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Exercicio Pericia

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Luis Paulo Hideki Uehara – Ciências Contábeis Noturno
1) Qual é objeto geral da perícia?
O objeto da Perícia Contábil é o que foi determinado pelo magistrado, o que foi pedido na peça Inicial e o que foi perguntado pelas partes quando da formulação de quesitos. Esta é uma visão geral do que acima foi perguntado. No que tange aos detalhes, o objeto da perícia contábil é a escrituração contábil, fiscal, trabalhista e financeira e as provas documentais que lhe correspondem. A escrituração será comprovada pelos livros que lhe correspondem, estejam eles nos autos do processo ou vierem a ser obtidos, pelo perito em diligências externas. São objeto de perícia contábil também os registros extracontábeis, feitos em livros ou fichas, em papel ou em meio eletrônico a que o perito vier a ter acesso, inclusive o “Balanço Especial” e o “Balanço de Determinação”, quando for o caso. Por conseqüência, o objeto central da Perícia Contábil, são os fatos e as questões relacionados com o patrimônio empresarial, pessoal ou público, suas mutações relatadas nos atos administrativos praticados entre datas (período de apuração) e o valor da empresa ou entidade, incluindo-se, neste caso, o estudo do Ativo Intangível não contabilizado e do eventual Passivo Oculto.
2) Qual é o objeto Perícia Contábil?
O objeto da Perícia Contábil, do ponto de vista restrito (stricto sensu), é o que foi determinado pelo magistrado, o que foi pedido na peça Inicial e o que foi perguntado pelas partes quando da formulação de quesitos. Esta é uma visão geral do que acima foi perguntado. No que tange aos detalhes, o objeto da perícia contábil é a escrituração contábil, fiscal, trabalhista e financeira e as provas documentais que lhe correspondem. A escrituração será comprovada pelos livros que lhe correspondem, estejam eles nos autos do processo ou vierem a ser obtidos, pelo perito em diligências externas. São objeto de perícia contábil também os registros extracontábeis, feitos em livros ou fichas, em papel ou em meio eletrônico a que o perito vier a ter acesso, inclusive o “Balanço Especial” e o “Balanço de Determinação”, quando for o caso. Por conseqüência, o objeto central da Perícia Contábil, são os fatos e as questões relacionados com o patrimônio empresarial, pessoal ou público, suas mutações relatadas nos atos administrativos praticados entre datas (período de apuração) e o valor da empresa ou entidade, incluindo-se, neste caso, o estudo do Ativo Intangível não contabilizado e do eventual Passivo Oculto.
3) Considerando o objetivo da prova pericial contábil, indicar quais os elementos que a caracterizam como tal.
Considerando que o objetivo da prova é elucidar, por completo e com total clareza, a verdade sobre as controvérsias guerreadas nos autos do processo, o trabalho pericial, para atingir esta meta ou este “desideratum”, deve considerar:
a) A delimitação da matéria fixando, com total clareza, o espaço temporal e o campo objeto de investigação, ou seja: proceder a um meticuloso exame do campo delimitado ou prefixado pelo magistrado, pelos pedidos da Autora e pelos quesitos formulados;
b) Escolha e definição da metodologia a ser aplicada nas análises e investigações;
c) Pronunciar-se apenas sobre as questões propostas e/ou necessárias,
d) Fazer escrupulosas referências à matéria periciada, - Art. 422 do CPC - e,
e) Manter-se equidistante das partes, ou seja, zelar pela sua absoluta imparcialidade de pronunciamentos.
Todavia, em nome da verdade pode, o Perito Judicial, a critério do magistrado que o nomeou, ir além dos pontos que foram objeto de quesitos formulados pelas partes e/ou pelo próprio magistrado. Sendo o objetivo maior apresentar a verdade dos fatos, torna-se legítimo e recomendável, que o profissional amplie o objeto da prova para satisfazer esse objetivo. 
