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3
CICLOS RETA FINAL TJ/PR
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CICLOS RETA FINAL TJ/PR | @CICLOSR3
DIREITO PENAL1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CRIMINOLOGIA: É uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do crime, da criminali-
dade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do 
criminoso e da maneira de ressocializá-lo.
POLÍTICA CRIMINAL: A Política Criminal é a disciplina que oferece aos poderes públicos as opções 
científicas concretas mais adequadas para o eficaz controle do crime.
#ATENÇÃO Assim, a Criminologia tem a função de reunir um núcleo de conhecimentos verificados 
empiricamente sobre o problema criminal (momento explicativo) e a Política Criminal transforma 
essa base empírica em opções, alternativas e programas científicos, a partir de uma ótica valorativa 
(momento decisivo).
POLÍTICA PENITENCIÁRIA: disciplina que define as diretrizes e as metas existentes para a gestão 
do sistema penitenciário de um determinado local.
CRIMINALIZAÇÃO
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA
Transformação de um fato em crime. Em 
essência não há nenhuma diferença entre um 
fato criminoso e um fato normal, exceto pelo 
fato criminoso ter o rótulo de crime.
Transformação de uma pessoa em criminoso
Poder Legislativo Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia.
SELETIVIDADE DO SISTEMA PENAL: há uma forte tendência de ser o poder punitivo exercido 
precipuamente sobre pessoas previamente escolhidas em face de suas fraquezas, a exemplo dos mora-
dores de rua, prostitutas e usuários de drogas.
DIREITO PENAL DO AUTOR DIREITO PENAL DO FATO
O que configura o delito é a capacidade de 
delinquir do agente, constatada através do seu 
modo de ser.
A culpabilidade resulta de um juízo do delito 
como ato concretizado pelo autor
1 Por Tiago Pozza 
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CICLOS RETA FINAL TJ/PR
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CICLOS RETA FINAL TJ/PR | @CICLOSR3
A pessoa é punida mais pelo que é e menos 
pelo que fez.
A pessoa é punida pelo que fez, não pelo que 
é. A gravidade do ato que mensura o rigor da 
pena.
#OLHAOGANCHO DIREITO PENAL DO INIMIGO, teoria de Jakobs, prega um tratamento diferen-
ciado aos indivíduos que vão de encontro às normas estabelecidas pela sociedade de uma forma 
tão grave que não mereceriam mais ser considerados cidadãos. O direito penal do inimigo é um 
direito de guerra e, dessa forma, o Estado não é obrigado a obedecer a regras preestabelecidas, o 
importante é vencer o inimigo. Para cumprir tal objetivo, segundo Jakobs, será permitida a flexibili-
zação ou até mesmo a eliminação de direitos e garantias, permitindo-se, por exemplo, a utilização 
da tortura como meio de obtenção de provas.
GARANTISMO PENAL (FERRAJOLI): O garantismo, à luz da hermenêutica constitucional, tutela 
não apenas os direitos individuais dos acusados, investigados ou processados na esfera criminal, devendo 
valorar todos os direitos e deveres previstos na Constituição Federal. Isso porque os direitos fundamentais 
não preveem apenas uma proibição de intervenção (proibição de excesso), mas também uma vedação à 
omissão (proibição da proteção deficiente, proibição da proteção insuficiente). Dessa forma, o garantismo 
penal integral ou proporcional é aquele que assegura os direitos do acusado, não permitindo violações 
arbitrárias, desnecessárias ou desproporcionais, e, por outro lado, assegura a tutela de outros bens jurí-
dicos relevantes para a sociedade, em consonância com as duas vertentes do princípio da proporcionali-
dade, incluindo a proibição do excesso e a proibição da proteção deficiente.
#OLHAOGANCHO GARANTISMO HIPERBÓLICO OU MONOCULAR (#SELIGANOSINÔNIMO) 
é aquele aplicado de maneira ampliada e desproporcional, monocular. Tutela apenas os direitos 
fundamentais do investigado/processado, desconsiderando-se o interesse coletivo. Contrapõe-se 
ao garantismo penal integral, que resguarda os direitos fundamentais afetos à coletividade. 
FUNÇÕES DAS PENAS
Teorias
Legitimadoras
Teorias Absolutas: a pena representa como um fim em si mesma, isto é, o autor 
do crime deverá pagar pelo mal cometido. Ou seja, a pena tem caráter retributivo.
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Te o r i a s 
Relativas
Teoria da Prevenção Geral: a 
pena é aplicada em função de 
toda a sociedade para que esta 
presencie o sofrimento e dor 
daquele cidadão e se intimide 
para que não cometa crimes.
Positiva: a pena é um instru-
mento de estabilização, ou 
seja, a pena restabelece a 
ordem social que fora abalado 
pelo sujeito criminoso.
Negativa: busca causar um 
temor na sociedade para que, 
com medo das consequências 
do crime, deixe de cometer 
condutas ilícitas.
Teoria da Prevenção Especial: 
A pena atua sobre um indivíduo 
(ou grupo) para evitar que este 
volte a delinquir. Pessoaliza-se 
a ameaça à sociedade. Por isso, 
ganha reforço a concepção da 
ressocialização através da pena.
Positiva: consiste na meta de 
ressocialização do indivíduo.
Negativa: tem como foco a 
proteção da sociedade através 
da neutralização do indivíduo, 
ou seja, a exclusão do crimino-
so da sociedade em razão do 
mal que cometeu.
Teorias Unitárias ou Mistas: em que se tenta compatibilizar as teorias absolutas 
com as relativas. Um caráter inicial é o de que a pena possui funções múltiplas, 
não havendo incompatibilidade em se reconhecer que é possível uma função 
preventiva e retribucionista.
Teorias Deslegitimadoras: abominam a intervenção do Estado sob o manto do direito de punir. 
Desacredita-se a suposta eficiência do sistema penal como legitimante do controle social. Entre 
essas teorias, destaque para o Abolicionismo Penal e o Minimalismo Radical
PRINCÍPIOS PENAIS
» Princípio da Reserva Legal ou Estrita Legalidade:
Somente a lei pode criar delitos e cominar penas. Como consequência lógica, não se admite a utili-
zação de medida provisória em matéria penal. 
#CUIDADO! O STF já admitiu MP na seara penal, desde que para favorecer o réu. Ex.: MP 417 que 
prorrogou a “atipicidade temporária” nos crimes de posse de armas.
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O princípio da legalidade possui algumas funções fundamentais:
• Lei estrita: é proibida a analogia contra o réu.
• Lei escrita: é proibido o costume incriminador.
#OLHAOGANCHO: da mesma forma que o costume não tem o condão de incriminar, também não
tem de descriminalizar (os costumes contrários às leis são chamados de DESUETUDO: contrariam
uma lei penal, mas não a revogam. Ex.: crime de casa de prostituição/jogo do bicho).
• Lei certa: é proibida a criação de tipos penais vagos e indeterminados.
• Lei prévia: é proibida a aplicação da lei penal incriminadora a fatos - não considerados crimes - prati-
cados antes de sua vigência. Engloba aqui o da anterioridade, cláusula pétrea.
» Princípio da Intervenção Mínima:
Afirma ser legítima a intervenção penal apenas quando a criminalização de um fato se constitui
meio indispensável para a proteção de determinado bem ou interesse, não podendo ser tutelado por 
outros ramos do ordenamento jurídico. A intervenção mínima é gênero do qual são espécies: a fragmen-
tariedade e a subsidiariedade. Vamos conferir?
• Princípio da Fragmentariedade: no universo da ilicitude, somente alguns poucos fragmentos cons-
tituem-se em ilícitos penais. O Direito Penal é a última etapa de proteção. #ATENÇÃO! O princípio da
fragmentariedade atua no PLANO ABSTRATO (na criação de tipos penais).
#SELIGA: FRAGMENTARIEDADE ÀS AVESSAS: É o contrário da fragmentariedade; o crime deixa
de existir, pois a incriminação se torna desnecessária. Por exemplo, o adultério.
• Princípio da Subsidiariedade: incide no PLANO CONCRETO, ou seja, no momento de aplicação da
lei penal. É analisado se, naquele caso concreto, seria possível solucionar através de outros ramos do
direito, ou se será preciso utilizar a ultima ratio, o executor de reserva, isto é, o direito penal.
» Princípio da Ofensividade:
Possui quatro funções principais:
1) Proibição da incriminação de uma atitude interna, como as ideias,convicções, e desejos dos
homens. 
2) Proibição da incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor (princípio
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da alteridade). 
3) Proibição da incriminação de simples estados ou condições existenciais (aplica-se o direito penal
do fato e não do autor).
4) Proibição da incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
» Princípio da Insignificância:
Pode ser visto como instrumento de interpretação restritiva do tipo penal. Possui natureza jurídica
de causa supralegal de exclusão da tipicidade material, devendo ser analisado em conexão com os postu-
lados da fragmentariedade e da intervenção mínima. 
Vamos dar uma conferida nos requisitos desse princípio?!
Objetivos: mínima ofensividade da conduta do agente; nenhuma periculosidade social da ação; 
reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Subjetivos: importância do bem para a vítima (STF) e condições do agente (#SELIGA: a reincidên-
cia, a reiteração criminosa, a habitualidade delitiva NÃO são suficientes, por si sós, para afastar a aplicação 
do princípio da insignificância – STF Info 793).
#ATENÇÃO: Os tribunais superiores, em algumas situações concretas, têm afastado o princípio da 
insignificância nos casos de reincidência e de furto qualificado.
