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Apanhado de Educação de jovens e Adultos (EJA)
1. “A alfabetização e a escolarização são apenas alguns dos tipos de práticas de letramento e o processo de interação com o contexto social é um dos fatores determinantes para o processo de aprendizagem, desenvolvimento e letramento” (Kleiman, 1995). Em relação ao letramento, Kleiman defende que: 
I- A alfabetização (domínio do sistema alfabético) constitui apenas um tipo de prática de letramento. 
II- Entendendo o letramento como um conjunto de práticas sociais que se utiliza da escrita, ampliam-se as agências de letramento para além da escola, abrangendo a família, a Igreja, o trabalho, as organizações populares.
III- O processo de letramento tem de considerar a sua dimensão social, o significado que a escrita tem para determinado grupo social e em que tipo de instituição foi adquirido.
IV- As mudanças pretendidas através do processo de letramento visam à formação de um indivíduo consciente, crítico e transformado, que participe do poder da língua escrita na sociedade letrada. Está correta a alternativa: 
E) I, II, III e IV PAG- 61 UNIDADE II 
 
2. A campanha de 1947 possibilitou a instauração no Brasil de um campo de reflexão pedagógica em torno do analfabetismo, entretanto, ele não chegou produzir nenhuma proposta metodologia específico para a alfabetização de adultos. Isso só ocorreu: PAG 41 á PAG 46 
Assinale a opção correta: 
B) No início dos anos 60, quando o trabalho de Paulo Freire passou a direcionar diversas experiências de educação de adultos.
3. A seguir, leia algumas considerações sobre o trabalho da Educação de Jovens e Adultos no Brasil: 
I - A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394 de 1996) não garante nenhum direito àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 
II - Melhoria da educação das crianças não elimina, em curto prazo, o analfabetismo da população jovem e adulta, por isso pensar na EJA é muito importante. 
III - O texto da Constituição é apenas um momento inicial na luta pela extensão dos direitos educacionais da cidadania. A União determina as diretrizes políticas da educação, garantindo a atuação solidária dos sistemas (União, Estados e Municípios). 
IV - O desafio do Brasil é a efetivação de políticas de Educação que levem em conta o povo e suas lutas, garantindo o direito à educação, à escolarização, dando novo significando à escola pública. 
A alternativa correta é: 
B) II III e IV Pag 24 a 30 
 
4. A idade mínima para matricula em cursos ou para inscrição em exames da EJA tem sido objeto de debates e de controvérsias. A tendência dominante é a favor da restrição da idade de acesso dos exames assim como aos cursos. 
As posições favoráveis às restrições de idade apoiam-se nos seguintes fundamentos. Pag 36 
A) Os adolescentes necessitam da frequência regular à escola para a formação intelectual e para a socialização.
5. A iniciativa partiu da miséria do povo. A constatação de milhões de brasileiros analfabetos motivou a iniciativa de intelectuais e estudantes para promover a educação de adultos, com o propósito de formar uma consciência política e social nos trabalhadores. O resultado dessa iniciativa foi à criação em 1960, em Recife (PE)? PAG 45 UNIDADE 1 
B) do Movimento de Cultura Popular (MCP).
6- A investigação realizada por Luri a e colaboradores na década de 1930 com moradores de aldeias do Uzbequistão e de Khirgisia, na Ásia Central – e que tem sido muito utilizada para análise dos efeitos de escolarização e aquisição da escrita no desenvolvimento cognitivo – apontou para resultados. pag 60 
Indique a alternativa que não se traduz em um desses resultados: 
A) Os indivíduos que tinham alguma instrução e trabalhado nas fazendas coletivas tendiam a utilizar categorias abstratas na resolução de tarefas independente de suas experiências, isto é, utilizam o pensamento categorial. 
 
7. Afirmar que os cursos da EJA e exames supletivos devem habilitar ao prosseguimento de estudos em caráter regular significa que: pagina 29 
E) As certificações obtidas, após a conclusão do ensino médio, asseguram aos estudantes da EJA o direito ao prosseguimento dos estudos em nível superior.
 
8. Analise as afirmativas em seguidas, marcando V para verdadeira e F para falsa: 
(V) Atualmente, a EJA tem uma função reparadora, o que significa não só o direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento da igualdade d todo e qualquer ser humano. 
(V) A função equalizadora da EJA dá coberta quanto à reentrada no sistema educacional a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais daqueles que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão. 
(F) Hoje em dia, o termo suplência é bastante utilizado está para dominar a EJA. 
(V) A qualidade na produção adequada de matéria didático está relacionada à função qualificadora da EJA. 
Marque a alternativa que relaciona resposta respectivamente corretas: 
B) V, V, F, V. 
 
9. As políticas públicas em educação pretendem interferir na realidade social e atingir os fins e princípios da legislação educacional, tornando a educação escolar um direito a todos os cidadãos brasileiros na educação básica, inclusive para os que não estudaram na idade própria. O jornal O Estado de São Paulo, de 28 de setembro de 2013, noticiou os dados da Pnad 2012 que apontam que na faixa etário de 6 a 14 anos, 98,2% estão na escola, e na faixa etária de 15 a 17 anos, somente 84,2% estão matriculados na escola. 
Ainda segundo a Pnad 2012, um em cada três brasileiros de 25 anos ou mais, 33,5%, não completou o ensino fundamental. pagina 12 a 18 
E) A faixa etária de 6 a 17 anos é a obrigatória para todo o cidadão brasileiro, inclusive para os que não estudaram na idade própria. A Educação de jovens e Adultos e os dados do Pnad 2012 mostram que um terço dos brasileiros não completou o ensino fundamental. 
 
10. A partir de 1969, o governo federal organizou o Mobral, Movimento Brasileiro de Alfabetização, um programa de proporções nacionais. Pode-se apontar como marcante nesse projeto: pagina 49 
D) O atendimento aos interesses ideológicos da Ditadura Militar. 
 
11. A LDB 9394/96 estabelece que: 
Art. 37 A Educação de Jovens e Adultos será destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 
§1° Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
§2° O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanecia do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. 
Há que se pontuar que nesse artigo: 
C) Considera-se que as características dos alunos, seus interesses, condições de vida e de trabalho podem permitir a constituição de programas voltados aos interesses dessa população. 
12. A LDB 9.394/96 estabelece que:
Art.38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a Base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. 
§ 1° Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: 
I- No nível de conclusão de ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; 
II- No nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§2° Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. 
Conforme verificado, a LDB 9.394/96 propõe um rebaixamento de idade para prestar os exames no Ensino Fundamental e Médio. Sérgio Haddad, argumenta que essa medida terá algumas consequências. Com relação a isso, assinale a alternativa correta:
E) Os estudiosos do ensino supletivo são contrários a essa determinação porque, considerando os padrões atuais de rendimento escolar no ensino regular – com elevados índices de repetência, sucessivasevasões e rematrículas -, é muito provável que o rebaixamento da idade mínima para os exames supletivos represente menos um instrumento de democratização de oportunidades educacionais e mais um mecanismo de regularização do fluxo escolar e aceleração dos estudos.
13. Art.38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a Base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. 
§ 1° Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: 
I- No nível de conclusão de ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; 
II- No nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§2° Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. 
No artigo 38, ambos os parágrafos retomam a nomenclatura “ensino supletivo” empregado pela LDB 5.692/71, colocando ênfase nos exames. Segundo os comentários de Sérgio Haddad, enfatizar a possibilidade de realização de exames pode determinar: 
I- A ideia de diminuição das responsabilidades do sistema público frente aos processos de ensino-aprendizagem presentes nos cursos de formação de jovens e adultos. 
II- A possibilidade de não valorizar as bases necessárias para a aquisição do conhecimento que são: a atuação dos professores, o currículo, os materiais didáticos, as metodologias, dentre outros. 
III- A preocupação em avaliar apenas a produto, desconsiderando todo o processo. 
IV - A preocupação apenas com os mecanismos de certificação. 
Responda: 
E) São corretas a I, II, III e IV.
14. A Educação de Jovens e Adultos tem como referência uma educação que promova a relação, sem hierarquização e sem preconceito ou discriminação entre pessoas com diferenças de cultura, etnia, cor, idade, gênero, orientação sexual, ascendência nacional, origem e posição social, profissão, religião, estado de saúde, opinião política ou qualquer outra questão. 
De acordo com o texto acima, a Educação de Jovens e Adultos tem como princípio: 
B) Resgatar as funções reparadoras, equalizadoras e qualificadoras da educação. 
 
