 13. ed. Campinas: Papirus, 
2001. 
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