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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO FACVEST CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE FINANÇAS GRAZIELE OLIVEIRA DOS SANTOS 1 A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ORIENTADOR: PROF. DR. ANTÔNIO MARCOS FELICIANO2 LAGES, 2018 1 Acadêmica do Curso de Pós-graduação em Gestão em Finanças do Centro Universitário FACVEST, 2018. 2 Orientador do Curso de Pós-graduação em Gestão em Finanças do Centro Universitário FACVEST, 2018. 2 RESUMO As micro e pequenas empresas vêm adquirindo um papel socioeconômico de extrema importância no desenvolvimento do País ao longo dos últimos 30 anos, entretanto percebe-se ainda um grande número de empresas que não passam dos 6, 12 meses de vida no mercado, para isso vamos entender melhor as dificuldades dessa gestão com relação ao Capital de Giro de uma instituição e apresentar possíveis estratégias que podem melhorar o desempenho das mesmas e assim garantir resultados positivos na sua economia; entender a funcionalidade do capital de giro e obter sugestões de como controlar o indicar de forma a garantir a saúde econômica de micro e pequenas empresas. O desenvolvimento da pesquisa foi fundamentado no método descritivo e bibliográfico, onde através de pesquisas e leituras livros e artigos podemos analisar que o capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, o capital necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. Palavras-chave: Gestão Financeira, Capital de Giro, Saúde financeira, Gestão estratégica, Finanças. ABSTRACT Having clarity about the indicator and ways to control the spinning capital of a company for some entrepreneurs and managers is still a paradigm that can cause them major headaches. The lack of knowledge and monitoring of this indicator can cause the Company to settle, so we will better understand what the Working Capital is and for what it actually serves, when it should be used and for what. When necessary, when this resource is not available, what sources should be sought, how to analyze the best options; All these points will be discussed and shown as a way to assist in the analysis during the decision making of a manager. We will observe examples of how to follow daily the financial indicators that allowed a more detailed analysis contributing thus in the strategies in the medium and long term. Key-Words: Financial Management, Working Capital, Financial Health, Strategic Management, Finance. 3 1 Introdução Com o presente trabalho busca-se entender a funcionalidade do capital de giro e obter formas de controlar o indicador, garantindo assim que as empresas possam se manter em um nível competitivo de mercado. Onde uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos gestores das micro e pequenas empresas é a gestão do capital de giro, muitos talvez desconheçam ainda a necessidade do mesmo, qual é determinante na projeção dos lucros da empresa. Passar pelos primeiros dois anos não é para qualquer um e isso deve ser comemorado. Os especialistas apontam duas principais causas para a morte prematura de uma empresa a “falta de conhecimento em gestão empresarial” e “a falta de capital de giro”. Evidente que existem outros, mas nosso foco nesse momento será a gestão do capital de giro. O capital de giro ou reserva de poupança como é conhecida pelas pessoas físicas vem sendo esquecida por muitos gestores, onde encontramos a negligencia, afinal o capital de giro é o que permite ás empresas continuarem operando nas situações em que as despesas ultrapassam as receitas. A ausência do capital de giro faz o empreendedor recorrer a fontes externas de financiamento de sua operação o que achata sua margem de retorno, onera seus produtos e serviços e em muitos casos leva a empresa ao alto