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Periodontia I Kathelyn G. Bardini Periodontia Peri: “em torno” Odonto: “dente” Ou seja, a periodontia é a área que estuda as estruturas em torno do dente, as doenças que acometem, diagnóstico e tratamento. Na boca, o periodonto é classificado em periodonto de proteção e sustentação. Bebês e idosos possuem periodonto? Não, pois não possuem o elemento dentário. São raros os casos de idosos com periodonto. Mucosa Oral: É o tecido que reveste a cavidade oral, é subdividido em 3 tipos e classificados de acordo a sua mobilidade, resistência, permeabilidade e cor. São elas: - Mucosa mastigatória: é queratinizada, imóvel (não cede a movimentos), de aspecto rosado. Inclui a gengiva de revestimento no palato duro. - Mucosa de Revestimento: não queratinizada, móvel (cede a movimentos) de aspecto avermelhado. Presente na mucosa alveolar, palato mole e toda a parte que não houver mucosa mastigatória. - Mucosa especializada: reveste a superfície da língua. Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, com papilas linguais (fungiformes e filiformes), com botões gustativos. Anotações: Periodontia I Kathelyn G. Bardini - Na mucosa oral, podemos observar duas cores, uma mais rosada e outra mais avermelhada. Na parte mais rosada é chamada de mucosa mastigatória que recebe esse nome por ser imóvel, de alta resistência a forças mastigatórias e por ser impermeável, por conta da camada de queratina (considerada uma barreira de proteção). Parte mais avermelhada por conta da vascularização e chamada de mucosa de revestimento, por ser um tecido móvel, ou seja, cede ao movimento com uma resistência bem menor em comparação com a mucosa mastigatória e também por ser permeável, porque ela não possui camada de queratina, permitindo então a troca entre o meio interno e externo, o palato duro também é revestido por mucosa mastigatória e o palato mole por mucosa de revestimento. Na língua, temos uma mucosa um pouco diferente chamada de mucosa especializada, porque ela tem uma rápida cicatrização e por ser o único local onde são encontradas as papilas gustativas, responsável por detectar os sabores dos alimentos. - Quando começa o errupmento dos dentes o periodonto aparece também, mas os nomes contêm uma pequena alteração. A mucosa mastigatória é o tipo de tecido de gengiva e a mucosa de revestimento é o tecido da mucosa alveolar. A linha que divide a mucosa alveolar da gengiva é chamada de linha muco gengival e a linha da gengiva que fica mais próxima da coroa do dente é chamada de margem gengival (terminada em bisel, na superfície do esmalte e ela tem contorno fistornados regulares ou arcos parabólicos regulares) - As estruturas que fazem parte do periodonto são: gengiva, osso alveolar, cemento e ligamento periodontal. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO 1) Visão Macro ( visível a olho nu, no exame clinico) X Micro (visível microscopicamente, não é possível visualizar a olho nu) 2) Mucosa Oral: revestimento epitelial ( pele que reveste a cavidade oral). Divide- se em: mucosa mastigatória; especializada e de revestimento. 3) Periodonto Periodontia I Kathelyn G. Bardini GENGIVA • Periodonto de Proteção. Periodonto também conhecido como gengiva, vai recobrir o osso alveolar, processo alveolar, em volta da porção cervical do dente. Em relação a sua anatomia macroscópica a gengiva é dividida em 3: 1) Gengiva livre; 2) Gengiva Inserida; 3) Gengiva interdental. Características: Gengiva Marginal ou Livre: a gengiva livre é delimitada pela margem gengival e pela ranhura gengival, que é uma linha que coincide com a união de esmalte e cemento. Acaba na junção amelocementária, fica em contato com o dente, se destaca facilmente do dente. Ela é mais elevada que a gengiva inserida; aspecto liso. Gengiva Inserida: a gengiva inserida, fica entre a ranhura gengival e a linha muco gengival, começa na junção amelocementária e termina na linha muco gengival. Apical a gengiva marginal livre; textura de casca de laranja (colágeno que da esse aspecto), fibras colágenas inserida ao osso, firme sem mobilidade ( deforma com pressão quando remove a pressão a gengiva volta ao normal), limite coronário- limite muco gengival e é maior nos dentes anteriores. Gengiva Interdental: a gengiva interdental, fica entre os dentes, é a porção da gengiva que preenche o espaço interdental, ela vai até o ponto de contato entre os dois dentes até ser “estrangulada” ou interrompida pelo contato dental, esta região é chamada de COL. Mucosa Alveolar. Gengiva Inserida Gengiva Livre Papila Interdental Periodontia I Kathelyn G. Bardini Olhando para a gengiva microscopicamente: Ela possui tecido epitelial e tecido conjuntivo, bastante vascularizado e abundante na gengiva. Tem três tipos de tecido epitelial: Pavimentoso, estratificado e queratinizado. Periodontia I Kathelyn G. Bardini O que quer dizer? Epitelial, porque é um tecido sem muitos espaços entre as células. Pavimentoso, pois as células são achatadas. Estratificado, porque são várias camadas e células. Queratinizado, pois como é uma mucosa mastigatória a gengiva possui queratina revestido todo o tecido como uma forma de proteção. ➔ Se dermos um zoom na membrana celular dessa célula podemos enxergar placas proteicas chamadas de hemidesmossomos, são eles que fazem a união entre as células , cada célula contem um hemidesmossomo, sendo assim quando um hemidesmossomo vai de encontro a outra célula há uma ligação desmossomica. - Tecido Epitelial é dividido em 4 camadas: 1- Basal; 2- Espinhosa; 3- Granulosa; 4- Queratinizada. Basal A camada basal é a camada mais interna, onde tem o maior número de célulasque realizam mitose para compensar a queratina perdida, esse processo é chamado de TURN OVER, ou seja, uma remoção celular. Essa canada é a primeira que toca e se adere ao dente quando ele começa a irromper. Espinhosa A camada espinhosa, é a camada onde se encontra mais células velhas que está a caminho para o meio externo, elas saem por meio de fluido gengival localizado no sulco gengival e também nessa camada tem mais espaço intersticial sendo que parte dele é preenchido por líquido plasmático que veio por meio das células endoteliais do tecido conjuntivo. Granulosa/ Queratinizada A camada Granulosa, é a camada onde as células velhas perderam seu núcleo e foram preenchidas de queratina para finalmente chegar a camada queratinizada. - A gengiva tem 3 tipos de epitélio: 1- Epitélio Oral ( voltado para a cavidade bucal); 2- Epitélio Sulcular; 3- Epitélio Juncional. Periodontia I Kathelyn G. Bardini Epitélio Oral Epitélio oral, é voltado para a parte da boca que esta presente na gengiva livre e inserida, esse epitélio é o único que possui papilas conjuntivas (formada por tração de fibras ali localizadas) e cristas epiteliais, único queratinizado. ✓ Parte externa da gengiva (visível) e voltada para a cavidade oral. ✓ Linha mucogengival até a margem gengival ✓ Epitélio pavimentoso, estratificado e queratinizado. ✓ Possui cristas epiteliais (faz com que forme papilas conjuntivas) ✓ Células: Queratinócitos, Langherans, Melanócitos e Merckel. Epitélio Sulcular É voltado para o dente, porém, sem encostar formando o sulco gengival, ele não é queratinizado, formado por tentativa de envaginação do epitélio oral, então é o ultimo a se formar da odontogênese. Histologicamente: 0,5 - 0,69 mm Clinicamente: 2 - 3 mm. ✓ Preenche o espaço entre o dente e a gengiva marginal, correspondendo a parte da gengiva interna que não se adere ao dente. ✓ Não visível ✓ Epitélio pavimentoso estratificado, mas não queratinizado ✓ Semi- Permeável (passagem do fluido de limpeza; pode ser um fator de inicio de uma doença periodontal por bactérias se infiltrarem no sulco) Epitélio Juncional O epitélio juncional esta em contato com o dente por meio de hemidesmossomos somente das células já que o esmalte não possui hemodesmossomos, essa ligação é muito fraca por isso se desloca facilmente ao sondar e o sulco gengival fica mais profundo, não é queratinizado, é o primeiro a