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APS QUÍMICA FARMACÊUTICA

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Atividade Prática Supervisionada de 
Química Farmacêutica e Farmacodinâmica
ATIVIDADE 1: O aluno deverá pesquisar o conceito de receptor, relacionando os tipos de receptores biológicos para fármacos e os conceitos de antagonista e agonista puro, parcial e inverso. Todos os conceitos devem ser trabalhados e aprofundados pelos alunos através da equação que determina a atividade intrínseca de fármacos.
ATIVIDADE 2: Relacionar a atividade intrínseca de fármacos com as interações intermoleculares estabelecidas entre fármaco e receptor.
Os receptores são proteínas com estruturas especializadas, chamadas de sítios ativos, localizadas na membrana celular, possuem relação direta com fenômeno de contração-efeito.
Segundo a lei das massas, o fármaco e os receptores livres se combinam para formar um complexo ativo, gerando uma resposta celular proporcional ao número de receptores ocupados. Mantendo assim os componentes ativos em equilíbrio com os componentes inativos.
Durante muito tempo os receptores foram classificados de maneira indireta baseada na quantificação dos efeitos farmacológicos e interações com outras drogas, mas tudo mudou quando foi desenvolvida a técnica de ligante de mercado, que consiste em adicionar um átomo radioativo à molécula de uma droga e combina-la com as membranas celulares in vitro, podendo ser visualizado o receptor em que a droga se encontra. 
Dessa maneira, os receptores formam separados de acordo com a sua estrutura e mecanismo efetor imediato, e agrupados nas seguintes superfamílias:
Receptores ligados à canais iônicos: são compostos por cinco subunidades proteicas transmembrânicas que delimitam um canal iônico permeável, quando ativado permite a entrada ou saída de íons da célula. Como exemplos podemos citar os receptores colinérgicos, GABA, receptores da serotonina, e os inotrópicos do glutamato.
Receptores ligados a proteínas G: possuem um aminoácido N-terminal no lado externo da membrana celular, e o número de proteínas G descritas é menor que o de receptores ligados a elas, indicando que o mesmo tipo de proteína G pode ser ativado por diferentes neurotransmissores. Além disso possuem quatro subunidades: Gs que aumentam a atividade da adenilato citase, Gi/o que inibe a adenilato citase, Gq que aumenta a atividade de fosfolipase C, e G12 que ativa a proteína Rho. Como exemplos podemos citar os receptores muscarínicos, receptores de histamina, receptores de dopamina, e adrenoceptores.
Receptores tirosina quinase: estão localizados na membrana celular e são ativados pela insulina e outros fatores de crescimento. Seu diferencial é a atividade da quinase ser parte do receptor.
Receptores Intracelulares: estão localizados no interior do citoplasma e possuem afinidade com substâncias endógenas, pois por serem lipossolúveis penetram na célula com facilidade e se ligam ao receptor.
Agora que entendemos as definições e classes dos receptores, podemos entender que eles podem ser ativados e desativas por substâncias. Sendo assim, considerando as definições farmacológicas, os fármacos agonistas são aqueles que possuem afinidade com o receptor e provoca alteração conformacional eficaz, ou seja tem atividade intrínseca, e os fármacos antagonistas são aqueles que tem afinidade com o receptor mas não provocam alteração, não tem atividade intrínseca. 
Os fármacos agonistas podem ser classificados quanto a forma que interagem com o receptor. As classes são:
Agonistas Parciais: são aqueles que exercem a mesma função que o endógeno, porém com maior intensidade mas não consegue atingir o efeito máximo de outros agonistas, por isso são parciais. Atuam de forma competitiva e tem preferência de ligação com a forma ativa do receptor. Possui atividade intrínseca sempre menor que 1 e maior que 0.
Agonistas Plenos: são considerados os melhores agonistas por sua alta eficácia, possui capacidade de ativar a resposta máxima da célula e tem maior preferência de ligação com a forma ativa do receptor. Possui atividade intrínseca igual a 1.
Agonistas Inversos: são aqueles que se ligam a forma inativa do receptor e estabilizam o equilíbrio para a inatividade do receptor.
E por fim podemos classificar os fármacos antagonistas, aqueles que são usados para reduzir o efeito do endógeno, como:
Antagonistas Superáveis: são capazes de se ligar ao receptor impedindo ou dificultando ação agonista, mas sua ação poderá ser revertida por aumento da concentração dos agonistas, esse efeito é chamado de antagonismo competitivo.
Antagonistas Não-Superáveis e Irreversíveis: são capazes de se ligar ao receptor impedindo ou dificultando ação agonista, mas sua ação não poderá ser revertida, esse efeito é chamado de antagonismo não competitivo.
Antagonista Fisiológico: são aqueles que atuam por meio do sistema biológico fazendo efeito contrário ao que atua o agonista.
Outro conceito importante de ser explicado é o da interação alostérica, esse efeito se refere a regulação proteica por meio da ligação de uma molécula efetora a um sítio ativo, provocando alterações conformacionais na proteína que modificam a afinidade de ligação com o receptor ou a eficácia do agonista.

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