Nota 9

Prévia do material em texto

11
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA
GUSTAVO RUIS DE CARVALHO
RA:1881099
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII:
ANÁLISE DA EMPRESA SABESP, QUANTO A CONTROLADORIA, FONTES DE FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
IBIRÁ 
2019
		UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA
GUSTAVO RUIS DE CARVALHO
RA:1881099
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII:
ANÁLISE DA EMPRESA SABESP, QUANTO A CONTROLADORIA, FONTES DE FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade para obtenção de nota ao Projeto Integrado Multidisciplinar VII (PIM VII) desenvolvido ao curso de Tecnólogo em Gestão Financeira da UNIP. 
 Orientador: Prof. Fabio Arten
IBIRÁ 
2019
GUSTAVO RUIS DE CARVALHO
RA:1881099
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII:
ANÁLISE DA EMPRESA SABESP, QUANTO A CONTROLADORIA, FONTES DE FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade para obtenção de nota ao Projeto Integrado Multidisciplinar VII (PIM VII) desenvolvido ao curso de Tecnólogo em Gestão Financeira da UNIP. 
Examinado em:
_______________________/__/__
Professor1
_______________________/__/__
Professor 2
_______________________/__/__
Professor 3
IBIRÁ 
2019
RESUMO
Projeto Integrado Multidisciplinar VII teve como objetivo principal, levantar características e práticas existentes da empresa SABESP, e assim realizar pesquisas e avaliações associadas aos objetivos pertinentes apontados para cada disciplina que integra o atual projeto, que são controladoria, fontes de financiamento e desenvolvimento sustentável, afrontando princípios teóricos com o que e aplicado em prática. Nessas condições, serão apresentados conceitos teóricos da controladoria, como, o papel da contabilidade gerencial, sistemas de informações gerenciais, mostrando técnicas avançadas de custo e Balanced Scorecard e descrever políticas de gestão de custos da empresa em questão. Assim também serão apontadas definições de empréstimo e financiamento, capital de giro, estrutura de capital e fontes de financiamento de curto e longo prazo e especificar a política de financiamento da SABESP. Referente à disciplina Desenvolvimento Sustentável irá conceituar direito ambiental, responsabilidade social, gestão ambiental e descrever a gestão da empresa de estudo em relação a sustentabilidade. 
Palavras-chave: Controladoria. Fontes de financiamento. Desenvolvimento sustentável.
ABSTRACT
Multidisciplinary Integrated Project VII had as its main objective, to raise existing characteristics and practices of the company SABESP, and thus conduct research and evaluations associated with the relevant objectives pointed to each discipline that integrates the current project, which are controllership, sources of financing and sustainable development, facing theoretical principles with what is applied in practice. Under these conditions, theoretical concepts of controllership will be presented, such as the role of management accounting, management information systems, showing advanced cost techniques and balanced scorecard and describing cost management policies of the company in question. Also definitions of loan and financing, working capital, capital structure and short and long-term financing sources will be pointed out and SABESP's financing policy will be specified. Referring to the Sustainable Development discipline will conceptualize environmental law, social responsibility, environmental management and describe the management of the study company in relation to sustainability.
Keywords: Controllership. Financing source. Sustainable development.	
