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ECN028_2020_2_Res_G6

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Departamento de Ciências Econômicas 
Faculdade de Ciências Econômicas 
Universidade Federal de Minas Gerais 
 
 
ECN028 - Desenvolvimento Econômico 
(Professor Gustavo Britto) 
 
 
Resenhas-Ensaio 
 
 
 
 
Pablo Jesus de Oliveira 
Rômulo Vianna Ferraz 
Victor Campolina Franca 
 
 
 
 
Atenção: 
 
1) Todas as 6 resenhas-resumo devem ser entregues utilizando esse documento na 
data pré-agendada; 
2) Desenvolva as atividades de acordo com as instruções disponíveis no Moodle; 
3) A atividade mais recente deve sempre ser incorporada no início do documento; 
4) Fiquem atentos para o número de palavras de cada um dos exercícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2021 
 
2 D​ESENVOLVIMENTO​ ​EQUILIBRADO 
Rosenstein-Rodan, P. (2010). Problemas de industrialização da Europa Oriental e Sul 
Oriental. 
Nurkse, R. (2010). Alguns aspectos internacionais do desenvolvimento econômico. 
 
A presente resenha-ensaio será realizada sobre os textos “Problemas de industrialização da 
Europa Oriental e Sul Oriental” de Rosenstein-Rodan, e “Alguns aspectos internacionais do 
desenvolvimento econômico” de Ragnar Nurkse. Em ambos os textos será abordado o tema 
crescimento equilibrado e suas especificidades para a Europa Oriental, fornecendo 
características importantes para aplicação em qualquer país do mundo, mas principalmente 
para os países subdesenvolvidos. Será também aprofundado o impacto das economias 
externas no que se refere aos investimentos tanto pelo setor público quanto pelo privado no 
sistema de transporte público das principais cidades brasileiras, onde cada vez mais pessoas se 
deslocam para as grandes metrópoles, seja para morar ou para trabalhar. Na atual situação em 
que o nosso país se encontra do ponto de vista fiscal, onde não se tem recursos disponíveis 
para investimentos em transportes urbano, e como afirmou Nurkse, o Estado precisa fazer os 
investimentos induzidos, criando condições para que o capital privado autônomo possa sentir 
confiança passando a investir, esse seria o grande desafio. 
 
No primeiro texto, Rosenstein enfatiza que o problema da região somente poderá ser 
resolvido com o processo de industrialização. Baseado nisso, o autor sugere duas formas de 
desenvolver a referida área em questão: se desenvolver por conta própria, tendo como 
referência o modelo russo, no qual foi autossuficiente, não utilizando nenhum investimento 
direto estrangeiro, portanto, implicando na construção de todos os tipos de indústria. A 
segunda forma, como afirma o autor, teria como objetivo ajustar a Europa do Leste e do 
Sudeste à economia mundial, o que preservaria vantagens da divisão internacional do trabalho 
(DIT). Essa última apresenta mais vantagens do que a primeira, tendo em vista a rapidez de 
execução do plano devido aos investimentos internacionais e empréstimos de capitais. O 
grande diferencial das ideias apresentadas pelo autor, que apresenta as possíveis diretrizes 
 