se formar na odontogênese. ✓ Vai do fim do epitélio sulcular até a inserção conjuntiva. ✓ Aderido à superfície dentária ✓ Faz parte do espaço biológico ✓ Epitélio pavimentoso; estratificado e queratinizado. ✓ Epitélio delgado e sem permeável O epitélio sulcular junto com o juncional vai servir para proteger o tecido gengival da invasão bacteriana por justa posição e também com o fluído gengival que consegue passar e tem função de limpeza. ➔ Células do Tecido Epitelial 90% Queratinócitos (células responsáveis pela produção de queratina); 10% de Células Langherans (papel de defesa); Células de Merkel (papel sensorial); Periodontia I Kathelyn G. Bardini Melanócitos (que sintetizam os pigmentos inflamatórios). ➔ Composição do Tecido Conjuntivo 60% Fibras colágenas do tipo I Formadas por fibroblastos 35% Vasos sanguíneos e nervos que atravessam todo o periodonto de sustentação até chegar no tecido conjuntivo. 5% por células Mastócitos- que controla o fluxo sanguíneo. Macrófagos- para defesa Inflamatórias. ➔ Fibras do Tecido Conjuntivo Não entram em contato com o osso alveolar e recebe o nome de dento gengivais as que vão do cemento para a gengiva livre dentoperiostais as que vão ao cemento a gengiva inserida. As transeptais vão do cemento ao cemento vizinho e as circulares formando um anel no dente. FDG- dento gengival; FDP- Dentoperiostais; FT- Transeptais; FC- Circulares. Periodonto de Sustentação Osso Alveolar Composto pelo processo alveolar da maxila e da mandíbula, sendo que o osso da maxila é mais esponjoso, medular e o da mandíbula é mais compacto e cortical, esse processo alveolar absorve e distribuem forças geradas pela mastigação. Neoformação e Neoabstração ➔ Osso medular: osso que fica entre os alvéolos (mandíbula) ➔ Osso cortical: osso que fica na vestibular e lingual dos dentes ( a parte mais espessa de osso é encontrada na parte da língua) ➔ Quando olhamos uma radiografia podemos ver a lamina dura que é o cortical que continua em direção aos alvéolos e que recobre as paredes desses alvéolos. Obs: mas nem sempre o osso alveolar é assim pode acontecer algumas variações como a anquilose o dente fica preso diretamente ao osso sem o cemento e ligamento periodontal, pode acontecer também a deiscência, perca de osso com retração gengival ou pode acontecer a Fenestração que é a perda de osso sem retração gengival. ➔ Composição do osso alveolar Periodontia I Kathelyn G. Bardini ➔ Osteoblastos – faz parte da deposição da matriz óssea ➔ Odontoclastos- tem papel de reabsorver e remodelar o osso. ➔ Osteócitos- manutenção óssea ➔ O osso recebe nutrição através dos canais de Volkmann e canais de Haver. Cemento Radicular ➔ É um tecido mineralizado (64% hidroxiapatita, mesmo mineral do esmalte) ➔ Não sofre remodelação, reabsorção, não possui vasos, nervos, mas ele é permeável e ao longo da vida continua se formando principalmente no ápice da raiz, porque quando o ligamento periodontal vai desgastando o cemento aumenta O cemento possui a função de inserir as fibras do ligamento periodontal na superfície da raiz e ajuda a reparar quando a superfície da raiz sofre alguns danos. Existem 4 tipos de cemento em diferentes locais da raiz. Cemento celular de fibras Intrinsecas (CCFI) sua espessura para compensar. Cemento celular estratificado Misto (CCEM) Cemento acelular de fibras extrínsecas (CAFE) Cemento adibrila acelular (raro) CAA Periodontia I Kathelyn G. Bardini CAFE- encontra mais no terço médio e cervical da raiz não possui sementossitos e possui essas fibras que vem do ligamento periodontal e que estão perpendiculares ao cemento. CCFI- se encontra no terço apical possui cementocitos para aumentar a espessura do cemento quando preciso e possui suas fibras próprias que ficam paralelas ao cemento. CCEM- se encontra entre os dois já citados e possui os dois tipos de fibras que quando estão dentro do cemento como as fibras, se formam as fibras Sharpey. CAA- pode ser encontrada sobre a superfície do esmalte (raro). Ligamento Periodontal ✓ É formado por tecido