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LACLIM – Ligante: Fernanda Pereira O exame da cabeça e do pescoço é dividido em: crânio, face e pescoço. Inspeção do crânio Observa-se os ossos (formato), contorno (abaulamentos e retrações), lesões no couro cabeludo e o cabelo (quantidade, qualidade e distribuição – alopecias). - Normal: região posterior é arredondada. Ambos os lados são simétricos. - Plagiocefalia: pode-se ter a impressão de que um dos lados é mais alto que o outro - assimetria. - Braquicefalia: cabeça é mais curta na medida ântero- posterior, a parte posterior é mais achatada, com elevação da parte posterior da cabeça. Fins estéticos. - Escafocefalia: cabeça comprida na medida ântero- posterior. Associação às síndromes ou alterações genéticas. Retrações - Lâmina de sabre: esclerodermia linear, síndrome de Parry- Romberg, sífilis congênita. - Pequena área de atrofia e hipocromia; líquen escleroso e atrófico. - Hemiatrofia facial: síndrome de Parry-Romberg. Diagnóstico precoce é importante para o retardo da progressão da doença. - Craniocinestose: fechamento prematuro das moleiras, evoluindo com acometimento neurológico. Necessário realizar procedimento para desfazer as suturas. - Hematoma subgaleal: hematoma entre o periósteo craniano e gálea aponeurótica do escalpo. - Curtis verti gyrata: excesso de pele no couro cabeludo. Associação com diabetes e mais presente na pele preta. - Mancha vinho do porto: síndrome de Sturge-Weber. - Nevo de Ota: Melanocitose dérmica (hiperpigmentação da pele próximo ao nervo trigêmeo e olhos). Mais presente em mulheres pretas e amarelas. - Mancha salmão: dilatação de capilares perto da superfície da pele. Inspeção da face Observar pele, expressão facial, formato das estruturas faciais, simetria das estruturas faciais em geral e das sobrancelhas, distância intercantal, das fissuras palpebrais, das dobras nasolabiais, e dos lados da boca. Observe alterações. Tipos de fácies: hipocrática, adenoidiana, parkinsoniana, basedowiana (hipertireoidismo), mixedematosa (hipotireoidismo), miastênica (ptose palpebral), etc. Sinal da madarose: perda do terço distal dos cílios ou sobrancelhas (hanseníase, sífilis, hipotireoidismo, tricotilomania). Sinal de Hertog: perda do terço distal dos cílios ou sobrancelhas (dermatite atópica, alergias cutâneas ou respiratórias). Sinofris: monocelha, baixa implantação das orelhas, alterações dentárias. Doenças genéticas → síndrome de Cordélia large e Waardenburg. Hisurtismo: implantação dos pelos fora do padrão biológico. - Hipertricose lauginosa congênica: pelos finos. - Síndrome de Ambras: pelos secundários. Movimentos Faciais Sinal de Musset indica estenose aórtica. Leves oscilações da cabeça para baixo e para frente. Parkinson: tiques involuntários e incontroláveis. Mímica facial do 7º par, nervo facial. Como diferenciar paralisia periférica de central? Na paralisia periférica todo um lado é acometido (ipsilateral). Na paralisia central só a parte inferior da hemiface é paralisada (contralateral). Palpação da face: Sinal de Chvostek: percussão do 7º par anteriormente ao pavilhão auricular, levando a espasmos dos músculos faciais, indicando titânia por hipocalcemia (hipoparatireoidismo). Olho Acuidade visual Inspecionar estruturas oculares externas: sobrancelhas, pálpebras e cílios – observar simetria, edema, secreções, lesões, movimentação. Examinar a mobilidade visual: acompanhar com os olhos dedo que se move nas 4 direções, o movimento deve ser conjugado. Conjuntiva e esclera: examinar coloração rósea sobre as pálpebras e branca sobre a esclera, observar alterações na cor, inchaço, lesões. Pupilas: observar o tamanho, a forma, a localização e a igualdade entre as pupilas; testar reflexo fotomotor (direto e consensual) e acomodação-convergência. Exame físico cabeça e pescoço LACLIM – Ligante: Fernanda Pereira Hordéolo: inflamação das glândulas sebáceas. Calázio: quadro inflamatório mais crônico. Blefarite: sinal de romana (unilateral), eczema