Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO BRUNO FELIPE LOPES ROCHA A RESPOSABILIDADE CIVIL NO ÂMBITO DO ABANDONO AFETIVO INVERSO Teresina (PI) 2020 BRUNO FELIPE LOPES ROCHA A RESPOSABILIDADE CIVIL NO ÂMBITO DO ABANDONO AFETIVO INVERSO Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação Apresentado ao Centro de Ensino Superior Vale Do Parnaíba- CESVALE, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel/especialista em Direito. Orientador: Rozemberg Pierson de Araújo Sousa Teresina (PI) 2020 Dedico este trabalho a todos os professores e alunos do curso de Direto da Faculdade Cesvale, que participaram na minha formação acadêmica. AGRADECIMENTOS A Deus, por sempre me guiar e me amparar nos bons e maus momentos, e saber que nele tudo posso, principalmente nos momentos em pensei que não seria capaz e não teria forças para prosseguir. À minha mãe, Aurilene, minha luz neste mundo, que nunca terei palavras para agradecê- la por tudo que já me deu e fez por mim. Eu te amo. Aos meus avós, José Maria Lopes e Isabel Alves Lopes, pois vocês foram a minha base e a minha maior inspiração de uma vida justa. Aos meus amigos que me deram suporte nos dias estressantes, e que em todos esses anos nunca me abandonaram e sempre me apoiaram a seguir em busca de realizar meus sonhos. A todos os meus colegas de curso, pela companhia nesses anos, em Especial, Dáblia, Raylana, Maria e Marcilene, pelo apoio, incentivo e amizade. De coração, muito obrigado! RESUMO O presente trabalho traz uma análise acerca da responsabilidade civil nos casos de abandono afetivo inverso, que se caracteriza pelo abandono afetivo dos pais idosos por parte dos filhos. Há possibilidade de responsabilização civil do filho quando se caracteriza o abandono afetivo inverso? Na busca pela resposta ao problema, elegeu-se como objetivos geral: analisar o abandono afetivo inverso no contexto do direito brasileiro; e específicos: observar as situações em que se caracteriza as modalidades do abandono afetivo do idoso e analisar os reflexos familiar no dever de indenização e as consequências. As ferramentas metodológicas utilizadas na elaboração deste trabalho foram as pesquisas descritiva, qualitativa e bibliográfica. Os resultados encontrados demonstram que há sim a possibilidade de responsabilização civil dos filhos pelo abandono afetivo dos pais idosos, pois como restou demonstrado, este abandono pode trazer inúmeros problemas a saúde e principalmente no campo psicológico ao idoso. Palavras-chaves: Idoso. Abandono. Afeto. Responsabilidade Civil. ABSTRACT The present work presents an analysis about civil liability in cases of inverse affective abandonment, which is characterized by the affective abandonment of elderly parents by their children. Is there a possibility of civil liability for the child when reverse affective abandonment is characterized? In the search for the answer to the problem, the following general objectives were chosen: to analyze the reverse affective abandonment in the context of Brazilian law; and specific: observe the situations in which the modalities of affective abandonment of the elderly are characterized and analyze the family reflexes in the indemnity duty and the consequences. The methodological tools used in the preparation of this work were descriptive, qualitative and bibliographic research. The results found demonstrate that there is a possibility of civil liability of the children for the emotional abandonment of the elderly parents, because as shown, this abandonment can bring numerous health problems and mainly in the psychological field to the elderly. Keywords: Elderly. Abandonment. Affection. Civil responsibility. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................07 1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................08 1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................................................08 1.3 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................10 1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................................11 2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................12 2.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL...................................................................................12 2.1.1 DAS ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL......................................................14 2.1.2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL.................................................14 2.2 DO ABANDONO AFETIVO INVERSO...........................................................................17 2.2.1 DO DANO MORAL CAUSADO PELO ABANDONO AFETIVO INVERSO............18 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................20 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. ......21 7 1 INTRODUÇÃO O Direito Civil brasileiro é marcado por constante evolução