Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CABEÇA E PESCOÇO 1 CABEÇA E PESCOÇO ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. CABEÇA TAMANHO E FORMA DO CRÂNIO Criança → determinar perímetro craniano. Idoso → tamanho aumentado do crânio pode indicar doença de Paget. QUANTO AO TAMANHO Macrocefalia → hidrocefalia, acromegalia, raquitismo. ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. CABEÇA TAMANHO E FORMA DO CRÂNIO POSIÇÃO E MOVIMENTOS SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO EXAME GERAL DA FACE EXAME GERAL DOS OLHOS E SUPERCÍLIOS EXAME DO NARIZ EXAME DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO PESCOÇO PELE FORMA E VOLUME POSIÇÃO E MOBILIDADE TURGÊNCIA OU INGURGITAMENTO DAS JUGULARES EXAME DA TIREOIDE EXAME DOS VASOS DO PESCOÇO EXAME DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS EXAME DOS LINFONODOS CABEÇA E PESCOÇO 2 Microcefalia → congênita, hereditária, de causa desconhecida, decorrente de doença cerebral. QUANTO À FORMA Alterações decorrentes do fechamento precoce de uma ou várias suturas (cranioestenose). Acrocefalia → cabeça alongada para cima, pontuda - forma mais frequente. Escafocefalia → levantamento da parte mediana do crânio (casco de navio invertido). Macrocefalia (hidrocefalia). Microcefalia (infecção pelo Zika vírus). Acrocefalia. CABEÇA E PESCOÇO 3 Dolicocefalia → aumento do diâmetro anterossuperior. Braquicefalia → aumento do diâmetro transverso. Plagiocefalia → crânio assimétrico. POSIÇÃO E MOVIMENTOS INSPEÇÃO Inclinação lateral da cabeça (torcicolo) → desvio de posição mais frequente. Tiques → movimentos anômalos mais comuns; contrações repetidas de um determinado grupo de músculos associados. Escafocefalia. Braquicefalia. Plagiocefalia. CABEÇA E PESCOÇO 4 Movimentos coreicos. Tremores. Sinal de Musset → movimentos sincrônicos da cabeça com as pulsações na insuficiência aórtica. https://www.youtube.com/watch?v=U1nn7oK9ZVY SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Saliências → tumores, tumefações, bossas e hematomas. Depressões → afundamentos. Pontos dolorosos. Fontanela anterior patente em crianças: Hipertensa e saliente → aumento da pressão intracraniana (meningite, hidrocefalia). Hipotensa e deprimida → desidratação. EXAME GERAL DA FACE SIMETRIA Perda da simetria → tumefações ou depressões unilaterais; paralisia facial; crescimento das parótidas por processo inflamatório (ex. caxumba) ou hipertrofia das glândulas salivares. Movimentos coreicos. https://www.youtube.com/watch?v=U1nn7oK9ZVY CABEÇA E PESCOÇO 5 FÁCIES TÍPICA PELE EXAME GERAL DOS OLHOS E SUPERCÍLIOS SUPERCÍLIOS Madarose → queda dos supercílios; mixedema, hanseníase, esclerodermia, quimioterapia, senilidade e desnutrição acentuada. Assimetria facial de origem congênita. Assimetria facial por paralisia facial esquerda. Hipertrofia das parótidas. Neoplasia localizada na parótida direita. CABEÇA E PESCOÇO 6 PÁLPEBRAS Edema? Retração palpebral? Epicanto? Madarose. Edema Palpebral. Retração palpebral. CABEÇA E PESCOÇO 7 Ectrópio? Entrópio? Equimose? Epicanto. Ectrópio. Entropio. CABEÇA E PESCOÇO 8 Xantelasma? Ptose palpebral? → paralisia do III par craniano, síndrome de Claude- Bernard-Horner e miastenia gravis. Equimose. Xantelasma. Ptose palpebral à esquerda. CABEÇA E PESCOÇO 9 Lagoftalmo/ Sinal de Bell → não fechamento dos olhos por paralisia do músculo orbicular das pálpebras; paralisia facial periférica. Inchaço dos olhos pela manhã → pode ser