endividamento e consequentemente a sua morte. Para a garantia de uma margem de lucros positiva e assim poder manter a saúde econômica de uma empresa é necessário ao considerar o capital para investir ou iniciar uma empresa vale sempre considerar parte deste como Capital de giro; reservar um valor de pelo menos seis meses referente aos seus custos fixos e variáveis e despesas em geral. Uma das dificuldades dos empreendedores é entender melhor o conceito do capital de giro, qual sua aplicabilidade e quando se faz necessário a utilização do mesmo. E quando se identifica esta necessidade esse capital deve ser oriundo de onde? Teve-se ter em caixa da empresa? Deve-se buscar investidores? Ou instituições financeiras? Essas duvidas batem em algum momento á porta de gestores de micro e pequenas empresas e a resposta errada pode trazer uma tremenda dor de cabeça até mesmo comprometer a estabilidade financeira da empresa levando-a a falência. Algumas ferramentas de controles e até mesmo estruturas de áreas que cuidam somente da vida financeira estratégica das instituições são formas que permitem aos gestores ter um controle mais efetivo sobre seu capital e giro podendo gerenciar as necessidades de utilização do mesmo assim como mantê-lo sempre existente em seu caixa. 4 2 Desenvolvimento 2.1 - Conceito de Capital de Giro No conceito do modelo Fleuriet (Modelo dinâmico de gestão financeira) (2003,pg 12) o capital de Giro – CDG representa uma fonte permanente de fundos para a empresa com o proposito de financiar suas necessidades de Capital de Giro; no modelo dinâmico o Capital de Giro é calculado como a diferença entre o passivo não circulante (=Passivo de Longo Prazo + Patrimônio Líquido) e o Ativo não circulante. De acordo com o SEBRAE Capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, o capital necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. O Capital de Giro é o valor que a empresa precisa para operar, para realizar a sua atividade econômica. Ele é representado pelos itens de consumo rápido na empresa. Capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, o capital necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. Conforme o próprio nome indica, o capital de giro está relacionado com todas as contas financeiras que giram ou movimentam o dia a dia da empresa. Quando há necessidade em Capital de Giro, a empresa precisa de recursos para financiar sua operação, estes recursos podem ser de empréstimos bancários, ou de recursos dos próprios sócios. Por isso é muito importante tomar as decisões de compras e vendas com bastante critério, já que quanto maior for o prazo que você oferece ao seu cliente ou quanto maior forem as parcelas de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. 5 CDG = PASSIVO NÃO CIRCULANTE – ATIVO NÃO CIRCULANTE CDG= PNC – ANC Quando a NCG (Necessidade de Capital de Giro) é positiva reflete-se em uma aplicação permanente de fundos quais normalmente são financiados com os fundos permanentes utilizados pela empresa. Quando a NCG é financiada com recursos de curtoprazo, geralmente empréstimos bancários, o risco de liquidez aumenta. Desta forma para que nenhum risco financeiro de curto prazo comprometa a saúde financeira da empresa, já que a NCG é uma necessidade contínua das operações o ideal é utilizar de recursos permanentes da empresa para financiar a NCG. Assim o CDG representa essa fonte liquida de fundos para financiar a NCG. Uma das Características do CDG é a de ser relativamente estável no tempo, onde este diminui quando a empresa investe em bens do ativo permanente (aumento do ativo permanente), entretanto na maioria dos casos esses investimentos são feitos por meio de autofinanciamentos, empréstimos á longo prazo e aumento do capital em dinheiro, onde se promove um aumento no capital de giro (aumento do passivo permanente) compensando de forma aproximada a diminuição provocada por novos investimentos. Empresas que conseguem projetar de forma precisa as suas entradas de caixa podem trabalhar com baixa liquidez ou até mesmo negativa; Neste caso, o ativo permanente é maior do que o passivo permanente, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanente com fundos de curto prazo; Um caso típico dessa situação é o setor de Energia Elétrica, onde os clientes precisam pagar a conta no prazo estipulado, caso contrário tem a concessão de energia cortada. Esse formato permite que as entradas de caixa sejam altamente previsíveis o que gera um fluxo de caixa adequado mesmo com a Liquidez negativa. CDG = CCL O CCL (Capital Circulante Liquido) no Brasil é a diferença entre Ativos circulantes e Passivos circulantes. CCL = AC – PC Como: Passivos não circulantes + Passivos circulantes = Ativos não circulantes + Ativos circulantes, podemos ver que: Passivos não circulantes – Ativos não circulantes= Ativos circulantes – Passivos circulantes. Ou seja, nosso CDG (= PNC – ANC) iguala ao CCL (= AC – PC). 6 O CDG tem o mesmo valor do CCL, porém no modelo Fleuriet (Modelo dinâmico de gestão financeira) é calculado de forma diferente e possui um significado completamente diferente: O CDG se torna o total recurso de longo prazo que esta disponível para conduzir operações normais, ao invés de uma medida útil no processo de liquidar ativos numa falência. A empresa deve manter um CDG positivo a fim de cobrir riscos do negócio como perda de valor do estoque, inadimplências, prejuízos em geral, e financiar a NCG. Para Pulo e Moreira a busca pelo equilíbrio financeiro é o objetivo maior da administração do capital de giro (PAULO; MOREIRA, 2003). Afirmam que em função da não sincronização entre produção, vendas e cobrança, surge à necessidade do gerenciamento de capital de giro. [...] O gerenciamento do capital de giro é um componente vital para a 'saúde' dos negócios e, também, essencial ao crescimento e à continuidade das operações. 2.2 - Necessidade de Capital de Giro A Necessidade de capital de giro é um concito econômico – financeiro e não uma definição legal refere-se ao saldo de contas cíclicas ligadas ás operações da empresa: NCG = Necessidades operacionais cíclicas (Ativos cíclicos) – Recursos operacionais cíclicos (Passivo cíclico) A NCG ilustra a necessidade por capital que vem do ciclo operacional da empresa. Para a maioria das empresas brasileiras a NCG constituía um investimento, onde esta é positiva. Se a empresa suspender parte de suas operações, interrompendo uma ou mais de suas linhas de produções, ou até mesmo ocorrendo estado de falência, a NCG passa a constituir uma fonte de fundos que poderá ser utilizada pela empresa para pagamento de credores e acionistas. Para algumas empresas, a NCG é uma fonte de dinheiros: está negativa. Mas se a empresa falir, a NCG passará a constituir uma inversão de fundos. O CCL (Capital Circulante Liquido) define-se como: Ativo Circulante – Passivo Circulante. Porém esta ainda é uma visão equivocada, a maior parte desses ativos esta ligada ao processo produtivo da empresa como clientes, estoques e adiantamento a fornecedores. A empresa não pode modificar esses ativos sem modificar seu processo produtivo. O CCL é uma medida de liquidez em caso de falência. 