devido aos avanços da sociedade brasileira, o atual código que data do ano de 2002 possui uma influência ainda maior da constitucionalização dos códigos, e por isso está intimamente ligado aos institutos fundamentais trazidos pela Constituição Federal de 1988, tendência esta já presente nos demais códigos legislativos pátrios. A tendência Constitucional de proteção aos Direitos Fundamentais baseia-se nos compromissos dogmáticos propostos pela Carta Magna ou Lei Maior, que são, pois, características de uma evidente evolução legislativa nacional. (BARROSO, 2013). Nesse sentido tanto a esfera privada quando social dos indivíduos são passiveis de legislação, respeitando claro os limites dos direitos individuais. É dentro deste cenário específico que o age o direito de família, cuidando sempre de não se extrapolar o limiar do excesso de legislação. A sociedade brasileira tem seguido a tendência mundial, devido as melhorias nas condições de vida, avanços tecnológicos na área da medicina e maior acesso a esses serviços, o fenômeno de uma maior expectativa de vida e de maior envelhecimento da sua população. O que não deve ser mal visto, mas sim observado que, do ponto de vista social, a maior interação entre diferentes faixas etárias proporciona evolução nas discussões sociais. Um estado que respeita e preserva seus idosos também o faz com sua história. É nesse contexto que nos âmbitos do judiciário e do legislativo têm sido cada vez mais explorados, a fim de corresponderem ao compromisso firmando à proteção do idoso pela Constituição Federal de 1988, e suas previsões sociais mais do que necessárias. O Estado também tem que intervir no que concerne a vida privada dos brasileiros a um limite que estes proporcionem uma vida de qualidade para seus idosos. Embora haja a tentativa de se acompanhar as mudanças sociais, nem sempre o legislador age em tempo sobre questões que são mais sensíveis às questões sociais, tendo por consequências a defasagem entre o fato legislado e as relações sociais, é nesse instante que o uso do judiciário nos casos específicos se faz eficaz. Apesar de ser visto e tratado juridicamentecom mais amplitude o abandono afetivo relacionado no sentido dos pais sobre os seus filhos, também é possível que esta situação ocorra no sentido inverso, e assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente existe para proteger o ser incapaz, o idoso por suas características próprias acaba por se tornar também uma figura frágil e que demanda de proteção. 8 Assim, até mesmo pela existência do Estatuto do Idoso se faz necessário entender que tipos de consequências tal relação de abandono afetivo, tão ou mais danosa quanto o abandono material, pode proporcionar, além de entender quais mecanismos o direito brasileiro possui para minimizar tal situação tão dolorosa. Nesta toada esta pesquisa se alicerça na possibilidade de que existe sim a probabilidade de responsabilização civil do adulto capaz, que por negligência abandona o idoso de seu círculo familiar, que está a seus cuidados, de maneira a gerar dano no campo afetivo. Partimos do entendimento que além disso é possível que se ajuíze um pedido de danos morais, não em busca de enriquecimento ilícito, mas como compensação pelo sofrimento psicológico causado. 1.1 OBJETIVOS Objetivo Geral O objetivo geral do presente trabalho é a análise do abandono afetivo inverso no contexto do direito brasileiro. Por se entender que a legislação pátria, através da Constituição de 1988, reservou um compromisso dogmático e principiológico de se proteger aos idosos. Podendo-se, assim, salvaguardar essa parcela de indivíduos tanto no âmbito constitucional quanto cível. Objetivos Específicos Os objetivos específicos consistem em: observar as situações em que se caracteriza tal modalidade de abandono analisar os reflexos da relação familiar no dever de indenização e as consequências. 1.2 JUSTIFICATIVA A importância de se estudar o abandono afetivo inverso no Brasil, e suas consequências, se dá à medida que o envelhecimento populacional caminha na mesma velocidade em que as relações familiares brasileiras passam por períodos de fragmentação. A responsabilidade parental já é um instituto legislado através do Estatuto da Criança e do Adolescente, onde se reconhece que, nos artigos 3º e 4, crianças e adolescentes gozam de proteção integral a seus direitos fundamentais tanto no âmbito familiar quanto social. 