conjuntivo frouxo com alta vascularização e grande quantidade de fibras que une o dente ao osso alveolar, possui nervos sensoriais com uma espessura padrão normal de 0,25mm ✓ Tem a função de ancorar o dente e absorver, distribuir forças mastigatórias. ✓ Os 5 tipos de fibras são divididos de acordo com sua localização. Fibras da crista alveolar estão localizadas na cervical do dente e essas fibras se opõe as forças laterais. Fibras horizontais que também se opõe as forças laterais. Periodontia I Kathelyn G. Bardini Fibras oblíquas que se opõe as forças verticais. Fibras apicais fica exatamente do ápice da raíz e se opõe as forças de extrusão e também protegem áreas com nervos. Fibras inter-radiculares se opõe a forças de extrusão e inclinação. Composição do ligamento periodontal ✓ Fibroblastos (produção de fibras) ✓ Osteoblastos ✓ Osteoclastos ✓ Cementócitos (próximo ao cemento) ✓ Restos epiteliais de melassez ( que podem gerar cistos futuramente) Raiz do Dente Dentes multiradiculares, ou seja, dente que possui mais de uma raiz, possuem a furca, esse espaço entre as raízes e a região de duas raízes se fusionam virou uma só em outras palavras se chama fórnix. A distânciaentre o fórnix e a junção esmalte cemento recebe o nome de tronco radicular. ✓ O tamanho desse tronco radicular varia e pode mudar de posição Região mais próxima do osso alveolar. Tronco Radicular Fórnix Furca Periodontia I Kathelyn G. Bardini ✓ Ex: O primeiro molar possui o tronco radicular (TR) mais curto do que o segundo molar. Então o primeiro molar possui as raízes mais divergentes do que o segundo molar, que possui raízes mais funsionadas (juntinhas). Doenças Periodontais Microbiologia Nós temos bactérias na boca que podem causar uma doença, porem não temos a doença, porque a microbiota oral esta em equilíbrio com o hospedeiro, que seria o primeiro dente. ✓ Temos a bactéria, mas não a doença. ✓ Microbiota oral em equilíbrio com o hospedeiro. ✓ É uma comunidade microbiana organizada em superfície que não se descamam, resistente aos mecanismos de defesa do organismo. ✓ Resistente aos fatores ambientais; ✓ Compartilham recursos, nutrientes e informações genéticas; ✓ Removem produtos tóxicos; ✓ Podem causar grande/graves destruições= virulência Virulência- é a invasão de tecidos próximos Possui alguns fatores, para que ocorra: ✓ Fatores que promovam a colonização (adesiva); ✓ Toxinas e enzimas que degradam o tecido hospedeiro; ✓ Mecanismo de proteção das bactérias. Virulência é composto por canais de fluidos, matriz intermicrobianas e as micro-colonias, e para isso acontecer, existe todo um processo. O primeiro passo é a formação da película adquirida, o receptor de bactérias feito de glicoproteínas salivares, depois vem a adesão inicial de bactérias cocos aeróbias gram+ e sua fixação isolada por meio da adesina a partir dai, elas começam a se multiplicar e começa a ocorrer a co-agreção de outras bactérias até a maturação do biofilme. Película Adquirida em Esmalte Receptor de bactérias – Glicoproteínas Biofilme Biofilme, acreditava- se que tinha presença de biofilme já tinha doença, o que é errado e depois mudaram achando que para ter doença precisava do biofilme e microrganismos, errado também. E finalmente entenderam que para ter a doença é preciso a presença de biofilme mais microrganismos e alteração na resposta imunológica do indivíduo, essa hipótese é chamada de HIPOTESE DE PLACA ECOLÓGICA e hoje em dia é mais certo. Periodontia I Kathelyn G. Bardini ✓ Formação de película adquirida ✓ Adesão inicial e fixação isolada ✓ Multiplicação e co-agreção ✓ Maturação Biofilme Supragengival Biofilme Subgengival Bactérias Cocos e bastonetes, Gram+ Aeróbios Cocos e Bastonetes, Gram- aeróbios mais bastonetes gram- aeróbios estritos. Células Células endoteliais, leucócitos polimorfonucleares, granulócitos. Leucócitos polimorfonucleares, organismos filamentosos flagelados e espiroquetas. Associado a ... Saúde Doença Cálculo Supragengival Cálculo Subgengival Localização Coronária a Margem