7 Quanto maior o CCL, mais ativos a empresa tem a seu dispor para financiar suas obrigações de curto prazo. Então quanto maior o CCL maior a Liquidez? Não... O CCL é uma medida de ativos que a empresa tem a seu dispor para financiar obrigações de curto prazo se e somente se os ativos circulantes puderem ser facilmente convertidos em dinheiro de acordo com Fleuriet (Modelo dinâmico de gestão financeira); Assaf Neto e Silva (2002) também defendem que a avaliação da liquidez com base no valor do capital Circulante Liquida (CCL) não é suficiente para que sejam definidas conclusões sendo mais bem definidas pela natureza de atuação da empresa. Empresas industriais em sua maior parte possuem saídas de caixa antes das entradas; onde a produção transforma a meteria prima em seus produtos finais. A fábrica compra insumos, converte-os em produto ao passo a que matérias primas são transformadas em bens, incentivando o cliente a adquirir seu produto através das suas estratégias comerciais. Essa situação cria uma necessidade de aplicação permanente de fundos que se evidencia no balanço por uma diferença positiva entre o valor das contas dos ativos cíclicos e as contas dos passivos cíclicos: a NCG é positiva. É importante ressaltar que a NCG depende da natureza e do nível de atividade dos negócios, portanto é muito sensível ás modificações econômicas; a natureza das atividades da empresa determina seu ciclo financeiro, enquanto o nível de atividade é determinado pelas vendas. As empresas com NCG negativa; aquelas que exigem altos níveis de entradas, ou pagamentos antecipados; são aquelas que possuem uma entrada de caixa antes de precisar desembolsar: Desta forma o resultado do seu ciclo financeiro é negativo. Há três razões principais para um ciclo financeiro negativo: • O modelo de negócio da empresa, • A força da empresa vis-à-vis seus clientes e fornecedores, • Empresas que recebem pagamentos adiantados por bens em produção. 2.3 - Tipos de Controles Básicos Ter um controle eficaz das finanças faz com que o gestor possa ter previsão de suas capacidades de investimento, necessidade de capital de giro entre outras decisões importantes a serem tomadas. 8 2.3.1 - Controle de Caixa Registrar as entradas e saídas da empresa permite apurar o saldo existente em caixa, verificar senão existem erros de registro ou desvios de recursos; Além disso, o controle de caixa fornece informações para: Controlar os valores depositados em bancos; Controlar e analisar as despesas pagas; Fornecer dados para elaboração do fluxo de caixa. Modelo: Controle de Caixa: http://excelsolucao.com.br/planilha-excel-download-gratis/planilha-controle-movimento-de-caixa-diario/ Registre todas as entradas e saídas nesta planilha de movimento de caixa diário; Cadastre a data e valor em dinheiro para o saldo inicial para obter um resumo com o saldo atualizado em tempo real, desta forma será possível traçar estratégias para a melhora de resultados. 2.3.2 - Controle de Vendas Com a finalidade de acompanhar vendas diárias, permite analisar as projeções de metas e auxiliar nas estratégias para melhora dos resultados, onde o mesmo deve fornecer as seguintes informações mínimas: 1146,81 DATA Vlr Entrada Vlr Saída Descricão Saldo Parcial 2-jan-18 400,00 Venda a Vista 1.300,00 2-jan-18 57,80 Almoço 1.250,00 2-jan-18 1.750,00 Serviço Prestado 2.750,00 2-jan-18 327,00 Manutenção Elétrica 2.150,00 2-jan-18 135,79 Material Escritório 2.050,003-jan-18 55,00 Reembolso Almoço 2.100,00 3-jan-18 120,00 Venda a Vista 2.200,00 4-jan-18 150,00 Transporte 2.050,00 4-jan-18 159,90 Venda a Vista 2.200,00 5-jan-18 450,00 Aulas de Excel 1.800,00 5-jan-18 1.000,00 Depósito Aluguel 200,00- 5-jan-18 1.532,50 Serviço Prestado 1.300,00 6-jan-18 250,00 Venda a Vista 1.500,00 Saldo 4267,4 2120,59 < DIGITE O SALDO INICIAL DO CAIXA1.000,00R$ SALDO ATUAL CAIXA >>> http://excelsolucao.com.br/planilha-excel-download-gratis/planilha-controle-movimento-de-caixa-diario/ 9 Mês / Ano Real Projetada Diferença Real Projetado 01 - seg 90,00 64,52 25,48 90,00 64,52 90,00 10 2 20,00% 02 - ter 50,00 64,52 -14,52 140,00 129,03 140,00 3 2 66,67% 03 - qua 120,00 64,52 55,48 260,00 193,55 260,00 20 20 100,00% 04 - qui 90,00 64,52 25,48 350,00 258,06 350,00 5 3 60,00% 05 - sex 50,00 64,52 -14,52 