9 As famílias são vistas como núcleos embrionários do que é se estar em sociedade, preparando os pequenos indivíduos para sobreviverem fora do ambiente familiar, com os desconhecidos que terá de se relacionar futuramente. Sendo assim, o papel social das famílias é incomensurável, pois se a partir deste pequeno núcleo germinar as noções de respeito aos direitos fundamentais e tolerância o resultado será a manutenção de uma estrutura social digna para todos. O respeito aos direitos fundamentais no seio familiar proporciona consequências internas e externas, e por isso o princípio da paternidade responsável sustenta a e norteia o Direito de Família. É nesse contexto que nasce o princípio do respeito à afetividade, que se dá ao se reconhecer que o vínculo criado entre dois indivíduos foi forte o suficiente para gerar expectativas e responsabilidade. É justamente nesse sentido que recentemente a legislação brasileira reconheceu o instituto da união estável. Voltando aos idosos, se faz necessário entender que o avanço desta faixa na população é gigantesco, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas, entre os anos de 2012 e 2017 houve um aumento de 18% no número de idosos no BRASIL, passando de 30 milhões para 34,8 milhões. Além de prever que até o ano de 2060 25,5% da população brasileira será composta por idosos. No que compete ao abandono afetivo inverso se dá ao se desrespeitar a socio afetividade, que é um conceito não ligado às barreiras biológicas, mas sim a área sentimental interna, de cuinho psicológico. A proteção desse sentimento se dá por conta do princípio da dignidade da pessoa humana. Princípio este tão necessário, abrangente e felizmente privilegiado no texto constitucional brasileiro. Quando um idoso é abandonado, por aqueles com quem teve a maior relação de estima durante toda sua vida, depois de ter servido ao seu papel social, é como se toda a sociedade o abandonasse. Ressalte-se que no Brasil ainda há uma mentalidade arcaica ligada a percepção de que a figura do idoso é algo desprezável, por não terá mais serventia, em sentido contrário às sociedades orientais, como o Japão, em que é função social forte o cuidar do idoso. Através do art. 230 da Constituição Federal, se dispõe a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado em amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, inclusive garantindo-lhes o direito à vida, em respeito ao princípio da segurança jurídica. 10 A presente pesquisa visa amparar-se na situação prevista de proteção constitucional, civil e do ECA, das relações parentais, onde a responsabilidade do cuidar extrapola o âmbito da casa, bem como não tem por definição quando será seu fim. Sendo assim, por analogia, e por se entender que o dano psicológico para o filho abandonado é gravíssimo, devido a própria natureza de fragilidade daquele indivíduo. O abandono do idoso assim poderia ser tratado. O dano moral que poderia decorrer do abandono afetivo inverso seria por produzir efeitos semelhantes aos do abandono parental, com sequelas psicológicas fortes, que poderiam piorar ou desencadear um quadro de enfermidade, que poderá ser fatal ao idoso desamparado. Assim, o impacto social de se garantir essa proteção especifica ao idoso, e busca compensatória é de grande valia do ponto de vista jurídico e legislativo, de onde será buscado quais os atuais entendimentos, sobre esta demanda, pelo sistema jurídico brasileiro. 1.3 REVISÃO DA LITERATURA O ramo do direito de família é por certo um dos mais complexos, possuindo estudo e legislação própria dentro do Direito Civil Brasileiro. Em parte, por esmiuçar a esfera privada dos indivíduos, e por isso o limiar entre ao abuso e a necessidade legislativa é mínimo. No que se refere ao abandono parental e suas consequências é um instituto já conhecido dos legisladores e teóricos brasileiros. Primordialmente estuda a relação de filiação, as questões biológicas envolvidas e as consequências destas, como ensina LOBO (2011, p. 216) é “a relação de parentesco que se estabelece entre duas pessoas, umas das quais nascida da outra, ou adotada, ou vinculada mediante posse de esta’, e isto independe se por filiação ou no uso de inseminação artificial heteróloga”. Nesse mesmo sentido se discute a afetividade, e suas consequências, como discorre DIAS (2006, p. 61): [...] os laços de afeto e de solidariedade derivam da convivência familiar, não do sangue. Assim, a posse do estado de filho nada mais é do que o reconhecimento jurídico do afeto, com o claro objetivo de garantir a felicidade, como um direito a ser alcançado. O afeto não é somente um laço que envolve os integrantes de uma família. A afetividade também é citada por TARTUCE (2012): “Afeto quer dizer interação ou ligação entre pessoas, podendo ter carga positiva ou negativa. O afeto positivo, por excelência, é o amor; o negativo é o ódio. Obviamente, ambas as cargas estão presentes nas relações familiares.” 