4) Considerando o objeto da prova pericial contábil, indicar quais os elementos que a caracterizam como tal.
Pergunta igual a anterior.
5) Cite dez tipos de ações em que a Perícia Contábil se faz necessária para a completa instrução do processo?
1. Falência;
2. Concordata; 
3. Avaliação do patrimônio em apuração de haveres ou em dissolução de sociedade, seja dissolução parcial ou total por quaisquer motivos, sendo um deles, o afastamento de sócio(s);
4. Danos emergentes e lucros cessantes;
5. Prestação de Contas (entre sócios, condomínios, igrejas, clubes, etc.);
6. Pensão alimentícia, especialmente quando implicar em avaliação de patrimônio pessoal ou societário;
7. Execução por quantia certa em executivo fiscal;
8. Inventário;
9. Direitos trabalhistas e previdenciários;
10. Reparação de danos por ato ilícito.
6) Quais são as áreas da Perícia Contábil? - Apresente para cada uma justificativa.
a) A Contabilidade propriamente dita. Neste caso são examinados livros contábeis e fiscais, lançamentos, documentos, fichas de controle, relatórios contábeis e financeiros, demonstrações contábeis, tenham sido feitos, estes registros, em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade, de acordo com o que dispõem as legislações fiscais federais, estaduais e municipais ou não. Mesmo em face da inexistência de contabilidade idônea, esta área é conhecida como perícia contábil.
b) As finanças das pessoas físicas e jurídicas. Neste caso são examinados extratos de contas correntes bancárias, posições de investimentos financeiros, contratos de leasing, contratos de financiamento de casa própria, contratos de câmbio, contratos de seguros, contratos de cartões de crédito e, inclusive, operações de “factoring”, entre outros. Nas empresas são examinados “livros caixa” e “livros auxiliares de bancos”. São verificados cálculos de juros simples e compostos, cobrança de taxa de permanência e de multas pelos bancos e demais “encargos financeiros”.
c) A Administração da empresa. Neste caso trata-se de perícias contábeis nas áreas de vendas, de compras, de pagamento de comissões e/ou de royalties, de recursos humanos e de produção. Podem ser incluídas neste grupo as perícias efetuadas em escolas, clubes, igrejas e ONGs. São perícias relacionadas, por exemplo, com questões relacionadas com a isonomia salarial, com a imputação de responsabilidade pelo exercício de cargo de confiança e etc.
d) A Economia empresarial, ou seja, Avaliações Econômicas de Bens e Direitos. Neste caso trata-se de proceder à avaliação de bens do ativo permanente, de direitos de haveres do ativo circulante e de obrigações constantes no Balanço Patrimonial. São perícias relacionadas com a aferição de índice de produtividade, com o preço de transferência, com o arbitramento da base de cálculo para a imposição de tributos e etc.
e) A Área Fiscal. Neste caso a perícia, via de regra, atua sobre AIIM - Auto de Infração e Imposição de Multa já lavrado pela autoridade fiscal. A perícia, então, vistoria livros e documentos segundo os quesitos formulados pelas partes.
f) A Área Previdenciária. Neste caso trata-se de verificar fatos pertinentes ao INSS. Podem ocorrer situações em que a autarquia demanda contra empresas, clubes, igrejas e outras entidades ou, mesmo, contra pessoas físicas. E pode ocorrer a situação inversa em que pessoas ou empresas demandam contra a autarquia. Nos dias de hoje tem sido requeridas perícias em ações que envolvem os fundos para aposentadoria privada, exigindo-se, nestes casos, a participação de um ATUÁRIO. 
g) A Área Trabalhista. Neste caso, salvo raras exceções, trata-se de demanda de ex-empregado contra a empresa em que trabalhava. Mas podem ser demanda de sindicatos de empregados contra sindicatos de empresas. Nestas oportunidades o perito cuidará dos cálculos trabalhistas e matéria congênere.
As diversas áreas da perícia contábil permitem a especialização do profissional.