para o desenvolvimento da região, é a ausência da imposição ao Estado como agente restrito 
fomentador do desenvolvimento, e sim propõe um conjunto industrial planejado por uma 
grande empresa ou truste, claro, tendo a participação dele como de fundamental importância, 
tanto pelo papel supervisor como de estabelecer garantias. 
Outro ponto importante e inovador que Rosenstein traz é o esquema da industrialização 
planejada, no qual se traduz no planejamento simultâneo dos diversos tipos de indústrias 
complementares, que na verdade, mais a frente, os estudiosos do tema iriam chamar de 
crescimento equilibrado. Essa complementação das diferentes indústrias constitui o mais 
importante argumento para a industrialização em larga escala. Esse desenvolvimento conjunto 
reduz os riscos ao capital investido, abrindo caminhos para a criação de economias externas, 
ampliando o mercado para cada empresa e setor, aumentando o retorno privado e 
consequentemente aumentando o retorno social do investimento. Rosenstein, ao dar o 
exemplo da construção da ferrovia, corrobora com a teoria de que os riscos podem não 
compensar, mas o investimento em escala suficiente e em pontos chaves, podem transformar 
economias externas em lucros, que posteriormente poderá ser usufruído pelos agentes. 
Agora, contemplaremos o texto de Ragnar Nurkse, "Alguns aspectos internacionais do 
desenvolvimento econômico", escrito na década de 50, que aborda, de forma sucinta, o 
problema da formação de capital para o desenvolvimento econômico nas áreas 
economicamente atrasadas. Nurkse propõe a coordenação do investimento como condição 
necessária para o desenvolvimento econômico e, nesse sentido, aborda e defende o 
desenvolvimento equilibrado, o big push, como uma política de desenvolvimento que tem 
como objetivo romper com um ciclo vicioso de pobreza e atraso econômico instaurado nos 
países subdesenvolvidos. 
O argumento desenvolvido por Nurkse procura apresentar uma solução ao problema da 
formação de capital ao desenvolvimento econômico, portanto, a ausência desse capital e da 
permanência no círculo vicioso da pobreza em países subdesenvolvidos – que consiste em um 
processo contínuo de reprodução das características da pobreza, dificultando a prosperidade. 
A ideia é que se deve buscar um desenvolvimento equilibrado e coordenado da produção, 
gradativo, com inovações incrementais, a fim de proporcionar um desenvolvimento geral do 
mercado. Dessa forma, a ideia é promover uma ampliação geral do estoque de capital através 
 
dos investimentos de maneira sincronizada em uma ampla gama de indústrias, crescimento 
esse que gerará economias externas, benefícios a todos os setores da esfera produtiva, 
promovendo uma ampliação do mercado e bem-estar geral na sociedade. 
Esse processo de crescimento equilibrado é sustentado através de grande aplicação de capital, 
consistido em grandes blocos de investimentos na esfera produtiva que trariam elevação geral 
do nível de eficiência do mercado. Entretanto, o problema enfrentado por esses países na 
formação de capital para investimentos esbarra no fato de que esse é limitado pelo nível de 
poupança, e que não somente o baixo nível de renda agrava essa poupança, como também o 
efeito demonstração – uma atração a imitação de padrões de consumo de países ricos na 
presença de uma renda relativa inferior – corrobora a um consumo maior em vez de conduzir 
à poupança, que, por sua vez, promoveria a maiores níveis de investimentos. Essa atração e 
consumo é uma desvantagem para o desenvolvimento econômico ao ponto que contribui, 
aliado à baixa renda, a manter um baixo nível de poupança nos países subdesenvolvidos. 
Sintetizando e concluindo, a teoria do autor defende a ideia de que os países de baixa renda 
devem buscar um crescimento equilibrado, diversificado, buscando colher os benefícios 
econômicos gerais, externalidades, dessa decisão e para isso se faz necessário o controle do 
consumo, evitando o efeito demonstração, possibilitando assim um aumento da poupança, 
sendo essa capaz de aumentar o nível de capital e investimentos, fomentando a formação de 
grandes blocos de investimentos que auxiliarão a romper o círculo viciosode pobreza. 
 
E​NSAIO 
O Brasil passou por um processo intenso e muito rápido de industrialização. Esse processo foi 
responsável pela expansão de maneira desordenada, trazendo assim diversos problemas de 
caráter social e econômico. O transporte urbano de massas é um dos principais problemas que 
se agravou com esse processo. O acesso ao transporte público é um fator que demonstra a 
desigualdade no país e afeta economicamente, dado que funcionários que demoram mais no 
trajeto casa-trabalho muito provavelmente serão menos produtivos. O ponto é como abordar a 
questão do transporte público dada a situação fiscal do Estado e seu importante papel de 
realizar os investimentos induzidos para que os investimentos privados tenham confiança o 
 