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÂO........................................................................................................07
2 DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL.........................................................................08
3 CONTROLADORIA.................................................................................................09
3.1 Contabilidade Gerencial....................................................................................09
3.2 Sistema de Informação Gerencial.....................................................................10
3.3 Contabilidade de Custos...................................................................................11
3.4 Técnicas Avançadas de Custo..........................................................................12
3.4.1 Custo Padrão.....................................................................................................12
3.4.2 Custo ABC.........................................................................................................13
3.5 Custos da SABESP............................................................................................14
3.5.1 Custo Variável ou Direto....................................................................................14
3.5.2 Custeio por Absorção........................................................................................15
3.6 Balanced Scorecard...........................................................................................16
3.6.1 Balanced Scorecard na Sabesp........................................................................17
4 FONTES DE FINANCIAMENTO.............................................................................18
4.1 Definições de Empréstimos e Financiamentos...............................................18
4.2 Capita de Giro.....................................................................................................18
4.2.1 Autofinanciamento de Capital de Giro...............................................................19
4.3 Fontes de Financiamento, Curto e Médio Prazo: Produtos bancário...........20
4.4 Fontes de Financiamento a Longo Prazo........................................................20
4.5 Empréstimos e Financiamento da Sabesp......................................................21
5 Desenvolvimento Sustentável..............................................................................23
5.1 Responsabilidade Social Empresarial..............................................................23
5.2 Gestão Ambiental...............................................................................................23
5.3 Desenvolvimento Sustentável na Sabesp........................................................24
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................26
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho, Projeto integrado multidisciplinar VII (PIM VII), tem o propósito por meio de um estudo de caso, e uma abordagem qualitativa, tendo como objeto de estudo a empresa SABESP, aplicar concepções, análises e conclusões através da metodologia científica tendo como as principais questões, políticas de gestão de custos e de financiamento, assim como abordar a utilização de práticas sustentáveis da empresa escolhida como objeto de estudo, SABESP uma empresa brasileira de economia mista e capital aberto com que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico e abastecimento de água no Estado de São Paulo.
O projeto consiste em aprofundar em informações sobre a controladoria e demonstrativos divulgados pela empresa, sendo possível de modo pratico, descrever os sistemas de controle de custos e as políticas e métodos utilizados, como também detalhar sua política de financiamento de curto e longo prazo, e por fim, identificar e dissecar métodos sustentáveis da empresa em questão.
 2 DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL
A Sabesp, é uma empresa de grande porte (Receita operacional bruta anual maior que R$ 300 milhões) foi fundada em 1973, a fim de implementar o Plano Nacional de Saneamento - PLANASA, na década de 1980, a SABESP investiu em coleta e tratamento de esgoto em todo o estado, sendo hoje responsável por 370 municípios do Estado de São Paulo. Em 2002, a Sabespaderiu ao Novo Mercado segmento de negociação da bolsa de valores, sendo atualmente uma sociedade anônima de economia mista. 
A Companhia é responsável por cerca de 30% do investimento em saneamento básico feito no Brasil. Para o período 2019-2023, pretende investir cerca de R$ 18,7 bilhões, com foco na ampliação da disponibilidade e segurança hídrica, sem prejuízo dos avanços alcançados nos índices de coleta e tratamento de esgoto. Sabesp catalogou lucro líquido de R$ 1,51 bilhão no quarto trimestre de 2018, aumento de 146% em comparação ao mesmo período de 2017. A receita líquida avançou 22%, na mesma base de comparação, somando R$ 4,90 bilhões. A receita bruta ficou em R$ 4,3 bilhões, alta de 33,4% na comparação anual. A receita, o lucro liquido e o lucro operacional foram os maiores já registrados pela Sabesp desde 2009.
3 CONTROLADORIA
Controladoria se relaciona com a área de Ciências Contábeis e é responsável pelo controle orçamentário e administrativo de uma empresa. Pode ser considerado um “avanço” da Contabilidade, pois além das questões contábeis e econômicas, trabalha constantemente com a administração da empresa como um todo.
Com o domínio de suas ferramentas o gestor é capas de lidar com recursos e conceitos que permitam identificar necessidades atuais e futuras de recursos, avaliarem a saúde financeira das organizações, tomarem decisões a partir dessas avaliações e relatar aos outros profissionais que fazem parte do negócio. Portanto, é fundamental alcançar a capacidade de identificar e sintetizar
Para Kanitz (1976), os primeiros controllers brasileiros foram selecionados entre os profissionais responsáveis pelo departamento de contabilidade ou financeiro da empresa.
3.1 Contabilidade Gerencial
A contabilidade gerencial pode ser estabelecida como um aglomerado de técnicas e procedimentos contábeis, como por exemplo, a análise das demonstrações contábeis, contabilidade financeira, e a de custos que, quando alinhadas, fornecem informações importantes para o processo de tomada de decisão nas empresas.