11 É por essa sensação de compromisso afetivo, que pressupõe o cuidar e jamais abandonar que se discute a responsabilização civil do fato. Responsabilidade civil que é descrita da seguinte forma por GONÇALVES (2010. p. 19): (...) responsabilidade exprime ideia de restauração de equilíbrio, de contraprestação, de reparação de dano. Sendo múltiplas as atividades humanas, inúmeras são também as espécies de responsabilidade, que abrangem todos os ramos de direito e extravasam os limites da vida jurídica, para se ligar atodos os domínios da vida social. Coloca- se, assim, o responsável na situação de quem, por ter violado determinada norma, vê- se exposto às consequências não desejadas decorrentes de sua conduta danosa, podendo ser compelido a restaurar o statu quo ante. Partindo-se do pressuposto de que a responsabilidade familiar é pluridimensional, não é restrita as passagens de tempo, portanto a ideia de responsabilização existe sobre o agora, e o que já ocorreu, pode-se explicitar a possibilidade da responsabilização por abandono afetivo inverso, como explana NETO (2007, p. 19): A responsabilidade Civil expande-se por todos os ramos do direito civil e também transita pelo Direito de Família, tanto em seus aspectos pessoais de vínculo familiar, como na esfera patrimonial das relações insurgentes do estado familiar. No campo da violência familiar, é perceptível quão fértil e importante é encontrar amparo às lesões graves, pelas quais já não é aceito reine o temor sobre o silencio reverencial do parente ofendido. Portanto há arcabouço e estudo teórico acerca do abandono afetivo inverso no Brasil, usando-se inclusive vários institutos que possibilitaram outros tipos de responsabilização afetiva no brasil, seja em relação aos filhos e pais, ou relação do ponto de vista marital. 1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia utilizada para o presente estudo, partirá do que Gil (2008) denomina de pesquisa bibliográfica, como sendo o tipo de pesquisa que se desenvolve com base em material pré-elaborado por autores e doutrinadores respaldados, como: artigos, teses, dissertações e livros, focando no estudo as razões apresentadas como embasadoras da possível indenização por conta do abandono afetivo inverso, bem como se este é possível. A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados 12 indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. (PRODANOV; FREITAS. 2009, p. 54). A pesquisa bibliográfica é aquela elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. (PRODANOV; FREITAS. 2009, p. 54) 2 DESENVOLVIMENTO O presente trabalho tem como fundamento o abandono efetivo do idoso pelos seus familiares, na busca por uma responsabilidade/reparação civil, e até mesmo o direito de pleitear o dano moral decorrente de tal abandono. Tais direitos não estão elencados expressamente na Lei 10.741 de 1º de outubro de 2003(Estatuto do idoso), razão pela qual o estudo, com enfoque no Código Civil de 2002 e na constituição federal de 1988. No que concerne o tema faz-se necessário um novo retrato das pessoas idosas. O idoso hoje, representa uma parcela significativa da população brasileira e o Brasil já não é mais considerado um país de jovens, pois está um acelerado processo de envelhecimento. Devido a melhor qualidade de vida, as pessoas estão se tornando cada vez mais longevas. Dados do IBGE, informam que o país velozmente caminha para perfil demográfico, cada vez mais de pessoas idosas: O índice de envelhecimento aponta para mudanças na estrutura etária da população brasileira. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro muda e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos. 2.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL A responsabilidade civil no determinado assunto parte do pressuposto que houve uma violação de um dever jurídico originário, através de um ato considerado ilícito e podendo ser 13 também um ato lícito, que consequentemente aparece o dever de recompor o prejuízo que foi causado pelo não cumprimento da obrigação imposta pelo Estado. Em pauta de esclarecimento, toda obrigação há um bem jurídico originário, enquanto na responsabilidade há um dever jurídico que é sucessivo. Ou seja, a responsabilidade civil é o entendimento de não prejudicar o outro. Atualmente, a Reparação Civil, segue atrelada à ideia de tentativa de ressarcimento de um dano, seja ele de cunho moral ou patrimonial, ou ainda, de contraprestação. Nas palavras de Fábio Ulhoa Coelho: “A responsabilidade civil é a obrigação em que o sujeito ativo pode exigir o pagamento de indenização do passivo por ter sofrido prejuízo imputado a este último” (COELHO, Fábio Ulhoa, 2012). Com o advento e inovação da constituição federal de 1988, o conceito de família foi inovado, gerando assim obrigações equiparada para homens e mulheres, a responsabilidade civil tem uma aplicação imprescritível, segundo Roberto Senis a “responsabilidade civil é o dever de reparação do dano sofrido imposto a seu causador. Como relação obrigacional que a responsabilidade possui por objeto o ressarcimento” (LISBOA, Roberto Senise, 2008, p 135). Porém, para que haja o direito de indenizar de forma subjetiva, é essencial que tenha esses pressupostos; ato de ação ou omissão voluntaria, e o ato ilícito de abuso de direito, fundamentados nos artigos 186 e 187 do código civil de 2002, respectivamente. Esses pressupostos dividem-se em: culpa, que se refere que se confirma quando o autor não queria o resultado, porém