7) Que qualidades devem ter os livros contábeis e fiscais para merecerem fé pública e poderem servir como prova em juízo o mesmo fora dele?
Para que os livros contábeis, fiscais, trabalhistas e etc. possam servir como prova em Juízo ou mesmo fora dele, devem estar revestidos das formalidades legais extrínsecas e intrínsecasprevistas no Código Comercial Brasileiro e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
8) Quais são as formalidades extrínsecas dos livros contáveis e fiscais?
As formalidades extrínsecas dos livros contábeis e fiscais são:
1. Encadernação ou, se de acordo com o SPED os dados devem ser armazenados em discos rígidos, pen-drives ou CD. Estes recursos usados para registro e armazenamento da escrituração contábil devem estar certificados;
2. numeração sequencial, mecanizada ou tipográfica, das folhas, sendo aceita, nos dias atuais, a numeração feita por processamento de dados em conjunto com a escrituração eletrônica;
3. rubrica das folhas (atualmente está sendo dispensada pela JUCESP – Junta Comercial do Estado de São Paulo),
4. termos de abertura e encerramento;
5. registro na Junta Comercial ou Cartórios e demais órgãos que requerem o registro para fins tributários, trabalhistas, previdenciários e etc., segundo o tipo e a finalidade do livro.
9) Quais são as formalidades intrínsecas dos livros contáveis e fiscais?
As formalidades intrínsecas dos livros contábeis e fiscais são:
1. escrituração em língua portuguesa;
2. registros (lançamentos) com individuação e clareza;
3. lançamentos em forma mercantil (ou seja, usar partidas dobradas),
4. lançamentos em ordem cronológica de dia, mês e ano (é permitido o registro das operações mercantis por “partida mensal”),
5. lançamentos continuados e sem vícios, ou seja, sem intervalos, com páginas ou parte de páginas em branco, sem entrelinhas, sem borrões, raspaduras ou emendas. Sem anotações no rodapé ou nas margens,
6. assinatura do(s) proprietário(s) e de profissional contábil, técnico ou contador.
10) O que são vícios de escrituração contábil e quais são os mais comuns?
São as seguintes práticas condenáveis:
- rasuras;
- emendas;
- borrões.
Os livros e documentos que contiverem esses três vícios ou apenas um deles, não merecerão fé e não serão usados como provas pelo Perito. Todavia, deve sempre prevalecer o bom senso do profissional pois, alguns poucos vícios não podem invalidar o total do trabalho contábil objeto de verificação. Assim, os registros contidos nos lugares viciados serão anulados para, e 
seguida, revisar as Demonstrações Contábeis de maneira a refletirem a exclusão desses registros viciados.
11) Por que se diz que o LIVRO DIÁRIO faz prova plena?
O LIVRO DIÁRIO, devidamente revestido das formalidades extrínsecas e intrínsecas, tem a qualidade de fazer prova plena pois basta a si próprio. O que nele estiver escriturado por profissional devidamente registrado no órgão de classe dos contabilistas (CRC - Conselho Regional de Contabilidade), sem vícios, é merecedor de fé pública. O LIVRO DIÁRIO, assim
escriturado, é suficiente para fazer prova aceita em juízo. A prova do LIVRO DIÁRIO, salvo melhor juízo do magistrado que cuida do processo, dispensa a prova documental.
12) Como deve ser comportar o Perito Contador face à integridade e inviolabilidade dos livros e documentos contábeis e fiscais objeto de perícia?
O perito deve manter registros dos locais e datas das diligências, nomes das pessoas que os atenderem, livros e documentos ou coisas examinadas ou arrecadadas, dados e particularidades de interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando julgarem necessário e possível, juntando o elemento de prova original, cópia ou certidão.
13) Como deve se comportar a empresa com processo judicial em andamento diante da prescrição dos livros e documentos contábeis?