É fundamental, dentro desse modelo de gestão, estudar os conceitos de eficiência e eficácia. A principio, essas palavras podem até parecer sinônimas, contudo, elas consistem em conceitos diferentes:
• Eficácia é a capacidade de produzir uma quantidade desejada da meta desejada, ou o sucesso na realização de um objetivo. Ela mede o grau de conquista dos resultados, tendo como foco a realização e não nos recursos gastos para chegar ao resultado. 
• Eficiência se preocupa em atingir o resultado da maneira mais econômica possível, com menos recurso, menos tempo. Uma maneira de ser eficiente é manter as operações otimizadas, procurando obter o máximo de resultados com o mínimo de recursos.
 Quadro 1: eficiência e eficácia
 Fonte: www.ava.ead.unip.br
O emprego dos relatórios que são formados na contabilidade financeira permite que os gestores tomem suas decisões de forma pertinente, além disso, a contabilidade gerencial permite o aumento da eficiência de todas as funções da empresa, já que o conhecimento dos recursos faz com que seja possível sua utilização de uma forma mais racional.
Outra grande relevância da contabilidade gerencial na Gestão empresarial é que ela desponta como uma forma de driblar a crise, pois apresenta as melhores opções em relação aos custos de sua produção , assim como outras possibilidades de aperfeiçoar operações, atividades e até departamentos inteiros, o que poderá ser decisivo para suportar a competitividade.
3.2 Sistema de Informação Gerencial
 	
O Sistema de informação gerencial, (S.I.G) baseado no sistema contábil, é um conjunto de pessoas e softwares, como banco de dados que estão centralizadas as informações da empresa e que auxiliam informações às tarefas executadas pelos diretores da empresa.
Segundo Oliveira (2008), os sistemas de informações gerenciais tornam-se indispensáveis, pois na grande maioria das empresas que utilizam sistemas informatizados, há muitos dados que estão à disposição, mas esses dados por si não podem ser utilizados no processo de tomada de decisões sem antes passar por um processo de conversão, de transformação, fazendo com que se tornem efetivamente informações.
 Figura 1:Fluxograma do SIG
 Fonte:Oliveira (2008, p.27)
Os SIG apresentam benefícios para a empresa na proporção em que otimizam o processo de gestão, diminuem os custos de operações e facilitam a melhoria no acesso de informações, a rapidez na tomada de decisões, a eficiência das gestões e a expansão da produtividade, a tomada antecipada de decisões e a melhoria dos resultados econômicos, financeiros e operacionais.
3.3 Contabilidade de Custos
Contabilidade de Custos pode ser definida como uma subdivisão da Contabilidade Geral. A Contabilidade de Custos se dedica ao estudo dos gastos feitos para que se obtenha um bem de vendas ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. 
É importante compreender quais são os principais tipos de custo de uma empresa, e como eles impactam no resultado para poder aplicar de forma eficiente a contabilidade de custos.
Custos Diretos: Os custos diretos estão incluídos diretamente na operação fim do negócio, o que refere que estão associados à prestação do serviço ou produção do produto que é vendido para o cliente final, como a matéria-prima necessária para a produção de uma mesa, por exemplo.
Custos Indiretos: Já os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente implicados na formação do produto final ou prestação do serviço da empresa, como é o caso de gastos financeiros, manutenção de equipamentos, seguros contratados, etc
Custos fixos: custos fixos são os custos que devem ser pagos independentemente do volume do produto ou serviço que vendido. Não importa o quanto vende ou deixa de vender, você ainda tem que pagar seus custos fixos, como por exemplo, o aluguel do imóvel onde se estabelece a empresa.
Custos variáveis: Os custos variáveis estão diretamente ligados ao volume de vendas do produto da empresa. À medida que as vendas aumentam os custos também iram aumentar. Quando as vendas caem, os custos variáveis vão para baixo, como por exemplo, custo com mão-de-obra ou materiais que mudam com as vendas. Dessa forma, é de se considerar uma das maneiras de a empresa conter gastos é reduzindo seus custos variáveis.
3.4 Técnicas Avançadas de Custos
3.4.1 Custo Padrão
 O custo-padrão é um custo pré-concedido, dado como base para o registro da produção antes da decisão do custo efetivo, ou seja, indica um “custo ideal” que deverá ser seguido, expondo de base para a administração mediar e eficiência da produção e conhecer as variações de custo.