agiu com negligencia, imperícia e negligencia; o nexo de causalidade no que se refere a conduta do agente e o dano suscitado, ou seja, é necessário que esta conduta tenha dado causa ao dano. Por sua vez, o dano trata-se do prejuízo moral ou material causado à vítima em razão da conduta comissiva ou omissiva praticada pelo ofensor. Os conceitos doutrinários de dano giram em torno do mesmo ponto: a perda ou a lesão a um bem jurídico. Neste sentido, tem-se o conceito elaborado por Sergio Cavalieri Filho: “Conceitua-se, então, o dano como sendo a subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja sua natureza, quer se trate de um bem patrimonial, quer se trate de um bem integrante da própria personalidade da vítima, como a sua honra, a imagem, a liberdade etc.” 14 É certo, que para o direito civil o primeiro pressuposto de qualquer responsabilidade civil é a conduta, o ato humano, comissivo ou omisso, que para o direito adquire importância quando dela originarem os efeitos jurídicos. 2.1.1 ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade Civil Subjetiva A responsabilidade civil subjetiva é aquela que se caracteriza pela culpa, ou seja, neste tipo de responsabilidade a culpa é um elemento imprescindível para que se torne configurada. De acordo com DINIZ (2007) a responsabilidade subjetiva esta fundada na culpa ou no dolo, sendo consequência de algum tipo de ação ou omissão e está representada no artigo 927 do Código Civil. “Aquele que por ato ilícito (artigos. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Deste modo, pode-se afirmar que na responsabilidade civil subjetiva a culpa é o fundamento. Segundo GONÇALVES (2007,p 31), “a responsabilidade civil subjetiva deve ser encarada como norma, pois o indivíduo deve ser responsabilizado, em princípio por sua ação ou omissão, culposa ou dolosa”. Na responsabilidade civil subjetiva é a que a existência de culpa é indispensável para que fique caracterizada. Responsabilidade Civil Objetiva Diferente da responsabilidade civil subjetiva, em que a existência de culpa é imprescindível, na responsabilidade civil objetiva a comprovação de culpa não é necessária, sendo algumas das situações em que esta pode ocorrer explicitadas no artigo 927, parágrafo único do código civil de 2002. Segundo RODRIGUES (2002, p, 11). “a responsabilidade civil objetiva está baseada na teoria do risco. Segundo essa teoria, aquele que através de sua atividade, cria um risco de dano para terceiros deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamentos sejam isentos de culpa”. 2.1.2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Reis (2011, p. 4) explica o que é necessário para que haja obrigação de indenizar: Para configurar a responsabilidade civil são necessários três requisitos indispensáveis, a saber: ação ou omissão, o dano, a culpa e o nexo de causalidade. 15 [...] Portanto, a conjugação desses quatro elementos essenciais é que serão geradores do dever de indenizar e que deverão ser devidamente demonstrados no curso do processo indenizatório. Os elementos citados acima por Reis são conhecidos como pressupostos da responsabilidade civil e serão abordados um a um na sequência. AÇÃO OU OMISSÃO Refere-se a um tipo de conduta ativa ou omissiva que venha a causar dano a outrem. Segundo Cavalieri Filho (2005, p. 48), “a ação é a forma mais comum de exteriorização de conduta, porque, fora do domínio contratual, as pessoas estão obrigadas a abster-se da prática de atos que possam lesar seus semelhantes”. No entendimento de Diniz (2008, p. 38-39): A ação, elemento constitutivo da responsabilidade, vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiros, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause danos a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado. A ação, fato gerador da responsabilidade, poderá ser ilícita ou lícita. A responsabilidade decorrente de ato ilícito baseia-se na ideia de culpa, e a responsabilidade sem culpa funda-se no risco, que se vem impondo na atualidade, principalmente ante a insuficiência da culpa para solucionar todos os danos. O comportamento do agente poderá ser uma comissão ou uma omissão. A comissão vem a ser a prática de um dever de agir ou da prática de certo ato que deveria realizar-se. Por fim, a ação ou omissão constitui o primeiro pressuposto para que se configure a responsabilidade civil, sendo a ação um ato em si que acaba gerando dano a outrem, enquanto a omissão uma conduta omissiva que leva a geração de dano. DANO O dano constitui o elemento caracterizador da responsabilidade civil, visto que só haverá reponsabilidade de indenização se o ato ilícito causar dano (VENOSA, 2003). 