#OLHAOGANCHO. #BAGATELAIMPRÓPRIA. No caso do princípio da insignificância impróprio 
ou bagatela imprópria ocorre o injusto penal. Entretanto, verifica-se que no caso concreto a pena é 
desnecessária (incidência dos princípios da desnecessidade da pena com o princípio da irrelevância 
penal do fato). 
Vamos entender melhor?
O princípio da insignificância impróprio pressupõe a análise do que ocorreu após a prática do crime 
até o momento do julgamento. Ex.: O réu casou, teve filhos, tem uma empresa com 50 funcionários?! 
Nesses casos, o juiz reconhece a existência do crime, mas conclui que a pena não é necessária. Aqui não 
há causa supralegal de exclusão da tipicidade, há causa supralegal de extinção da punibilidade. O 
Estado reconhece o crime, mas conclui pela desnecessidade de punição. A punição não é mais vantajosa 
para a sociedade. 
A análise da pertinência da bagatela imprópria há de ser realizada, obrigatoriamente, na situação 
fática, jamais no plano abstrato. Atente-se também para a necessidade de se observar que a bagatela 
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imprópria tem como pressuposto inafastável a não incidência do princípio da insignificância (própria). 
Afinal, se o fato não era merecedor da tutela penal em decorrência da sua atipicidade, descabe enveredar 
pela discussão acerca da necessidade ou não de pena. 
A bagatela imprópria se ASSEMELHA ao perdão judicial (art. 107, IX, do CP). O fundamento da 
bagatela imprópria e do perdão judicial é o mesmo, só que o perdão judicial está duplamente previsto 
em lei, enquanto instituto bem como em relação às hipóteses legais em que ele incide. Em contrapartida, 
no Brasil, não há previsão legal do princípio da insignificância impróprio.
Pessoal, por fim, COLEM NA RETINA essa revisão sobre a aplicação do princípio da insignificância. 
Trata-se de um compilado das principais informações extraídas da jurisprudência, tomando por base os 
comentários do Dizer o Direito. #DEOLHONAJURIS. #AJUDAMARCINHO.
NÃO SE APLICA A INSIGNIFICÂNCIA
Delitos praticados em violência doméstica: não se aplica o princípio da insignificância.
Posse ou porte de arma ou munição.
Estelionato contra o INSS (estelionato previdenciário).
Tráfico de drogas.
Crime de moeda falsa.
Contrabando.
Roubo.
Lesão corporal.
Falsificação de documento público.
Estelionato envolvendo o seguro-desemprego.
Estelionato envolvendo FGTS.
Violação de direito autoral (§ 2º do art. 184 do CP).
Tráfico internacional de arma de fogo ou munição.
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Furto qualificado. 
Obs. Como regra, a aplicação do princípio da insignificância tem sido rechaçada nas hipóteses de 
furto qualificado, tendo em vista que tal circunstância denota, em tese, maior ofensividade e reprova-
bilidade da conduta. Deve-se, todavia, considerar as circunstâncias peculiares de cada caso concreto, 
de maneira a verificar se, diante do quadro completo do delito, a conduta do agente representa maior 
reprovabilidade a desautorizar a aplicação do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. AgRg no 
AREsp 785755/MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/11/2016. STJ. 6ª Turma. AgRg 
no AREsp 746011/MT, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 05/11/2015.
Crimes militares. Trata-se de tema extremamente polêmico, mas a posição majoritária é no sentido 
de que não se aplica o princípio da insignificância aos crimes militares, sob pena de afronta à autorida-
de, hierarquia e disciplina, bens jurídicos cuja preservação é importante para o regular funcionamento 
das instituições militares. O caso mais comum e que é provável que seja cobrado em sua prova é o 
crime de posse de substância entorpecente em lugar sujeito à administração militar (art. 290 do CPM). 
O Plenário do STF já assentou a inaplicabilidade do princípio da insignificância à posse de quantidade 
reduzida de substância entorpecente em lugar sujeito à administração militar (art. 290 do CPM). STF. 
2ª Turma. HC 118255, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 19/11/2013. STF. 2ª Turma. ARE 856183 
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 30/06/2015.
POSSÍVEL APLICAR A INSIGNIFICÂNCIA
Crimes ambientais. 
#AJUDAMARCINHO: É possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, 
devendo ser analisadas as circunstâncias específicas do caso concreto para se verificar a atipicidade da 
conduta em exame. STJ. 5° Turma. AgRg no AREsp 654.321/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 
julgado em 09/06/2015. É possível aplicar o princípio da insignificância para crimes ambientais. STF. 2ª 
Turma. Inq 3788/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 1°/3/2016 (Info 816).
PORÉM, CUIDADO:
#AJUDAMARCINHO: O princípio da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c 
parágrafo único, II, da Lei 9.605/98: Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou 
em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, 
ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: II - pesca 
quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e 
métodos não permitidos; Caso concreto: realização de pesca de 7kg de camarão em período de 
defeso com o uso de método não permitido. STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 8/5/2018 (Info 891). #JULGADORECENTE. 
Descaminho. 
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Furto Simples. PORÉM, CUIDADO: 
Se o valor do bem é acima de 10% do salário mínimo vigente na época, o STJ tem negado a aplicação 
do princípio da insignificância. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1558547/MG, Rel. Min. Maria Thereza de 
Assis Moura, julgado em 19/11/2015.
“Flanelinha” e exercício da profissão sem registro no órgão competente (não configura a contravenção 
penal prevista no art. 47 do Decreto-Lei 3.688/1941: exercício ilegal de profissão ou atividade).
#DIVERGÊNCIA entre o STJ e o STF.
MANTER RÁDIO CLANDESTINA
STJ: NÃO STF: SIM
STJ: NÃO. É inaplicável o princípio da insigni-
ficância ao delito previsto no art. 183 da Lei nº 
9.472/97, nas hipóteses de exploração irregular 
ou clandestina de rádio comunitária, mesmo que 
ela seja de baixa potência, uma vez que se trata 
de delito formal de perigo abstrato, que dispensa 
a comprovação de qualquer dano (resultado) ou 
do perigo, presumindo-se este absolutamente 
pela lei. Nesse sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no 
AREsp 740.434/BA, Rel. Min. Antonio Saldanha 
Palheiro, julgado em 14/02/2017.STF: SIM, é possível, em situações excepcionais, 
o reconhecimento do princípio da insignificância
desde que a rádio clandestina opere em baixa
frequência, em localidades afastadas dos grandes
centros e em situações nas quais ficou demons-
trada a inexistência de lesividade. STF. 2ª Turma.
HC 138134/BA, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgado em 7/2/2017 (Info 853).
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA
STJ: SIM STF: NÃO
O STJ já firmou o entendimento de que é possível a 
aplicação do princípio da insignificância ao delito 
de apropriação indébita previdenciária, desde 
que o total dos valores retidos não ultrapasse o 
valor utilizado pela Fazenda Público como limite 
mínimo para que sejam ajuizadas as execuções 
fiscais. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1241697/PR, 
Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 06/08/2013. STJ. 
6ª Turma. RHC 59839/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 
julgado em 07/04/2016.
O bem jurídico tutelado pelo delito de apropria-
ção indébita previdenciária é a subsistência 
financeira da Previdência Social. Logo, não 
há como afirmar-se que a reprovabilidade da 
conduta atribuída ao paciente é de grau reduzi-
do, considerando que esta conduta causa prejuí-
zo à arrecadação já deficitária da Previdência 
Social, configurando nítida lesão a bem jurídico 
supraindividual. O reconhecimento da atipicida-
de material nesses casos implicaria ignorar esse
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preocupante quadro. STF. 1ª Turma. HC 102550, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/09/2011. STF. 
2ª Turma. RHC 132706 AgR, Rel. Min. Gilmar 
Mendes, julgado em 21/06/2016.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
STJ: NÃO STF: SIM
Súmula 599-STJ.
Há julgados da 2ª Turma admitindo a aplicação 
do princípio mesmo em outras hipóteses além do 
descaminho.
PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL
STJ: NÃO STF: SIM
A jurisprudência de ambas as turmas do STJ 
firmou entendimento de que o crime de posse 
de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei 
nº 11.343/06) é de perigo presumido ou abstrato 
e a pequena quantidade de droga faz parte da 
própria essência do delito em questão, não lhe 
sendo aplicável o princípio da insignificância
STF: possui um precedente isolado, da 1ª Turma, 
aplicando o princípio:
CRIMES PRATICADOS POR PREFEITOS
STJ: NÃO STF: SIM
Possui precedentes afirmando que não é possível 
a aplicação do princípio da insignificância a 
prefeito, em razão mesmo da própria condição 
que ostenta, devendo pautar sua conduta, à 
frente da municipalidade, pela ética e pela moral, 
não havendo espaço para quaisquer desvios de 
conduta.
Possui julgados entendendo ser possível.
#RESUMINDO #COLANARETINA #RELERPARAREFORÇAR
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APLICABILIDADE INAPLICABILIDADE DIVERGÊNCIAS
Furto simples, crimes contra a 
ordem tributária e descami-
nho (STJ e STF: 20 mil reais); 
“Flanelinha” e exercício da 
profissão sem registro no órgão 
competente.
lesão corporal; roubo; tráfico 
de drogas; moeda falsa e 
outros crimes contra a fé 
pública; contrabando, estelio-
nato contra o INSS, envolvendo 
FGTS ou envolvendo seguro-
-desemprego; violação de 
direito autoral; posse ou porte
de arma de fogo/munição
(Cuidado com a exceção: porte
ilegal de uma munição como
pingente); delitos praticados em
violência doméstica; provedor
clandestino de internet sem fio.
