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Cardiologia Fibrilaçã oFibrilaçã o atrialatrial É a taquiarritmia mais frequente na sala de emergência, caracterizada por:múltiplos focos de reentrada atrial com alta frequência (frequência atrial de 500 bpm, sem onda p visível) e bloqueio atrioventricular variável que leva a um ritmo ventricular irregular (RR irregular) e FC de aproximadamente 180 bpm. introdução traçado eletrocardiográfico de Fibrilação Atrial Fisiopatologia Fatores de risco Associação genética, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, doença valvar cardíaca, diabetes, obesidade,insuficiência renal crônica, idade, infarto do miocárdio, função tiroidiana, dpoc, apneia obstrutiva do sono, tabagismo, alcoolismo e exercicío fisíco vigoroso. Epidemiologia Estima-se uma prevalência de 3% em pacientes acima de 20 anos, com aumento progressivo com idade e comorbidades. Sua importância está relacionada com o aumento da mortalidade (1,5x homens e 2,0x em mulheres) e as complicações do tratamento inadequado, como acidente vascular cerebral (avc). Classificação A fibrilação atrial pode ser classificada de acordo com o tempo de surgimento, tempo de duração e tipo. Padrões temporais Primeiro episódio detectado ou diagnósticado: a fa nunca foi diagnosticada anteriormente, idependente do tempo de arritmia ou sintomas relacionados. fa paroxística: autorresolutiva, na maioria das vezes dentro de 48 horas. Episódios que são cardiovertidos em até 7 dias devem ser considerados paroxísticos. fa persistente: fa com duração maior que 7 dias. fa de longa data: fa com duração maior que 1 ano. fa permanente: médico e paciente decidiram por não tentar cardioversão, apenas em manter o controle da fc e manter o paciente em fa. Classificação clínica de fa fa secundária à doença estrutural cardíaca: pacientes com alteração primária de estrutura ventricular, valvar ou atrial Ocorre aumento de pressão atrial e remodelamento. fa focal: episódios repetitivos, curtos e frequentes de fa paroxística, usualmente muito sintomáticos. Gatilhos localizados geralmente nas veias pulmonares. fa poligênica: ainda em estudo. fa em portadores de variações genéticas comuns. fa pós-operatória: fa nova e usualmente autorresolutiva, após procedimento cirúrgico (geralmente cardíaco) em pacietes sem história de fa. fa valvar: subtipo de fa estrutural. fa em portadores de estenose mitral e prótese mecânica valvar. fa em atletas: geralmente paroxística e relacionada à intensidade e à duração dos treinamentos. Relacionada ao aumento do tônus vagal. FROM THE MIL LERS fa monogênica: fa em cardiopatias herdadas, como, por exemplo, calanopatias. Pacientes com fa podem ser totalmente assintomáticos (fa silenciosa). Quando ocorre sintomas, esses podem ser muito variáveis a depender da frequência cardíaca e das doenças associadas, geralmente somadas a redução do débito cardíaco que ocorre com a arritmia. Podem então ocorrer: letargia, tontura, palpitações, dispneia, dor torácica,dificuldades para dormir e estresse psicossocial. Avaliação clínica As palpitações são caracterizadas como taquicárdicas. A ERHA propôs uma escala para quantificar a gravidade dos sintomas relacionados à FA. Reconhecimento de sinais de instabilidade hemodinâmica: Hipotensão arterial, congestão pulmonar significativa, síncope, confusão mental, rebaixamento do nível de consciência, dor torácica tipo anginosa. Nesses casos, o tratamento deve ser emergencial, com cardioversão elétrica sincronizada. O exame clínico, além de evidenciar sinais de instabilidade, sugere dados sobre a atiologia da arritmia, como sopros, B3, B4, estase jugular, entre outros. Entretanto a palpação de pulso irregularmente irregular e a ausculta das bulhas cardíacas arrítmicas são características dessa arritmia. Exames complementares O diagnóstico de fa requer a documentação eletrocardiográfica típica: intervalo RR absolutamente irregular e ausência de onda p identificável. Eletrocardiograma de fibrilação atrial Em pacientes assintomáticos ou naqueles com dificuldade de documentar a fa com ecg, utiliza-se tecnologias de monitorização eletrocardiográfica prolongada, como Halter de 24 horas ou