16 Diniz (2007, p. 62) conceitua dano como “a lesão (diminuição ou destruição) que, devido a determinado evento, sofre uma pessoa, contra sua vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral”. Acerca o conceito de dano, Gagliano e Filho (2015, p.82) ensinam: Nestes termos, poderíamos conceituar o dano ou prejuízo como sendo a lesão a um interesse jurídico tutelado –patrimonial ou não -, causado por ação ou omissão do sujeito infrator. Note-se, neste conceito, que a configuração do prejuízo poderá decorrer da agressão a direitos ou interesses personalíssimos (extrapatrimoniais), a exemplo daqueles representados pelos direitos da personalidade, especialmente o dano moral. Por fim, o dano é um pressuposto essencial e caracterizador da responsabilidade civil e da obrigação de indenizar. Não havendo o dano, não nasce a obrigação de indenizar. NEXO CAUSAL Pode ser definido como a relação existente entre o ato ilícito e o dano, em outras palavras entre a conduta e o resultado. De maneira simplificada, segundo o autor, o nexo causal nada mais é que o elo entre a conduta do agente e o dano. Para Gonçalves (2015, p.359): “um dos pressupostos da responsabilidade civil é a existência de um nexo causal entre o fato ilícito e o dano produzido. Sem essa relação de causalidade não se admite a obrigação de indenizar”. Tartuce (2015, p. 387) afirma que o nexo causa é a ligação entre os dois primeiros pressupostos: “o nexo de causalidade ou nexo causal constitui o elemento imaterial ou virtual da responsabilidade civil, constituindo a relação de causa e efeito entre a conduta culposa ou o risco criado e o dano suportado por alguém”. Por fim, de maneira simplificada, pode-se dizer que o nexo causal constitui o elo entre a conduta culposa e o dano causado que levam a responsabilização civil e obrigação de indenizar. CULPA No ordenamento jurídico brasileiro, como regra geral, o dever de indenizar ou ressarcir o dano é decorrente da culpa, ou seja, o ato ilícito é qualificado pela culpa. Segundo Diniz (2007, p. 39) “não havendo culpa, não haverá, em regra, qualquer responsabilidade”. 17 Segundo Gonçalves (2015, p. 325): Se a atuação desastrosa do agente é deliberadamente procurada, voluntariamente alcançada, diz-se que houve culpa lato sensu (dolo). Se, entretanto, o prejuízo da vítima é decorrência de comportamento negligente e imprudente do autor do dano, diz-se que houve culpa stricto sensu. Por fim, a culpa é caracterizada pelo desvio de conduta e, esse juízo de reprovação quando há a prática da conduta, desvia-se do comportamento considerado aprovável. 2.2 DO ABANDONO AFETIVO INVERSO Quem abandona um idoso, principalmente quando se trata dos pais, deve responder perante o Estado e perante a sociedade por esta conduta desonrosa. Caso ocorra, deve reparar o dano e ser penalizado de acordo com a gravidade da lesão. Não se trata de obrigar ou não alguém a amar um idoso, mas de apurar as responsabilidades de um ato omissivo que causou lesão a um bem protegido, a dignidade da pessoa humana. A Constituição Federal, em seus artigos 229 e 230 traz que os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; assim como de defender sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhe o direito à vida, reconhecendo ser seu dever, bem como da sociedade e do Estado. Além disso, o dever de cuidado com o idoso também se encontra previsto no artigo 98 da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso). Não obstante o dever legal previsto no nosso ordenamento jurídico, persiste o dever moral e afetivo, que não tem sido respeitado, gerando os transtornos psíquicos e agravamento de doenças nos idosos. Sendo bastante comum atualmente se deparar com as pessoas em casas de idosos, aquelas em que os filhos pagam um valor mensal para que terceiros cuidem de seus pais. É claro, que não se pode generalizar, que todo filho que coloca seus pais em asilo comete abandono. Mas não se pode negar que muitos são os casos em que os filhos usam o dinheiro da própria aposentadoria dos pais pra pagar o valor mensal à clínica ou asilo e nunca mais aparecem para visitá-los, usando como desculpa a vida corrida para não lhes dar assistência. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera a ocorrência de Abandono Afetivo quando: “[...] caracterizada a indiferença afetiva de um genitor em relação a seus filhos, ainda 18 que não exista abandono material e intelectual, pode ser constatado, na Justiça, o abandono afetivo”. (CNJ, 2015) Percebe-se que o abandono afetivo é um instituto de difícil delimitação, sendo também difícil sua comprovação, além de a questão ser objeto deresistência por grande parte dos operadores do Direito. Ainda acerca do tema, Azevedo (2004, p. 14) afirma que: O descaso entre pais e filhos é algo que merece punição, é abandono moral grave, que precisa merecer severa atuação do Poder Judiciário, para que se preserve não o amor ou a obrigação de amar, o que seria impossível, mas a responsabilidade ante o descumprimento do dever de cuidar, que causa o trauma moral da rejeição e da indiferença. Já na visão de Cunha (2009), a noção de abandono afetivo está diretamente atrelada à “ausência de afeto entre pais e filhos, em que estes buscam por intermédio do judiciário a reparação desta lacuna de afetividade existente em sua vida”. Compreendendo o que significa abandono afetivo, que está relacionado à falta de afeto, a negligência no dever de cuidado que deveria existir entre às pessoas, de maneira especial entre os parentes da mesma família, visto que o dinheiro não é suficiente para garantir a vida a qualquer pessoa, pois há coisas na vida que tem maior importância, como carinho, amor, cuidado, dedicação e respeito, compreende-se também o abandono afetivo inverso, aquele que ocorre quando os filhos abandonam seus pais, negando-lhes e privando-lhes de afetividade. 