Gengival (MG) Apical a Margem gengival (MG) Cor Amarelo/Branco Marrom/Preto Distribuição Lingual de INC e CAN vestibular de molar superior. Uniforme na cavidade bucal Origem Saliva Fluido Gengival Consistência Facilmente deslocado do dente. Facilmente aderido ao dente. Etiopatogenia das Doenças Periodontais Etiologia – causa Patogenia- causa (causa e desenvolvimento de doenças) Etiologia (Causa) Fatores Determinantes Fatores Predisponentes Fatores Modificadores Ajudam no desenvolvimento da doença: Gestação, diabetes, tabagismo, bruxismo, contato prematuro e trauma de oclusão. O que precisa para desenvolver a doença: Biofilme associada ao Cálculo Salivar. Facilita o acúmulo de Biofilme: Aparelho, lesão de carie (próxima a margem gengival), restauração mal adaptada e apinhamento dentário. Periodontia I Kathelyn G. Bardini Patogenia (desenvolvimento) Respostas imunológicas Na presença do agente agressor as células epiteliais produzem defensinas e as células de Langherans produzem mediadores químicos e citocinas. Provocando um processo inflamatório, essa resposta imunológica, pode ser: INATA ADAPTATIVA ✓ Para facilitar esse transporte e ativação das células defensoras ocorre o aumento do fluido gengival (fluido celular de defesa) ✓ Porem essas células podem gerar consequências, quanto mais células de defesa estão presentes, mais enzimas estão sendo liberadas e a função da enzima é degeneração. Então, por exemplo: ❖ Neutrófilos- colagenase (degrada colágeno) ❖ Mediadores químicos – inibem a formação óssea, ativando mmP’s (metaloproteinase) ❖ Plasmócitos- ativam odontoclastos. ❖ Macrofagos- produzem prostaglandinea (reabsorção óssea) Então é uma destruição enquanto acontece tudo ao mesmo tempo. Nomes de Doenças Periodontais ✓ Doenças gengivais ou Gengivite ✓ Periodontite Crônica ✓ Periodontite Agressiva Doença Gengival/ Gengivite É caracterizada por arcos parabólicos irregulares com edema e sangramento sem perda de inserção (NCI) do periograma e podem ser induzidas por biofilme, que são a maioria dos casos, podem ser modificadas por fatores sistêmicos, medicamentos ou por ma- nutrição podem ser não induzidas por biofilme que esta relacionada com traumas ou lesões que se da origem nos microrganismos. Neutrófilos e Macrófagos (tentam destruir o agente agressor) Liberam enzimas. Leucócitos T Produz Citocina Linfócitos B Produz imunoglobina Plasmócitos secretam anticorpos Periodontia I Kathelyn G. Bardini Periodontite crônica ✓ Tem perca de inserção (NCI) com progressão lenta, pode ter vários tipos de bactérias e a extensão da destruição compatível com agentes etiológicos. ✓ A periodontite crônica tem duas divisões, são elas: Periodontite Crônica ✓ De acordo com a extensão a periodontite crônica pode ser localizada ou generalizada ✓ E de acordo com a severidade ela pode ser leve, moderada ou severa Extensão Porcentagem % Extensão Severidade Localizada Generalizada Para Fechar esse diagnóstico é preciso da matemática e do NCI obtido no periograma. Leve Moderada Severa Total de dentes na Boca 100% Dentes com perca de inserção (NCI maior que 3mm) X OU Periodontia I Kathelyn G. Bardini Se o X der menos que 30% ela é LOCALIZADA. Se o X der mais que 30% ela é GENERALIZADA. SEVERIDADE MAIOR PERCA DE INSERÇÃO LEVE= Perca de 1 a 2 mm MODERADA= Perca de 3 a 4 mm SEVERA= Perca maior ou igual a 5mm Periodontite Agressiva ✓ Tem perca de inserção com progressão rápida mesmo saudável sistemicamente, porem ele possui algumas alterações genéticas, a distribuição é muito grande desproporcional com a presença de agentes etiológicos com grande quantidade de bactérias específicas que são: AGGREGATBACTER; ACTINOMYCETEMCOMITANS E PORPHYROMANAS GENGIVALIS. ✓ Sua classificação é somente de acordo com sua extensão Total de sítios na boca 100% Sítios com perca de inserção mais que 3 X Incisivos 1º Molar + 2 dentes LOCALIZADA Incisivos 1º Molar +3 dentes GENERALIZADA Periodontia I Kathelyn G. Bardini AVALIAÇÃO PERIODONTAL ✓ Acontece depois da anamnese e exame físico, é realizado