Geralmente, o custo padrão é calculado em empresas industriais que têm uma produção rotineira e regular e está relacionado aos custos para produção. Porém, o custo padrão é utilizado também em diversas outras áreas, como a administrativa, a de distribuição, a de entretenimento. Companhias de serviços, como as de software, empresas telefônicas também podem utilizar o método de custo padrão.
Tendo como uma de suas características essenciais do método de custo padrão:
• Pré-fixação de seu valor, baseado no histórico ou em objetivos a serem seguidos pela empresa;
• Poderá ser utilizado pela contabilidade, desde que ajustado regularmente suas mudanças, acompanhando seu valor real.
• Permite maior facilidade de apuração de balancetes, sendo muito utilizado nas empresas que precisam grande agilidade de dados contábeis.
Para Martins (2010) o custo-padrão não deixa de ser uma espécie de orçamento, pois os padrões caracterizam-se como meta a ser atingida.
3.4.2 Custo ABC
O método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) é um método que concede uma visualização dos custos através das análises das atividades realizadas dentro da empresa e suas respectivas relações com seus custos. O objetivo deste método está em demonstrar os custos mais elevados em cada atividade da empresa para que possa ser feita uma intervenção de melhoria nestas etapas.A forma de identificação de custos e recursos consumidos pode ser realizada das seguintes formas:
• Por alocação direta, ou seja, todos os recursos identificáveis ao produto ou serviço deverão ser alocados diretamente.
• Por rastreamento, ou seja, faz-se necessário rastrear os custos consumidos pela atividade, porém de difícil identificação.
• Por rateio, sempre que não houver a possibilidade de se fazer nenhuma das alternativas anteriores.
 Figura 2: Custeio por Atividade
 Fonte: http://pt.slideshare.net/gesto-de-custos-terminologia-bsica-livre
3.5 Custos da SABESP
A administração de custos em organizações públicas requer uma abordagem mais ampla, em relação às empresas privadas, porque envolvem adaptar critérios e condições da Contabilidade Pública as condições e objetivos da contabilidade privada, voltada principalmente para a produtividade e eficácia de resultados de produtos e serviços de mercado.
3.5.1 Custo Variável ou Direto
A metodologia de custeio variável (ou direto) pode ser aplicada ao custeio, de serviços de manutenção da rede, apesar de sua não recuperação mediante tarifas. Utiliza força de trabalho interna ou de terceirizados
A seguir acompanha-se um exemplo da composição de sua aplicação ao cálculo de um serviço de reparo em tubulação rompida:
Tabela 1: Demonstração do Custeio Direto ou Variável.
Fonte: site.sabesp.com.br
 3.5.2 Custeio por Absorção
Este modelo se caracteriza por juntar custos diretos e indiretos aos produtos ou processos e produtos finais designados aos consumidores. Pode utilizar tanto o método por acumulação de custos por processo, quanto por ordem.
Definiu-se que a administração dos custos dessa divisão, em relação as suas diferentes áreas de atividades correspondesse aos seguintes métodos:
• Captação: acumulação por processo;
• Tratamento: acumulação por processo;
• Distribuição: acumulação por processo
• Manutenção mecânica: acumulação por ordem;
• Transporte de água: acumulação por processo;
Segue a seguir um exemplo de custeio por absorção no serviço de abastecimento de água.
 Quadro 3: Demonstração do Custeio por Absorção
 Fonte: site.sabesp.com.br
 3.6 Balanced Scorecard
O Balanced Scorecard (BSC) baseia-se em um método que mede a performance da empresa, integrando e balanceando todos os principais indicadores de desempenho da organização, desde os financeiros/administrativos até os relativos aos processos internos, estabelecendo objetivos da qualidade para funções e níveis relevantes dentro da organização, ou seja, desdobramento dos indicadores corporativos em setores, com metas claramente definidas
Essa avaliação é um processo que envolve os ambientes internos e externos da empresa e, representa, portanto, um recurso extremamente útil para o alinhamento tático às diretrizes estratégicas.