2.2.1 DO DANO MORAL CAUSADO PELO ABANDONO AFETIVO INVERSO Como já mencionado anteriormente, a responsabilidade civil existirá quando uma pessoa, por ação ou omissão, causar algum tipo de dano à outra, tendo então que repará-la. No caso específico do tema abordado neste artigo, não se está diante de um dano material, ou seja, aquele dano que atinge de maneira direta o patrimônio da vítima; está-se diante de um caso de dano moral ou imaterial, que se caracteriza pelo dano que não pode ser mensurado ou avaliado para fins econômicos, atingindo o interior e o psicológico da vítima. Como já mencionado, é dever dos filhos amparar os pais idosos, provendo sustento, lazer e uma vida digna, prestando-lhes auxílio econômico e emocional. Quando há omissão desse suporte por parte dos filhos, está configurado o ato ilícito, que configura o dano moral. 19 Cavalieri Filho (1998, p. 60), explica que o dano moral está intimamente ligado à dignidade do indivíduo: Temos hoje o chamado direito subjetivo constitucional à dignidade. E dignidade nada mais é do que a base de todos os valores morais, a síntese de todos os direitos do homem. O direito à honra, à imagem, ao nome, à intimidade, à privacidade, ou qualquer outro direito da personalidade, todos estão englobados no direito à dignidade, verdadeiro fundamento e essência de cada preceito constitucional relativo aos direitos fundamentais Quanto à responsabilização dos filhos nos casos de abandono afetivo inverso, esta torna- se plenamente cabível, fundamentada nos mesmos preceitos do abandono afetivo filial, ao considerarmos que o idoso, assim como o menor, pode ser considerado vulnerável e requer adoção de cuidados especiais para com ele, sendo então plenamente possível que se responsabilize um filho por inobservância do dever de cuidado a quem lhe devia prestar. Vale ressaltar que não basta apenas a existência das circunstâncias do abandono afetivo, vez que, os danos afetivos podem ser presumidos em relação à existência, mas não em relação à extensão do dano. Cabe à vítima provar a intensidade do abalo sofrido e suas consequências desastrosas, o que, com base no estudo, percebe-se que é tarefa árdua, em razão da dificuldade de comprovação. A indenização por danos morais está cada vez mais presente no ordenamento jurídico brasileiro e nos seus julgados, porém a dificuldade é, de imputar uma responsabilidade civil nas relações familiares, uma vez que o amor, afeto, carinho, são coisas que não se compram, o que mais se preocupa é essa comercialização do afeto. Tartuce (2007) explica que nos casos de abandono afetivo o principal argumento jurídico a favor da admissibilidade da reparação dos danos morais seria o enquadramento da hipótese ao art. 186 do Código Civil o qual estabelece que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito” (BRASIL, 2002). O ato ilícito, neste caso, estaria caracterizado pela violação do dever de assistência moral aos idosos assegurado pela legislação brasileira. Seguindo essa linha de raciocínio Silva (2014, p. 8), afirmar que: Os filhos têm a obrigação de amparar seus pais na velhice, seja material, seja imaterialmente. Ainda que os pais tenham condições econômicas e financeiras de 20 sobreviverem, subsiste o dever dos filhos na prestação de ordem afetiva, moral, psíquica. No caso específico do abandono afetivo inverso, o abandono gera no idoso um sentimento de tristeza e solidão, que refletirá em deficiências funcionais, causando prejuízos irreparáveis aos mesmos, já que nessa fase da vida já é comum que haja um isolamento social. A falta de relacionamento com os seus, de compartilhamento da vida com as pessoas mais jovens de sua família e a pobreza de afetos tendem a desestimular a interação social do idoso na sociedade e consequentemente o mesmo acaba perdendo o seu interesse pela própria vida. É fato, contudo, que não é possível obrigar que pais e filhos se amem, por este motivo, o que o instituto da indenização busca nos casos de Abandono Afetivo Inverso, é ao menos permitir ao prejudicado o recebimento de indenização pelo dano causado. (NAGEL e MAGNUS, 2013). 