Crimes ambientais, Crimes 
cometidos por prefeitos (STF 
já admitiu, STJ não); Apropria-
ção indébita previdenciária 
(STF já admitiu, STJ afasta); 
Porte de droga para consumo 
pessoal (STF tem um preceden-
te isolado); Crimes contra 
Administração Pública (STJ 
afasta, STF já admitiu); Rádio 
comunitária clandestina (STF 
admite em rádios com baixa 
frequência e em locais afastados 
dos grandes centros, quando 
demonstrada a inexistência 
de lesividade – Info 853.O STJ, 
por sua vez, não admite); furto 
qualificado (em alguns casos 
o STJ já admitiu o princípio da
insignificância, como no furto
qualificado pelo concurso de
pessoas).
#VAICAIR: Com relação à polêmica sobre os crimes contra a Administração Pública, o STJ, em 
novembro de 2017, editou a Súmula nº 599:
SÚMULA 599 DO STJ:O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a admi-
nistração pública.
#MAISUMA O STJ recentemente editou súmula em relação ao delito de rádio clandestina:
Súmula 606-STJ: Não se aplica o princípio da insignificância aos casos de transmissão clan-
destina de sinal de internet via radiofrequência que caracterizam o fato típico previsto no 
artigo 183 da lei 9.472/97.
#CUIDADO: Nos crimes ambientais, há divergência no STF sobre a possibilidade de aplicação do 
princípio da insignificância quanto à pesca ilegal.
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#AJUDAMARCINHO: A Lei de Crimes Ambientais tipifica a pesca ilegal, nos seguintes termos: “Art. 
34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão compe-
tente:” Se a pessoa é flagrada sem nenhum peixe, mas portando consigo equipamentos de pesca,
em um local onde esta atividade é proibida, ela poderá ser absolvida do delito do art. 34 da Lei de
Crimes com base no princípio da insignificância?
2ª TURMA DO STF 2ª TURMA DO STF
SIM. É possível aplicar o princípio da insignifi-
cância para crimes ambientais.
NÃO. Não é possível aplicar o princípio da insignifi-
cância para crimes ambientais.
Ex.: pessoa encontrada em uma unidade de 
conservação onde a pesca é proibida, com 
vara de pescar, linha e anzol, conduzindo 
uma pequena embarcação na qual não havia 
peixes.
Na estação ecológica, os servidores do IBAMA 
encontraram uma pequena embarcação com um 
indivíduo. Apesar de não estar com peixes, ele 
estava com vara de pescar, linha e anzol. O pescador 
foi autuado administrativamente pelo IBAMA por 
pesca ilegal, e o MP ofereceu denúncia contra ele, 
pela prática do crime previsto no art. 34, caput, da 
Lei nº 9.605/98.
STF. 2ª Turma. Inq 3788/DF, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, julgado em 1°/3/2016 (INFO 816 DO 
STF)
STF. 2ª Turma. RHC 125566/PR e HC 127926/SC, Rel. 
Min. Dias Toffoli, julgados em 26/10/2016 (INFO 
845 DO STF)
» Princípio da Culpabilidade:
Possui três consequências materiais:
a) Não há responsabilidade penal objetiva;
b) A responsabilidade penal é pelo fato praticado e não pelo autor;
c) A culpabilidade é a medida da pena.
» Princípio da Exclusiva Proteção de Bens Jurídicos:
O Direito Penal possui como função a proteção de bens jurídicos mais relevantes para a sociedade.
Assim, o Estado não pode utilizar o Direito Penal para tutelar a moral, a religião, os valores ideológicos 
etc., sob pena de prevalecer a intolerância. 
» Princípio da Proporcionalidade:
O princípio da proporcionalidade adveio do direito alemão. É chamado de razoabilidade (direito
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italiano) ou de convivência das liberdades públicas (direito norte-americano). É desdobramento lógico do 
Princípio da Individualização da Pena. Em síntese, o que a proporcionalidade impõe é que a pena seja 
proporcional à gravidade da infração penal.
Não é possível analisar esse princípio sob uma única ótica. Há dois aspectos fundamentais. Vamos 
conferir?
• Garantismo negativo: proibição contra os excessos do Estado. Não se pode punir mais do que o
necessário para a proteção de um bem jurídico.
• Garantismo positivo: proibição da proteção insuficiente do bem jurídico.
» Princípio da Pessoalidade ou da intranscendência da Pena:
A pena deve ser aplicada somente ao autor do fato e não a terceiros.
CF, art. 5, XLV - Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar 
o dono e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL
TEMPO DO 
CRIME:
Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão, aindaque outro seja o momento do resultado.
#SELIGANASUMULA SÚMULA 711 DO STF: Nos casos de crime continuado, 
permanente ou habitual, aplica-se a lei mais grave, se vigente antes de cessada 
a continuidade, permanência ou habitualidade.
LUGAR DO 
CRIME
Teoria da ubiquidade: considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu 
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado). 
#NÃOCONFUNDA: Com o artigo 70 do CPP, que adota a teoria do resultado no 
que diz respeito à competência para julgar crimes.
#DECORE #OLHAOMACETE: LUTA: Lugar = Ubiquidade / Tempo = Atividade.
LEI PENAL NO ESPAÇO
REGRA TERRITORIALIDADE: consiste na aplicação da lei brasileira aos crimes pratica-dos no Brasil (art. 5º, CP).
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EXCEÇÃO
EXTRATERRITORIALIDADE: na qual 
aplica-se a lei brasileira a crimes (não 
inclui contravenção penal) praticados 
no exterior.
INCONDICIONADA (art. 7º, I, CP)
CONDICIONADA (art. 7º, II, CP)
HIPERCONDICIONADA (art. 7º, §3°, 
CP)
#ATENÇÃO diz-se que o Código Penal adotou a Teoria da Territorialidade mitigada ou temperada.
LEI PENAL NO TEMPO
REGRA
PRINCÍPIO DA ATIVIDADE: A lei é aplicada aos fatos praticados durante a sua vigência.
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL: Em regra, a lei penal não retroage para alcançar 
fatos anteriores a sua vigência.
EXCEÇÕES
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA: A lei nova mais benéfica retroage, de 
forma que será aplicada aos fatos criminosos praticados antes de sua entrada em vigor. 
Ex: ABOLITIO CRIMINIS: lei nova que deixa de considerar um fato como criminoso, 
aplica-se inclusive aos processos já transitados em julgado. Nesse caso, a competência 
será do juiz das execuções penais.
ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA: A lei mais benéfica, quando revogada, 
continua a reger os fatos praticados durante a sua vigência.
#ATENÇÃO LEX TERTIA: é a combinação de aspectos mais benéficos de mais de uma lei, criando 
uma terceira lei. É vedada (súmula 501 do STJ).
#SELIGA Princípio da descontinuidade normativo-típica ou da transmudação geográfica: Pode 
ocorrer a revogação formal da lei sem que ocorra a abolitio criminis, em razão de inexistir a descon-
tinuidade normativo-típica. Como exemplo, pode ser citado o crime de atentado violento ao pudor 
(CP, art. 214), que passou a ser considerado como estupro (CP, art. 213).
#NÃOCONFUNDA Em relação às normas processuais penais não se aplica a retroatividade, vigora 
o princípio do tempus regit actum.
LEI PENAL
ESPECIAL:
Leis que tratam de matéria penal, mas que estão fora do Código Penal. Ex: Lei 
de drogas.
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LEI PENAL 
TEMPORÁRIA:
É a que tem vigência predeterminada no tempo. Ex. Lei nº 12.663/12 (Lei Geral 
da Copa do Mundo de Futebol de 2014).
LEI PENAL 
EXCEPCIONAL:
São aquelas que são produzidas para vigorar durante determinada situação. Ex: 
Uma lei definindo crimes durante o período de intervenção federal no estado 
do Rio de Janeiro.
#ATENÇÃO A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência 
(art. 3, CP). 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL X ANALOGIA
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ANALOGIA
Existe norma para o caso 
concreto
Existe norma para o caso 
concreto
Não existe norma para o caso 
concreto
Amplia-se o alcance. Ex: na 
palavra “arma” – art. 157, § 2° 
do CP.
O legislador previu uma fórmula 
genérica, permitindo ao juiz 
encontrar outras.
Pode ser prejudicial ao réu.
Ex. art. 121, §2º, I - median-
te paga ou promessa de 
recompensa, ou por outro 
motivo torpe (qualificadora do 
homicídio);
No caso em que há lacuna 
(caso omisso), o juiz aplica, por 
analogia (por assemelhação), 
uma lei que trata sobre o caso 
semelhante.
Não pode ser prejudicial ao réu 
(in malam partem).
OBS: também chamada de 
analogia legal ou “legis”.
Ex. adolescente estuprada 
que pretende interromper a 
gestação do seu feto pode 
fazer uso do aborto sentimen-
tal previsto no art. 128, II, CP, 
apesar deste não ter sido 
editado quando da previsão 
legal do estupro de vulnerá-
vel, portanto, não abrangen-
do essa hipótese. #CUIDADO: 
A analogia não é forma de 
interpretação da lei
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penal, mas sim técnica de 
integração ou colmatação 
do ordenamento jurídico. 
A lei pode ter lacunas, mas 
não o ordenamento jurídico. 
Trata-se de aplicação, ao caso 
não previsto em lei, de norma 
reguladora de caso semelhante. 
Não se aplica às leis excepcio-
nais, justamente em razão de 
seu caráter extraordinário.