400,00 322,58 400,00 6 3 50,00% 06 - sáb 70,00 64,52 5,48 470,00 387,10 470,00 7 4 57,14% 07 - dom 60,00 64,52 -4,52 530,00 451,61 530,00 9 7 77,78% 08 - seg 120,00 64,52 55,48 650,00 516,13 650,00 7 5 71,43% 09 - ter 90,00 64,52 25,48 740,00 580,65 740,00 5 2 40,00% 10 - qua 67,00 64,52 2,48 807,00 645,16 807,00 3 1 33,33% 11 - qui 64,52 64,52 0,00 871,52 709,68 871,52 13 2 15,38% 12 - sex 80,00 64,52 15,48 951,52 774,19 951,52 25 14 56,00% 13 - sáb 70,00 64,52 5,48 1.021,52 838,71 1.021,52 8 5 62,50% 14 - dom 64,52 1.021,52 903,23 54,36 1.086,04 6 3 50,00% 15 - seg 64,52 1.021,52 967,74 54,36 1.150,55 4 3 75,00% 16 - ter 64,52 1.021,52 1.032,26 54,36 1.215,07 3 2 66,67% 17 - qua 64,52 1.021,52 1.096,77 54,36 1.279,58 7 3 42,86% 18 - qui 64,52 1.021,52 1.161,29 54,36 1.344,10 8 5 62,50% 19 - sex 64,52 1.021,52 1.225,81 54,36 1.408,62 9 6 66,67% 20 - sáb 64,52 1.021,52 1.290,32 54,36 1.473,13 7 4 57,14% 21 - dom 64,52 1.021,52 1.354,84 54,36 1.537,65 6 5 83,33% 22 - seg 64,52 1.021,52 1.419,35 54,36 1.602,17 8 3 37,50% 23 - ter 64,52 1.021,52 1.483,87 54,36 1.666,68 7 4 57,14% 24 - qua 64,52 1.021,52 1.548,39 54,36 1.731,20 6 3 50,00% 25 - qui 64,52 1.021,52 1.612,90 54,36 1.795,71 5 3 60,00% 26 - sex 64,52 1.021,52 1.677,42 54,36 1.860,23 3 4 133,33% 27 - sáb 64,52 1.021,52 1.741,94 54,36 1.924,75 4 3 75,00% 28 - dom 64,52 1.021,52 1.806,45 54,36 1.989,26 2 1 50,00% 29 - seg 64,52 1.021,52 1.870,97 54,36 2.053,78 9 4 44,44% 30 - ter 64,52 1.021,52 1.935,48 54,36 2.118,29 3 1 33,33% 31 - qua 64,52 1.021,52 2.000,00 54,36 2.182,81 2 1 50,00% Total 1.021,52 2.000,00 220 128 janeiro/18ACOMPANHAMENTO DIÁRIO DE VENDAS Vendedor Acumulado Data Planejamento Futuro Venda Tendência Clientes Abordados Vendas Fechadas Taxa de Conversão 2.000,00 Meta Mensal Controlar o total das vendas diárias e os respectivos prazos de recebimentos: à vista, com 7, 15, 30, 45, 60 dias etc.; Totalizar as vendas mensais pelos prazos de recebimentos; Fornecer dados para conferência de caixa (para certificar se os valores das vendas à vista foram registrados no caixa); Controlar os registros dos valores das vendas a prazo no controle de contas a receber; Dar informações para compras e fluxo de caixa. Modelo de Controle de Vendas: http://excelpratico.com/modelos-planilhas/ 2.3.3 - Controle de Estoque Controlar o estoque permite que o gestor evite produtos parados e a perca de valor sobre estes, e também que o estoque mantenha-se suficiente para atender o publico, evita-se desvios e fornece informações para reposição. Controlar as entradas e especialmente o consumo de materiais é uma das funções mais básicas de uma empresa, na medida em que os materiais http://excelpratico.com/modelos-planilhas/ 10 representam cerca de 60% dos custos de um negócio. Esse controle além de ser realizado deve ser realizado de forma assertiva, ou seja, a quantidade descrita nos registros deve ser a mesma contida no físico. Uma das consequências da falta de controle está no fato de não ser possível checar se o consumo efetivo dos materiais está de acordo com a sua real necessidade. Desta forma impossibilita conhecer o consumo médio dos materiais dificultando em uma compra que permita diminuir a necessidade de capital de giro da empresa. Por exemplo; o estoque de algum item pode estar em um numero elevado, sendo que esse não possui uma saída que corresponda ao seu grande numero o que significa ter capital financeiro parado. Outra falta de gestão de estoque que pode influenciar no financeiro da empresa é ter um numero inferior de matéria prima ou mercadoria acarretando na parada da produção ou das vendas gerando queda de produtividade e faturamento. Abaixo as principais informações que devem conter um controle de estoque para que este seja mais assertivo possível: O montante financeiro do estoque e o