Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maurício Justino Amade Francisco André Mualimo Castro Raimundo Cadeira Daurino Timaleque Silvino Artur Calavete DERIVADA E DIFERENCIAL (Licenciatura em Ensino de Física com Habilitações em Matemática, 3º Ano) Universidade Rovuma Nampula 2021 Maurício Justino Amade Francisco André Mualimo Castro Raimundo Cadeira Daurino Timaleque Silvino Artur Calavete DERIVADA E DIFERENCIAL ( Trabalho de carácter avaliativo da Cadeira de Cálculo Infinitesimal leccionada no Curso de Licenciatura em Ensino de Física 3º Ano a ser entregue ao docente: dr. Jamal Daúda Jamal ) Universidade Rovuma Nampula 2021 Índice Introdução 3 1. CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DERIVÁVEIS 4 2. DERIVADAS LATERAIS 7 3. REGRAS DE DERIVAÇÃO 10 4. REGRA DE CADEIA (DERIVADA DE FUNÇÃO COMPOSTA) 12 5. DERIVADA DAS FUNÇÕES ELEMENTARES 13 5.1. Derivada da função exponencial 13 5.2. Derivada da função logarítmica 14 5.3. Derivada das funções trigonométricas e inversas 14 5.3.1. Derivada da função Seno 14 5.3.2. Derivada da função Cosseno 14 5.3.3. Derivada de função Tangente 15 5.3.4. Derivada da função Cotangente, secante e cossecante 15 5.4. Derivadas de funções hiperbólicas 16 Conclusão 18 Bibliografia 19 Introdução O Cálculo Diferencial torna-se um instrumento poderosíssimo e cada vez mais indispensável pela sua aplicabilidade nos mais diversos campos da Ciência. Por exemplo, as derivadas são muito usadas em Engenharia, Física, Economia, Medicina e Ciência da Computação. Este trabalho por objectivo abordar conteúdos contidos no Cálculo Diferencial com maior foco na Continuidade de funções diferenciáveis; Derivadas laterais; Regras de Derivação; Regra de Cadeia; Derivada das funções elementares. Para a elaboração deste trabalho, os autores apoiaram-se em consultas bibliográficas (livros) cujas referências estão devidamente mencionadas na última página. Quanto à estrutura, para além desta parte introdutória onde são descritos os tópicos que serão abordados, o trabalho apresenta desenvolvimento (detalhes de cada tópico) e conclusão. Faz também como parte integrante a ficha de referências bibliográficas. CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DERIVÁVEIS Teorema: Toda função derivável num ponto é contínua nesse ponto. Uma função é contínua em todos os pontos onde ela é derivável. Mas vale lembrar que, existem funções contínuas que não são deriváveis em um valor . Seja uma função derivável em deve obedecer as seguintes regras: i. existe; ii. existe; iii. Por hipótese, é derivável em . Logo, existe e, pela fórmula , Concluímos que deve existir para que o limite tenha significado. Além disso, temos Portanto, . Valem então as condições (i), (ii) e (iii) e conclui-se que é contínua em . Exemplo 1: Dada a função . Trace o gráfico da função, verifique se a função é contínua no número indicado e determine se a função é diferenciável (derivável) nesse ponto. Solução: i. ii. , primeiro vamos determinar os limites laterais no ponto Como , então , isto é, o limite existe. iii. A função é contínua no ponto . Na verdade, toda função polinomial, independentemente do seu grau, é contínua em seu domínio. iv. Portanto, a função é contínua no ponto , mas não é diferenciável nesse ponto, visto que . Exemplo 2: Seja a função definida por: a) Mostre que a função é contínua e derivável no ponto . b) Faça esboço do gráfico. Solução: i. ii. , Vamos determinar os limites laterais · Esquerda: · Direita: iii. Como , logo não existe e consequentemente a função não é contínua. iv. · Veja que , isto é, a função é derivável no ponto , entretanto ela não é contínua nesse ponto. Esboço do gráfico da função : Derivadas laterais Definição 1. Se a função está definida em , então a derivada à direita a de em , denotada por , é definida por: ou caso este limite exista. Definição 2. Se a função está definida em , então a derivada à esquerda de em , denotada por , é definida por: ou caso este limite exista. Teorema: Uma função é derivável em um ponto, quando as derivadas à direita e à esquerda nesse ponto existem e são iguais. Quando as derivadas laterais (direita e esquerda) existem e são diferentes em um ponto , dizemos que este é um ponto anguloso do gráfico da função. Exemplo 1: Seja f a função definida por a) Encontre e . b) Faça o esboço do gráfico de . Solução: lembre-se que para determinar a derivada de uma funçao em um ponto e dado por: a) Derivada lateral à esquerda (): Derivada lateral à direita (): Concluímos, então, que não existe porque . b) Esboço do gráfico da funçăo Exemplo 2: Seja f a função definida por i. Encontre e e determine ii. Faça o esboço do gráfico de . Solução: 5 Derivada lateral à esquerda (): Derivada lateral à direita (): Veja que , isto significa que a função é derivável no ponto . Esboço do gráfico: Regras de derivação Aqui são deduzidas várias regras, chamadas regras de derivação, que permitem determinar as derivadas das funções sem o uso da definição. a) Derivada de uma Constante Proposição: Se c é uma constante e para todo , então . Exemplo: =0 b) Regra da Potência Proposição: Se n é um número inteiro positivo e , então Exemplo: · · · c) Derivada do Produto de uma Constante por uma Função Proposição: Sejam uma função, uma constante e a função definida por Se existe, então Exemplo: Se então d) Derivada de uma Soma Proposição: Sejam f e g duas funções e h a função definida por . Se e existem, então A proposição se aplica para um número finito de funções, isto é, a derivada da soma de um número finito de funções é igual à soma de suas derivadas, se estas existirem. Exemplo: Seja . Então, e) Derivada de um Produto Proposição: Sejam f e g funções e h a função definida por Se e existem, então Exemplo: · · + f) Derivada de um Quociente Proposição :Sejam f e g funções e h a função definida por , onde . Se e existem, então Exemplo: Proposição: Se , onde é um inteiro negativo e , então Regra de Cadeia (derivada de função composta) Consideremos duas funções deriváveis e onde e Para todo tal que está no domínio de , podemos escrever , isto é, podemos considerar a função composta . Por exemplo, uma função tal como pode ser vista como a composta das funções e A seguir apresentamos a regra da cadeia, que nos dá a derivada da função composta g 0 f em termos das derivadas de f e g. Proposição: Se , ) e as derivadas e existem, então a função composta tem derivada que é dada por: ou Exemplo 1: Dada a função determinar . Solução: Vimos anteriormente que podemos escrever , onde . Assim, pela regra da Cadeia, Exemplo 2: Dada a função , encontrar . Solução: Aplicando a regra de cadeia temos: Seja Proposiçao: Se é uma função derivável e n é um número inteiro não nulo, então Exemplo: Dada a função , determinar . Solução: Podemos escrever DERIVADA DAS FUNÇÕES ELEMENTARES Temos como derivadas das funções elementares as seguintes: exponencial, logarítmica, trigonométricas, trigonométricas inversas, hiperbólicas e hiperbólicas inversas. Derivada da função exponencial Se , ( e ) então ,( e ) Caso Particular: Se então, onde é o número neperiano. Exemplos: Determinar a derivada das funções: a) Solução: Fazendo , temos . Portanto, Derivada da função logarítmica Se , então , ( Caso Particular: Se , então Exemplo: calcule a derivada da função logarítmica: Solução: Temos , onde . Portanto, Derivada das funções trigonométricas e inversas Derivada da função Seno Se então . Exemplo: Derivada da função Cosseno Se , então . Exemplo: Diferencie a função Solução: Fazendo , temos que Derivada de função Tangente Se então Exemplo: Diferencie a função Solução: Fazendo , temos que Derivada da função Cotangente, secante e cossecante · Se , então · se então Exemplo: · então Exemplo: , Usando a regra da cadeia, obtemos as fórmulas gerais. Acrescentamos os seguintes itens na tabela de derivadas. · · · · · · · · · · Derivadas de funções hiperbólicasComo as funções hiperbólicas são definidas em termos da função exponencial, podemos facilmente determinar suas derivadas, usando as regras de derivação já estabelecidas. Por exemplo, se , então Exemplo: Determinar a derivada da seguinte função: Solução: Similarmente, obtemos as derivadas das demais funções hiperbólicas · · · · · · Conclusão Uma função é contínua em todos os pontos onde ela é derivável. Mas vale lembrar que, existem funções contínuas que não são deriváveis em um valor e obedece as seguintes regras: · existe; · existe; · Uma função é derivável em um ponto, quando as derivadas à direita e à esquerda nesse ponto existem e são iguais. A derivada das funções compostas é dada por : ou as demais funções pode-se achar as suas derivadas aplicando a definição ou mesmo a derivação por tabela. Bibliografia FIGUEIRA, M. 1996. Fundamentos de Analise Infinitesimal, Textos de Matematica. Lisboa : Texto editora, 1996. Vol. 5. MUALACUA, Isidro Ramos. 2016. Manual de Cálculo Diferencial e Integral em R. Moçambique : UCM - CED, 2016. NHÊZE, Ismael Cassamo e PAULO, Luís do Nascimento. 2009. Manual de Preparação para o Ensino Superior. Maputo : Plural Editores, 2009. VUMA, José Pedro. 2008. PRÉ-UNIVERSITÁRIO MATEMÁTICA 12. Maputo : Longman Moçambique, 2008. Maurício Justino Amade Francisco André Mualimo Castro Raimundo Cadeira Daurino Timaleque Silvino Artur Calavete DERIVADA E DIFERENCIAL (Licenciatura em Ensino de Física com Habilitações em Matemática, 3º Ano) Universidade Rovuma Nampula 202 1
Compartilhar