PRINCÍPIOS PARA SOLUCIONAR O CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS (#MNEMÔNI-
CO SECA)
SUBSIDIARIEDADE
Atua no plano concreto. O crime tipificado pela lei subsidiária, além de menos 
grave do que o narrado pela lei primária, dele também difere quanto à forma 
de execução, já que corresponde a uma parte deste. Em outras palavras, a 
figura subsidiária está inserida na principal. No princípio da subsidiariedade 
a comparação sempre deve ser efetuada no caso concreto, buscando-se a 
aplicação da lei mais grave. A subsidiariedade pode ser tanto expressa (por 
exemplo, disparo de arma de fogo), como tácita.
ESPECIALIDADE
Sua aferição se estabelece em abstrato, ou seja, para saber qual lei é geral 
e qual é especial, prescinde-se da análise do fato praticado. Pouco importa 
também a quantidade de sanção penal reservada para as infrações penais. A 
comparação entre as leis não se faz da mais grave para a menos grave, pois 
a lei específica pode narrar um ilícito penal mais rigoroso ou mais brando.
CONSUNÇÃO
Também é analisado no plano concreto. Difere-se da subsidiariedade em dois 
aspectos. Na regra da subsidiariedade, em função do fato concreto pratica-
do, comparam-se as leis para saber qual é a aplicável. Por seu turno, na 
consunção, sem buscar auxílio nas leis, comparam-se os fatos, apurando-se 
que o mais amplo, completo e grave consome os demais. O fato principal 
absorve o acessório, sobrando apenas a lei que o disciplina. Lei consuntiva é 
aquela que define o todo, o fato mais amplo. Lei consumida define a parte, o 
fato menos amplo. A consunção é aplicada nos casos de crimes progressivos, 
na progressão criminosa ou nos atos impuníveis.
#EXEMPLIFICACOACH: Na subsidiariedade, o constrangimento ilegal só pode 
ser praticado se houver a ameaça. Um crime está obrigatoriamente dentro
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do outro, a ameaça é elemento do constrangimento ilegal. Por outro lado, na 
consunção, tomemos como exemplo a lesão corporal e o homicídio. A lesão 
corporal não é um elemento do homicídio. O homicídio pode ser praticado 
por outro modo que não a lesão corporal. Um crime não está obrigatoria-
mente dentro do outro, comparam-se os fatos.
SÚMULA 17 DO STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido.
#DEOLHONAJURIS: um crime não pode ser absorvido por uma contraven-
ção penal.
CRIME PROGRESSIVO PROGRESSÃO CRIMINOSA
A intenção do agente é, desde 
o início, cometer o crime mais
grave. Ex.: objetiva cometer um 
homicídio. Contudo, para se chegar 
até o homicídio, ocorre primeiro 
a lesão corporal (crime de ação 
de passagem). Pela consunção, a 
lesão corporal é absorvida pelo 
homicídio.
Há uma mudança no ânimo do 
agente. Ex.: ele deseja inicialmente 
causar lesão corporal. Contudo, 
durante a execução muda de 
intenção e acaba cometendo 
o homicídio. Pela consunção, a
lesão corporal é absorvida pelo
homicídio.
ALTERNATIVIDADE
Se refere aos crimes plurinucleares, ou seja, aqueles crimes que apresentam 
vários verbos, a exemplo do artigo 33, caput, da Lei n. 11.343/2006. A prática 
de mais de uma dessas condutas configura crime único, podendo a pena 
ser majorada em razão dos váriosnúcleos praticados na fase da dosimetria 
da pena. É também chamado de “tipo penal misto alternativo”. #NÃOCON-
FUNDIR com o princípio da alteridade, segundo o qual não se deve punir 
condutas que prejudicam apenas o próprio agente. Ex: autolesão.
TEORIA DO DELITO
TEORIAS DO DELITO
SISTEMA CLÁSSICO (POSITIVISMO JURÍDICO)
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
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Conduta: movimento corporal 
voluntário;
Resultado naturalístico;
Relação de causalidade;
Tipicidade
Relação de contrariedade entre 
o fato e o direito
Imputabilidade
Dolo normativo ou culpa – inclui 
a consciência atual da ilicitude
Teoria psicológica
SISTEMA NEOCLÁSSICO / NEOKANTISMO
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
Conduta: ao invés de ação, 
prefere-se comportamento, 
abrangendo omissão (adota 
teoria causalista para o 
conceito de crime, agregando 
ao tipo dados valorativos -
Resultado naturalístico;
Relação de causalidade;
Tipicidade
Relação de contrariedade entre 
o fato e o direito
Imputabilidade
Dolo normativo ou culpa - inclui 
a consciência atual da ilicitude
Exigibilidade de conduta 
diversa
Teoria psicológica-normativa 
da culpabilidade
SISTEMA FINALISTA
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
Conduta - dolo e culpa (o dolo 
é natural, pois não contém a 
consciência da ilicitude);
Resultado naturalístico;
Relação de causalidade;
Tipicidade.
Relação de contrariedade entre 
o fato e o direito
Potencial consciência da ilicitu-
de
Exigibilidade de conduta diversa
Teoria normativa pura.
Imputabilidade
Teoria normativa pura.
Imputabilidade
#ATENÇÃO O FUNCIONALISMO busca explicar as funções do direito penal e não apenas 
conceituar o crime em si. Temos duas principais espécies:
FUNCIONALISMO MODERADO OU DUALIS-
TA DE ROXIN
FUNCIONALISMO SISTÊMICO OU RADICAL 
DE JAKOBS
O Direito Penal tem limites impostos pelo 
próprio direito penal e demais ramos do direito.
O Direito Penal só reconhece os limites impostos 
pelo próprio Direito Penal.
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A função do Direito Penal é tutelar os bens 
jurídicos. O Direito Penal se ajusta à sociedade.
A função do Direito Penal é punir, aplicar a 
norma. A sociedade é que deve ajustar-se ao 
Direito Penal.
Tem como norte a política criminal. Direito Penal do inimigo.
ELEMENTOS DO FATO TÍPICO (TIPICIDADE)
Conduta
Resultado
Nexo Causal
Tipicidade Formal e Material
#SELIGA A tipicidade penal é formada pela tipicidade formal + tipicidade material. A tipicidade 
formal é o juízo de subsunção/adequação entre o fato e a norma. O fato praticado na vida real se 
encaixa no modelo de crime previsto pela norma penal. A tipicidade formal não é suficiente, sendo 
necessária a tipicidade material, expressada na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penal-
mente protegido. O princípio da insignificância exclui a tipicidade material. 
TEORIAS DA TIPICIDADE
TEORIA DO TIPO AVALORADO/TIPO 
MERAMENTE DESCRITIVO:
Fato típico não constitui emissão de valor sobre 
ilicitude.
TEORIA INDICIÁRIA DO TIPO (RATIO 
COGNOSCENDI):
Trata-se da teoria majoritariamente aceita. 
Coloca a tipicidade como ratio cognoscendi, 
sendo vista, portanto, como um indício da 
ilicitude. Todo fato típico também é presumi-
damente ilícito, operando-se uma presunção 
relativa de ilicitude. O efeito prático da teoria 
indiciária é a inversão do ônus da prova no 
tocante as excludentes da ilicitude.
TEORIA DA RATIO ESSENDI:
Fato típico e ilícito seria um elemento só.
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TEORIA DA TIPICIDADE CONGLOBANTE 
(ZAFFARONI):
Tipicidade legal + antinormatividade. Para 
que uma conduta seja crime é necessário que 
seja proibida pelo ordenamento jurídico global-
mente considerado. Antecipa a análise de 
excludentes de ilicitude: exercício regular de 
direito e o estrito cumprimento do dever legal 
são analisados como causas excludentes da 
tipicidade penal.
TEORIAS DA CONDUTA
Teoria Causalista
Conduta é um movimento corporal (ação) 
voluntário que produz uma modificação no 
mundo exterior perceptível pelos sentidos.
Teoria Neokantista
Conduta é um comportamento (ação ou 
omissão) voluntário que produz uma modifica-
ção no mundo exterior perceptível pelos sentidos.
Teoria Finalista (Welzel) #IMPORTANTE
Conduta é um comportamento humano voluntá-
rio psiquicamente dirigido a um determinado 
fim. Por essa teoria, o dolo e a causa compõe 
o elemento “conduta”. Foi a teoria adotada
pelo nosso Código Penal.
Teoria cibernética da ação (Welzel)
Foi criada para explicar o elemento vontade 
(controle da vontade) nos crimes culposos. 
Afirmava Welzel que a vontade estava no resulta-
do e não na conduta.
Teoria significativa da ação (Vivés Anton) Valoriza o significado da ação em um contexto social em detrimento da vontade do agente.
Teoria Social da Ação (Wessels) Conduta é um comportamento humano voluntá-rio dirigido a um fim socialmente reprovável.
Funcionalismo Moderado (Roxin)
Conduta aparece como comportamento humano 
voluntário, causador de relevante e intolerável 
lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado 
pela norma penal.
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Funcionalismo Radical (Jakobs)
Conduta é comportamento humano voluntário 
causador de um resultado evitável, violador do 
sistema, frustrando as expectativas normativas.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CONDUTA:
Caso fortuito (homem) ou força maior (natureza).
Atos ou movimentos reflexos. #ATENÇÃO Não se confundem com as ações em curto circuito 
que são explosões emocionais repentinas (há conduta e crime, em regra).
Coação Física irresistível (#OLHAOGANCHO Se for resistível, é atenuante).
Sonambulismo e Hipnose
#ATENÇÃO Não há crime sem conduta, pois o Direito Penal do fato não aceita os crimes de mera 
suspeita, isto é, aqueles em que o agente não é punido por sua conduta, mas sim pela suspeita 
despertada pelo seu modo de agir.