sinal precoce de edema generalizado. FENDA PALPEBRAL Normal. Exoftalmia → aumentada. Ptose palpebral → diminuída ou ausente. Sinal de Bell. Exoftalmia. Ptose palpebral. CABEÇA E PESCOÇO 10 Mongolismo → fenda palpebral substituída por prega cutânea. GLOBOS OCULARES Exoftalmia → protusão do globo ocular; unilateral: tumores; bilateral: hipertireoidismo. Enoftalmia → globo ocular afundado; síndrome de Claude-Bernard-Horner (unilateral), desidratação (bilateral). Desvios → estrabismos. Divergente: globo ocular se desvia lateralmente → paralisia do reto medial, paralisia do III nervo. Convergente: paralisia do reto lateral VI par). Mongolismo? Exoftalmia. Enoftalmia unilateral. CABEÇA E PESCOÇO 11 Movimentos Involuntários → nistagmo é o mais frequente (oscilações rápidas e curtas de ambos os olhos); pode ser congênito ou adquirido (doenças do labirinto, cerebelo, tronco encefálico ou intoxicação alcoólica). https://www.youtube.com/watch?v=reXe83HlfzE CONJUNTIVAS Róseas → aspecto normal. Pálidas → anemias. Estrabismo divergente. Estrabismo convergente. https://www.youtube.com/watch?v=reXe83HlfzE CABEÇA E PESCOÇO 12 Amareladas → icterícia. Hiperemiadas → conjuntivites. ESCLERÓTICA, CÓRNEA E CRISTALINO Esclerótica Amarelada → icterícia. Arco senil → halo esbranquiçado na periferia da íris; composto de lipídios (geralmente colesterol). Anel de Kayser-Fleischer → degeneração hepatolenticular (doença de Wilson). Arco Senil. CABEÇA E PESCOÇO 13 Cristalino Opaco → áreas esbranquiçadas no interior das pupilas (catarata). Pterígio → espessamento da conjuntiva bulbar que cresce na superfície externa da córnea. PUPILAS Forma? Localização? Tamanho? Midríase → pupila dilatada. Miose → pupila contraída. Anel de Kayser-Fleischer Cristalino opaco. Pterígio. CABEÇA E PESCOÇO 14 Anisocoria → pupilas de tamanho desigual. Reflexos? Fotomotor → contração pupilar à luz. Consensual → contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho. Acomodação-convergência → contração das pupilas e convergência dos globos ocularees à medida que se aproxima do nariz um foco luminoso. MOVIMENTAÇÃO OCULAR Paralisia Supranuclear Progressiva → paciente tem dificudade na movimentação ocular, notadamente no sentido vertical. EXAME DO NARIZ INSPEÇÃO DO NARIZ Rinofima → espessamento da pele (brilhante e avermelhada) e desenvolvimento de glândulas sebáceas. Hipertrofia do nariz → acromegalia e mixedema. Anisocoria. Rinofima. CABEÇA E PESCOÇO 15 Nariz em sela → sífilis congênita. Lesões destrutivas (neoplásicas e inflamatórias) → causas comuns são blastomicose e hanseníase. Rubicundez → nariz vermelho; alcoolismo e outros (rinofima, acne rosácea e LES. Hipertrofia do nariz em paciente com Acromegalia. Nariz em sela. Lesões destrutivas no nariz de paciente com Hanseníase. CABEÇA E PESCOÇO 16 Batimentos das asas do nariz → observados em doenças graves; pneumonias e outras afecções agudas. Corrimento ou Fluxo nasal? → anotar características. Teste da permeabilidade de cada narina. Palpação dos seios paranasais (frontal e maxilar) → dor levanta suspeita de sinusite. EXAME DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL EXAME EXTRABUCAL FORMA E SIMETRIA Alterações podem estar relacionadas a alterações do desenvolvimento, má oclusão dentária, alterações musculoesqueléticas, articulares ATM, dos seios da face e das glândulas salivares. Rubicundez em paciente com Rosácea. Batimento das asas do nariz. CABEÇA E PESCOÇO 17 Falta de selamento