 Quadro 4:Variáveis ambientais
 Fonte: Figueiredo e Caggiano, 2006.
Para Figueiredo e Caggiano (2006), a compreensão do Balanced Scorecard como um conjunto de indicadores que proporciona aos gerentes uma visão rápida e abrangente de toda a empresa pode ser um grande diferencial no sentido de favorecer as vantagens de sua utilização.
O Balanced Scorecard está ligado a quatro perspectivas da empresa, que são: financeira, clientes, processos internos, além de aprendizado e crescimento.
• Perspectiva Financeira: são indicadores que avaliam a execução das estratégias empresariais, além de cumprir com seus papéis, contribui também para melhorar a linha de resultados. Geralmente as metas financeiras são a rentabilidade, o crescimento e o valor para acionistas.
• Perspectiva dos Clientes: tem como objetivo gerar valor ao cliente, estabelecendo condições que realmente reflitam o que é importante para o cliente, devendo ser organizado com metas de tempo, qualidade e serviços.
• Perspectiva dos Processos Internos: após entender a imagem que precisa ser passada para fora da empresa, como é o caso da perspectiva dos clientes, é necessário também trabalhar os processos internos, Com isso, deve-se focar nos processos comerciais que geram maior satisfação dos clientes, Identificando os processos que transformarão os ativos intangíveis em resultados para os clientes e gestores.
• Perspectiva do Aprendizado e Crescimento: nessa perspectiva que se trata da capacidade dos funcionários, sistemas de informação, alinhamento de informações e motivação, é através dela que os gestores ficam mais aptos a tomar decisões de maneira lógica, alcançando os objetivos pretendidos pela empresa.
3.6.1 Balanced Scorecard na SABESP
Para traduzir estratégia empresarial em metas operacionais e acompanhar sua evolução, a Sabesp utiliza os conceitos do Balanced ScoreCard (BSC). Com base nessas informações, as metas são revistas anualmente para incorporar as realizações dos anos anteriores e eventuais mudanças nos cenários interno e externo.
Segue abaixo o mapa estratégico da SABESP relacionando diferentes iniciativas estratégicas.
 Figura 3: Mapa Estratégico da Sabesp
Fonte: www.sabesp.com.br
4 FONTES DE FINANCIAMENTO
Ter uma boa compreensão sobre fontes de financiamento é de extrema importância para as empresas, pois auxiliam na administração de seu capital de giro para sustentar novos projetos no curto, médio e longo prazo.
No curto prazo, a empresa ao identificar a impossibilidade de utilizar o capital próprio ao constar sua necessidade, ela deverá recorrer a uma forma de financiamento, isto é, buscar no mercado de empréstimos os chamados produtos bancários de curto prazo.
Já no médio e longo prazo, a empresa poderá abrir seu capital no mercado de capitais, como também recorrer à expedição de debêntures para se autofinanciar ou procurar financiamento de terceiros, buscando financiamento na área de crédito publico e privado no mercado financeiro.
4.1 Definições de Empréstimos e Financiamento
O empréstimo é um crédito que procura receber o pagamento do credor no curto prazo e não possui restrições para seu uso. Em outras palavras, você não precisa justificar a instituição financeira sobre seu uso, e o dinheiro pode ser retirado do banco sem explicações.
O financiamento se diferencia do empréstimo por ser uma alternativa mais burocrática. A análise de crédito e a justificativa do uso do capital são analisadas com muita precaução. Com essas duas avaliações, o uso de um financiamento fica bem mais restrito, mas após a confirmação de acesso, o consumidor consegue aderir ao seu bem de consumo, entre tando poderá demandar garantias por parte do tomador.
4.2 Capital de Giro
O capital de giro é todos os recursos demandados de curto prazo na empresa, ou seja, o ativo circulante, como:
• Disponíveis: Dinheiro em caixa.
• Clientes a receber: Valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa.
 • Estoques: materiais ou produtos que ficam fisicamente disponíveis pela empresa.
Desse modo, o capital de giro está relacionado a todas as contas financeiras que giram ou movimentam o dia-a-dia da empresa, resumindo, ele é o valor que o empresário precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber entrem no caixa novamente.