15. A educação de jovens e adultos é um campo de praticas e reflexão que inevitavelmente transborda os limites da escolarização em sentido estrito, pela seguinte razão: 
A) Porque abarca processos formativos diversos, onde podem ser incluídas iniciativas visando a qualificação profissional.
16. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ainda é vista por muitos como uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram que abandonar a escola. Felizmente, o conceito vem mudando. Qual é o grande desafio atual desse tipo de ensino hoje? 
IV - Oferecer condições para que o aluno possa dar continuidade aos estudos, completando sua escolaridade básica. 
Escolha a alternativa que contém a afirmativa correta: 
D) IV. 
 
17. Ao contrário das crianças, os adultos são resistentes para escrever baseando-se no conhecimento que tem do sistema de escrita; no entanto, eles dispõem da capacidade de compreender a importância da segmentação do texto, estabelecendo correspondência entre as partes do enunciando. 
A interpretação do texto acima não permite afirmar que: 
E) São os diferentes potenciais cognitivos que permitem a aprendizagem do adulto e a sua interação em meios socioculturais
18. Alfabetizar jovens e adultos tem sido um desafio para o sistema educacional brasileiro, pois ainda constatamos a existência de pessoas adultas pouco ou não alfabetizadas. Essa constatação fere um dos principais princípios do direito à cidadania, que é o direito á Educação básica em qualquer idade e para toda a vida. A conclusão da Educação Básica é importante devido: 
I- Ao fato desse conhecimento não se construir só por meio das relações estabelecidas no desenvolvimento das atividades diárias. 
II- Á inclusão social de quem está excluído por conta do analfabetismo ou alfabetização funcional. 
III- Ao fato de que para se ter uma sociedade mais justa e democrática, a educação para pessoas jovens e adultas significa resgatar aquilo que lhes fi negado na idade própria e garantir-lhes a plena cidadania. 
IV - Os jovens e adultos devem procurar seu direito à Educação Básica para serem atendidos. pagina 11 
Escolha a alternativa que contem a(s) afirmação(ões) correta(s): 
A) I, II e III. 
19. Como ajudar o adulto, em sua diversidade, a aprender a Língua Portuguesa? A proposta Curricular para o EJA/2001 oferece algumas orientações para o professor, entre elas: 
I- Quanto à ortografia, é melhor corrigir do que comentar e sugerir, porque as normas da ortografia são mais lentamente incorporadas pelos alunos
II- 8 Para o aprendizado da leitura, iniciar com a leitura de textos curtos e de conteúdos significativos para os alunos e, voz alta. 
III- Para a produção de textos, é importante o professor compreender o processo de elaboração do al uno, entendendo o erro como objeto de aprendizagem. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
B) Apenas II e III estão corretas 
 
20. Cabe ao educador da EJA, exceto: 
Assinale a resposta correta; 
C) Facilitar aprendizagens significativas. 
 
21. Celso Beisegel (1997) destaca o caráter exemplar da Campanha Nacional de Educação de Adultos, iniciada em 1947, capitaneada por Lourenço Filho como política governamental que exprimia o entendimento da educação de adultos como peça fundamental na elevação dos níveis educacionais da população em seu conjunto. Beisegel chama a atenção ainda para: pagina 41
Marque a opção de afirmativa correta: 
B) A política que viabilizou a criação e permanência do ensino supletivo integrado às estruturas dos sistemas estaduais de ensino.
22. Cícero tem 16 anos e trabalha em uma marcenaria em São Paulo. Em 2009, aos 14 anos, concluiu o ensino fundamental, mas não deu prosseguimento aos estudos no ensino médio por motivos familiares. Há alguns dias, ele recebeu uma oferta de trabalho com melhor salário, contudo, com a exigência mínima de escolarização media. Cícero decidi u então agilizar o processo de escolarização e procurou a diretora da escola em que concluiu o ensino fundamental para receber orientações. 
Qual das alternativas abaixo pode ser oferecida pela di retora? 
D) Cícero devera cursar regularmente uma escola de ensino médio porque não tem a idade mínima exigida para os cursos e exames do EJA. 
 
23. Conforme a proposta curricular da EJA 2001 uma nova proposta de educação matemática para adulto baseia-se nos seguintes entendimentos: 
I- Os adultos dominam as situações simbólicas convencionais da matemática como a escrita numérica, mas não dispõe de conhecimentos de contagem de cálculos.
II- A matemática na sala de aula deve sugerir caminhos, orientar a atividade interpretar os erros como meios de aprendizagem. 
III- Enfatizar o caráter instrumental da matemática, no inicio da escolaridade, por meio da proposição de atividades de resolução de problemas. 
IV - Os materiais didáticos devem ser utilizados desde que sirvam para desencadear situações de aprendizagens significativas aos adultos. 
Qual das afirmações estão corretas? 
E) Apenas a II, III e IV estão corretas. 
24. Considere os itens abaixo no que se refere às determinações legislativas e assinale a alternativa correta. 
I- São adequadas para serem trabalhados em uma sala de Educação de Jovens e Adultos textos que tratem da realidade mais próxima do aluno, pois as determinações legislativas focam a construção do conhecimento de uma forma própria, ou seja, exatamente vinculada às questões do trabalho e das experiências de vida. 
II- A prática pedagógica a ser trabalhada em uma sala de Educação de jovens e Adultos deve envolver o conteúdo que apresenta características adequadas às necessidades dos que frequentam esta modalidade de ensino sem descuidar do conhecimento cientifico, e por isso atende as determinações legais. 
III- São adequados para serem trabalhados com uma sala de Educação, de Jovens e Adultos textos cujas informações não estejamem conformidade com as vivências cotidianas e sociais dos alunos, uma exigência legal. 
IV- O texto a ser trabalhado com os alunos de Educação de Jovens e Adultos, conforme a legislação estabelece, deve estar estritamente vinculado às diretrizes curriculares desenvolvi das com os alunos em idade escolar que frequentam o Ensino Fundamental. 
E) A alternativa II é correta
25. Durante as aulas, e analisando as entrevistas, percebemos que os alunos do EJA são geralmente trabahadores/as, empregados/as desempregados/as que não tiveram acesso à escola e à cultura letrada. 
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada para o cidadão, é necessário que o processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com os seguintes ideais: 
I- A alfabetização de adultos deve partir da realidade dos educandos, da origem dos seus problemas e conhecimentos e das possibilidade de superá-los, da sua realidade sócio-econômica e cultural. 
II - O educando deve ser reconhecido como pessoa produtiva cultura e conhecimento construídos em sua vida. 
III- O educando deve ser considerado como sujeito de sua aprendizagem. 
Assinale a alternativa correta; 
C) As alternativas I, II e III são corretas. 
26. De acordo com Haddad (2003), mesmo que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 considere uma seção para a Educação de Jovens e Adultos e ainda Institua em suas normas uma aparente flexibilidade, estas determinações não foram sufi cientes para alterar as evidências que demonstram que esta modalidade de ensino é considerada como uma educação de segunda ordem. Segundo o mesmo autor, isso ocorre porque: 
I- Apenas os alunos não alfabetizados pertencentes às classes econômicas mais favorecidas têm o direito de frequentar esse nível de ensino. 
II- A Educação de Jovens e Adultos é retratada nas normas legislativas sob a ótica de reformas que priorizam a Educação Fundamental das crianças em detrimento dos outros níveis e grupos sociais. 
III- Na legislação, nenhuma palavra foi dita sobre o analfabetismo. Nesse sentido, fecham-se os olhos para o enorme contingente de pessoas jovens e adultas que não tem o domínio da leitura, da escrita e do cálculo. 
IV - A forma de organização dos sistemas que atuam com a Educação de Jovens e Adultos, conforme a Lei 9.394/96, deve ser focada em questões relativas às práticas sociais e ao mundo do trabalho. 
V- A Educação de Jovens e Adultos é retratada nas normas legislativas como uma modalidade de ensino que deve ser frequentada por aqueles que têm condições econômicas de financiar esse tipo de educação. 
Responda: 
A) Apenas a II e a III são corretas
27. De acordo com os comentários de Sérgio Haddad, a LDB 9.394/96, no que se refere à educação de Jovens e Adultos, é ambígua em suas determinações. Contudo, há algumas propostas em que a condição de imprecisão do texto legal não se faz presente. Assinale a alternativa em que a legislação não deixa duvidas sobre as suas determinações; 
E) Compete aos Estados e aos Municípios em regime de colaboração com a União, recensear a população em idade escolar para a educação básica e os jovens e adultos que a ela não tiveram acesso e ainda fazer-lhes a chamada publica para a matrícula na escola, oferecendo vagas para todos.
27. De acordo com Beisiegel, só depois de 1940 foi possível falar na existência de uma política de educação de jovens e adultos no Brasil. Antes disso, as iniciativas foram sempre esparsas e descontínuas, sem dar uma forma de ação mais global e sistemática dessa modalidade de educação. A única ação de amplitude nacional nesse sentido foi:
A) Desenvolvida pela UNESCO, implementando a educação de jovens e adultos.
B) Realizada pelo Exercito nas escolar regimentais para ministrar instrução primária aos soldados analfabetos (outro apanhado, segundo gabarito)
28. De acordo com Ferreiro, toda pessoa que aprende a ler e escrever passa por um processo peculiar. Um indivíduo não aprende sozinho, ele precisa de informações, explicações especificas que podem ser fornecidas pelo professor, pais, irmãos, etc. Os adultos analfabetos também constroem hipóteses, testando formas de ler e escrever, passando pelos mesmos níveis de aquisição dos conhecimentos, como a criança. Sendo assim, analise as afirmativas abaixo, quanto ao nível silábico alfabético, e depois escolha a opção verdadeira:
I- Nesse nível usem letras variadas e diferentes, representando diferenças quantitativas e qualitativas. 
III- Usam uma letra para cada som emitido. 
IV - Descobre que a escrita é a própria representação da fala. 
A) Apenas a I, III e IV são verdadeiras. 
 