labial → associação com oclusões dentárias e respiração bucal. PALPAÇÃO DA ATM Palpação lateral bidigital, 1 cm à frente do trágus. Palpação posterior com a ponta do dedo mínimo posicionada no interior da entrada do conduto auditivo. Ambas devem ser realizadas nas posições de boca fechada e aberta. GLÂNDULAS Regiões devem ser avaliadas quanto à: Simetria; Coloração da pele; Sialoadenites; Neoplasias; 2. EXAME INTRABUCAL CABEÇA E PESCOÇO 18 SEMIOTÉCNICA Semimucosa labial superior e inferior. Mucosa labial superior e inferior. Mucosa jugal (bochecha) direita e esquerda. Palato duro. Palato mole. Orofaringe. Dorso da língua. Lateral da língua. Ventre da língua. Assoalho da boca. Reborda alveolar (dentes e gengivas). Função das glândulas salivares. CABEÇA E PESCOÇO 19 LESÕES MAIS FREQUENTES Ulcerações → úlceras aftosas são comuns e podem não ter causa definida; causas benignas, falta de higiene bucal, alguns microrganismos. Doenças sistêmicas ou metabólicas subjacentes podem contribuir para aformação de úlceras na cavidade oral; úlceras que não cicatrizam em 46 semanas devem ser investigadas - possibilidade de neoplasia maligna → as neoplasias mais comuns da região bucomaxilofacial que comumente se manifestam como úlcera são o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular (biópsia essencial para diagnóstico). Nódulos → processos proliferativos não neoplásicos, neoplasias benignas e condições do desenvolvimento (toro ósseo palatino e mandibular). Úlceras orais. Úlceras orais. CABEÇA E PESCOÇO 20 Vesículas e bolhas → manifestações comuns de doenças de natureza infecciosa, traumática e autoimune; lesão do herpes se manifesta como Nódulo oral. Toro palatino. Toro mandibular. Fibroma. CABEÇA E PESCOÇO 21 vesículas ou bolhas dolorosas; líquen plano e penfigoide (doenças autoimunes que podem se manifestar como bolhas na boca); mucocele e rânula (rompimento de ductos glandulares com formação de bolhas). Lesão causada pelo HV simples. Líquen plano. Penfidoide bolhoso. CABEÇA E PESCOÇO 22 Machas vermelhas ou eritematosas → malformações vasculares, trauma durante alimentação ou escovação, infeccões como candidíase ou distúrbios potencialmente malignos - eritroplasia e quelite actínica. Mucocele. Rânula (mucocele sublingual). Malformação vascular na boca. CABEÇA E PESCOÇO 23 Malformação vascular. Hemangioma bucal. Lesão bucal provocada pelo uso de próteses removíveis (trauma). CABEÇA E PESCOÇO 24 Candidíase oral. Eritroplasia e carcinoma de células escamosas. Quelite actínica. CABEÇA E PESCOÇO 25 Manchas acastanhadas ou enegrecidas → produção excessiva de melanina; máculas e efélides (sardas). Neoplasias malignas como melanoma podem se manifestar como manchas escuras na mucosa bucal, assim como o Sarcoma de Kaposi. Quelite actínica. Mácula melanocítica. Efélides (labiais). CABEÇA E PESCOÇO 26 Manchas brancas ou leucoplásicas → resultantes de condições do desenvolvimento (leucoedema), trauma ou uso de cigarro estimulando produção de queratina e formação de placas (hiperqueratoses e leucoplasia). Melanoma oral. Sarcoma de Kaposi. Leucoplasia oral. CABEÇA E PESCOÇO 27 LÁBIOS Inspeção e palpação: Coloração; Forma; Textura; Flexibilidade; Presença de lesões Semimucosa → = "vermelhão do lábio". Mucosa labial → parte da mucosa bucal que reveste internamente os lábios superior e inferior. Aumento de volume? Hiperqueratose. Hiperqueratose. CABEÇA E PESCOÇO 28 Nódulos ou manchas brancas/ escuras? - múltiplas