Relação de causalidade 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu 
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independente 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
A relação de causalidade ou nexo causal pode ser conceituado com o vínculo formado entre a 
conduta praticada pelo agente ativo de um crime e o resultado por ele produzido. É através dela que se 
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conclui se o resultado foi ou não provocado pela conduta, autorizando, desde que presente a tipicidade 
(adequação do fato à norma) a configuração da tipicidade.
Encontra previsão legal no artigo 13 e parágrafo primeiro, do Código Penal, onde está expresso que 
o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa, sendo
esta a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, bem como de que a superveniência
de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultados, impu-
tando-se os fatos anteriores a quem os praticou. A relação de causalidade, portanto, está relacionada
aos crimes materiais, compostos pelos delitos em que o tipo penal descreve uma conduta e um resultado
naturalístico, exigindo a produção deste para a consumação.
» Teorias:
1. Equivalência dos Antecedentes Causais:
No art. 13, caput, do CP, foiadotada a teoria da equivalência dos antecedentes causais, ou teoria da 
conditio sine qua non, criada por Glaser, e posteriormente desenvolvida por Von Buri e Stuart Mill. 
Para esta teoria, causa é todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido, quando ocor-
reu e como ocorreu. Toma como base o processo hipotético de eliminação de Thyrén para se constatar 
se algum acontecimento deve ser inserido ou não no conceito de causa. 
2. Teoria da Causalidade Adequada:
No art. 13, §1°, do CP, foi adotada a teoria da causalidade adequada, que teve origem nos estudos 
de Von Kries. Segundo esta teoria, causa é o antecedente não só necessário, mas adequado à produção 
do resultado. 
3. Teoria da Imputação Objetiva:
Em uma perspectiva clássica, o tipo penal apresentava apenas aspectos objetivos, representados 
na relação de causalidade. Buscando resolver esse problema, o sistema finalista conferiu ao tipo penal 
também uma feição subjetiva, com a inclusão na conduta do dolo e da culpa. Para os adeptos da teoria 
da imputação objetiva, contudo, o sistema finalista, ao liminar o tipo objetivo à relação de causalidade, 
de acordo com a teoria da equivalência dos antecedentes, não resolve todos os problemas inerentes à 
imputação.
Buscando solucionar tal problema, a teoria da imputação objetiva inseriu no tipo objetivo, dois 
novos elementos, quais sejam, a criação de um risco proibido e a realização do risco no resultado, além 
da já presente causalidade. A criação do risco proibido considera perigosa a ação que, aos olhos de um 
observador objetivo dotado dos conhecimentos especiais do autor, situado no momento da prática da 
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ação, gere real possibilidade de dano para um determinado bem. Ademais, para que o resultado possa 
ser atribuído ao agente, o risco proibido por ele criado deve ser realizado no resultado.
A teoria da imputação objetiva está intimamente ligada ao funcionalismo penal, pois este questiona 
a validade do conceito de conduta desenvolvido pelos sistemas clássicos e finalista, sendo que ao conce-
ber o Direito como regulador da sociedade, delimita o âmbito das expectativas normativas de conduta, 
vinculando-se à teoria em comento.
Para o funcionalismo teleológico de Claus Roxin, parte-se da premissa de uma ideia a respeito do 
Direito Penal, identificada como a proteção subsidiária de bens jurídicos mais relevantes e a respeito 
da pena, que vem a ter um caráter preventivo geral e especial, para chegar a composição de um novo 
modelo de sistema de imputação.
Já o funcionalismo sistêmico de Gunther Jakobs trabalha com a ideia central de competência e papel 
social, sendo que em relação à imputação objetiva, com fundamento no argumento segundo o qual, o 
comportamento social do homem é vinculado a papeis, traça quatro instituições -penais sobre as quais 
desenvolve a referida teoria, quais sejam; risco permitido, princípio da confiança, proibição do regresso e 
competência ou capacidade da vítima.
APLICAÇÃO PRÁTICA: Rumoroso caso do afogamento em piscina de um jovem, em uma festa de 
formatura, onde havia livre trânsito de substâncias psicotrópicas. O MP denunciou todos os integrantes 
da comissão de formatura, o que foi rechaçado pelo STJ, nos seguintes termos: “4. Ainda que se admita 
a existência de relação de causalidade entre a conduta dos acusados e a morte da vítima, à luz 
da teoria da imputação objetiva, necessária é a demonstração da criação pelos agentes de uma 
situação de risco não permitido, não-ocorrente, na hipótese, porquanto é inviável exigir de uma 
Comissão de Formatura um rigor na fiscalização das substâncias ingeridas por todos os partici-
pantes de uma festa”. (HC 46.525/MT, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado 
em 21/03/2006, DJ 10/04/2006, p. 245).
» Concausas:
É a convergência de uma causa externa à vontade do autor da conduta, influindo na produção do
resultado naturalístico por ele desejado e posicionando-se paralelamente ao seu comportamento, omis-
sivo ou comissivo. 
#SELIGANATABELA:
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Causa Dependente Causa independente
Emana da conduta do agente, se insere no curso 
normal do desenvolvimento causal.
Não exclui a relação de causalidade. 
Há dependência entre os acontecimentos. 
Foge da linha normal de desdobramento da 
conduta. Aparecimento é inesperado e imprevi-
sível. 
Capacidade por si só de produzir o resultado.
Pode ser absoluta ou relativamente independen-
te a depender da sua origem. 
Classificação da causa independente em razão da origem:
Causa absolutamente independente Causa relativamente independente
Não se originam da conduta do agente.
Se originam da conduta do agente. 
Essas causas não existiriam sem a conduta do 
agente. 
Podem ser: preexistentes, concomitantes e 
supervenientes
Podem ser: preexistentes, concomitantes e 
supervenientes. 
Efeito jurídico (em todas as modalidades): agente 
não responde pelo resultado naturalístico, mas 
somente pelo seu dolo (atos até então pratica-
dos).
Efeito jurídico:
1. preexistente e concomitante: o agente respon-
de pelo resultado naturalístico
2. superveniente:
2.1. que produzem por si só o resultado: agente 
não responde pelo resultado naturalístico, mas 
somente pelo seu dolo (atos até então pratica-
dos). Rompimento do nexo causal. Art. 13, §1º, 
CP (teoria da causalidade adequada). Exemplo: 
acidente com a ambulância que transportava o 
enfermo. 
2.2. que não produzem por si só o resultado: 
agente responde pelo resultado naturalístico. 
Exemplo: omissão no tratamento médico após 
um ato de atentado contra a vida da vítima. 
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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA – ARREPENDIMENTO EFICAZ E POSTERIOR
» Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz:
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resul-
tado se produza, só responde pelos atos já praticados.
São formas de tentativa abandonada, ou seja, a consumação do crime não ocorre em razão da 
vontade do agente. A natureza jurídica da desistência voluntária e do arrependimento eficaz majoritaria-
mente na jurisprudência é de causa de exclusão da tipicidade.
Na desistência voluntária, o agente voluntariamente interrompe o processo executório do crime, 
abandonando a prática dos demais atos necessários e que estavam à sua disposição para a consumação. 
Diferencia-se da tentativa através da Fórmula de Frank (#SELIGANONOME), pois na desistência 
voluntária o agente pode prosseguir, mas não quer, enquanto na tentativa o agente quer prosseguir, mas 
não pode.
No arrependimento eficaz, o agente já praticou todos os atos executórios suficientes à consumação 
do crime, mas adota providências aptas a impedir a produção do resultado. Possível somente nos crimes 
materiais (que necessitam de resultado). 
#ATENÇÃO
A desistência voluntária e arrependimento eficaz são comunicáveis no concurso de pessoas?
1ª corrente: caráter subjetivo dos institutos, não se comunicam. 
2ª corrente: caráter misto (objetivo e subjetivo), se comunicam. (#DOMINANTE)
#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #AJUDAMARCINHO
O instituto do arrependimento eficaz e da desistência voluntária somente são aplicáveis a delito que 
não tenha sido consumado. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1549809/DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis 
Moura, julgado em 02/02/2016.
» Arrependimento Posterior:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou resti-
tuída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será 
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reduzida de um a dois terços.
É a causa pessoal e obrigatória de diminuição da pena que ocorre quando o responsável pelo crime 
praticado sem violência à pessoa ou grave ameaça, voluntariamente e até o recebimento da denúnciaou 
queixa, restitui a coisa ou repara o dano provocado por sua conduta. Seus fundamentos são a proteção 
da vítima e o fomento ao arrependimento por parte do agente. 
#OLHAOGANCHO: 
Em regra, o arrependimento deve ser integral, mas o STF já admitiu o arrependimento posterior na 
reparação parcial do dano.
Há comunicabilidade aos demais coautores e partícipes em razão de sua natureza objetiva. 
O índice de redução da pena em função da maior ou menor celeridade no ressarcimento do prejuí-
zo à vítima.
#VAIMARCINHO #DIZERODIREITO 
Não se aplica o instituto do arrependimento posterior (art. 16 do CP) para o homicídio culposo na 
direção de veículo automotor (art. 302 do CTB) mesmo que tenha sido realizada composição civil 
entre o autor do crime a família da vítima. Para que seja possível aplicar a causa de diminuição de 
pena prevista no art. 16 do CP é indispensável que o crime praticado seja patrimonial ou possua 
efeitos patrimoniais. O arrependimento posterior exige a reparação do dano e isso é impossível 
no caso do homicídio. STJ. 6ª Turma. REsp 1561276-BA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
28/6/2016 (Info 590).
Desse modo, os crimes contra a fé pública, semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em 
geral, são incompatíveis com o instituto do arrependimento posterior, dada a impossibilidade mate-
rial de haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída. STJ. 6ª Turma. REsp 
1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, 
julgado em 18/11/2014 (Info 554). 