29. Existem alguns fatores que contribuem para a unificação do sistema escolar brasileiro, dentre eles: 
I- O fato óbvio de as escolas estarem localizadas dentro dos limites do território nacional. 
II- O fato de o sistema escolar estar a serviço da cultura brasileira, de tal maneira que escolar e cultura se influenciam mutuamente. 
III- O fato de o ensino ser desenvolvi do na língua nacional. 
IV - O fato de todas as escolas estarem sujeitas a um legislação comum. 
V- O fato de existirem disposições legais que determinam, ao menos formalmente, a articulação entre os graus e equivalência entre as modalidades de ensino. 
VI- O fato evidente de, por se situar no território brasileiro, constituir um sistema fechado. 
Estão corretas as afirmativas: 
D) I, II, III, IV, V
30. Em 1964, o Ministério da Educação organizou a última etapa do Programa Nacional de Alfabetização de Adultos cujo planejamento incorporou largamente as orientações de Paulo Freire. Essa e outras experiências acabaram por desaparecer ou desestruturar-se sob a violentar repressão: 
Marque a opção correta: 
D) Da ditadura Militar.
31. Em relação ao Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), é correto afirmar que:
I- Assumiu uma posição de independência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino. 
II- Procurou instalar cursos preferencialmente em núcleos rurais. 
III- Foi uma campanha de massa com controle ideológico e doutrinário garantindo pela centralização dos objetivos e das orientações de base conservadora. 
IV - Cabia a União o planejamento, a orientação técnica e o auxilio financeiro e as Unidades Federadas instalar.
B) As alternativas I, III, IV são corretas. 
 
32. Em relação ao processo de avaliação, seria importante que os cursos do EJA tivessem como prática a concepção de avaliação: 
E) Após realizar uma avaliação diagnostica no grupo classe, procurar acompanhar o processo individual de aprendizagem do aluno (avaliação formativa). 
33. Em conferência em 1948, Lourenço Filho afirmava que:
“No caso específico do Brasil, atribuía-se ao ensino supletivo o esforço de fornecer a todos a educação de base ou educação fundamental, entendendo-se por educação de base o processo educativo dedicado o proporcionar a cada indivíduo os instrumentos indispensáveis da cultura do seu tempo, em técnicas que facilitassem o acesso a essa cultura, como a leitura, a escrita, aritmética elementar, noções de ciências, de vida social de civismo e de higiene. E com os quais segundo suas capacidades, cada homem pudesse desenvolver-se e procurar melhor o ajustamento social”:
Com este pronunciamento, pode-se afirmar que a campanha de Lourenço Filho: 
A) Atendia às exigências da cidadania, de educação para todos. 
 