pigmentações melânicas ocorrem na Síndrome de Peutz-Jeghers. Palidez? Cianose? Edema labial. Síndrome de Peutz-Jeghers Palidez. CABEÇA E PESCOÇO 29 Herpes Simples Labial → vesícula ou grupo de vesículas; é a infecção mais comum dos lábios e pode ocorrer em pessoas hígidas. Mais frequente associada a estágios de baixa imunidade. Quelite Actínica → presença de linha fibrótica esbranquiçada, com perda da flexibilidade; é uma lesão potencialmente maligna. Cianose. Herpes labial. Quelite Actínica. CABEÇA E PESCOÇO 30 Fenda labial → anomalia congênita mais comum. Quelite Angular → lesão inflamatória das comissuras labiais ("boqueira"). Rachaduras e Descamações labiais → comuns em respiradores bucais e idosos, pessoas que se expõem excessivamente ao sol. "Lábio duplo" → excesso de tecido mucoso labial com formação de prega visível no selamento labial e no sorriso; congênito ou adquirido. Fenda labial. Quelite Angular. Rachaduras e Descamações labiais. CABEÇA E PESCOÇO 31 Estomatite → afecção mais encontrada no exame da mucosa labial. MUCOSA JUGAL Bochecha. A afecção mais encontrada nessa região é a estomatite aftosa (afta). "Lábia duplo". Estomatite. Estomatite aftosa na mucosa jugal. CABEÇA E PESCOÇO 32 Estomatite por candidíase → "sapinho"; comum em crianças; presença de placas brancas, múltiplas e ligeiramente elevadas por toda a cavidade bucal. Essas placas podem ser desprendidas facilmente da superfície dos tecidos. Outros tipos de estomatite → tuberculosa, sifilítica e herpética. Leucoplasias → placas brancas não raspáveis que não apresentam associação com nenhuma outra causa. Líquen plano → doença autoimune que se manifesta como lesão branca. Estomatite por candidíase. Leucoplasia. Líquen plano. CABEÇA E PESCOÇO 33 Pigmentações escurecidas → fisiológica (melanose racial), doença de Addison. Manchas de Koplik → minúsculas manchas esbranquiçadas circundadas por aréola vermelha; sarampo. Mancha melânica. Pigmentações escurecidas na Doença de Addison. Manchas de Koplik. CABEÇA E PESCOÇO 34 Úlceras da mucosa jugal → síndrome de Stevens-Johnson, em geral de causa medicamentosa (principalmente sulfas e antibióticos). PALATO DURO Toro palatino → exostose (crescimento ósseo benigno) na região central do palato, recoberto por mucosa normal. Úlcerações traumáticas → químico, mecânico, térmico. Candidíase. Úlcera na mucosa jugal. Toro palatino. Lesões ulcerativas. CABEÇA E PESCOÇO 35 Estomatite nicotínica. Neoplasias de glândulas salivares menores. Fendas palatinas. Sarcoma de Kaposi. Candidíase. Estomatite Nicotínica. Fendas Palatinas. CABEÇA E PESCOÇO 36 PALATO MOLE Apresenta coloração rósea mais intensa que o palato duro. Músculos → deglutição, respiração e fonação. Mudanças na coloração → refletem hábitos do indivíduo. Ex. cor amarelada → alta ingesta de carotenos; vermelho-escura → associada a tabagismo. Lesões aftosas → extremamente dolorosas → dificuldade de deglutir, podendo levar à desidratação. LÍNGUA Semiotécnica: solicitar ao paciente que abra a boca ao máximo + utilizar gaze para segurar a ponta da língua → observar: dorso, bordas laterais, face inferior (ventre). Analisar: Posição. Tamanho. Cor. Umidade. Superfície. Textura. Movimentos. Lesões. Sarcoma de Kaposi. CABEÇA E PESCOÇO 37 Língua saburrosa → acúmulo de substância branco-acinzentada ou amarelada na superfície ("língua suja"). Causa → má higiene, mais intensa quando associada a redução do fluxo salivar. Língua seca → indica alteração do fluxo