Tendo processos judiciais em andamento para os quais pode vir a ser deferida a prova pericial contábil, deve preservar a integridade e a inviolabilidade dos documentos, dos livros contábeis e fiscais, das listagens de computador e de todo o material de prova que poderá ser requisitado pelo Perito-contador. Para ela o estatuto da prescrição e da decadência deixam de existir
14) Em que circunstâncias a empresa não é obrigada a apresentar livros e documentos contábeis e fiscais ao perito judicial?
A empresa e ninguém (pessoa física ou jurídica) são obrigadas a apresentar livros e documentos
contábeis e fiscais que sirvam de prova contra si.
15) Quais são as características de qualidade que deve apresentar a documentação para servir como prova em juízo?
As características de qualidade que a documentação contábil deve apresentar para servir como prova em juízo são:
1. apresentar-se regular, isto é, contendo os requisitos usuais das normas de comércio. (nota: a regularidade, atualmente, é o uso da nota fiscal eletrônica);
2. ser autêntica quanto à sua origem e pertinente aos objetivos da empresa;
3. em se tratando de prestação de contas entre pessoas físicas, ser pertinente aos objetivos do negócio do qual está se prestando contas;
4. estar harmonizada com os registros contábeis respectivos e vice-versa;
5. estar em forma legível;
6. no caso de cópias, estas devem estar devidamente legalizadas (autenticadas).
16) O que são documentos inidôneos e inválidos? - Cite 5 (cinco) exemplos.
Toda a operação ou prestação será considerada desacompanhada de documento fiscal quando este for inábil, o qual fará prova apenas a favor do Fisco. Assim, será considerado inábil ou inidôneo, o documento fiscal que:
a. for emitido por contribuinte que não esteja em situação regular perante o Fisco (1);
b. não for o exigido para a respectiva operação ou prestação;
c. contiver declaração falsa, ou esteja adulterado ou preenchido de forma que não permita identificar os elementos da operação ou prestação;
d. for emitido em hipótese não prevista na legislação;
e. contiver valores diferentes nas diversas vias;
f. possuir, em relação a outro documento do contribuinte, o mesmo número de ordem e a mesma série e subsérie;
g. não tiver provido de selo de controle, nos casos previstos na legislação;
h. tiver sido confeccionado: sem autorização fiscal (quando exigida); por estabelecimento diverso do indicado; ou sem obediência aos requisitos previstos na legislação;
i. tiver sido emitido por máquina registradora, Terminal Ponto de Venda (PDV), equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), sistema de processamento de dados (PED), bem como quaisquer outros processos mecânicos ou eletrônicos, quando não cumpridas às exigências fiscais para utilização do equipamento;
j. de qualquer modo, ainda que formalmente regular, tiver sido emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a terceiro, o não-pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida;
k. não tiver sido previamente registrado em sistema estabelecido pela Secretaria da Fazenda da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz/SP);
l. não contiver o número de registro relativo ao documento, à operação ou à prestação fornecido pela Sefaz/SP ou contiver número de registro diverso do fornecido pela Sefaz/SP;
m. após sua emissão, não tenha sido registrado eletronicamente na Sefaz/SP, para fins de gerar o respectivo Registro Eletrônico de Documento Fiscal (REDF), conforme estabelecido no RICMS/2000-SP, artigo 212-P;
n. após decorrido o prazo de registro dos documentos fiscais ou da retificação/cancelamento do REDF, apresente divergência entre os dados nele constantes e as informações contidas no respectivo Registro, relativas a valores ou a outros elementos que caracterizam a operação ou a prestação correspondente;
o. em se tratando de Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e- SAT), Modelo 59, emitido por meio do Sistema de Autenticação e de Transmissão de Cupom Fiscal Eletrônico (SAT), não for objeto de confirmação eletrônica, expedida pela autoridade fiscal competente, de que o seu arquivo digital foi regularmente recepcionado pelo fisco antes do encerramento do prazo para a sua transmissão ao ambiente de processamento de dados da Sefaz/SP, conforme a periodicidade por esta estabelecida.