34. Haddad levantava críticas à LDB 9394/96( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) por não levar em consideração algumas condições fundamentais à frequência e permanência dos alunos na Educação de Jovens e Adultos, uma vez que eles têm que realizar um esforço redobrado para frequentar esses programas de educação. Algumas dessas condições seriam: 
A) Escolas próximas do trabalho e da residência, programas sociais de alimentação, saúde, material escolar e transporte, independente do horário e da modalidade de ensino
35. Leia o texto a seguir: 
“A valorização da escola entre os adultos das comunidadesrústicas estenderia os efeitos da campanha à própria educação das crianças. O nível de vida em cada comunidade condicionaria as possibilidades de desenvolvimento da educação das crianças: se um meio adverso lhes impede o desenvolvimento, o meio culturalmente elevado produz um efeito contrário.” (Beisiegel, 1974). 
Após a leitura do texto acima, responda: 
I- A educação do adulto teria consequências sobre a educação das crianças. 
II- O adulto provido de instrução em meio rude pode contribuir para modificá-lo, atuando no seio do lar, sobre os filhos, e nas relações com a comunidade. 
Aponte a alternativa correta: 
E) É correto apenas o contido em I e II
36. Ao suprimir o combate ao analfabetismo do artigo 60 das Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1988, o governo FHC abriu caminho para que a nova LDB da Educação Nacional não dedicasse nenhum artigo sequer à questão do analfabetismo. O tema passou despercebido, dando a entender que:
A) O analfabetismo não faz parte da nossa realidade.
37. Um professor, ao iniciar suas aulas em uma escola de educação de jovens e adultos, buscou motivar os educandos, selecionando alguns critérios que atendessem às necessidades do grupo. Para tanto, usou alguns critérios relacionados abaixo:
I - Selecionou palavras geradoras com certo grau de dificuldade fonética, partindo das dificuldades menores para as maiores.
II - Fez um debate em torno das palavras, as quais faziam parte de situações locais desses estudantes.
III - Usou fichas auxiliares, levantando palavras similares com desenhos.
IV - Por último, fez uma avaliação quantitativa, a fim de verificar os acertos e erros dos educandos.
Se observarmos essa aula, na visão de Paulo Freire, podemos considerar que:
D) Existem três afirmativas verdadeiras. 
38. Paulo Freire, no texto “Educação de Adultos - algumas reflexões”, defende que “a Educação de Adultos viveu um processo de amadurecimento que veio transformando a compreensão que tínhamos dela (...) é melhor percebida quando a situamos hoje na Educação Popular (...) na medida em que a realidade começa a fazer algumas exigências à sensibilidade e à competência científica dos educadores e das educadoras.” (2008,p.15) Quando Paulo Freire trata da sensibilidade e competência científica dos educadores e das educadoras, refere-se a:
I- A compreensão crítica dos educadores do que vem ocorrendo na cotidianidade do meio popular e que influencia o cotidiano das atividades pedagógicas.
II- Os próprios conteúdos a serem ensinados não podem ser estranhos a essa cotidianidade.
III- A capacidade e curiosidade do educador frente ao aluno da Educação de Jovens e Adultos, reveladas pela observação cuidadosa de quem são seus alunos.
Escolha a alternativa que contém as afirmativas correta:
E) I, II e III.
40. O Plano Nacional de Educação (2001- 2010) estabelece 26 metas para serem cumpridas com a modalidade de ensino “Educação de Jovens e Adultos”. Conforme Di Pierro (2010), a maior parte delas não foi cumprida. Para demonstrar e evidenciar a fidedignidade de suas afirmações, a autora apresenta abaixo informações que mostram porque tais determinações não foram cumpridas, e ainda discute as possíveis conjunturas que propiciaram essa situação. Dentre elas, podemos indicar:
II - Emprego dos recursos destinados ao Ensino Fundamental não integrava o FUNDEF.
IV - O PNE previu uma formação específica para os professores que trabalhassem apenas com as salas de Alfabetização e das séries iniciais.
V - Embora o PNE indicasse uma avaliação periódica (desenvolvida a cada dois anos), essas avaliações nunca foram desenvolvidas.
C) Apenas as alternativas II, IV e V são corretas.
41. Todas as alternativas estão relacionadas à tabela abaixo, exceto:
B) As taxas de analfabetismo mantiveram a tendência histórica de pequeno recuo.
42. O período de 1996 a 2001, em que se desenrolou o processo de construção do PNE que resultou na Lei n° 10.172, foi marcado por controvérsias sobre a importância relativa da EJA na agenda de políticas educacionais. Quando dirigimos a atenção para as retóricas educativas, os acordos internacionais e a legislação nacional do período, somos levados a crer na existência de um amplo consenso em torno do direito humano à educação em qualquer idade, e à necessidade da formação continuada ao longo da vida. Entretanto, quando analisamos as políticas educacionais levadas à prática, constatamos a secundarização da EJA frente a outras modalidades de ensino e grupos de idade. (DI PIERRO, 2010, p. 940).
Todas as afirmativas abaixo confirmam as informações acima, exceto:
D) A colaboração do Governo Federal para a manutenção e o desenvolvimento da EJA seguiu a diretriz da focalização, direcionando-se aos estados e municípios com maiores taxas de analfabetismo e menores índices de desenvolvimento humano, localizados no Nordeste e Norte do país.
43. O conhecimento dos dados e o levantamento de informações levam à compreensão do que significam os conceitos de alfabetização, alfabetizado e alfabetizado funcional. Essa preocupação é tão grande que foi criado o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional, Inaf, que demonstra a fragilidade que o cidadão que não completou a escolaridade básica tem ao passar pela escola e não ser capaz de dominar informações suficientes para desenvolver as habilidades e as competências para a leitura e a escrita.
Segundo a tabela abaixo, podemos observar a matrícula na EJA e o turno de preferência das matrículas:
I - Os dados do MEC/Inep apontam uma diminuição da matrícula no Brasil pela Educação de Jovens e Adultos.
II - Apesar da diminuição das matrículas, a procura por escola é ainda preferencialmente no turno noturno.
III - Embora, diferente do que possamos pensar, haja a procura de matrícula no turno da manhã e da tarde, isto é, diurno.
IV - Escolas que ofereciam a EJA em 2007 não a oferecem em 2010.
Escolha a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):
E) I, II, III e IV.
EJA – DISCURSIVAS
1. “A Educação de Adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanta consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um do poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça”. Declaração de Hamburgo, 1997. Conforme o texto acima e os estudos realizados, disserte sobre os princípios da Educação de Jovens e Adultos e sobre as finalidades da organização dos currículos na Educação de Jovens e Adultos.
Segundo Hamburgo A educação de adultos, dentro desse contexto, torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. A educação de adultos pode modelar a identidade do cidadão e dar um significado à sua vida. A educação ao logo da vida implica repensar o conteúdo que reflita certos fatores, como idade, igualdade entre os sexos, necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades econômicas. Engloba todo o processo de aprendizagem, formal ou informal, onde pessoas consideradas pela sociedade desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade. A educação de adultos inclui a educação formal, a educação não-formal e o espectro da aprendizagem informal e incidental disponível numa sociedade multicultural, onde os estudos baseados na teoria e na prática devem ser reconhecidos.
2. A inclusão de alunos com necessidades especiais é contemplada pelas Políticas Pública Brasileira. Descreva como surgiu o conceito de Educação Inclusiva.
A proposta de Educação Inclusiva tem sua gênese na Conferência Mundial de Educação para Todos, promovida pelaUNESCO, em 1990, na Tailândia. Nesse evento, por meio de um Plano de Ação, foi estabelecida Perspectiva educacional de inclusão. Uma orientação político-filosófica relativa às propostas educacionais dirigidas aos alunos com necessidades educacionais especiais para contemplar questões básicas de aprendizagem. A referida Conferência, cujos resultados foram assinados por todos os países presentes, pretendeu ampliar o conceito de aprendizagem para todas as crianças, jovens e adultos, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais. A esse respeito, cabe lembrar o seu art. I: Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas) quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e atitudes) necessários para que os seres humanos possam sobreviver, desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo.
3. A partir das demandas dos sistemas de ensino, da SECAD/MEC, dos movimentos sociais e de entidades do campo educacional quanto à necessidade de delimitação de alguns parâmetros operacionais para a EJA, assim como em obediência a alguns dos pilares do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que indicam a necessidade de uma visão sistêmica da educação e, portanto, de políticas públicas universalizantes, em contraponto às políticas focalizadas do passado recente, a Comissão da câmara de Educação Básica apresenta as Diretrizes Operacionais Nacionais de EJA que visam nortear o desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos no contexto do sistema nacional de educação, compreendo-a como educação ao longo da vida e garantindo unidade na diversidade. Dessa forma, garantia de oferta de EJA deve se configurar, sobretudo, como direito público subjetivo, o que pressupõe qualidade social, democratização de acesso, permanência, sucesso escolar gestão democrática. Como o documento considera a EJA?
Os alunos e alunas de EJA trazem consigo uma visão de mundo influenciada por seus traços culturais de origem e por sua vivência social, familiar e profissional. Podemos dizer que eles trazem uma noção de mundo mais relacionada ao ver e ao fazer, aberto à aprendizagem, eles vêm para a sala de aula com um olhar que é, por um lado, um olhar receptivo, sensível, e, por outro, é um olhar ativo: olhar curioso, explorador, olhar que investiga, olhar que pensa. O sistema ver EJA, como espaço de relações Inter geracionais, de diálogo entre saberes, de compreensão e de reconhecimento da experiência e da sabedoria, tensionadas pelas culturas de jovens, adultos e idosos tem, muitas vezes, essas relações tratadas como problemas. As formas de expressão conflitam com padrões homogêneos, exigindo acolher a discussão de juventudes, do tempo de vida adulta e de velhices, no plural.
