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Automação em Urinálise Discentes: Nathália Leite Pedro Arthur Pollyana Lopes Rayara Sousa Sabrina Luz Valeria Ribeiro Valeria Silva Yone Caroline Universidade Federal do Piauí - UFPI Centro de Ciências da Saúde- CCS Departamento de Farmácia Disciplina: Tópicos em Análises Clínicas Docente: Paulo Pedro do Nascimento Teresina -PI Janeiro de 2021 ● Exame parcial de urina mais solicitados na rotina dos laboratórios. INTRODUÇÃO Fornece de forma simples e rápida informações importantes sobre o funcionamento dos rins e do trato urinário. ● Realizado de forma manual (maioria); ● Introdução de novas tecnologias; Exatidão e produtividade. Falta de padronização e a escassez de informação técnica. ● Deu origem à medicina laboratorial; ● Primeiros relatos papiros do Antigo Egito e com o surgimento da microscopia, Thomas Addis institui o método de contagem de elementos urinários. BREVE HISTÓRICO BREVE HISTÓRICO ● Na década de 60 tira reativa com múltiplos parâmetros; ● Início da automação em urinálise leitores das tiras reativas; ● Atualmente o exame pode ser realizado por: método manual, semi - automatizado ou totalmente automatizado. UROANÁLISE Exame mais solicitado na rotina; Avalia patologias do trato urinário; Está dividido em três partes: EXAME FÍSICO EXAME QUÍMICO SEDIMENTOSCOPIA EXAME FÍSICO COR A urina normal é tipicamente transparente e amarela à inspeção visual. A coloração da urina nunca deve ser utilizada para a determinação da gravidade específica. EXAME FÍSICO COR EXAME FÍSICO TURBIDEZ Uma amostra concentrada está mais propensa à turbidez do que uma amostra diluída. Observação da turbidez: imediatamente após a coleta da urina. SEDIMENTOSCOPIA ● Avaliação microscópica dos sedimentos urinários; ● Interpretados juntamente com o conhecimento do método de coleta, exame químico e exame físico Pode ser encontrado na urina: CILINDROS CÉLULAS CRISTAIS EXAME QUÍMICO Consiste na utilização de tiras reagentes para monitorar vários aspectos bioquímicos e constituintes da urina. EXAME QUÍMICO ● Consiste na utilização de tiras reagentes; VANTAGENS ● Meio simples e rápido de realizar várias análises bioquímicas simultâneas; ● Quadrados de papéis absorventes impregnados por substâncias químicas e presos em tiras de plástico. EXAME QUÍMICO DESVANTAGENS A leitura visual das tiras reagentes pode: ● Dificuldade em utilizar o tempo correto de ação; ● Diferenciação das cores; ● Declínio na intensidade da cor. EXAME QUÍMICO PETRODIS 720 ● Analisador semi-automático de tiras de urina; ● Faz a leitura dos parâmetros da tira de urina Petrodis 10 e Petrodis 11 com a determinação de: Urobilinogênio, Glicose, Bilirrubina, Cetona, Densidade, Sangue, pH, Proteína, Nitrito, Leucócitos e Ácido ascórbico EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES Não devem ser utilizadas após a data de expiração; Não expor à luz nem umidade; Evitar usar tiras de diferentes frascos. Devem ser guardadas em frasco original; Retirar pequenas quantidades para uso. Frascos bem fechados em temperatura adequada; EXAME QUÍMICO LEITURA MANUAL SEMI-AUTOMATIZADA AUTOMATIZADA EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - TÉCNICA ● Ambiente bem iluminado; ● Homogeneizar bem a urina não centrifugada; ● Submergir completamente todas as áreas da fita; ● Retirar a fita imediatamente de dentro do recipiente; ● Eliminar o excesso de urina em papel absorvente; ● Aguardar o tempo recomendado para a reação; ● Fazer a leitura de acordo com orientação do fabricante; EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - pH urinário Valores de referência: 5,5 a 6,5 ● Papel na regulação do equilíbrio ácido básico; ● Detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória; EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - Densidade ● Avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração ● Relação entre a massa de um volume líquido e a massa de um mesmo volume de água destilada; ● É importante interpretar