suficiente para investirem em um desenvolvimento junto ao Estado. 
O transporte urbano de massas é uma questão interessante de ser abordada do ponto de vista 
social e econômico. Se as grandes cidades de repente tivessem um sistema eficiente de 
transporte, as empresas seriam beneficiadas principalmente com aumento de produtividade. A 
pergunta a ser feita então é, por que as firmas não realizam investimentos nessa questão para 
obterem esses benefícios? Rosenstein apresenta uma resposta: o investimento necessário para 
resolver uma questão dessas supera em muito os retornos que cada empresa receberia 
individualmente, além do valor necessário ser grande demais para qualquer empresa. O fator 
demonstração é outro ponto a ser considerado, dado que as poupanças privadas são mais 
difíceis de serem formadas em países subdesenvolvidos, ficando a cargo do Estado os 
investimentos induzidos. Dessa forma, o papel do Estado se mostra essencial, através de 
investimentos em vários setores de maneira a trazer o desenvolvimento equilibrado, fazendo 
com que as empresas fiquem mais confiantes para realizarem investimentos posteriores. 
Uma vez estabelecido o papel central do Estado na abordagem do transporte público, é 
preciso dissertar como fazer isso dada a situação fiscal do Estado. No atual cenário 
econômico, a questão de como fazer os investimentos induzidos ainda é uma situação 
complicada, e, além disso, existe o questionamento se valeria a pena atuar nesse problema. E, 
de acordo com Rosenstein e ​Nursk​, fica claro que sim, que é necessário uma atuação conjunta 
a fim de trazer soluções. Entretanto, esperar que a situação fiscal do país melhore para que os 
investimentos sejam realizados significa esperar que a atividade econômica se recupere por 
conta própria até que o Estado tenha condições de realizar os investimentos. Se o Estado 
conseguir recursos emprestados de entidades externas, o investimento induzido pode ser o 
fator de recuperação econômica, trazendo benefícios sociais e econômicos. Com o aumento 
da produtividade, causado por um menor tempo de trajeto do trabalhador, as empresas podem 
se sentir incentivadas a realizar investimentos diversos que promoveriam o desenvolvimento 
de todo o mercado. 
 
 
 
1 P​ERSPECTIVA​ H​ISTÓRICA​ ​DO​ D​ESENVOLVIMENTO 
Gerschenkron, A. (2015) O atraso econômico em perspectiva histórica e outros ensaios. Rio 
de Janeiro: Centro Celso Furtado/Contraponto. Caps. 1-2. 
 
1.1. P​ARÁGRAFO​ I​NTRODUTÓRIO 
Gerschenkron, em “O atraso econômico em perspectiva histórica”, apresenta a ideia de que os 
processos de industrialização de países atrasados têm formas, processos e diferenças 
significativas ao modo o qual o processo de industrialização ocorreu nos países adiantados. E 
que, muito embora seja possível identificar características comuns no processo de 
desenvolvimento em diversos países, os países atrasados são diferentes em muitos aspectos, 
pautados pelo contexto que estão inseridos, a natureza da estrutura produtiva, da tecnologia, 
da demanda e da composição do capital. Nesse contexto, de acordo com o autor, não é ideal 
estipular condições universais para o desenvolvimento industrial, permitindo a possibilidade 
para o planejamento do desenvolvimento de acordo com as características de cada país e do 
momento que se está inserido. 
 
1.2. R​ESENHA​ ​DO​ T​EXTO 
Gerschenkron começa o livro ressaltando a importância de se ter uma perspectiva histórica 
sobre qualquer assunto, pois, dada a ausência do conhecimento do passado, não se pode 
compreender as estruturas que conformam o presente, sendo este um passo para mudar e 
romper os obstáculos que os aprisionam. 
O capítulo 1 do livro de Gerschenkron abarca a teoria referente ao atraso econômico tendo a 
perspectiva histórica como principal elemento de análise. Neste capítulo, o autor traz com 
riquezas de detalhes as várias maneiras que os países, principalmente da Europa Continental, 
promoveram a industrialização. 
O autor afirma que todas as nações atrasadas em relação às adiantadas, o que ele vai chamar 
 