4. A partir do que você estudou, analise cada aspecto considerado pela educadora Maria Clara, na tentativa de dar ao segmento da educação de jovens e adultos o real atendimento ao jovem e adulto que não completou a educação básica.
Para muitos alunos, a EJA é uma via rápida como forma de recuperar o tempo perdido. Essa estratégia não parte só dos jovens, há incentivos velados das redes para que alunos com defasagem e indisciplinados recorram à EJA. Para Maria Clara a EJA no Brasil acaba cumprindo a função de reinserir no sistema educativo toda sorte de diversidade rejeitada pelo sistema regular, incluindo jovens com deficiência intelectual. A elevada matrícula de jovens na EJA têm representado desafios para professores e gestores. Planejada em sua origem para um público adulto, a EJA tem precisado se reinventar ao oferecer também propostas ligadas ao universo juvenil. Para Maria Clara, além das reclamações referentes à falta de valorização do professor e à falta de investimentos na EJA, a maior preocupação dos docentes é a disparidade entre idades. Por outro lado, a diversidade em sala pode apresentar ganhos para todos. Mas o conflito entre gerações existe porque os mais novos acham que sabem tudo, e aprendem mais rápido do que os mais velhos, portanto, o desafio dos professores é planejar atividades para todo s. A LDB, de 1996, determinou no art. 38º que a idade mínima para realizar os exames supletivos é de 15 anos para o Ensino Fundamental e de 18 anos para o Ensino Médio. A partir dessa decisão, presumia-se que podendo prestar os exames de conclusão, o aluno também poderia frequentar a EJA. Porém, tema provoca discordâncias, Maria Clara acredita que a diminuição da idade mínima tem sido negativa, acredita que essa medida precisa ser revista, pois pode gerar mais exclusão. A EJA é oferecida pelas redes municipais e estaduais, os alunos estudam nas mesmas salas onde crianças e adolescentes têm aulas. Outra modalidade de EJA é o CIEJA (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos), que tem infraestrutura própria. Os cursos de Ensino Fundamental são oferecidos em quatro anos e geralmente contam com os seguintes ciclos: alfabetização, básica, complementar e final. Os referentes ao Ensino Médio têm duração de dois anos.
5. A resolução n° 4, de 13 de julho de 2010(*) do Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação Básica, define as diretrizes curriculares nacionais gerais para a educação básica. No capítulo II, trata das modalidades da educação básica e, no art. 28, da educação de jovens e adultos e aponta com maiores detalhes o que a Lei n° 9394/96 traz nos artigos 37 e 38. Analise e elabore um texto sobre o que artigo 28 aponta como papel dos sistemas de ensino na educação de jovens e adultos: Art.28. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se aos que se situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
§ 1° Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos, exames, ações integradas e complementares entre si, estruturados em um projeto pedagógico próprio.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA, essa modalidade deve desempenhar três funções: Função reparadora – Não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles negado, o direito a uma escola de qualidade, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. Mas não se pode confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender às necessidades de aprendizagem específicas de alunos jovens e adultos. Função equalizadora – Relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura. Função qualificadora – Refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não-escolar.
6. Analise a situação da formação docente para atuação no EJA?
No Brasil a formação de jovens e adultos começou, quando se viu necessário profissionalizar a nova sociedade pós-escravidão,para a recente industrialização e urbanização do país. Deste período até os dias de hoje muito se foi feito para que a Educação de Jovens e Adultos fosse vista não apenas como uma forma de habilitação para o mercado de trabalho, mas como a formação de cidadãos críticos, reflexivos e autônomos. O papel do professor é de mediador desta formação, utilizando métodos de ensino adequados, possibilitando aos alunos a oportunidade de alcançarem cada vez mais um novo nível de conhecimento que satisfaça suas necessidades como indivíduo de uma sociedade. Para que esse objetivo seja alcançado têm-se a preocupação com a formação do professor, que deve ser contínua. A formação de professores voltada à EJA visa aperfeiçoar técnicas pedagógicas, metodologias de ensino que possibilitem a permanência desses educandos na escola, proporcionando-lhes um ensino significativo, que os levem à análise crítica dos fatos abordados em sala de aula e do seu meio social.
7. Ao longo dos anos, como tem sido a questão da EJA no Brasil?
A EJA vem ocupando um espaço reduzido no sistema educativo, estando marcada por apresentar um caráter estritamente compensatório e por constituir lugar exclusivo e reconhecido dos desprovidos de valor social. Alfabetizar jovens e adultos tem sido um desafio para o sistema educacional brasileiro, pois ainda constatamos a existência de pessoas adultas pouco ou não alfabetizadas. Essa constatação fere um dos principais princípios do direito à cidadania, que é o direito à Educação Básica, em qualquer idade e para toda a vida. Atualmente, quando tratamos da Educação de Jovens e Adultos, referimo‑nos à oferta da Educação Básica, que inclui o Ensino Fundamental e o Ensino Médio para os que não estudaram ou completaram seus estudos na idade própria. Por muito tempo, a preocupação fora a erradicação do analfabetismo e a manutenção de classes de alfabetização.
8. Com relação ao atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais como deve ser o processo de construção do P.P.P. da escola?
Face aos princípios e diretrizes da educação inclusiva é possível afirmar que o Brasil ainda não reúne condições de efetivar tal projeto em toda a sua dimensão. Ainda hoje o precário atendimento as necessidades escolares dos alunos brasileiros são responsáveis pelos elevados índices de evasão e repetência escolar.
10. Como a autora Maria Fernanda Rezende Nunes define que o neoliberalismo entra no cenário mundial?
Entra no cenário mundial difundindo a crença no mercado o Estado mínimo a exaltação da empresa privada e o darwinismo social, com a naturalização dos índices de desemprego. As políticas passam a se dirigir para a privatização o corte dos gastos públicos entre eles os benefícios sociais. Entretanto o desmonte do Estado do Bem-Estar Social nos países que foram efetivamente beneficiados por ele não é e nem tem sido tão fácil quanto a formulação teórica sugere, pois, os trabalhadores organizados tem forças para lutar pela garantia das suas conquistas. Ele vai entrando como “uma luva” no Brasil sendo defendidas por tendências políticas divergentes.
11. Como é composto o aluno do EJA?
Os alunos do EJA são jovens e adultos que representam uma parcela grande da população, que não tiveram acesso ao seu direito de estudar no tempo previsto em Lei, de 6 a 14 anos. O público do EJA é composto, como o próprio nome diz, de pessoas jovens e adultas, e isso significa que do ponto de vista da aprendizagem, elas não podem ser consideradas pessoas vazias. Elas têm uma história, uma trajetória, e por isso mesmo trazer consigo diferentes experiências, bagagens e conhecimentos acumulados ao longo de sua existência. A inserção em diferentes espaços, como família, trabalho, grupo religioso, entre outros, vai dando a esses jovens e adultos uma visão muito particular de mundo, de valores, vai formando sua personalidade. Além disso, no contexto da sala de aula, é impossível dissociar a vida pessoal de cada um: seus sonhos e frustrações, conquistas e decepções, memórias, alegrias e traumas construídos ao longo de sua trajetória.
12. Como Fáveo e Andrade definem a Política Pública da Educação de Jovens e adultos no Brasil?
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Brasil, sempre ocupou espaço reduzido nos sistemas educativos, com um caráter estritamente compensatório e quase que exclusivo dos desprovidos de valor social. Os currículos, conteúdos, métodos e materiais didáticos utilizados na Educação de Jovens e Adultos geralmente reproduzem inadequadamente os modelos voltados às crianças. A origem dos problemas está na não-universalização do Ensino fundamental e no afastamento do poder público no que se refere à definição e implementação de políticas públicas que garantam o atendimento de jovens e adultos trabalhadores. As ações definidas para a EJA configuram-se como campanhas ou movimentos, em geral desenvolvidos a partir do governo, com envolvimento de organizações da sociedade civil para a realização de propostas de eliminação do analfabetismo ou de formação de mão-de-obra, em curtos espaços de tempo. Essas políticas não têm atingido as causas do problema, perdem-se na descontinuidade administrativa e são associadas ao ensino noturno supletivo que absorve jovens e adultos que não conseguiram concluir o ensino básico na idade regular.
13. Como Lourenço Filho via a questão do analfabetismo?
Lourenço Filho trouxe o conceito de alfabetização funcional da Educação Fundamental ou da Educação de Base, a qual consistia no desenvolvimento dos conhecimentos de leitura, escrita e cálculo, noções gerais de história, geografia, ciências, higiene, saúde e civismo para as crianças e também para os adultos analfabetos. A educação de base corresponderia aos conteúdos da escola primária. Assim, a educação de adultos, com os mesmos conteúdos da escola primária para as crianças, já contribuía para a realização do ideal de educação para todos. No caso específico do Brasil, atribuía‑se ao ensino supletivo o esforço de fornecer a todos a educação de base ou educação fundamental, entendendo‑se por educação de base o processo educativo dedicado a proporcionar a cada indivíduo os instrumentos indispensáveis da cultura de seu tempo, em técnicas que facilitassem o acesso a essa cultura – como a leitura, a escrita, a aritmética elementar, noções de ciências, de vida social, de civismo, de higiene – e com as quais, segundo suas capacidades, cada homem pudesse desenvolver‑se e procurar melhor ajustamento social.