a densidade juntamente com a hidratação do paciente. Valores de referência: 1015 a 1025 Valores próximos a 1000: Confirmar por outro método Refratômetro Portátil EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - Glicose ● Avaliação de Diabetes Mellitus e distúrbios de reabsorção tubular; Valores de referência: Negativo EXAMES QUÍMICO FITAS REAGENTES - Sangue ● Detecção e avaliação das hematúrias; ● Quando positivo, liberado em traços, pequena, moderada ou grande quantidade ou de + a +++. Valores de referência: Negativo EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - Proteínas ● Proteinúria: Indicador de doença renal ; ● Quando positivo: expresso em + a ++++ ou em mg/dL. Valores de referência: Negativo EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - Cetonas ● Fita positiva sem diabetes: Dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos, dieta cetogênica, medicações; ● Fita negativa em pacientes com aparente cetoacidose: Lembrar a volatilidade dos corpos cetônicos, o exame deve ser realizado o mais rápido possível. EXAME QUÍMICO FITAS REAGENTES - Nitrito ● Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU) ● Fatores que interferem na detecção. Valores de referência: Negativo AUTOMAÇÃO DO EXAME MICROSCÓPICO CITOMETRIA DE FLUXO ● Citometria de fluxo - “mede” as células individualmente que passam através de uma câmara de contagem (citômetro) arrastadas por um fluxo constante de um líquido condutor de eletricidade. ● Dispersão frontal (tamanho da célula) e dispersão lateral (conteúdo celular). A urina, não é constituída apenas por células, mas também por cristais, cilindros, bactérias, fungos, parasitas e outros artefatos. ● Fluorescência; AUTOMAÇÃO DO EXAME MICROSCÓPICO CITOMETRIA DE FLUXO ● Os elementos urinários são classificados conforme: VOLUME (IMPENDÂNCIA) TAMANHO (DISPERSÃO TOTAL) CARACTERÍSTICAS TINTORIAIS (FLUORESCÊNCIA) IMAGEM DIGITAL COM RECONHECIMENTO DE PARTÍCULAS ● O método se dá por meio de uma câmera digital de alta definição acoplada a uma lente de microscópio óptico capaz de fotografar a imagem dos elementos urinários. ● iQ®200 (Iris Diagnostics) utiliza microscopia automatizada com reconhecimento de partículas e para análise completa pode ser acoplado ao aparelho AUTION MAX® para análise química (MUNDT, 2012) IMAGEM DIGITAL COM RECONHECIMENTO DE PARTÍCULAS Figura 1. Exemplos de Tecnologias para Automação: B) Microscopia por Imagem Digital. (UCL, 2016; ROCHE, 2010). MICROSCOPIA AUTOMATIZADA COM IMAGEM DIGITAL 1. Ocorre homogeneização e pipetagem de uma alíquota da urina; 2. Centrifugação automatizada; 3. Então forma-se a camada de sedimento, no interior de um dispositivo (cuvete) que simula a tradicional lâmina e lamínula, com vários campos fotografados (15 a 20) por uma câmera digital, como nos campos observados ao microscópio. MICROSCOPIA AUTOMATIZADA COM IMAGEM DIGITAL Analisador Urised® II (ao centro) acoplado ao aparelho Labumat® II distribuído no Brasil pela AlereTM ● Capacidade para 100 amostras ● Utiliza alíquota de 200 μL de urina homogeneizada centrifugada a 2000rpm por 10 segundos e captura de 5, 10, 15 ou 20 campos ● Utiliza um módulo automático de avaliação de imagem de alta definição para diferenciação de estruturas na amostra MICROSCOPIA AUTOMATIZADA COM IMAGEM DIGITAL Analisador Automatizado Cobas® 6500. Composto pelo módulo 601 (fisíco-químico) e módulo 701 (sendimento urinário) ● Capacidade de 100 até 1000 amostras de urina por dia; ● Analise de 11 paramêtros, sendo eles: eritrócitos, leucócitos, células epiteliais escamosas, células epiteliais não escamosas, leveduras, cristais, bactérias, cilindros hialinos, cilindros patológicos, espermatozóides e muco. SISTEMA MODULAR MISTO • O sistema modular UN-3000 é composto por três módulos distintos; FIGURA : Sistema Modular Sysmex série UN-3000. Composto pelo UC3500Tm (à direita), UF-5000Tm (ao centro) e UD-10Tm (à esquerda).UC-3500TM UF-5000TM UD-10TM MICROSCOPIA DIGITAL COM CONTRASTE DE FASE • O Urised®3 PRO (77 