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Farmacodinâmica: Mecanismos de Ação dos Fármacos

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Farmacodinâmica 
Farmacologia - 4° período 
Maria Geovana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É o que o fármaco faz com o organismo→ efeitos 
terapêuticos ou tóxicos; mecanismo de ação; local 
de ação. 
 
Alvos farmacológicos 
Proteínas: 
Reguladoras → receptores, enzimas; moléculas 
carregadoras; canais iônicos. 
Estruturais→ ex: tubulina (faz parte do esqueleto 
da célula) 
 
PARA TER EFEITO FARMACOLÓGICO, O 
FÁRMACO PRECISA ESTAR LIGADO 
 
Exceções: antimicrobianos e antitumorais; 
bifosfonatos; diuréticos osmóticos e laxativos não 
se ligam a células humanas 
 
Receptores 
Molécula de reconhecimento para um mediador 
químico 
Componente chave utilizado por todos os 
organismos multicelulares 
Receptores podem ser alvos farmacológicos 
Tendem a ser específicos, mas não são 100% 
seletivos 
O número máximo de receptores pode limitar o 
efeito máximo → se não tiver mais receptores 
disponíveis, não adianta mais fármaco naquele local 
 
Especificidade X Seletividade  
 
➔ Fármaco específico atua em alvo especíco 
Ex: iECA (Captopril) → atua e inibe ECA: 
específico para uma enzima 
 
➔ Fármaco seletivo interage com vários 
receptores, mas com afinidades diferentes 
entre eles 
Ex: ​atenolol x propranolol 
ambos são betabloqueadores, porém temos que 
lembrar que existem receptores beta tanto no 
coração (beta-1), quanto na musculatura lisa 
bronquial (beta-2). Os receptores beta ​são 
receptores pós-sinápticos da adrenalina 
(epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina)​. O 
atenolol é um medicamente seletivo e atua apenas 
em beta-1. Já o propranolol não é seletivo e atua 
em beta-1 e em beta-2, sendo assim, além de 
provocar bradicardia (esperado), provoca 
broncoconstrição nos beta-2 e, por isso, não pode 
ser usado em asmáticos. 
 
Interação fármaco-receptor 
 
1. Afinidade→ propriedade do fármaco que produz 
ligação com o receptor através de forças 
químicas 
★Van der Waals, ponte de H, iônica 
(dipolo-dipolo) ou covalente. 
A ligação covalente é a mais forte e quando um 
fármaco realiza ligação covalente com o seu 
receptor, isso destrói o receptor 
Exemplo: omeprazol e bomba de prótons. 
 
2. Eficácia ou atividade intrínseca ​→ habilidade do 
fármaco de realizar sinalização celular que 
produz efeito biológico 
 
3. Estereoquímica 
A. Enantiômeros onde um é alvo farmacológico e o 
outro não (misturas racêmicas onde um é ativo)→ 
propranolol, verapamil, losartan, ibuprofeno. 
B. Enantiômeros onde um é ativo e o outro é 
tóxico→ bupivacaína e talidomida (o enantiômero 
tóxico é capaz de causar focomelia, 
principalmente em mulheres grávidas). 
 
4. Estrutura do fármaco X acesso ao receptor ​→ 
hidrofobicidade: hidrossolúveis (citoplasmáticos) 
e lipossolúveis (nucleares) 
5. Estado de ionização → curare com altas cargas 
positivas (se ingeridos não causam nada porque 
não são absorvidos no TGI) 
★ Estado de ionização presente → moléculas 
muito grandes sem acesso aos receptores 
 
6. Conformação 
 
Agonista → ocupa o receptor e gera efeito 
farmacológico 
Agonista parcial → produz resposta parcial.  
Não desencadeiam resposta máxima mesmo 
quando ocupam todos os receptores (Ex: 
isoprenalina → também tem efeito 
broncodilatador assim como a adrenalina, porém 
não tão forte quanto ela). 
Agonista inverso→ se liga e bloqueia a resposta  
sem precisar de competição pelo sítio 
Antagonista → se liga e bloqueia a resposta. 
Nesse caso, precisa de competição pelo sítio com 
a molécula endógena. O antagonista pode ser 
reversível ou irreversível (ligação covalente). 
Antagonista competitivo: é reversível e compete 
com um antagonista. Quando aumenta [] agonista 
o agonista consegue superar o antagonista e ter 
efeito máximo. 
Antagonista irreversível: mesmo aumentando [] 
agonista, não consegue ter efeito dele. 
Antagonista alostérica: não necessariamente liga 
no receptor, mas em um lugar do receptor que não 
deixa o agonista se ligar. 
Antagonismo funcional: quando uma substância se 
liga em um receptor para fazer o efeito desejado. 
Ex: histamina se liga ao receptor H1 e faz BC, 
então a epinefrina se liga aos adrenoceptores 
beta-2 para causar BD, e assim se opor ao efeito 
causado pela histamina. 
 
Receptores enzimáticos 
Funcionam com base no controle alostérico 
podendo ativar ou desativar uma enzima. 
 
Efeito da Membrana sobre       
interações fármaco receptor 
Quando um fármaco tem mais afinidade por canal 
que o elemento endógeno. 
Exemplo: os ​diuréticos de alça (furosemida) e os 
tiazídicos (hidroclorotiazida) utilizam o mesmo 
canal que o ácido úrico. Porém, os fármacos 
possuem mais afinidade pelo canal (o organismo 
“prefere” os fármacos) e eles entram no canal. Já 
o ácido úrico fica acumulado e causa hiperuricemia 
(gota → acúmulo de cristais de urato nas 
articulações). 
 
 
Gráfico 
A → 
antagonista competitivo reversível: consegue ter 
resposta máxima: o que tem mais [] ganha o 
receptor. 
Gráfico B→ antagonista competitivo irreversível: 
perde o efeito com o passar do tempo (receptor é 
destruído).

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