de “atraso relativo”, tiveram os processos de industrialização bem diferentes. Gerschenkron 
também chama atenção que todo processo de industrialização somente será possível após 
transpassar os obstáculos institucionais e o estado atual das coisas. Um outro problema 
habitual no qual os atrasados convivem até certo ponto, é a escassez de mão de obra 
especializada para a indústria. Mas, apesar das dificuldades, os países atrasados se deparam 
com os inúmeros desafios e a solução se reflete em um desenvolvimento industrial, gerando 
maior velocidade de crescimento e estruturas produtivas diferentes na indústria. 
Gerschenkron apresenta de maneira ímpar a estrutura bancária que os países atrasados 
acabaram desenvolvendo, principalmente o modelo do banco alemão, que, de certa forma, 
possuía um modo oposto ao que a Inglaterra naquele momento executava. Entretanto, antes de 
entrar no sistema bancário, é necessário e importante salientar as ações que o governo francês 
tivera, retirando os obstáculos para a industrialização, reduções de tarifas aduaneiras e a 
eliminação das proibições das importações, estimulando à concorrência internacional e, 
juntando-se a isso, a modernização no sistema bancário com o Crédit Mobilier. 
O autor enfatiza que após a inclusão dos bancos no processo de investimento, houve um 
“boom” nos empreendimentos, principalmente na esfera industrial e na infraestrutura 
necessária para a expansão da produção industrial. Esse “modus operandi” acabou 
contaminando positivamente boa parte dos países da Europa Continental que necessitavam de 
uma mudança de postura para enfrentar e diminuir a grande diferença de atraso. Os bancos 
passaram a participar de maneira efetiva na administração das indústrias a fim de alocar os 
recursos de maneira eficiente no que era realmente importante para o desenvolvimento 
econômico. Apesar dos países “correrem atrás do prejuízo” lançando as bases necessárias para 
que a industrialização se tornasse realidade, Gerschenkron chama atenção para os diferentes 
graus de atraso e que, por esse motivo, os resultados entre os países foram diferentes, o que 
levou a variações no processo de industrialização, apresentado pelo autor de “atraso 
econômico relativo”. 
Háde se ressaltar a importância dos governos dos países que se encontravam em atraso 
industrial em relação aos avançados, pois sem as intervenções destes conduzindo as reformas 
estruturais, nas remoções dos vários obstáculos bem como os processos de importação e 
imitação de tecnologias modernas para a indústria, além do aperfeiçoamento da MDO, não 
 
seria possível a redução do GAP no atraso relativo. A Mazzucato afirma no seu livro, O 
Estado Empreendedor, que “o Estado desempenhou um papel fundamental na produção de 
avanços para a mudança do jogo, e que sua contribuição para o sucesso dos negócios 
baseados em tecnologia não deve ser subestimada”. 
No segundo capítulo do texto, o autor procura dissertar sobre os pré-requisitos da 
industrialização. Ao longo do estudo da industrialização dos países desenvolvidos, os 
historiadores passaram a citar condições para que a indústria despertasse mesmo em países 
atrasados. Isso teria acontecido com a industrialização inglesa que pavimentou um caminho a 
ser seguido, aconteceu com os países europeus que se industrializaram tardiamente e serviria 
de manual para os países que ainda não tivessem passado pelo processo de industrialização. 
Após estabelecer a visão mais estudada do desenvolvimento industrial dos países, 
Gerschekron procura colocar ressalvas nas condições para o nascimento da indústria e para as 
afirmações que contrariem completamente essas condições. O autor afirma que pode haver 
condições para a industrialização, mas que esses podem não ser os mesmos para todos os 
países. 
Uma condição praticamente unânime aos pesquisadores é o acúmulo primitivo de capital 
necessário ao surto industrializante. O autor apresenta perspectivas de diferentes países com 
níveis distintos de atraso e deixa explícito a ideia de que até mesmo a necessidade da 
acumulação de capitais pode ser contornada. Essa condição é mais factível principalmente 
para os países que não se industrializaram, em sua maioria pela existência de países 
industrializados com abundância de capital que poderiam investir em sua industrialização. 
Essa possibilidade permitiria que a industrialização ocorresse sem afetar o consumo, já que 
não é a poupança interna que está financiando a indústria. 
Juntamente com o tópico da acumulação de capital, Gerschekron aborda as condições que 
podem ser causa e consequência da industrialização. Se a acumulação de capital é necessária 
para a industrialização, essa causa mais acúmulo de riquezas. O autor deixa claro que se isso 
não for levado em conta a análise é afetada. 
Outro ponto abordado no texto é sobre as características da industrialização dos países. 
 