14. De acordo com Valle (2009) o pensamento neoliberal educacional vê a escola?
Como espaço do desenvolvimento de talentos, hábitos de preparação para desafios conectada com a atividade geral das vidas humanas, pois a nova liberdade é a política do conflito regulado e a economia social da maximização de oportunidades da vida intelectual.
15. Elabore uma lista sobre as características dos alunos da EJA.
Os alunos e alunas de EJA trazem consigo uma visão de mundo influenciada por seus traços culturais de origem e por sua vivência social, familiar e profissional. Podemos dizer que eles trazem uma noção de mundo mais relacionada ao ver e ao fazer, aberto à aprendizagem, eles vêm para a sala de aula com um olhar que é, por um lado, um olhar receptivo, sensível, e, por outro, é um olhar ativo: olhar curioso, explorador, olhar que investiga, olhar que pensa. O sistema ver EJA, como espaço de relações Inter geracionais, de diálogo entre saberes, de compreensão e de reconhecimento da experiência e da sabedoria, tensionadas pelas culturas de jovens, adultos e idosos tem, muitas vezes, essas relações tratadas como problemas. As formas de expressão conflitam com padrões homogêneos, exigindo acolher a discussão de juventudes, do tempo de vida adulta e de velhices, no plural.
16. Em nossos estudos destacam-se a importância do processo de interação entre o professor e o aluno da EJA, no desenvolvimento do trabalho pedagógico ao se buscar uma mudança na prática pedagógica, visando a vida do trabalho e de estudos do aluno da EJA, visando ao acesso, permanênciacom sucesso e inclusão na escolaridade básica brasileira. Quais são as características do projeto pedagógico do Eja para que...
O reconhecimento da diversidade na EJA levou a legislação educacional a tomar a decisão de garantir o acesso e a permanência dos alunos na escola, e para que eles tenham sucesso na aprendizagem, com um ensino de qualidade, possibilitando‑lhes um atendimento de acordo com as suas condições e modos de vida. Encontramos, na legislação artigos que determinam, esclarecem e orientam ações, programas e projetos que dão suporte ao desenvolvimento dessa modalidade de ensino. A metodologia desse ensino está voltada para a discussão do desenvolvimento e aprendizado de jovens e adultos, a organização das atividades em projetos e o papel do professor na organização e direção das situações de aprendizagem dos alunos. A metodologia da Língua Portuguesa é discutida tendo o texto de uso social como o condutor da alfabetização de jovens e adultos, considerando a prática social e localização cultural. A metodologia de Matemática tem como fundamento articular os conteúdos com questões da realidade e evitar a fragmentação por meio do trabalho em torno de eixos ou núcleos centrais que possibilitem a análise dos fenômenos. A metodologia de Estudos da Sociedade e da Natureza tem o objetivo de aprimorar a formação da cidadania, considerando os educandos como sujeitos de sua própria história e da de seu tempo, tendo em vista que a complexidade do mundo moderno, as rápidas transformações das tecnologias de informação e comunicação e as mudanças nas formas de produção exigem o desenvolvimento de habilidades e competências que levem os alunos a compreender criticamente a sociedade em que vivem, inserindo‑os na realidade, de forma consciente e participativa.
17. Enunciado: Que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma. Como? Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as consequências de sua escolha. Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende. (FUCK, 1994, p.14-15). Tendo por referência a passagem textual, disserte sobre as concepções que permearam a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos e indique que tipo de educação deve ser desenvolvido para atender as necessidades de pessoas que não tiveram acesso à escola em idade escolar.
EJA no Brasil, muitos desafios são enfrentados, o que exige tratar de aspectos conceituais que sustentam modos de formular e compreender este diagnóstico e que, mais do que isto, orientam políticas públicas de Estado. Primeiramente cabe abordar a concepção de educação de jovens e adultos, que entende educação como direito de aprender, de ampliar conhecimentos ao longo da vida, e não apenas de se escolarizar. Tratar a EJA como direito significa reafirmar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, para a qual a educação constitui direito fundamental da pessoa, do cidadão; mais do que isto significa criar, oferecer condições para que esses direitos sejam, de fato, exercidos. Desde o final da primeira metade do século XX, os sistemas nacionais de educação vêm decidindo seus rumos e filosofia a partir da prioridade política assumida por todos os Estados. Entre nós, brasileiros, só em 1988 o direito à educação para todos voltou à Constituição Federal. A solução e entender que: EJA é espaço de tensão e aprendizado em diferentes ambientes de vivências, que contribuem para a formação de jovens e de adultos como sujeitos da história. Negros, brancos, indígenas, amarelos, mestiços; mulheres, homens; jovens, adultos, idosos; quilombolas, pantaneiros, ribeirinhos, pescadores, agricultores; trabalhadores ou desempregados — de diferentes classes sociais; origem urbana ou rural; vivendo em metrópole, cidade pequena ou campo; livre ou privado de liberdade por estar em conflito com a lei; pessoas com necessidades educacionais especiais – todas elas instituem distintas formas de ser brasileiro, que precisam incidir no pl e execução de diferentes propostas e encaminhamentos para a EJA.
18. Escreva sobre a importância do planejamento didático.
A importância do planejamento é para fugir da rotina, da repetição mecânica dos cursos e das aulas; para evitar a improvisação o que pode provocar ações soltas, desintegradas. É um processo que “visa dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para a sua superação de modo a atingir objetivos previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro”, mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosóficos, culturais, econômicos e político de quem planeja e com quem se planeja. Para garantir: a eficiência, eficácia e efetividade do processo ensino-aprendizagem; a continuidade do trabalho do professor; o cumprimento da programação estabelecida; a distribuição racional do tempo disponível; a seleção cuidadosa dos objetivos, dos conteúdos, assim como de metodologia, recursos e procedimentos de avaliação; o conhecimento por parte dos alunos, das metas do trabalho do professor.
19. Escreva sobre como deve ser a avaliação na EJA?
A avaliação dos alunos da Educação de Jovens e Adultos tem o objetivo de garantir‑lhes a aprendizagem com sucesso na escola. A sequência de atividades planejadas, de antemão, pelo educador não pode ser considerada como um plano fixo e imóvel. Se houver necessidade, ajustes devem ser realizados no decorrer da realização do plano, para que os objetivos de aprendizagem sejam atingidos. O plano de trabalho deve ser avaliado não apenas quanto ao que os alunos sabem ou não sabem, mas avaliar a proposta pedagógica, a adequação dos trabalhos do professor em relação aos alunos que tem sob sua responsabilidade. Os objetivos didáticos é que devem orientar o estabelecimento de critérios de do processo de avaliação continuada das aprendizagens. Quanto à avaliação final, devem ser estabelecidos critérios que reflitam os aspectos essenciais das aprendizagens da Educação de Jovens e Adultos como um todo, que estão relacionados aos pilares das competências e habilidades do aprender a fazer e do aprender a aprender, que garantem independência e autonomia nos processos de aprendizagem individual. Podemos elencar, como critério de avaliação como: •compreender um texto lido; • produzir uma mensagem escrita; •ler e escrever números naturais; •resolver problemas simples; •identificar informações contidas em tabelas ou esquemas simples.
20. Escreva sobre a importância de Paulo Freire na atualidade do EJA e a educação como um todo?
A educação popular foi por muito tempo marginalizada pela escola oficial. O movimento que começa no final da década de 50, se estende pela de 60 é uma herança cultural, uma verdadeira pedagogia de luta, transformação, libertação. Paulo Freire é símbolo dessa luta. Ele sempre tinha muito a aprender, escutar, dialogar. Ele não admitia educação como método ou técnica neutra, negava esta neutralidade. Para ele, educação é ato político. O povo não é desestruturado. Há um tecido social pedagógico-educativo, onde seres humanos se constroem, se destroem, constroem suas identidades, seus valores. Ao questionar o legado de Freire para a educação de jovens e adultos consideramos que o desafio que Freire continua nos colocando é como desenvolver a EJA na perspectiva e no espírito da educação popular e de forma a preparar o cidadão para participar ativamente do processo democrático. Embora a escolaridade ainda seja um dos principais desafios da EJA, como reconstituir e valorizar a dimensão política e emancipatória desse processo? Os nossos processos de ensino aprendizagem estão ainda excessivamente mais preocupadoscom o ensino do que com a aprendizagem. Como trazer os educandos para o centro da nossa preocupação pedagógica em termos teórico- metodológicos, políticos e práticos? Num mundo ainda regido pelo neoliberalismo, pela predominância do mercado e pela influência da empregabilidade sobre os contornos da EJA, que ofertamos, como estabelecer novas utopias em que os princípios de qualidade de vida, solidariedade, justiça e sustentabilidade predominem sobre os do consumismo, do individualismo e de uma visão antropocêntrico da relação do mundo natural – humano e natureza? Freire sempre nos desafia e questiona. O lançamento da política de participação social coloca desafios imediatos que a EJA não pode se furtar a responder. A educação popular foi por muito tempo marginalizada pela escola oficial. O movimento que começa no final da década de 50, se estende pela de 60 é uma herança cultural, uma verdadeira pedagogia de luta, transformação, libertação. Paulo Freire é símbolo dessa luta. Ele sempre tinha muito a aprender, escutar, dialogar. Ele não admitia educação como método ou técnica neutra, negava esta neutralidade. Para ele, educação é ato político. O povo não é desestruturado. Há um tecido social pedagógico-educativo, onde seres humanos se constroem, se destroem, constroem suas identidades, seus valores.