Segundo Hoji (2000, p.109): capital de giro, também conhecido como capital circulante corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, que se transformam constantemente dentro do ciclo operacional.
4.2.1 Autofinanciamento de Capital de Giro
 
Gerenciar e autofinanciar o Capital de Giro de uma empresa são processos difíceis, principalmente para empresas de pequeno porte, devido à falta de políticas e acesso as principais ferramentas de análise financeira.
Algumas das formas de gerar recursos para autofinanciamento são:
• Aumento de capital por parte dos sócios: Consiste em que os sócios da empresa aplicam seus próprios capitais ainda não integralizados. Esses capitais não devem ser capitais de terceiros, fazendo com que os sócios aumentem suas cotas na participação da empresa.
• Aumento no número de sócios: Consistem em abrir o capital da empresa atraindo novos sócios com novos capitais próprios, comotambém, emitir ações no mercado aberto e emitir debêntures
• Distribuição de dividendos: A distribuição de dividendos determina a composição dos ativos, consistindo em uma aplicação eficiente de recursos, além de ser uma obrigação ética e contratual da empresa.
• Retenção de lucros: A reserva de lucros como a fonte de fundos para investimentos de uma empresa é o aumento das receitas de vendas. A retenção de lucro é uma fonte crucial para o financiamento da empresa.
4.3 Fontes de Financiamento, Curto e Médio Prazo: Produtos bancário
Outra forma de uma empresa financiar suas atividades de curto e médio prazo é através de produtos bancários, que são vinculados a um contrato que estabelece taxas, prazo, valores e garantias. Normalmente é garantido por duplicatas que variam entre 120% a 150% do valor principal financiado, Aval e NPs são as garantias exigidas.
Alguns dos produtos bancários são: Vendor Finance, Compror Finance, Hot Money, Desconto de Duplicatas, Conta Garantida.
• Vendor Finance: Operação em que a empresa venda a prazo e recebe o valor a vista da instituição financeira e a empresa compradora paga o valor a prazo (com juros) para a instituição financeira.
• Compror Finance: É a operação inversa ao vendor. Ocorre quando pequenas indústrias vendem para grandes lojas. Neste processo, é o próprio comprador que é fiador do contrato e não o vendedor (indústria)
• Hot Money: Hot Money é um tipo de empréstimo de curtíssimo prazo que os bancos ou instituições financeiras fornecem para empresas que precisam usar o dinheiro com urgência. Tendo como custos: Taxa CDI, Spread, IOF, PIS e COFINS, e como garantia a NP.
• Desconto de Duplicatas: É um procedimento financeiro em que a empresa entrega determinadas duplicatas para a instituição financeira e este lhe antecipa o valor em conta corrente, cobrando juros antecipadamente. Encargos: taxa de desconto sobre o valor nominal, taxa administrativa e IOF.
•Conta Garantida: É um empréstimo de curtíssimo prazo para suprir eventuais necessidades de fluxo de caixa. Encargos: CDI, Spread, IOF, PIS e Cofins.
4.4 Fontes de Financiamentos a Longo Prazo
Financiamentos de longo prazo são aqueles ao qual o prazo de obrigação assumida, vence após 12 meses, ou seja, ao término do exercício contábil. É obtido através de uma instituição financeira como um empréstimo a prazo ou por processo da venda de títulos negociáveis. Financiamento de longo prazo proporciona uma alavancagem financeira, tornando um componente atraente na estrutura de capital de uma empresa.
O financiamento de longo prazo possui em média, um vencimento entre cinco e vinte anos, quando esse financiamento estiver ao prazo de um ano do vencimento, sua mensuração deve ser refeita no balanço, saindo do passivo não circulante para o passivo circulante.
As cláusulas para obter um financiamento de longo prazo são rigorosas e demandam critérios a respeito de registros e relatórios contábeis a respeito da administração geral do negócio por parte da empresa tomadora, como:
• Exigir registros contábeis satisfatórios.
• Exige que a empresa tomadora apresente com freqüência demonstrações financeiras auditadas, o que serve como monitoramento da instituição credora e forçar o cumprimento do contrato.