Quando se trata da industrialização inglesa o autor rebate até mesmo a ideia de revolução 
afirmando que o processo foi lento e gradual. Contudo, a Alemanha passou por mudanças 
mais drásticas, mas, ainda assim se tem todo um processo de industrialização, principalmente 
se comparado com a industrialização russa que foi turbulenta e com índices de crescimentos 
muito maiores e incontínuo. É apresentado que quanto maior o “atraso relativo”, mais 
conturbado tende a ser o processo, maiores serão os índices de crescimento e há um 
revezamento entre crises e períodos de crescimento econômico. Parte dos altos índices de 
crescimento se dão principalmente pela distância tecnológica dos países desenvolvidos e da 
importação de tecnologias, levando a plantas fabris maiores. 
A ideia principal de Gerschenkron é que, apesar da possibilidade das experiências de 
industrialização de outros países ser usada como exemplo, não existem fatores universais no 
processo de industrialização. Cada país tem características diferentes e tensões sociais 
diferentes que levaram ou levarão à industrialização. O uso do conhecimento histórico no 
planejamento da industrialização não pode ser absoluto. Ele deve dar direções e deixar espaço 
para o planejamento de acordo com as características de cada país. Dessa forma, os estudos da 
industrialização não devem, portanto, considerar que existem condições universais. 
 
1.3. E​NSAIO 
Visto os conceitos e ideias expostos pelo autor e apresentados na resenha, fazendo uma 
referência ao conteúdo abordado, é de se reforçar e destacar a importância da participação do 
Estado, através das diversas formas intervencionistas existentes, do processo de 
desenvolvimento industrial de um país. 
Essa escala de intervenção irá depender da percepção do “atraso relativo” entre os países, 
atrasados e desenvolvidos, das diferenças entre as naturezas da estrutura produtiva, 
organizacional, da necessidade de instituições específicas, dos instrumentos de política 
econômica, entre outros, sempre com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento, de forma a 
preencher uma lacuna e aperfeiçoar a esfera produtiva. Como apontado, cada país possui um 
cenário específico, com graus de atraso diferentes ao longo da história, sendo assim, 
realizando seu desenvolvimento industrial de acordo com essas especificidades e com o 
 
contexto que está inserido no momento. 
Além das demais formas de intervir a fim de promover e acelerar o desenvolvimento 
industrial, da eficiência da esfera produtiva e do país, como um todo, já apresentadas na 
resenha e abordadas no texto, o financiamento público de P&D – como um conjunto de 
políticas públicas a fim promover o desenvolvimento de tecnologias, métodos e instrumentos, 
de forma a buscar um crescimento tecnológico sustentado ao longo prazo – pode ser abordado 
como mais uma forma do Estado agir no processo de desenvolvimento industrial de um país. 
Afim de mitigar, dado à falta de investimento na esfera privada, e exponenciar o 
desenvolvimento, aperfeiçoando tecnologias modernas para a indústria, o direcionamento de 
investimentos em P&D apresenta-se como uma das formas mais relevantes para uma possível 
redução do GAP no “atraso relativo” entre países. 
 
Para as próximas resenhas-ensaio: 
a) Apresentar o argumento (do ensaio) de maneira direta e explícita no parágrafo introdutório. 
b) Evitar repetir os exemplos do texto original da resenha e privilegiar os conceitos que são 
ilustrados por esses exemplos. Isso diferencia a resenha de um resumo. 
Prestar atenção no enunciado do exercício antes de desenvolver o argumento do ensaio! 
c) Retomar o argumento após a resenha. 
d) Desenvolver o argumento fazendo conexões diretas com os conceitos relevantes 
apresentados na parte da resenha.

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