21. Experiências em EJA no BRASIL.
Alfabetização Solidária – Com o intuito de reduzir os índices de analfabetismo no país, o governo brasileiro, criou em 1997 o Programa de Alfabetização Solidária (PAS). Diversas ações foram realizadas e os resultados obtidos mostraram que o PAS contribuiu para a diminuição do analfabetismo entre jovens e adultos. Brasil alfabetizado – Promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo de toda a vida. Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) - Surgiu em 1989 em São Paulo durante a gestão de Paulo Freire na secretaria municipal de educação de São Paulo, com uma proposta que reunia Estado e Organizações da Sociedade Civil, para combater o analfabetismo entre jovens e adultos. Objetivo: assegurar a todos os jovens e adultos a escolaridade, combatendo o preconceito em relação ao analfabetismo.
22. Explique o que vem a ser o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
O IDEB é um indicador da qualidade educacional, que combina o Saeb, a Prova Brasil e a taxa de aprovação de cada escola e de cada município, considerada com o tempo médio que o aluno leva para concluir uma série. Foi criado com o propósito de nortear as políticas educacionais do país, a fim de melhorar a qualidade do processo ensino- aprendizagem. Este índice analisa, no mesmo indicador, o desempenho dos alunos nas avaliações aplicadas pelo MEC nas redes públicas de todo o país e as taxas de evasão e repetência destas mesmas escolas.
23. Escreva sobre o trabalho com projetos na EJA. O que é? Como deve ser o trabalho? O que significa um bom projeto? Especifique suas partes.
Preparar um projeto requer a integração de múltiplos recursos, conhecimento e estratégias. O projeto parte de uma situação-problema, de uma necessidade, tem o objetivo compartilhado com todos os envolvidos e prevê um produto final, predefinido e compartilhado com os participantes. Todo projeto necessita de uma metodologia e a metodologia de projetos está relacionada a uma visão interdisciplinar dos saberes, pelo fato dela estar centrada na resolução de problemas da vida prática. Deve-se ter em mente que um projeto deve estar embasado em problemas da vida cotidiana para que a fatia de realidade recortada para o estudo seja inteiramente analisada, desmistificada e conhecida por todos os envolvidos. Além disso, deve-se ter em mente que o conhecimento advindo desse processo, resultado de uma metodologia de integração e superposição de saberes, possa proporcionar um novo jeito de ser e de sentir, trazer uma nova luz, que reflita uma nova forma de “estar no mundo”, processo este que nos exige sabedoria para bem conviver conosco e com o que nos rodeia. Entre outras coisas, um bom projeto tem um objetivo claro e uma justificativa coerente com o mesmo, o educando conhece o assunto e sabe o que os alunos conhecem e desconhecem do mesmo, o conteúdo do projeto é significativo em si e para os alunos, os alunos compartilham o objetivo do projeto, o tema e os desdobramentos do projeto estão incluídos em práticas sociais, de modo a sempre transcender os muros da escola e o produto final do projeto torna visíveis os processos de aprendizagem e conteúdo apreendidos.
24. Explique a responsabilidade sobre a Gestão da Educação dentro do contexto moderno a partir dos impactos e demandas econômicas, políticas e sociais, culturais e tecnológicas.
As políticas e a gestão da educação no Brasil caracterizam políticas do governo, a importância dessa disciplina é justificada pelo seu compromisso e formação do cidadão. Vários desafios são colocados para sociedade uma vez que o contexto educacional é mediado pelo contento político econômico, social e cultural. É necessário as condições da oferta de ensino de qualidade, organização do trabalho escolar compatível com os objetivos educativos da instituição, há necessidade de formação de professores que vão trabalhar com esses alunos no sentido de desenvolver a sociedade um novo cidadão mais completo e lúcido, mas em condição de atuar na sociedade contribuindo para o seu enriquecimento. São necessários mecanismos de informação e da comunicação entre todos os segmentos da escola, gestão democrática, participação de diversos grupos e pessoas nas atividades e espaços educativos.
25. Lederman realizou em 1926 um dos mais antigos estudos sobre Andragogia, estabelecendo cinco pressupostos. Explique com suas palavras o que é Andragogia e comente o pressuposto abaixo dando um
exemplo de aplicação: “A experiência é a mais rica fonte para jovens e adultos aprenderem; por isso, o centro da metodologia da educação de adultos é a análise das experiências".
Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender. O termo remete a um conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição à pedagogia, que se refere à educação de crianças (do grego paidós, criança). A andragogia é um conceito amplo de educação do ser humano, em qualquer idade. A UNESCO já usou o termo para referir-se à educação continuada. Ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo baseia-se nos seguintes princípios.
1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo.
2. Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.
3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes.
4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia.
5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade.
6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.
26. Faça a linha do tempo da história do EJA. Inclua dados históricos e políticos da mesma época.
Década de 30 - A educação de adultos começa a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil. Década de 40 - Ampliaçãoda educação elementar, inclusive da educação de jovens e adultos. 
Década de 50 - Pensamento Paulo Freire.
Década de 60 - Pensamento de Paulo Freire, assim como sua proposta para a alfabetização de adultos, inspira os principais programas de alfabetização do país. 1964 - Plano Nacional de Alfabetização, orientado pela proposta de Paulo Freire. Foi interrompida pelo Golpe Militar. 1967- Governo assume o controle dos Programas de Alfabetização de Adultos, tornando-os assistencialistas e conservadores. Lançado o MOBRAL. 1969 - Campanha Massiva de Alfabetização.
Década de 70 - MOBRAL expandiu-se pelo território nacional. PEI – Programa de Educação Integrada, derivado do MOBRAL, sendo uma forma condensada do antigo curso primário.
Década de 80 - Movimentos sociais e início da abertura política. Os projetos de alfabetização se desdobraram em turmas de pós-alfabetização.
1985 - MOBRAL extinto e seu lugar ocupado pela Fundação Educar, que apoiava iniciativas do governo, entidades civis e empresas.
Década de 90 - Extinção da Fundação Educar, criou-se um vazio na Educação de Jovens e Adultos.
Década de 90 - Conferência Mundial de Educação para Todos. 1997 - V Conferência Internacional de Educação de Jovens. 1998 - LDB 9394/96. 2000 - Parecer nº 11/2000 – CEB/CNE trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Também foi homologada a Resolução nº 01/00 – CNE.
27. Há uma explicação para o difícil processo de legitimação do direito à educação para as populações pobres no Brasil?
O modo de tratar sujeitos analfabetos ou de baixa escolaridade como um grupo homogêneo, inadequação de currículos, conteúdos, métodos e materiais didáticos são a marca da discriminação que contribui significativamente para a manutenção das desigualdades e, consequentemente, para uma recorrente produção de excluídos.
28. Leia a epígrafe: “As características do leitor: cultura, conhecimento prévio e linguístico, esquemas conceituais e o seu propósito na leitura é que irão produzir maneiras diferenciadas de interpretação dos textos. A capacidade de interpretar e aprender com os textos está diretamente ligada àquilo que o indivíduo conhece antes do ato da leitura. As características do leitor são tão importantes como as do texto”. (Durante, 1998, p. 29). Diante do que foi citado acima e do que aprendemos na aula, como deve ser o trabalho com Língua Portuguesa na Educação de Jovens e Adultos? Que princípios norteados devem ser levados em consideração (cite e explique pelo menos três princípios).
A metodologia da Língua Portuguesa é discutida tendo o texto de uso social como o condutor da alfabetização de jovens e adultos, considerando a prática social e localização cultural. Comprometida com o uso social da leitura e escrita, pretende romper com a aprendizagem de técnicas de leitura e escrita e com a dicotomia das formas mecânicas de ler e aprender. Para que o processo educativo com a linguagem seja realizado em direção a uma aprendizagem significativa, é necessário não perder de vista o que é ler e escrever. A resposta é relativamente simples: ler corresponde a compreender um texto, e escrever é produzir esse texto. A predisposição para a aprendizagem vem quando escrever e ler tem sentido e há, por parte do aluno, motivação para aprender. Por outro lado, com a crença de que poder é querer, o professor consegue atuar com relação à autoestima do educando, garantindo a aprendizagem significativa. Alguns objetivos gerais que são propostos para a área da Língua Portuguesa: como por exemplo, que os educandos sejam capazes de: •Valorizar a língua como veículo de comunicação e expressão das pessoas e dos povos. •Respeitar a variedade linguística que caracteriza a comunidade dos falantes da Língua Portuguesa. •Expressar‑se oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando‑se por ampliar seus recursos do sistema de representação.
29. Lourenço Filho defendeu a necessidade da elevação dos níveis de instrução de toda a população como condição para o desenvolvimento econômico da nação. Foi protagonista da Campanha de Educação de Adultos na década de 1940, que visava instituir políticas globais para tornar possível solucionar problemas. Em 1949, organizou e dirigiu o Seminário Interamericano de Alfabetização e Educação de Adultos, realizado no Rio de Janeiro, sob os auspícios da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco). Defendia a educação comum para todo o Estado Brasileiro e chamava isso de educação de base que inclui ler, escrever, contar, princípios básicos de saúde e higiene, e conhecimentos de história e geografia. Nessa ocasião recebeu o título de “Maestro de las Américas”. De acordo com esse texto e dos estudos realizados, como Lourenço Filho via a questão do analfabetismo?