• A empresa deve pagar os impostos e obrigações no vencimento.
• O credor pleiteia que o tomador conserve todas as suas instalações em bom estado.
É importante ressaltar também, os custos mais elevados do financiamento de longo prazo em relação ao de curto prazo, devido ao montante tomado, ao vencimento, e o risco da empresa tomadora.
4.5 Empréstimos e Financiamento da SABESP
A forte geração de caixa de suas operações e seu papel de prestadora de serviços públicos essenciais coloca a Sabesp em situação privilegiada em seu setor para obter financiamento de longo prazo e a custos baixos junto a bancos públicos brasileiros, agências multilaterais e bancos de desenvolvimento nacionais e internacionais. A companhia não depende de um número limitado de fontes de financiamento, mas utiliza de acessos a diversas alternativas de financiamento nos mercados brasileiro e internacional para financiar a necessidades de capital de giro e os planos de investimentos.
A liquidez da Sabesp depende basicamente do caixa gerado pelas atividades operacionais, empréstimos de instituições financeiras dos governos estaduais e federais, e financiamentos nos mercados internacionais e locais. A administração do risco de liquidez considera a avaliação dos requisitos de liquidez para assegurar que a Companhia disponha de caixa suficiente para atender suas despesas de capital e operacional, bem como o pagamento das dívidas.
 Figura 4: Modelo de Financiamento da Sabesp
 Fonte: http://site.sabesp.com.br
No mês de julho ocorreu a 24ª Emissão de Debêntures, a primeira "debêntures de infra-estruturar” da Companhia. O montante captado de R$ 400 milhões será destinado a investimentos em infra-estruturar referentes à adequação e modernização de sistemas de abastecimento de água em 71 municípios com o objetivo de reduzir os índices de perda de água nesses sistemas.
Qualquer falha na obtenção de novos financiamentos da companhia poderá afetar adversamente capacidade de dar continuidade ao seu plano de investimentos, pois de acordo com informações abertas no site da companhia, o seu plano de investimento demanda recursos de capital de aproximadamente R$ 18,7 bilhões entre os anos de 2019 e 2023. Em 2018, a companhia investiu R$ 4,2 bilhões. Além de caixa gerado pelas suas operações, tem financiado esses investimentos e com pretensão de continuar a financiar seus investimentos com emissões de títulos de dívida nos mercados de capitais nacional e internacional bem como financiamentos em moedas estrangeiras e Real. Uma grande parcela das necessidades de financiamento da empresa é obtida pelo financiamento de longo prazo a taxas de juros atraentes de bancos públicos governamentais brasileiros, agências multilaterais e bancos de desenvolvimento governamentais internacionais. 
5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável constitui no crescimento da empresa em dois aspectos conjuntos: o econômico e o ambiental. Isso representa que, uma empresa realmente sustentável é aquela que desempenha suas atividades pensando e cuidando bem do meio ambiente e ao mesmo tempo obtendo boa margem de lucro, sendo capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem colocar em risco a capacidade de atender as gerações futuras.
5.1 Responsabilidade Social Empresarial
Responsabilidade Social Empresarial está diretamente ligada a uma gestão ética e transparente que a empresa deve ter com suas partes interessadas, como colaboradores, clientes, acionistas, comunidade e governo, para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade.
5.2 Gestão Ambiental
A Gestão Ambiental é um conjunto de medidas e procedimentos que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, e quando aplicados da forma correta diminuem e controlam os impactos da implantação de projetos sobre o meio ambiente.
A gestão ambiental empresarial estabelece políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que asseguram a saúde e a segurança das pessoas e a proteção ao meio ambiente (DIAS, 2017, p. 101).