salivar e/ou desidratação. Outras causas → respiração pela boca e efeitos colaterais de medicamentos. Língua lisa → superfície lisa ao invés da rugosidade característica. Atrofia das papilas fungiformes e filiformes é uma das principais causas. Outras → anemia, desnutrição proteica. OBS Associação de língua lisa com quelite é indicativa de estado carencial. Aspecto normal da língua. Língua saburrosa. CABEÇA E PESCOÇO 38 Língua pilosa → papilas filiformes alongadas e com cor que varia de amarelada a preta. Causa → frequentemente desconhecida; uso de antibióticos, infecções e tabagismo. Língua geográfica → áreas avermelhadas irregulares nitidamente delimitadas por áreas esbranquiçadas e circinadas, lembrando um mapa. Essas áreas mudam de localização periodicamente. Áreas vermelhas correspondem a atrofia epitelial contrastando com limites esbranquiçados. Essa alteração é desprovida de significado clínico. Língua lisa. Língua pilosa. Língua geográfica. CABEÇA E PESCOÇO 39 Língua fissurada → presença de sulcos irregulares. Pode estar associada à deficiência de vitaminas do complexo B. Essa condição favorece acúmulo de saburra, ardência e queimação. Língua crenada → margens marcadas pelo contorno dos dentes (pressão exercida pelos limites dentários). Causas → língua de grandes dimensões, cavidade bucal pequena ou hábito de sucção da língua. Macroglossia → aumento global da língua. Causas → hipotireoidismo, acromegalia e amiloidose. Língua trêmula → é comum. Pode levantar possibilidade de → hipertireoidismo, alcoolismo e parkinsonismo. Desvio da língua da linha mediana → pode ser observada na hemiplegia e nas lesões do nervo hipoglosso. Língua fissurada. Língua crenada. CABEÇA E PESCOÇO 40 Glossite → inflamação generalizada, caracterizada basicamente por vermelhidão. Quase sempre a queixa é dor espontânea ou desencadeada por alimentos quentes. Candidíase atrófica→ áreas avermelhadas no dorso (dx diferencial com língua geográfica). É a infecção oral mais comum em pacientes com AIDS. Úlceras aftosas dolorosas → quando recorrentes, na língua e mucosa oral, podem estar asscoaidas à Síndrome de Behçet. Leucoplasias → placas esbranquiçadas, lisas, duras. São lesões potencialmente malignas CA Espinocelular). Desvio da língua da linha mediana. Candidíase atrófica. Leucoplasia. CABEÇA E PESCOÇO 41 Aftas → lesões ulceradas com 0,21 cm de diâmetro, cobertas por exsudato esbranquiçado e circunscritas por aréola vermelha. Lesões vasculares → malformações vasculares, linfangioma e hemangioma são as mais frequentes. ASSOALHO BUCAL Semiotécnica: inspeção + palpação bimanual. Os tecidos devem apresentar-se hidratados e ricos em vascularização. Afta. Malformação vascular. Aspecto normal. CABEÇA E PESCOÇO 42 Úlceras → lesões traumáticas. Mucocele/ Rânula. Sialólitos. Neoplasias. REBORDA ALVEOLAR Porção óssea da maxila e da mandíbula que contém os dentes e seus tecidos de suporte. Semiotécnica: inspeção visual + palpação. AVALIAÇÃO DOS DENTES Aspectos morfológicos; Número; Integridade; Tecidos de suporte; Toro mandibular → é a alteração óssea mais frequente. Rânula. Toro mandibular. CABEÇA E PESCOÇO 43 Cárie → alteração dentária mais frequente. Doença periodontal → alteração mais frequente dos tecidos de suporte. Melanose → é um achado frequente nas gengivas. Toro mandibular. Cárie. Doença periodontal. Doença periodontal. CABEÇA E PESCOÇO 44 GENGIVAS Semiotécnica → inspeção e palpação. Deve-se analisar: Cor; Consistência; Forma; Desenvolvimento; Lesões; Palidez → pode ser sinal de anemia. Cianose → aumento da hemoglobina reduzida no sangue. Amareladas → icterícia. Local mais adequado para evidenciar diferença na coloração → proximidades do freio lingual. Hipertrofia → pode ser observada nas leucemias e após uso prolongado de alguns medicamentos (ex. hidantoína). Melanose. Gengiva pálida. CABEÇA E PESCOÇO 45 Gengivite → gengivas tornam-se avermelhadas, esponjosas e facilmente sangráveis. Podem ter causas locais como placa bacteriana ou estarem associadas a doenças sistêmicas (pelagra, escorbuto, leucoses e linfomas). Manchas hemorrágicas. Ulcerações. Aftas. Atrofias que fazem pigmentação em forma de pontos escuros → pigmentação por chumbo. Hipertrofia gengival. Gengivite. CABEÇA E PESCOÇO 46 Abscessos alveolares → indicam infecção da polpa dentária. Tumores → ex. epúlides, tumores de células gigantes, fibromas, carcinoma espinocelular, linfomas e sarcomas. Doença Periodontal Periodontite) → comprometimento inflamatório extenso não apenas das gengivas que circundam os dentes, como também do osso de suporte que sofre reabsorções (formando as bolsas periodontais). As gengivas ficam vermelhas, entumecidas, perdem a forma e tendem a sangrar com facilidade. DENTES Observar → número e estado dos dentes, incluindo-se o reconhecimento de próteses dentárias porventura existentes. Crianças → averiguar a erupção dos dentes. Dentes cariados → lesões frequentes, se caracterizam pela desmineralização do esmalte em decorrência da presença de bactérias aderidas na sua superfície. Se apresentam como manchas brancas foscas que progridem para manchas acastanhadas e depois cavidades marrons/negras. Anodontia → redução do número de dentes (alteração do desenvolvimento). Intoxicação por chumbo. Fibroma. CABEÇA E PESCOÇO 47 Dentes supranumerários → aumento do número de dentes. Macro ou microdontia. Hipoplasia do esmalte → estrias horizontais (defeitos) na dentição permanente. Quando presente em vários dentes, é decorente de alteração metabólica, sendo o raquitismo o mais frequente. Dentes de Hutchinson → incisivos laterais superiores, principalmente com perda dos ângulos, adquirindo a forma de "chave de fenda"; molares com as faces oclusais em forma de "amoras". São observados na sífilis congênita. Macrodontia. Microdontia. Hipoplasia do Esmalte. CABEÇA E PESCOÇO 48 GLÂNDULAS SALIVARES Em condições normais não são visíveis. Intumescidas e doloridas → processos inflamatórios e obstrução dos ductos. "Ordenha": estimulação manual dos ductos → permite avaliação qualitativa e quantitativa da saliva. Sialólitos → doenças obstrutivas. Sialoadenites → doenças infecciosas. Neoplasias → malignas e benignas têm comportamento biológico semelhante → crescimento lento e insidioso. Adenoma Pleomórfico é a neoplasia maligna mais comum e ocorre principalmente na Parótida. O Carcinoma Mucoepidermoide é o principal tumor maligno. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Semiotécnica: exame físico feito conjuntamente com o da ATM. Dores de origem muscular nessa região podem ser confundidas com dores odontogênicas. ATM Semiotécnica: inspeção, palpação e ausculta da região correspondente, em repouso e durante sua movimentação. Avaliar: Grau de abertura da boca; Desvios; Sinais de tumefação; Dentes de Hutchinson. CABEÇA E PESCOÇO 49 Dor e ruídos; Dor à palpação lateral → sugere presença de capsulite e tendinite. Dor à palpação posterior (via canal