a sondagem e existem dois tipos de avaliação. ✓ PSR- registro periodontal simplificado e o Periograma. A boca possui 6 sextantes e cada dente possui 6 sítios. Sextante A- posteriores do lado direito superior; Sextante B- anteriores superiores; Sextante C- posteriores do lado esquerdo superior; Sextante D- posteriores do lado esquerdo inferior; Sextante E- anteriores inferiores; Sextante F- posteriores do lado direito inferior.Os sítios estão divididos de acordo com as faces que eles estão: V- Vestibular MV- mesio-vestibular ML- mesio-ligual L- Lingual DL- disto-lingual DV- disto-vestibular A B C D E F 18-14 13-23 24-28 44-48 33-43 38-34 Periodontia I Kathelyn G. Bardini PSR - Feita com sonda WHO - Avalia de maneira rápida o grau de comprometimento dental do periodonto por sextantes. -Nos damos códigos para descrever algumas anormalidades ou não que está acontecendo naquele sextante e os códigos vão de 0 a 4. CÓDIGOS CÓDIGO 0= Indica que o sextante analisado está completamente saudável. (marcação da sonda totalmente visível sem sangramento). CÓDIGO 1= Indica que aquele sextante apresenta sangramento. (marcação totalmente visível, mas com presença de sangramento) CÓDIGO 2= Indica que aquele sextante apresenta cálculo salivar e pode ou não apresentar sangramento (marcação totalmente visível com presença de cálculo salivar, com ou sem sangramento) CÓDIGO 3= Indica marcação parcialmente visível da sonda WHO (3,5 a 5,5) CÓDIGO 4= Marcação não visível, profundidade clínica de sondagem (PCS) maior que 5,5 CÓDIGO *= Supuração (pus na gengiva) Envolvimento de furca Retração gengival maior que 3,5 mm 5,5 mm 3,5 mm Periodontia I Kathelyn G. Bardini Problemas muco gengivais→ ex: pouca gengiva inserida, freios e bridas com inserção alta. Mobilidade (Inicialmente não importa seu grau). Periograma - é um exame periodontal completo, é feiro com a sonda Carolina do Norte, uma sonda que conta de 1 em 1 mm. - O periograma é composto por três parâmetros: UEC-MG= União Esmalte Cemento- Margem Gengival (não é preciso sondar, só colocar a sonda em cima) PCS-SS= Profundidade Clínica de Sondagem NCI= Nível Clínico de inserção (soma da primeira medida com a segunda) + UEC-MG 3 PCS-SS 3 NCI 6 Se der menos que 3, não houve perca de inserção, o que significa que o periodonto de sustentação está preservado. O NCI nos fornece outra informação importante se houve perca de inserção e de uma bolsa periodontal, se ela é verdadeira ou falsa. Bolsa verdadeira tem perca de inserção Bolsa falsa, não tem perca de inserção Hiperplasia= - (negativo) Retração= + (positivo) Colocamos o código maior em cada sextante Periodontia I Kathelyn G. Bardini Remoção de Cálculo ➔ Usa-se os raspadores periodontais FOICES E CURETAS ➔ Para diferenciar cada instrumentos, olhamos a ponta ativa de cada um. Cada ponta ativa tem seu ângulo de corte próprio, que é uma união da face coronária com a face lateral. ➔ FOICE= tem sua secção transversal triangular em dois ângulos de corte, por isso só usamos para cálculo supragengival e de todas as faces de dentes anteriores. ➔ CURETAS= são mais delicados e mais especificas para cada face, por exemplo a sonda McCall a cureta universal ela tem dois ângulos de corte, então usamos somente para calcula supragengival de dentes posteriores de todas as faces. As curetas Gracey possui somente um ângulo de corte, então podemos usar tanto supra como subgengival e elas se diferenciam pelas angulações da haste. Gracey Nº 3 e 4- Todas as faces anteriores; Nº 9 e 10- Faces Livres Posteriores; N°11 e 12- Faces Mesiais Posteriores; Nº13 e 14- Faces Distais dos Dentes posteriores. Ângulo de Corte Movimento de Raspagem: Firme, Curto, Com Apoio. Movimento de Alisamento ou Aplainamento: Longo e Com menos Pressão Periodontia I Kathelyn G. Bardini RECADO Esse resumo foi feito em base a aulas obtidas durante o curso, estão fora de ordem das aulas ministradas. Lembrando que esse resumo foi feito apenas para complementar conhecimento.
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