CRIME IMPOSSÍVEL
» Crime Impossível:
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impro-
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priedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, jamais ocorrerá 
a consumação. No crime impossível não há perigo ao bem jurídico penalmente tutelado. Tem natu-
reza jurídica de causa de exclusão da tipicidade. 
Teorias sobre o crime impossível:
1. Teoria Sintomática: Preocupa-se com a periculosidade do autor. Justifica-se em qualquer caso a
aplicação de medida de segurança. 
2. Teoria Subjetiva: Leva em conta a intenção do agente.
3. Objetiva Pura: Quando nenhum bem jurídico foi lesado ou exposto. Mas não importa se a inido-
neidade do meio ou do objeto é absoluta ou relativa. 
4. Objetiva Temperada: Haverá crime impossível quando a inidoneidade do meio ou a improprie-
dade do objeto for absoluta. #ADOTADAPELOCP
#DEOLHONASSÚMULAS
Súmula 145-STF. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a 
sua consumação. 
Súmula 567-STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de 
segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração 
do crime de furto.
#MAISJURISPRUDÊNCIA
O STF em julgamento do dia 22/08/17, publicado em 06/02/2018, entendeu que a Súmula 567 do 
STJ pode ser relativizada a depender do caso concreto. vejamos a ementa do julgado: 
Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Furto simples tentado. Artigo 155, caput, em combinação 
com o art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Conduta delituosa praticada em loja de departamento. 
Estabelecimento vítima que exerceu a vigilância direta sobre a conduta do paciente. Acompanhamen-
to ininterrupto de todo o iter criminis. Ineficácia absoluta do meio empregado para a consecução do 
delito, dadas as circunstâncias do caso concreto. Crime impossível caracterizado. Artigo 17 do Código 
Penal. Atipicidade da conduta. Recurso provido. Com fundamento diverso, votaram pelo provimento 
do recurso os eminentes Ministros Celso de Mello e Edson Fachin. 1. A forma específica mediante 
a qual os funcionários do estabelecimento vítima exerceram a vigilância direta sobre a conduta do 
paciente, acompanhando ininterruptamente todo o iter criminis, tornou impossível a consumação 
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do crime, dada a ineficácia absoluta do meio empregado. Tanto isso é verdade que, no momento 
em que se dirigia para a área externada do estabelecimento comercial sem efetuar o pagamento do 
produto escolhido, o paciente foi abordado na posse do bem, sendo esse restituído à vítima. 2. De 
rigor, portanto, diante dessas circunstâncias, a incidência do art. 17 do Código Penal, segundo o qual 
“não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime”. 3. Esse entendimento não conduz, automaticamente, à 
atipicidade de toda e qualquer subtração em estabelecimento comercial que tenha sido monitorada 
pelo corpo de seguranças ou pelo sistema de vigilância, sendo imprescindível, para se chegar a essa 
conclusão, a análise individualizada das circunstâncias de cada caso concreto. 4. Recurso provido 
para conceder a ordem de habeas corpus, reconhecendo-se a atipicidade da conduta imputada ao 
paciente na Ação Penal 0000802-76.2016.8.24.0039, com fundamento no art. 17 do Código Penal. 5. 
Com fundamento diverso, votaram pelo provimento do recurso os eminentes Ministros Celso de Mello 
e Edson Fachin.
TEORIA DO ERRO
ERRO DE TIPO
Trata-se de uma falsa percepção da realidade, em que o agente não sabe o que faz. Possui previsão 
expressa no art. 20 do Código Penal, podendo o erro recair sobre circunstâncias essenciais (erro 
essencial) ou agregadas ao tipo penal (erro acidental).
ERRO 
DE TIPO 
ESSENCIAL
EVITÁVEL Exclui o dolo, mas admite a responsabilidade a título de culpa, se prevista em lei.
INEVITÁVEL Exclui o dolo e a culpa.
ERRO 
DE TIPO 
ACIDEN-
TAL
ERRO SOBRE A 
PESSOA
Art. 20, CP: O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é 
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as 
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra 
quem o agente queria praticar o crime. Ex. agente que pretende 
ceifar a vida de A, mas termina por cometer o homicídio contra 
seu irmão gêmeo, crendo ser A.
ERRO SOBRE O 
OBJETO
Agente projeta sua conduta sobre um objeto, mas na realidade 
incide sobre coisa diversa. Ex. Acredita que está furtando um 
relógio de ouro, mas é uma bijuteria.
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ERRO SOBRE O 
NEXO CAUSAL 
ou ABERRATIO 
CAUSAE
O engano é no tocante à causa do crime. O resultado buscado 
pelo agente ocorreu em razão de um acontecimento diverso 
daquele que ele inicialmente idealizou. Ex. A empurra B da 
ponte para matá-lo afogado. B vem a falecer, mas não por asfixia 
derivada do afogamento, mas sim em decorrência do trauma-
tismo craniano, pois se chocou com uma pedra antes de ter 
contato com a água.
ERRO NA 
EXECUÇÃO ou 
ABERRATIO 
ICTUS
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de 
execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que preten-
dia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse 
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no 
§ 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art.
70 deste Código.
RESULTADO 
DIVERSO DO 
PRETENDIDO 
ou ABERRATIO 
CRIMINIS
Erro na execução com unidade complexa, com resultado duplo: 
é a situação descrita pelo art. 73, in fine, do Código Penal, na 
qual o sujeito, além de atingir a pessoa inicialmente desejada, 
ofende também pessoa ou pessoas diversas.
ERRO SOBRE A 
PESSOA
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente 
ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do 
pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto 
como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, 
aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
ERRO SOBRE O 
OBJETO
Exemplo: Ciclano joga uma pedra na vidraça de seu rival, mas 
acaba atingindo pedestre que passava naquele momento.O 
agente, em razão do erro, acaba por atingir bem jurídico diverso.
ERRO DE PROIBIÇÃO
No erro de proibição o agente sabe exatamente o que está fazendo, mas desconhece a 
ilicitude do fato. Não é que o agente ignore os termos da lei, até porque o art. 21, “caput”, do CP, 
considera que “o desconhecimento da lei é inescusável”, não admitindo, portanto, a ignorantia legis. 
No erro de proibição, o agente apesar de saber dos termos da lei, desconhece ou interpreta mal o 
seu conteúdo, ou seja, não compreende com clareza seu caráter ilícito.
EVITÁVEL Causa de diminuição de pena de 1/6 até 1/3.
INEVITÁVEL Isenção de pena.
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ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO
O agente não sabe o que faz.
O agente sabe o que faz, mas pensa que sua 
conduta é lícita, quando, na verdade, é proibi-
da.
É o erro incidente sobre os elementos objetivos 
do tipo É o erro quanto à ilicitude da conduta
Trata-se da má interpretação sobre os FATOS. 
Recai sobre os requisitos ou elementos fático-
-descritivos do tipo, como também sobre
requisitos jurídico-normativos do tipo.
Afasta a POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA 
ILICITUDE, que é requisito da culpabilidade. 
Não há erro sobre a situação de fato, já que 
essa está incontestável, mas não há a exata 
compreensão sobre os LIMITES JURÍDICOS DA 
LICITUDE da conduta.
Exclui sempre o DOLO, se poderia ser evitado 
(inescusável), responde pela culpa, caso haja 
previsão da forma culposa do delito.
Exclui a CULPABILIDADE, se INEVITÁVEL ou 
ESCUSÁVEL.
Diminui a pena, se EVITÁVEL ou INESCUSÁ-
VEL.
Exclui CRIME Exclui PENA
Exemplo: pessoa que levou o carro de outrem 
achando que fosse o seu.
Exemplo: holandês que acreditou que no Brasil 
poderia usar drogas sem que praticasse crime.
14 Concurso de crimes.
SISTEMA DO 
CÚMULO 
MATERIAL: 
Impõe ao juiz a 
soma de todas as 
penas dos crimes 
praticados pelo 
réu.
CONCURSO DA 
PENA DE MULTA
Art. 72. No concurso de crimes, as penas de multa são 
aplicadas distinta e integralmente.
CONCURSO 
MATERIAL
Art. 69. Quando o agente, mediante mais de uma ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou 
não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-
-se primeiro aquela.
CONCUR-
SO FORMAL 
IMPRÓPRIO
Art. 70. 2ª parte (concurso formal imperfeito ou 
impróprio). As penas aplicam-se, entretanto, cumulativa-
mente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concor-
rentes resultam de desígnios autônomos.
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SISTEMA DA 
EXASPERAÇÃO: 
O juiz aplica 
somente uma das 
penas, aumenta-
da de determina-
do percentual.
CONCUR-
SO FORMAL 
PRÓPRIO
Art. 70. 1ª parte (concurso formal próprio ou perfeito) 
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-
-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade (...).
CRIME 
CONTINUADO
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma 
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes 
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe 
a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, 
se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a 
dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas 
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça 
à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilida-
de, os antecedentes, a conduta social e a personalida-
de do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, 
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a 
mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras 
do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
#SELIGANAJURIS #AJUDAMARCINHO
Impossibilidade de aplicação concomitante da continuidade delitiva comum e específica. 
Se reconhecida a continuidade delitiva específica entre estupros praticados contra vítimas diferentes, 
deve ser aplicada exclusivamente a regra do art. 71, parágrafo único, do Código Penal, mesmo que, 
em relação a cada uma das vítimas, especificamente, também tenha ocorrido a prática de crime 
continuado. STJ. 6ª Turma. REsp 1471651-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 13/10/2015 
(Info 573).