A seguir, um quadro com tipos de abordagens à questão ambiental:
 Quadro 5: Abordagens à questão ambiental
 Fonte: BARBIERI (2006)
Segundo autor Barbieri, algumas das vantagens de uma boa implementação da gestão ambiental nas empresas é a redução de custos, pois:
• Consomem menos água, pelo uso racional;
• Consomem menos energia, pela redução do desperdício;
• Utilizam menos matéria‑prima, pela racionalização do seu uso;
• Reutilizam, reciclam ou vendem resíduos, quando possível;
• Geram menos sobras e resíduos, pela adequação do uso de insumos;
5.3 Desenvolvimento Sustentável na Sabesp
A ferramenta da companhia usada para desdobrar o direcionamento em termos operacionais é o Mapa Estratégico, inspiradona metodologia já apresentada anteriormente, o BSC (balanced scorecard), prática adotada na empresa desde 1995. O Mapa Estratégico da Sabesp é dividido em quatro perspectivas: Pessoas e Inovação, Processos, Cliente e Sociedade e Sustentabilidade. Em relação à sustentabilidade estão alinhados os seguintes objetivos estratégicos.
 • Garantir a disponibilidade hídrica: assegurar a disponibilidade hídrica para sua área de atuação, bem como promover uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos.
• Gerar impacto socioambiental positivo: atuar como empresa cidadã para fortalecer o bem-estar da comunidade, a integridade e a preservação do meio ambiente. 
• Gerar lucro: assegurar resultado financeiro positivo de forma a garantir os investimentos para a prestação de serviços, assim como propiciar remuneração adequada e justa para os acionistas.
O saneamento básico tem a sustentabilidade na sua essência, com impactos positivos sobre a saúde pública, a qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento socioeconômico da área atendida.
A Sabesp busca o desenvolvimento integrado das atividades por meio de programas corporativos voltados à operação. Para esta missão, em 2007 foi criada uma área corporativa ambiental, além de Núcleos de Gestão Ambiental (NGAs) nas Unidades de Negócio da Companhia, onde atuam como agentes operacionais da gestão ambiental. Este programa corporativo se embasa nas principais diretrizes da ISO 14001, tendo como foco o desenvolvimento de ações preventivas e sustentáveis, com desenvolvimento da operação e dos processos nas estações de tratamento, além de diminuir riscos de acidentes e geração de passivos ambientais.
Ao longo de 2018, o sistema de gestão ambiental da companhia foi implantado em 94 estações (água e esgoto), sendo mantida a certificação ISO 14001 em outras 35 estações. Ao todo, o SGA está vigente em 271 estações de água e esgoto da Sabesp, havendo metas anuais de ampliação do sistema, com perspectivas de implantação em todas as estações em operação até 2024.
6 CONCLUSÃO
Neste Projeto Integrado Multidisciplinar foram apresentados os principais aspectos das disciplinas controladoria, fontes de financiamento e desenvolvimento sustentável e a partir de uma pesquisa qualitativa, foram associadas os conceitos teóricos com a prática da empresa escolhida como objeto de estudo Sabesp. Em relação à controladoria, foram descritas o papel da contabilidade gerencial, como também demonstrada às técnicas avançadas de custo, apresentando metodologia de custo variável e custeio por absorção da companhia, além da demonstração do uso do Balanced Scorecard e seu mapa de meta.
No capitulo de fontes de financiamento ficou clara a definição de empréstimo e financiamento, capital de giro, como também produtos bancários de financiamento de curto e médio prazo, e também foram apresentadas as políticas de financiamento da Sabesp e como ela influencia nos seus investimentos, no seu caixa e pagamentos de dividas.
E concluindo com desenvolvimento sustentável, foi descrito sobre, responsabilidade social e gestão ambiental e suas vantagens ao aplicá-las na empresa, e descrevendo também os objetivos da Sabesp sobre a perspectiva do desenvolvimento sustentável.
	
REFERÊNCIAS
Portal Sabesp – Direcionamento Estratégico. São Paulo: Sabesp, 2017.
DIAS, R. Gestão ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
KANITZ, S. C. Controladoria: teoria e estudo de casos. São Paulo: Pioneira, 1976.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de Informações Gerenciais: Estratégicas Táticas Operacionais. 12ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008, 299 páginas.
HOJI, Masakasu. Administração financeira: uma abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001
Investing, SABESP Cia de Saneamento Basico do Estado de Sao Paulo (SBSP3). Disponível em: < https://br.investing.com/equities/sabesp-on > Acesso em: 02 setembro de 2019
FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006.