Looper.Quanto aos exames laboratoriais, as provas isquêmicas funcionais podem ser solicitadas a depender do quadro clínico do paciente. Exames laboratoriais para avaliação da função renal, eletrólitos, hemograma, proteína c reativa e função tireoidiana devem ser realizados para a avaliação da etiologia da fa. Indicação de ecocardiografia para a investigação na fibrilação atrial: Ecocardiograma transtorácico: avaliar a função ventricular sistólica e diastólica, dilatação atrial, função valvar... Ecocardiograma transesofágico: pacientes com mais de 48 horas devem ser submetidos a esse exame para a avaliação dos trombos intra-atriais para a indicação de anticoagulação e/ou cardioversão. Tratamento Tem como base a anticoagulação dos subgrupos de maior maior risco tromboembólico. Além disso, deve optar-se pelo controle da frequência cardíaca ou controle do ritmo (ritmo sinusal). O controle do ritmo pode ser feito através da cardioversão elétrica sincronizada ou pela cardioversão química. Fármacos para o controle do ritmo sinusal: Amiodarona, Propafenona e Sotalol. Ablação: a ablação da fa (isolamento das veias pulmonares) é mais eficaz que as medicações antiarrítmicas no controle do ritmo. Entretanto, por ser tratamento invasivo, as últimas diretrizes indicam a ablação para a falência de uma droga antiarrítmica e, também, como primeira escolha em pacientes selecionados com fa paroxística, sem doença estrutural. Controle da frequência cardíaca:betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio não diidropiridínicos (verapamil e diltiazem), digitálicos e alguns antiarrítmicos como amiodarona e sotalol. feve: fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Atendimento na emergência Sinais de instabilidade hemodinâmica. Pacientes com sinais de instabilidade hemodinâmica: imediatamente realizada a cardioversão elétrica sincronizada com sedação. Pacientes que não apresentam sinais de instabilidade hemodinâmica: avaliação quanto ao tempo de início dos sintomas. Se a fa tiver iniciado com menos de 48h, a cardioversão pode ser iniciada sem a realização do ecocardiograma transesofágico. Quando os sintomas estão presentes a mais de 48 horas ou seu início for de difícil caracterização, devem ser tomados alguns cuidados para a realização da cardioversão pelo risco de existir trombos nas câmaras. Atenção: Pacientes com sintomas a mais de 48 horas: 1 - via rápida: realização de ecocardiograma transesofágico. Se não for visualizado o trombo nas câmaras esquerdas, realiza-se a cardioversão elétrica seguida de anticoagulação por pelo menos 4 semanas; depois desse período, a anticoagulação será determinada pelo risco tromboembólico do paciente. 2-via lenta: Quando não houver a disponibilidade de ecocardiograma transesofágico, é necessário a anticoagulação efetiva por 3 semanas, a partir de quando pode se cardioverter o paciente e anticoagulá-lo por pelo menos 4 semanas. Avaliação de riscos tromboembólicos Escore 0 - muito baixo risco e sem indicação de anticoagulação. Escore 1- Risco muito baixo e anticoagulação é opcional. Escore maior ou igual a 2- São considerados de alto risco e se indica a anticoagulação. Risco de sangramento Pacientes com fa em uso de anticoagulantes possui o risco de sangramento, mas é fundamental encontrar o subgrupo com risco adicional. Maior risco de sangramento com escore >3 Anticoagulação: indicação Pacientes com chads2vasc2 maior ou igual a 2; Fa com estenose mitral ou prótese valvar mecânica; Independente da forma de aprasentação da fa (persistente, paroxística, permanente). Varfarina é a droga de escolha em insuficiência renal severa, estenose mitral moderada e importante e protéses valvares mecânicas. Anticoagulação: medicações Existem duas classes de Noascs: os inibidores diretos da trombina (dabigatran)e os inibidores do fator Xa (apaxiban, rivaroxaban e endoxaban). Cuidados: A função renal deve ser avaliada em todo o paciente que recebe essa medicação e aqueles com IR grave não devem fazer uso. NOASCS Os noacs não estão indicados nos pacientes com fa valvar. Atualização médica especializada do Hospital Israelita Albert Einstein. Referência:
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