alérgico (bilateral e unilateral). Córnea e íris – halo senil (em torno da íris) e anel de Kayser Fleisher (acúmulo de cobre, doença de Wilson, progressão com déficit neurológicos e crises convulsivas). Pupila – síndrome de Claude Bernard Horner (lesão no plexo simpático cervical ipsilateral – aniscoria, endoftalmia), síndrome de Pourfuor du Petit (irritação do plexo simpático cervical – midríase e aumento da fenda palpebral), pupila de Argyll Robertson (reage pouco a luz, não faz miose – sífilis terciária). Nariz Inspeção do nariz externo: observar desvio da linha média, deformidades, inflamações ou lesões. Testar permeabilidade das narinas. Cavidade nasal: com auxílio de lanterna visualizar mucosa (cor vermelha normal, úmida), septo nasal (desvios). Palpação dos seios paranasais: pressionar os seios frontais palpando acima e abaixo das sobrancelhas; pressionar os seios maxilares – pesquisar dor. Boca Inspeção dos lábios: cor, umidade, fissuras, lesões. Retrair e inspecionar face interna. Inspeção dos dentes e gengivas; observar ausência de dentes, anormalidades de posicionamento, dentes frouxos, presença de cáries. Gengivas: edema, sangramentos, retraídas, descoradas. Inspeção da mucosa oral e língua: cor, umidade, lesões, salivação. Inspeção do palato e da garganta: úvula, amígdalas: coloração, presença de exsudato, tamanho. Sinal de Mullet: pulsações visíveis da úvula, associado a estenose aórtica. Palpação do assoalho da boca: pesquisar nódulos, ulcerações. Sialolitíase: obstrução do ducto de Wharton da glândula submandibular Ouvidos Testar acuidade auditiva: voz sussurrada; Inspeção das orelhas: simetria, tamanho, edema, espessamento, lesões. Movimentar o pavilhão auricular e empurrar o tragus; palpar processo mastoide - deve ser indolor. Inspeção com otoscópio. Sinal de Frank: pregueamento preauricular e o do lóbulo da orelha que sugere aterosclerose coronariana. Pescoço Inspecione: pele; simetria - posição da cabeça centralizada na linha média e músculos acessórios do pescoço devem ser simétricos. A cabeça deve ser mantida ereta e firme. Amplitude de movimento – realizar movimentação ativa (girar a cabeça, estender para trás, flexionar), o movimento deve ser suave e controlado. À medida que a pessoa movimenta observar aumento no volume das glândulas salivares, tireoide e linfonodos. Normalmente não há aumento. Exame dos linfonodos: inspeção e palpação: Linfonodos pré-auriculares, auricular posterior, occipitais, cervicais superiores, submandibulares, submentonianos, cadeia cervical profunda, cervical posterior, supraclaviculares. Pesquisar: dor, volume, forma, características da pele, mobilidade. Traqueia Inspeção - deve situar-se na linha média do pescoço; palpação – observar mobilidade, pesquisar massas, crepitações. Parótidas: Inspeção e palpação no arco da mandíbula. Tireoide Inspecionar movimento de deglutição; palpação (volume: normal ou aumentado; consistência: normal, firme, endurecida; mobilidade: normal ou imóvel; superfície: lisa, nodular ou irregular; ausculta necessária se tireoide estiver aumentada – pesquisar sopro, usar campânula. Tireoidite de Quervain: bócio doloroso, associado a febre e sintomas de hipertireoidismo (liberação de hormônios T3 e T4), tais como oscilação do humor, calor excessivo, alterações do sono e etc. Causado por infecção viral. Tireoidite de Reidel: tireoidite fibrótica crônica, por inflamação autoimune que causa aumento e fibrose da glândula (duro e indolor). Hashimoto: tireoidite autoimune, infiltrado linfocítico que causa bócio e hipofunção da glândula. Doença de Graves: tireoidite autoimune que causa a hiperfunção da glândula. Bócio multinodular tóxico e atóxico Nódulo tóxico da tireoide (Doença de Plummer)Vasos Veias jugulares: normalmente não visíveis, pesquisar ingurgitamento (ângulo de 45º). Observar pulso venoso na base do pescoço (mais nítidos na posição deitada). Artérias carótidas: palpação e ausculta
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