Elektronika) traz como proposta a análise do sedimento urinário incorporando a microscopia com contraste de fase na avaliação dos elementos urinários. FIGURA: Analisador Urised®3 PRO (ao centro) acoplado ao aparelho Labumat®2 (à direita) FIGURA: Imagem de elementos urinários por microscopia em campo claro (à esquerda), em contraste de fase (ao centro) e imagem composta gerada pelo Aparelho Urised®3 PRO. CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE MICROSCÓPICA AUTOMATIZADA ● Recomenda-se atenção na etapa de centrifugação; ● Os métodos manuais usam centrifugação; ● Já alguns métodos automatizados utilizam a urina não centrifugada. CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE MICROSCÓPICA AUTOMATIZADA ● Quantificação pelos métodos automatizados ● Desvantagens: 1.Perda de precisão nas contagens quando certos elementos são encontrados em grande quantidade; 2.Dificuldades na identificação de certos elementos urinários; CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE MICROSCÓPICA AUTOMATIZADA 3.Limitações na diferenciação de células anormais ou elementos como diferentes cristais e cilindros com inclusões, além de serem imprecisos na definição de estruturas semelhantes entre si; 4.Não distingue facilmente a presença de gotículas de gordura, células pequenas redondas, Trichomonas sp. e outros parasitas que podem ser encontrados na urina humana. CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE MICROSCÓPICA AUTOMATIZADA ● Quantificação pelos métodos automatizados ● Vantagens: 1.Padronização dos resultados e a realização de grandes rotinas em pouco tempo; 2.Permitem contagens de elementos por unidade de volume; 3. Existe a possibilidade de revisão pelo analista nas imagens armazenadas na memória do aparelho. CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE MICROSCÓPICA AUTOMATIZADA ● Quantificação pelos métodos automatizados ● Vantagens: 4.Nos sistemas totalmente automatizados permitem a instalação de sistemas de interface que transmitem os resultados do aparelho para um computador; 5.O processo garante agilidade e rastreabilidade com senha pessoal e intransferível para acesso aos dados. 6.O sistema de interface permite a edição dos parâmetros revisados e o envio para um sistema de gerenciamento, que elabora o laudo final com a assinatura digital do profissional responsável. NOVOS PARÂMETROS EM URINÁLISE AUTOMATIZADA: RELAÇÃO ALBUMINA/CREATININA E PROTEÍNA/CREATININA ❖ Analisador UN- 3000 ( Módulo UC-3500) Uso de tira reativa MEDITAPE UC- 9° ▪ Realiza 9 parâmetros Urobilinogênio, Hemoglobina, Proteína, Glicose, Cetonas, Bilirrubina, Nitrito, Esterase Leucocitária MEDITAPE UC- 11° ▪ Inclui determinação da Creatinina e Albumina São possíveis substitutos às dosagens de amostras de urina 24 horas; CONCLUSÃO O parcial de urina é importante no diagnóstico de Patologias do Sistema Urogenital Escolha do método Análise Química Automatizada ▪ Evita discrepâncias entre resultados ▪ Evita erros analíticos inerentes aos métodos convencionais Análise Microscópica Automatizada ▪ Melhora a reprodutibilidade do exame ▪ Permite uma maior padronização ● Porte do laboratório ● Custo benefício ● População atendida https://fms.pmt.pi.gov.br/noticia/2219/laboratorio-raul-bacelar-e-pioneiro-ao-usar-equipamento-automatizado-para-sumario-de-urina REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ● NAKASATO, J. M. E.; KUSSEN, G.; HAUSER, A. B. SISTEMAS AUTOMATIZADOS EM URINÁLISE: APLICAÇÃO NA ROTINA LABORATORIAL DAS NOVAS TECNOLOGIAS. Visão Acadêmica, v. 20, n. 2, 11 jul. 2019. ● FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE - FMS. Laboratório Raul Bacelar é pioneiro ao usar equipamento automatizado para sumário de urina - Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS. Disponível em: <https://fms.pmt.pi.gov.br/noticia/2219/laboratorio-raul-bacelar-e-pioneiro-ao-usar- equipamento-automatizado-para-sumario-de-urina>. Acesso em: 18 jan. 2021.
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