Lourenço Filho trouxe o conceito de alfabetização funcional da Educação Fundamental ou da Educação de Base, a qual consistia no desenvolvimento dos conhecimentos de leitura, escrita e cálculo, noções gerais de história, geografia, ciências, higiene, saúde e civismo para as crianças e também para os adultos analfabetos. A educação de base corresponderia aos conteúdos da escola primária. Assim, a educação de adultos, com os mesmos conteúdos da escola primária para as crianças, já contribuía para a realização do ideal de educação para todos. No caso específico do Brasil, atribuía‑se ao ensino supletivo o esforço de fornecer a todos a educação de base ou educação fundamental, entendendo‑se por educação de base o processo educativo dedicado a proporcionar a cada indivíduo os instrumentos indispensáveis da cultura de seu tempo, em técnicas que facilitassem o acesso a essa cultura – como a leitura, a escrita, a aritmética elementar, noções de ciências, de vida social, de civismo, de higiene – e com as quais, segundo suas capacidades, cada homem pudesse desenvolver‑se e procurar melhor ajustamento social.
30. Maria Clara Di Piero sobre a LDB 9394 para elevar idades mínimas de ingresso no EJA, que segundo a Lei 9394/96, é 15 anos para o ensino fundamental e 18 para o ensino médio.: O tema não reuniu consenso na rodada de audiências públicas realizadas pelo CNE em 2007. Minha posição naquela ocasião foi; Nas últimas décadas, a EJA foi chamada a cumprir uma nova função, qual seja, a de acolher a reinserir no sistema educativo adolescentes das camadas populares dele excluídos devido aos processos de seleção presentes na escola regular (fracasso escolar, rejeição a adolescentes com defasagem idade-série, discriminação de jovens tidos com indisciplinados, recusa ao atendimento a adolescentes em liberdade assistida, etc.) e relacionados a processos mais amplos de exclusão social (pobreza, desemprego, novas configurações das famílias, violência urbana, etc.). Assim, para que se assegure o direito à educação de qualidade, qualquer redefinição dos parâmetros de acolhimento ou rejeição desses adolescentes na EJA deve ser acompanhada de políticas sociais a expulsar esses adolescentes. Uma eventual elevação da idade mínima de ingresso no EJA deve ser acompanhada de políticas de atenção aos adolescentes como elevada defasagem idade-série e aos jovens com baixa escolaridade cujas condições socioeconômicas impõem o ingresso precoce no mundo do trabalho. A partir das colocações de Maria Clara Di Pierro, discuta as questões relativas à função social da educação de jovens e adultos e a idade para o ingresso na educação de jovens e adultos no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Deve-se levar em consideração o perfil desses estudantes, distinto daqueles que têm oportunidade de estudar na “idade convencional” no que diz respeito à seleção de conteúdos, materiais didáticos e metodologias de ensino e da avaliação, uma vez que esses alunos, em sua maioria, trabalham durante o dia em período integral. A ausência do domínio da leitura e da escrita, no entanto, não representa ausência de cultura e outros saberes não acadêmicos. Nesse contexto, os projetospedagógicos para turmas da EJA devem ser pensados de maneira que possam contemplar o multiculturalismo e que sejam capazes de valorizar e reconhecer a complementaridade entre os saberes acadêmicos e os informais (ligados ao contexto sociocultural do educando), a experiência de vida já adquirida pelos discentes e as diferenças entre as formas de conhecimento. O currículo deve abranger temas que possibilitem compreender o contexto em que os alunos vivem, ou seja, que apresentem significado. Essa concepção está de acordo com o documento base do Proeja, que estabelece o objetivo da educação para adultos integrada à formação profissional.
31. Mariana é uma professora que se mudou recentemente para uma cidade no interior da Bahia e conseguiu aulas em uma escola de alfabetização de adultos, que trabalham o dia todo na lavoura e estudam à noite. Sugira uma atividade de língua Portuguesa para Mariana trabalhar com seus alunos.
É importante que o ensino da EJA não copie o mesmo modelo de aula desenvolvida no ensino regular. Temos de considerar as condições específicas do aluno que participa das aulas. A metodologia da Língua Portuguesa é discutida tendo o texto de uso social como o condutor da alfabetização de jovens e adultos, considerando a prática social e localização cultural. Comprometida com o uso social da leitura e escrita, pretende romper com a aprendizagem de técnicas de leitura e escrita e com a dicotomia das formas mecânicas de ler e aprender. Um exemplo de atividade pode ser: Classificar palavras ou expressões pelo critério de proximidade do sentido (nomes de pessoas, nomes de animais, nomes de cores, nomes de ferramentas, expressões que servem para descrever uma casa, atividades que realizamos no fim de semana etc.).
32. Na Declaração de Hamburgo de 1997, há o reconhecimento do direito do adulto que não concluiu a educação básica na idade própria, conforme o texto a seguir: A Educação de Adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e cientifico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça (Declaração de Hamburgo, 1997). - Quais são os aspectos na Declaração de Hamburgo que foram discutidos e que destacam a importância da educação de jovens e adultos?
Em 1997, foi realizada uma conferência internacional sobre a educação de adultos em Hamburgo, que estudava o trabalho, o trabalhador e sua escolaridade, da qual resulta a Declaração de Hamburgo: uma agenda para o futuro da educação do trabalhador. Com 27 indicadores, dez metas na agenda para a educação de adultos para o século XXI, esse encontro propôs‑se a discutir dez temas, conforme vimos apontados no sumário apresentado anteriormente, assim como um plano, a partir da declaração efetivada, para o acompanhamento dos trabalhos que nortearão os encontros futuros. Foi assumido o compromisso de melhorar o nível de vida e promover uma educação democratizada; Encorajar a participação da sociedade civil na criação de comunidades de aprendizado; Também enfatizou a necessidade de eliminar toda forma de preconceito na educação, tendo como alvo uma educação livre e acessível; Reconhecimento das minorias com suas peculiaridades; A educação aos adultos deveria ser implementada em todos os setores da sociedade, como indústria, agricultura, comércio, turismo, etc.; Temas – 1- Educação de adultos e democracia; 2- Melhorar as condições e qualidade da educação de adultos; 3- Garantir o direito universal à alfabetização e educação básica; 4- Educação de adultos, igualdade e equidade entre homens e mulheres e a autonomia da mulher; 5- Educação de adultos e a mutação no mundo do trabalho; 6- Educação de adultos em relação com meio ambiente, saúde e população; 7- Educação de adultos, cultura, meios de comunicação e novas tecnologias de informação; 8- Educação de adultos para todos: os direitos e aspirações dos diferentes grupos (idosos, migrantes e nômades, refugiados, deficientes e populações prisionais); 9- Aspectos econômicos da educação de adultos; - Fomentar a cooperação e a solidariedade internacional.
33. Na educação de jovens e adultos, o ensino da língua portuguesa deve ter como finalidade o desenvolvimento da capacidade de representação e comunicação. O texto é a unidade básica do ensino e não as letras, sílabas, palavras ou frases descontextualizadas. A aprendizagem significativa dos conteúdos implica na atribuição de sentido e construção de novos significados. Paulo Freire foi fonte inspiradora que levou a muitas experiências formais de escolarização de jovens e adultos, pois para alfabetizar as pessoas analfabetas parte do universo cultural dos alunos, reconhecendo suas experiências e histórias de vida e associa-os ao sentido político e social da educação. Como Paulo Freire pensou o processo de alfabetização para os analfabetos?
Conforme vimos antes, Paulo Freire investe contra o discurso liberal em matéria de educação, condenando a educação puramente técnica e científica. Para ele, o trabalhador precisa adquirir uma consciência política, para desempenhar com inteira liberdade sua cidadania. Paulo Freire considera o conceito de “educação bancária”, dizendo que o educando memoriza os dados mecanicamente e os repete. O educador é o sujeito do processo e os educandos são meros objetos. Por isso, a educação libertadora do homem visa a construir o diálogo, através do qual os oprimidos possam confrontar os opressores. As ideias de Paulo Freire em relação ao processo de alfabetização de adultos começam com a crítica do sistema tradicional que tinha a “Cartilha” como base Era um método abstrato, pré-fabricado e imposto. A partir daí, Paulo Freire procurou os caminhos para encontrar um jeito mais humano de ensinar- aprender a ler e escrever. Segundo ele “a educação deve ser um ato coletivo, solidário, um ato de amor”. A primeira etapa pedagógica de construção do método foi chamada por Paulo Freire de vários nomes: “levantamento do universo vocabular”, “descoberta do universo vocabular”, etc. O contato inicial é realizado no campo. Trata-se de uma pesquisa simples que tem como objetivo imediato a obtenção dos vocábulos mais usados pela população a se alfabetizar. Uma vez composto o universo das palavras geradoras, trata-se de exercitá-las com a participação da comunidade. As palavras geradoras são escolhidas após pesquisa no meio ambiente. Em seguida, projeta-se a palavra dividida em sílabas. A partir daí o grupo passa a criar outras palavras. E assim por diante.
34. Na Lei n° 9394/96, a seção V trata da educação de jovens e adultos, e encontramos no: Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1° Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características dos alunos, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2° O Poder Público viabilizará e estimulará a acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. § 3° A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento (incluído pela Lei n° 11.741, de 2008). O que o art. 37 da Lei n° 9394/96 assegura aos jovens e adultos que não estudaram na idade própria?
O artigo esclarece todos os direitos assegurados às pessoas jovens e adultas. Ele esclarece para quem se destina: aos que não puderam, por diferentes razões, ser matriculados na escola, aos que não puderam continuar seus estudos, seja por exclusão, abandono ou

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