Não há continuidade entre o art. 6º da Lei 7.492/86 e o art. 1º da Lei 9.613/98
Não há continuidade delitiva entre os crimes do art. 6º da Lei nº 7.492/86 (Lei dos Crimes contra o 
Sistema Financeiro Nacional) e os crimes do art. 1º da Lei nº 9.613/98 (Lei dos Crimes de “Lavagem” 
de Dinheiro). Não incide a regra do crime continuado na hipótese, pois os crimes descritos nos arts. 
6º da Lei 7.492/86 e 1º da Lei 9.613/98 não são da mesma espécie. STJ. 6ª Turma. REsp 1405989/SP, 
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Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. p/ Acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/08/2015 (Info 569).
Aumento de pena no máximo pela continuidade delitiva em crime sexual
No caso de crime continuado, o art. 71 do CP prevê que o juiz deverá aplicar a pena de um só dos 
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3. O 
STJ entende que, em regra, a escolha da quantidade de aumento de pena deve levar em conside-
ração o número de infrações praticadas pelo agente com base na seguinte tabela: O critério para o 
aumento no crime continuado é o número de crimes praticados: 2 crimes — aumenta 1/6 3 crimes 
— aumenta 1/5 4 crimes — aumenta 1/4 5 crimes — aumenta 1/3 6 crimes — aumenta 1/2 7 ou 
mais — aumenta 2/3 Porém, nem sempre será fácil trazer para os autos o número exato de crimes 
que foram praticados, especialmente quando se trata de delitos sexuais. É o caso, por exemplo, de 
um padrasto que mora há meses ou anos com a sua enteada e contra ela pratica constantemen-
te estupro de vulnerável. Nessas hipóteses, mesmo não havendo a informação do número exato 
de crimes que foram cometidos, o juiz poderá aumentar a pena acima de 1/6 e, dependendo do 
período de tempo, até chegar ao patamar máximo. Assim, constatando-se a ocorrência de diversos 
crimes sexuais durante longo período de tempo, é possível o aumento da pena pela continuidade 
delitiva no patamar máximo de 2/3 (art. 71 do CP), ainda que sem a quantificação exata do núme-
ro de eventos criminosos. STJ. 5ª Turma. HC 311146-SP, Rel. Min. Newton Trisotto (Desembargador 
convocado do TJ-SC), julgado em 17/3/2015 (Info 559).
Roubo praticado em ônibus contra o patrimônio de vários passageiros
O sujeito entra no ônibus e, com arma de fogo em punho, exige que oito passageiros entreguem 
seus pertences (dois desses passageiros eram marido e mulher). O agente irá responder por oito 
roubos majorados (art. 157, § 2º-A, I, do CP) em concurso formal (art. 70). Atenção: não se trata, 
portanto, de crime único. Ocorre concurso formal quando o agente, mediante uma só ação, prati-
ca crimes de roubo contra vítimas diferentes, ainda que da mesma família, eis que caracterizada a 
violação a patrimônios distintos. STJ. 5ª Turma. HC 207.543/SP , Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 
17/04/2012. Nesse caso, o concurso formal é próprio ou impróprio? Concurso formal PRÓPRIO. 
Praticado o crime de roubo mediante uma só ação contra vítimas distintas, no mesmo contexto 
fático, resta configurado o concurso formal próprio, e não a hipótese de crime único, visto que 
violados patrimônios distintos. STJ. 6ª Turma. HC 197684/RJ , Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado 
em 18/06/2012. STJ. 5ª Turma. HC 455.975/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 02/08/2018.
Existe precedente do STJ reconhecendo continuidade entre o art. 168-A e o art. 337-A do CP
Em função da melhor hermenêutica, os crimes descritos nos arts. 168-A e 337-A, apesarde cons-
tarem em títulos diferentes no Código Penal e serem, por isso, topograficamente díspares, refletem 
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delitos que guardam estreita relação entre si, portanto cabível o instituto da continuidade deliti-
va (art. 71 do CP). STJ. REsp 1212911/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 
20/03/2012.
ILICITUDE
CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE
GERAIS (Art. 23 do CP) ESPECÍFICAS SUPRALEGAIS
- Estado de Necessidade
- Legítima Defesa
- Estrito Cumprimento do
Dever Legal
- Exercício Regular do Direito
- Art. 128 do CP
- Art. 37, Lei 9.605/98
- outras
-Consentimento do ofendido
- outras
#CUIDADO: o consentimento do ofendido também pode atuar como excludente de tipicidade, 
quando envolve bem jurídico indisponível e houver necessidade de dissenso da vítima para 
configurar o tipo penal. Exemplo: estupro.
ESTADO DE NECESSIDADE LEGÍTIMA DEFESA
Conflito de vários bens jurídicos diante da 
mesma situação de perigo Ameaça ou ataque a um bem jurídico
Pressupõe: perigo atual + sem destinatário 
certo.
Pressupõe: agressão humana injusta + atual ou 
iminente + com destinatário certo.
Os interesses em conflito são legítimos. Os interesses do agressor são ilegítimos.
Conclusão: cabe estado de necessidade 
contra estado de necessidade.
Conclusão: não cabe legítima defesa contra 
legítima defesa.
#ATENÇÃO: Em relação ao estado de necessidade, o Código Penal adotou a teoria unitária, de 
modo que sempre será uma causa de exclusão de ilicitude (estado de necessidade justifican-
te). Na teoria diferenciadora, é possível que o estado de necessidade configure exclusão de ilici-
tude (estado de necessidade justificante: o bem protegido é de valor superior ao bem sacrifi-
cado) ou exclusão da culpabilidade (estado de necessidade exculpante: o bem protegido é de 
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igual ou menor valor que o bem sacrificado). Atenção: o CPM adotou a teoria diferenciadora.
ESPÉCIES DE LEGÍTIMA DEFESA
LEGÍTIMA DEFESA AGRESSIVA OU ATIVA Pratica um fato previsto em lei
LEGÍTIMA DEFESA DEFENSIVA OU PASSIVA Apenas se defende, sem praticar fato típico.
LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA
Pressupondo agressão injusta, não é possível 
duas pessoas simultaneamente agirem uma 
contra a outra em legítima defesa. 
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA É a reação contra o excesso do agredido
LEGÍTIMA DEFESA CULPOSA
É descriminante putativa. Legítima defesa 
putativa por erro de tipo evitável. Ex. Confun-
de b com pessoa que pretendia matá-lo.
LEGÍTIMA DEFESA AUTÊNTICA OU REAL Afasta a ilicitude
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA
Afasta a culpabilidade ou tipicidade, depende da 
teoria da culpabilidade adotada.
LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA OU EXCESSIVA
É o excesso por erro de tipo inevitável. Ex. 
Bate em b (de alto porte) que desmaia. A não 
percebe e continua agredindo. B morre.
LEGÍTIMA DEFESA PRESUMIDA
Não é possível. A tipicidade gera presunção 
relativa de ilicitude, de forma que o ônus de 
provar a excludente é do acusado.
LEGÍTIMA DEFESA REAL CONTRA LEGÍTIMA 
DEFESA CULPOSA (PUTATIVA)
A agressão é injusta.
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA RECÍPROCA
É possível também legítima defesa putativa de 
legítima defesa putativa. Os dois imaginam que 
vão ser agredidos pelo outros e atacam.
#OBS: Não é possível legítima defesa contra estado de necessidade ou outra excludente real 
(não pode ser encarado como agressão injusta). Assim, se dois náufragos se agridem pelo colete 
salva-vidas, ocorre estado de necessidade x estado de necessidade, pois nenhuma das agressões 
é injusta. 
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#ATENÇÃO: A legítima defesa pode ser invocada diante de agressão perpetrada por inim-
putável? SIM. A legítima defesa, enquanto excludente da ilicitude, segundo substrato do conceito 
analítico de crime, deve ser aferida objetivamente, de forma que a injustiça da agressão independe 
da capacidade de entendimento e autodeterminação do indivíduo, pois a inimputabilidade constitui 
elemento da culpabilidade. No entanto, o agente deve ter maior cautela ao reprimir a agres-
são injusta no inimputável, se tinha consciência desse fato. Deve fugir ao combate, se possível.
16 Culpabilidade.
CULPABILIDADE
CONCEITO
Consiste no juízo de reprovação do agente por ter praticado um fato típico e 
antijurídico, quando podia entender o caráter ilícito do fato e agir conforme o direito. 
#ATENÇÃO Para os adeptos do conceito bipartido de crime, é pressuposto de pena.
TEORIAS
TEORIA PSICOLÓGICA DA CULPABILIDADE: é o vínculo psicológico entre autor 
do fato e um resultado típico e ilícito, ou seja, uma mera imputação (cunho subjetivo: 
análise do dolo e culpa). É formada pela imputabilidade e dolo normativo/culpa. 
TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA DA CULPABILIDADE: A culpabilidade é 
vista como um juízo de valor que necessita de uma avaliação simultânea do vínculo 
psicológico do autor (dolo ou culpa) e da reprovação social, o que a torna psicológi-
co-normativa. O novo elemento da culpabilidade é de natureza normativa (exigibi-
lidade de conduta diversa). É formada pela imputabilidade, dolo normativo/
culpa e inexigibilidade de conduta diversa.
TEORIA NORMATIVA 
PURA DA CULPABI-
LIDADE: A culpabili-
dade deixa de analisar 
elementos subjetivos, 
tornando-se exclusi-
vamente normativa, 
formada pela inimputa-
bilidade, inexigibilida-
de de conduta diversa 
e potencial consciência 
de ilicitude. É o exercício 
inadequado do livre-arbí-
trio. Foi a teoria adotada 
pelo CP. 