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho apresentou uma análise acerca do abandono afetivo inverso, que se caracteriza pelo abandono afetivo dos filhos para com seus pais idosos. Inicialmente foi feito um breve histórico sobre o tema estudado, bem como alguns levantamentos acerca da vida dos idosos no Brasil e os danos causados pelo abandono afetivo dos filhos em detrimento do convívio familiar. Na sequência, abordou-se a responsabilidade civil, caracterizando-a e apresentando seus pressupostos e em seguida a responsabilidade civil decorrente do abandono afetivo inverso e a ocorrência de dano moral em virtude dele. Adiante, ressaltou os conceitos de afeto e de abandono afetivo, proporcionando, deste modo, a compreensão sobre as garantias previstas aos idosos, quando estes se deparam em situações de abandono, falta de cuidado e assistência. Neste artigo, o afeto foi tratado como uma norma, um dever jurídico que, quando não respeitado, provoca a responsabilidade civil, cabendo indenização. Finalmente, cabe destacar que o ordenamento jurídico não pode exigir que exista amor nos laços familiares, entre pais e filhos, entretanto possui a importante função de impedir que direitos sejam violados e que haja reparação aos danos sofridos, tornando, assim, a sociedade mais justa. 21 Por fim, ao final do presente trabalho, que sim, há a possibilidade de responsabilização civil do filho por abandono afetivo do pai idoso, fato que pode trazer danos irreparáveis à vida do mesmo. REFERÊNCIAS BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 4ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. DIAS, Maria Berenice. União homoafetiva. 3. Ed. Revista dos Tribunais: São Paulo. 2006, p. 61. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,2016. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 4. IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD: 2015. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=14 9>. Acesso em: 20/04/2020. LÔBO, Paulo. Direito civil: famílias. Saraiva: São Paulo, 2014. p. 16,17PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: FEEVALE, 2009. 22 TARTUCE, Flávio. O princípio da Afetividade no Direito de Família. Disponível em: < https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121822540/o-principio-da-afetividade-no-direito-de- familia > . Acesso em: 19/04/2020. VCE, Flávio. Manual de Direito Civil. São Paulo: Método, 2007. ___Direito Civil. 10 ed. São Paulo: Método, 2015. v. 2. ___Direito Civil. 10 ed. São Paulo: Método, 2012. v. 2. BRASIL. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População brasileira envelhece em ritmo acelerado. Disponível: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272. Acesso em: 27/10/2020 LISBOA, Roberto Senise. Direito Civil de A a Z. Barueri, SP: Manole, 2008. p. 135. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil, volume 2: obrigações: responsabilidade civil. 5ª ed. São Paulo: Saraiva. 2012. CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil. - 10. ed.- São Paulo: Atlas, 2010, p. 71. ___Programa de responsabilidade civil. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2005. ___Programa de responsabilidade civil. 2. ed. rev., aum. e atual. São Paulo: Malheiros, 1998. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: Responsabilidade Civil. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v.7. ___Curso de Direito Civil brasileiro: Direito de Família. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 5. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Responsabilidade Civil. 13. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. v. 3. https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121822540/o-principio-da-afetividade-no-direito-de-familia https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121822540/o-principio-da-afetividade-no-direito-de-familia http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................07 1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................08 1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................................................08 1.3 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................10 1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................................11 2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................12 2.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL...................................................................................12 2.1.1 DAS ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL......................................................14 2.1.2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL.................................................14 2.2 DO ABANDONO AFETIVO INVERSO...........................................................................17 2.2.1 DO DANO MORAL CAUSADO PELO ABANDONO AFETIVO INVERSO............18 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................20 REFERÊNCIAS........................................................................................................................21
Compartilhar