auditivo externo) → retrodiscite. EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO Lanterna + espátula + otoscópio. Abaulamentos; Nódulos; Variações de cor; Modificações morfológicas; PAVILHÃO AURICULAR Anomalias de forma e implantação → alterações congênitas; Alterações da cor → cianose de grau leve; Tofos → pequenos nódulos na cartilagem da hélix. Indicam distúrbio do metabolismo purínico, cujo exemplo principal é a gota; Lesões inflamatórias; Lesões neoplásicas; Eczema; Lesões micóticas do conduto auditivo externo; OROFARINGOSCOPIA Lanterna + abaixadores de língua. CABEÇA E PESCOÇO 50 RINOSCOPIA Espéculo nasal. Observação → vestíbulo nasal, septo e cornetos. Paciente deve manter a cabeça inclinada para trás. OTOSCOPIA Otoscópio. Observar → estado da pele, pelos da porção inicial, detritos ceruminosos e descamação. Membrana timpânica → avaliar integridade, aspecto, cor, formato e contorno. LARINGOSCOPIA DOENÇAS MAIS COMUNS AMIGDALITE AGUDA Infecção das amígdalas palatinas. Streptococcus Beta-hemolítico (maioria). Difteria → é um tipo de amigdalite aguda que demanda diagnóstico rápido para adequado tratamento. CABEÇA E PESCOÇO 51 RINITE CATARRAL AGUDA Infecção que acomete as fossas nasais e caracteriza-se por congestão das mucosas e acúmulo de secreções. SINUSITE AGUDA É um prolongamento da infecção nasal aguda às cavidades anexas (seios face), provocada por vírus ou bactérias. OTITE MÉDIA AGUDA Infecção da orelha média, geralmente é secundária a uma infecção das vias respiratórias superiores e com os mesmos agentes etiológicos. Acomete principalmente crianças. ROLHA CERUMINOSA ou EPITELIAL Acúmulo de cerume ou de descamação epidérmica bloqueando parcial ou totalmente o conduto auditivo externo. LARINGITE Processo inflamatório da laringe. Sintomas mais frequentes → tosse com secreção catarral ou purulenta e rouquidão. CÂNCER DA LARINGE Pode acometer todas as estruturas da laringe, mais comumente as pregas vocais, tendo como sintoma inicial a rouquidão. É muito mais frequente em tabagistas. CORPOS ESTRANHOS Podem localizar-se no ouvido externo e, mesmo, na orelha média, fossas nasais, faringe, laringe, árvore traqueobrônquica e esôfago. PESCOÇO PELE Sinais flogísticos → edema, calor, rubor e dor; Amigdalite aguda. CABEÇA E PESCOÇO 52 Fistulização → especialmente nas áreas que recobrem os linfonodos e na linha média (fístula do ducto tireoglosso). Fístula é um orifício só que conecta a pele com planos profundos. Cicatrizes → podem revelar traumas ou doenças. FORMA E VOLUME CAUSAS Aumento da tireoide, linfonodos, ou parótidas; Presença de tumorações (benignas ou maligna) Bócio → alteração da forma e do volume causada por aumento da tireoide. Se localiza anteriormente. São melhor analisados pelo método de palpação. Sinais flogísticos na região cervical. Sinais flogísticos Linfadenite).Fístula do ducto tireoglosso. CABEÇA E PESCOÇO 53 Hipertrofia de Linfonodo → provocam saliência lateralmente nas áreas em que se situam. Crescimento das Parótidas → fazem proeminência na parte lateral alta, atingindo a parte lateral da face. Tumorações → não têm posição específica e deformam de modo irregular o pescoço. Na linha média podemos encontrar o cisto do ducto tireoglosso e cisto dermoide. Nas laterais, localizam-se os cistos braquiais e, nos triângulos posteriores, geralmente os higromas císticos, linfangiomas e costela cervical. Bócio Linfonodos reacionais. Crescimento da Parótida Caxumba). CABEÇA E PESCOÇO 