Teoria normativa extremada, estrita ou normativa 
pura da culpabilidade: para essa vertente, todas as 
discriminantes putativas configuram erro de proibição 
indireto.
Teoria normativa limitada: o erro sobre as hipóte-
ses (existência) e os limites das discriminantes putati-
vas (causas de exclusão da ilicitude) configuram erro 
de proibição indireto, ao passo que o erro relacionado 
aos pressupostos fáticos que autorizam a discriminante 
putativa (causas de exclusão da ilicitude), caracteriza-
-se como erro de tipo indireto ou permissivo. Adotada
pelo CP
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ELEMENTOS
IMPUTABILIDADE
CAUSAS DE INIMPUTA-
BILIDADE
Doença mental ou 
d e s e n v o l v i m e n t o 
mental incompleto/
retardado
Menoridade
Embriaguez completa e 
acidental
POTENCIAL CONSCIÊN-
CIA DA ILICITUDE
CAUSA DE EXCLUSÃO
Erro de proibição 
inevitável
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA
CAUSA DE EXCLUSÃO
Coação moral irresistí-
vel
#NÃOCONFUNDA: A 
coação física irresistí-
vel leva à exclusão da 
conduta e, consequente-
mente, ao fato atípico.
Obediência hierárquica
COCULPABI-
LIDADE
Para Zaffaroni, existe uma parcela de culpa da sociedade, que contribui para a prática 
do delito. Assim, a depender do grau de exclusão social, parcela da doutrina defende 
a aplicação da coculpabilidade como atenuante genérica inominada (art. 66 do CP).
#ATENÇÃO COCULPABILIDADE ÀS AVESSAS - É dividida em duas perspectivas:
1ª) É o abrandamento da aplicação da pena nos crimes praticados por pessoas de alto 
poder socioeconômico, como é o caso da extinção da punibilidade pelo pagamento 
da dívida nos crimes contra a ordem tributária, previstos na Lei 8.137/1990, quando 
na verdade, essas mesmas pessoas deveriam sofrer um maior rigor na aplicação da 
pena, porquanto tiveram maiores oportunidades perante a sociedade.
2ª). É a criação pelo Estado de leis que incriminem as condutas passíveis de estarem 
sujeitas somente as pessoas de menor capacidade socioeconômica, como é caso da 
vadiagem e mendicância.
#SELIGANOTERMO – TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA: Essa teoria surgiu na Itália e foi cria-
da para solucionar os crimes cometidos em estado de embriaguez preordenada. No momento do 
crime o sujeito está inconsciente. A teoria antecipa o momento da análise da imputabilidade. 
A imputabilidade não será analisada no momento em que o crime foi praticado. Nessemomen-
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to ele estava inconsciente. É antecipada para o momento anterior àquele em que o agente 
livremente se colocou no estado de embriaguez. Para a embriaguez preordenada essa teoria 
é perfeita, pois no momento anterior já existia o dolo - o fundamento é a causalidade mediata. 
Antes de começar a beber já havia o dolo de cometer crime. O art. 28, II CP acolheu essa teoria 
também para a embriaguez voluntária e culposa. No momento anterior, antes de beber, já 
existia o dolo? Não. Por esse motivo, a doutrina critica a aplicação desta teoria à esta hipó-
tese, alegando que é um resquício da responsabilidade penal objetiva.
#OLHAOGANCHO O art. 45 da Lei de Drogas de fato traz uma causa especial de exclusão da 
culpabilidade, que ocorre em razão da dependência. Essa excludente, não incide apenas no 
delito de portar ou trazer consigo drogas, mas sim sobre qualquer infração penal praticada.
#ATENÇÃO: CAUSAS SUPRALEGAIS DE INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA: cláusula de 
consciência, desobediência civil, conflito de deveres, excesso intensivo exculpante (legítima defesa 
excessiva), legítima defesa preordenada diante de uma ameaça factível, estado de necessidade 
exculpante (não é adota no ordenamento pátrio).
CONCURSO DE PESSOAS
» Tratamento Legislativo:
As regras inerentes ao concurso de pessoas estão disciplinadas pelos artigos 29 a 31 do Código
Penal.
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um
terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena
deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais
grave.
Circunstâncias incomunicáveis
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Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime. 
Casos de impunibilidade
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, 
não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
Concurso de pessoas pode ser conceituado como a colaboração empreendida por duas ou mais 
pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal, dependendo da existência de 
cinco requisitos para sua configuração: pluralidade de agentes culpáveis, relevância causal das condutas 
para a produção do resultado, vínculo subjetivo, unidade de infração penal para todo os agentes e exis-
tência de fato punível.
a) Pluralidade de Agentes Culpáveis: As condutas devem ser praticadas por pelo menos duas
pessoas, e, consequentemente, de ao menos duas condutas penalmente relevantes. Essas condutas 
podem ser principais, no caso da coautoria, ou então uma principal e outra acessória, praticadas pelo 
autor e pelo partícipe, respectivamente. Os coautores ou partícipes, entretanto, devem ser culpáveis, ou 
seja, dotados de culpabilidade.
b) Relevância Causal das Condutas para a Produção do Resultado: Concorrer para a infração
penal importa dizer que cada uma das pessoas deve fazer algo para que a empreitada tenha vida no 
âmbito da realidade. O caput do art. 29 fala em de qualquer modo, expressão que deve ser compreendi-
da como uma contribuição pessoal, física ou moral, direta ou indireta, comissiva ou omissiva, anterior ou 
simultânea à execução, devendo a conduta individual influir diretamente na produção do resultado.
c) Vínculo Subjetivo: Também denominado de concurso de vontades, impõe que todos os agen-
tes estejam ligados entre si por um vínculo de ordem subjetiva, um nexo psicológico, pois caso contrário 
não haverá um crime praticado com concurso, mas vários crimes simultâneos, caracterizand0º a autoria 
colateral. Os agentes devem revelar vontade homogênea, visando a produção do mesmo resultado, é o 
denominado princípio da convergência, o que impede a contribuição dolosa para um crime culposo, nem 
a concorrência culposa para um delito doloso. Por fim, cumpre salientar que o vínculo subjetivo não exige 
ajuste prévio, muito menos estabilidade da união, sendo suficiente a atuação consciente do partícipe no 
sentido de contribuir para a conduta do autor, ainda que este desconheça a colaboração.
d) Unidade de Infração Penal: Para a caracterização do concurso de pessoas, adotou-se, como
regra, a teoria unitária, monística ou monista, segunda a qual, quem concorre para um crime, por ele 
responde, sujeitando-se todos os coautores e partícipes a um único tipo penal.
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e) Existência de Fato Punível: O concurso d pessoas depende da punibilidade de um crime, a
qual requer, em seu limite mínimo, o início da execução, constituindo o princípio da exterioridade. Neste 
sentido, conforme expresso no art. 31 do Código Penal, o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
» Teorias sobre a Autoria:
Existem diversas teorias que buscam fornecer o conceito de autor, cumprindo trazer as mais impor-
tantes e com maior chance de cobrança em nossa prova.
a) Teoria Subjetiva ou Unitária: Não diferencia o autor do partícipe. Autor é aquele que de qual-
quer modo contribuir para a produção de um resultado penalmente relevante. Seu fundamento deriva 
da teoria da equivalência dos antecedentes ou conditio sine qua non, pois qualquer colaboração para o 
resultado, independente do seu grau, a ele deu causa.
b) Teoria Extensiva: Também com fundamento da teoria da equivalência dos antecedentes, não
distingue o autor do partícipe, todavia, ao admitir causas de diminuição da pena para estabelecer diver-
sos graus de autoria, é mais suave em relação à teoria anterior. Aparece nesse âmbito a figura do cúmpli-
ce, ou seja, o autor que concorre de modo menos importante para o resultado.
c) Teoria Objetiva ou Dualista: Opera nítida distinção entre autor e partícipe, tendo sido a teoria
adotada pela lei 7.209/84 – Reforma da parte Geral do Código Penal, sendo subdividida em outras 03 
(três) teorias:
Teoria objetivo-formal: Autor é quem realiza o núcleo (verbo) do tipo penal, ou seja, a conduta 
criminosa descrita pelo preceito primário da norma incriminadora. Por sua vez, partícipe é quem de qual-
quer modo concorre para o crime, sem praticar o núcleo do tipo. A atuação do partícipe seria impune 
se não existisse a norma de extensão pessoal prevista no caput do art. 29 do Código Penal, ou seja, a 
adequação típica, na participação, é de subordinação mediata.
É a teoria adotada pelo Código Penal, devendo, entretanto, ser complementada pela teoria da 
autoria mediata.
Teoria do Domínio do Fato: Foi criada na Alemanha, em 1939, por Hans Welzel, com a finalidade 
de ampliar o conceito de autor. Por força dessa teoria, pode também ser considerado autor aquele que, 
mesmo não realizando o núcleo do tipo, domina finalisticamente todo o seu desenrolar. Welzel dizia 
que autor é o senhor do fato.
Em outras palavras, autor é quem executa uma tarefa essencial para a ocorrência do delito. Se 
deixar de praticar sua conduta, o delito não acontece da forma planejada. É quem controla finalistica-
mente o fato, ou seja, quem decide a sua forma de execução, seu início, cessação e demais condições.
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Já o partícipe é quem executa tarefa não essencial (secundária, acessória). Será aquele que, embora 
colabore dolosamente para o alcance do resultado, não exerce domínio sobre a ação.
Podemos afirmar que tem o controle final do fato:
a) Aquele que por sua vontade executa o núcleo do tipo (autor propriamente dito).
b) Aquele que planeja o crime para ser executado por outras

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