Relativamente aos documentos fiscais eletrônicos, ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal idôneo a NF-e e o CT-e que tiverem sido emitidos ou utilizados com dolo, fraude, simulação ou erro que implique, mesmo que a terceiro,o não-pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.
17) Qual é objetivo ou finalidade da perícia contábil?
A perícia contábil tem por objetivo geral a constatação, prova, ou demonstração contábil da verdade real sobre o seu objeto, e transferindo-o, através de sua materialização – o laudo – para o ordenamento da instância decisória, judicialmente ou extrajudicialmente
18) Quais são as espécies de Perícia Contábil? - Faça uma breve explicação de cada uma.
Existem dois tipos de perícia contábil: a judicial e a extrajudicial, sendo que esta última é subdividida em arbitral, estatal e voluntária. Entenda mais sobre cada uma delas.
A perícia judicial é aquela solicitada por um juiz em caso de litígio. Ela é necessária para conferência de dados, verificação de provas apresentadas pelas partes ou até a coleta de provas. Geralmente, é requerida quando defesa e/ou acusação apresentam determinados argumentos que não podem ser comprovados com as provas existentes. 
Já a perícia extrajudicial é aquela que não é solicitada por um juiz em em situação de litígio. Então, é requerida pela própria empresa ou pessoa que busque respostas específicas sobre determinada situação contábil.
Existem três tipos de perícia extrajudicial: a arbitral, a estatal e a voluntária. A primeira é requerida por um árbitro em um processo que segue as leis de arbitragem na resolução de conflitos. As partes concordam sobre a elaboração da perícia e, também, sobre quem a fará. 
Já a perícia contábil de caráter estatal é a realizada sob controle do Estado em situações como uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou as conduzidas pelo Ministério Público da União. 
Por fim, temos a perícia contábil voluntária, quando uma empresa ou pessoa pode solicitar a um perito independente, ou a uma organização que ofereça tal serviço. O objetivo pode ser desde a busca por provas para um processo administrativo ou judicial, até para a verificação dos documentos analisando riscos tributários ou visando mais transparência das contas que ajude na tomada de decisão. 
19) Quais são as características essenciais da perícia contábil?
Perícia necessária - A lei ou a natureza do fato impõe a sua realização para determinar, quantitativamente, o valor da causa ou, qualitativamente, as variáveis envolvidas. Os casos em que uma perícia é entendida como necessária são, normalmente, os processos de falência, concordata, partilha de bens, dissolução de sociedade, entre outros de natureza semelhante. Caso não seja solicitada pelas partes, o juiz determina a sua realização. Essa necessidade ocorre tanto na perícia judicial quanto nas perícias extrajudicial e arbitral. 
Perícia Facultativa - A realização desse tipo de perícia depende da necessidade ou da vontade das partes e pode ser requerida por uma delas. Se solicitada por uma das partes, no processo judicial, o juiz avaliará o pedido e o deferirá ou não. Se não solicitada por quaisquer das partes, o juiz pode determiná-la, se entender que sua realização o auxiliará no deslinde da questão. Da mesma forma poderá fazer o árbitro quando se tratar da justiça arbitral. 
Perícia de Presente - É a modalidade mais comum de perícia. Nessa hipótese a perícia é realizada no curso do processo, compreendida entre o período do ajuizamento da ação inicial e a sentença final ou acordo entre as partes. Aplica-se a quaisquer das formas de perícia.
Perícia de Futuro - É também denominada perícia cautelar e é preparatória da ação principal. 
Essa perícia visa a perpetuar fatos que podem desaparecer ou modificar-se no tempo. A prática dessa perícia pode ser encontrada na preparação de pedido de concordata, na partilha de bens ou quando há risco de destruição de provas antes do ajuizamento da lide. É uma perícia preventiva e se aplica quando houver algum sintoma de desconfiança entre as partes.

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