54 POSIÇÃO E MOBILIDADE Torcicolo → é a alteração mais característica da posição do pescoço. As afecções da coluna cervical (fraturas, luxações, espondiloartrose) acompanham-se de desvio do pescoço, quase sempre lateralmente. Mobilidade → solicitar ao paciente que faça movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralidade → verificar existência de contratura, resistência e dor. Rigidez de nuca → sinal importante de irritação meníngea. TURGÊNCIA OU INGURGITAMENTO DAS JUGULARES Importância prática no diagnóstico da hipertensão venosa, um dos sinais da insuficiência ventricular direita. Cisto do ducto tireoglosso. Cisto branquial. CABEÇA E PESCOÇO 55 Refluxo Hepatojugular → aumento da turgência (> 4 cm) das veias jugulares quando se faz compressão sobre o fígado durante 10 s, estando o paciente em decúbito dorsal com elevação da cabeça. É um indicador de insuficiência ventricular direita. Pode estar presente na insuficiência tricúspide e na pericardite constritiva. EXAME DA TIREOIDE SEMIOTÉCNICA ABORDAGEM POSTERIOR Paciente sentado e examinador de pé atrás dele. As mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca. As pontas dos indicadores e médios quase se tocam na linha mediana. ABORDAGEM ANTERIOR Paciente sentado ou em pé e o examinador também sentado ou de pé, postado à sua frente. São os dedos indicadores e médios que palpam a glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente. Turgência jugular. CABEÇA E PESCOÇO 56 Solicitar ao paciente que faça algumas deglutições enquanto se palpa firmemente a glândula. A tireoide eleva-se durante o ato de deglutir. Devem-se obter dados referentes a: Volume → normal/ aumentado; difuso/ segmentar. Qualquer aumento é designado bócio. Consistência → normal/ firme/ endurecida/ pétrea. Mobilidade → normal/ imóvel. Superfície → lisa/ nodular/ irregular. Temperatura da pele → normal/ quente. Frêmito e sopro → presentes/ ausentes. Sensibilidade → dolorosa/ indolor. Em pessoas normais a tireoide pode ser palpável ou impalpável. Normal ⇒ lisa, elástica, móvel, indolor, temperatura da pele normal e ausência de frêmito. O Exame físico da tireoide não permite caracterizar o hiperfuncionamento da glândula. BÓCIO CABEÇA E PESCOÇO 57 Afecção mais comum da tireoide. Pode ser difuso ou nodular. Tóxico → com hipertireoidismo. Não tóxico → sem hipertireoidismo (puberal e endêmico). Causas → Doença de Graves, Tireoidite de Hashimoto, Bócio Endêmico por deficiência de Iodo. TIREOIDITES Aguda → processo inflamatório decorrente de invasão bacteriana da glândula. Subaguda → vírus ou agressão autoimune. Hashimoto → autoimune; decorrente de agressão do tecido tireoidiano por anticorpos. Riedel → muito rara; fisiopatologia desconhecida. CÂNCER DA TIREOIDE Maioria → sólidos à US. Evolução lenta. Diagnóstico → exame citológico. EXAME DOS VASOS DO PESCOÇO INSPEÇÃO Turgência ou ingurgitamento; Pulsações venosas e arteriais; PALPAÇÃO Detecção de frêmito (aa. carótidas) → estenose da valva aórtica ou da própria carótida. AUSCULTA Rumor venoso → relativamente comum em crianças. Sopros → lesões estenóticas das aa. carótidas ou vertebrais, estados hipercinéticos, aumento do fluxo arterial na tireoide (por hiperfunção) e turbilhonamento de sangue nas jugulares (rumor venoso) que pode ocorrer em pessoas normais (especialmente crianças e após exercícios). CABEÇA E PESCOÇO 58 EXAME DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS EXAME DOS LINFONODOS
Compartilhar