valor por linha de produtos; As quantidades em cada item de estoque; A quantidade e custo das mercadorias vendidas; Os estoques sem movimentação; A necessidade de compras/reposição de estoques e fluxo de caixa; Cod. E descrição do Material/ Produto; Unidade de Consumo (Un, Pç, Pct, Kg...); Estoque Mínimo; Endereço de localização no Almoxarifado; Data do evento de Entrada ou Saída; Quantidade de entrada, saída e saldo; Valor do custo de entrada, saída e valor do estoque atual; Valor do custo médio e anual de aquisição do produto/ Material. Modelo de Controle de Estoque: https://templates.office.com/pt-br/Controle-de-Estoque-TM01910724 https://templates.office.com/pt-br/Controle-de-Estoque-TM01910724 11 2.3.4 - Contas a Pagar e a Receber A receber: Tem como finalidade controlar os valores a receber provenientes das vendas a prazo, e deve ser organizado para fornecer: Total dos valores a receber de clientes; Estimar os valores a receber que entrarão no caixa da empresa, por períodos de vencimento, por exemplo, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 dias; Conhecer o montante das contas já vencidas e os respectivos períodos de atraso, bem como tomar providências para a cobrança e o recebimento dos valores em atrasos; Fornecer informações sobre os clientes que pagam em dia; Fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa. Modelo de controle de Contas a Receber: http://excelsolucao.com.br/planilha-excel-download-gratis/planilha-de-contas-a-receber-controle-financeiro-empresarial- gratis/ http://excelsolucao.com.br/planilha-excel-download-gratis/planilha-de-contas-a-receber-controle-financeiro-empresarial-gratis/ http://excelsolucao.com.br/planilha-excel-download-gratis/planilha-de-contas-a-receber-controle-financeiro-empresarial-gratis/ 12 A pagar: Organize os totais a pagar, obedecendo a seus períodos de vencimento: dia, semana, quinzena, 30, 45, 60 dias etc. Mantendo as contas em dia evita-se o estresse e ainda adquire uma série de vantagens, como descontos, prazos etc. Além depermitir que o gestor estabeleça prioridades de pagamentos em caso de dificuldades financeiras, controla os compromissos já vencidos podendo acompanhar os juros e acréscimo a serem pagos, entre outras informações pertinentes a elaboração do fluxo de caixa. Modelo de Contas a pagar: http://excelpratico.com/modelos-planilhas/ 2.3.5 - Estrutura de Controladoria A estrutura ainda, talvez, pouco conhecida e pouco utilizada é uma área que pode influenciar muito no tempo de vida financeiro de uma empresa, e quando falamos de micro e pequenas empresas este pode contribuir para o crescimento, mostrar oportunidades e desenvolver planos de investimentos que determinam o sucesso de uma instituição. Uma estrutura de controladoria é aquela responsável pela gestão financeira de uma empresa, fornecedora de dados gerenciais que possibilitem a tomada de decisões dos gestores. Esta estrutura pode ser constituída internamente como uma área da empresa ou até mesmo terceirizada, uma estrutura fora da empresa, porem detentora de todas as informações contábeis e econômicas, capaz de respaldar a gestão estratégica. Atualmente pesquisas mostram que apenas 29% das Micro e pequenas empresas formalmente registradas no estado de SP possuem essa estrutura, seja ela interna ou externa; onde pode-se perceber que nestas instituições o planejamento estratégico traçados pelas mesmas torna-se mais assertivo, com metas tangíveis e quadro de funcionários engajados pois conhecem seu papel dentro da instituição e o proposito da mesma; desta forma facilita aos gestores o acompanhamento das metas e suas projeções de forma que o alcance das mesma vem de forma mais natural, evitando perdas e DATA ATUAL: 02/03/18 Data Histórico Doc. Valor Vcto. Pagto. Saldo 18/02/15 Fornecedor A 101 1.500,00 19/02/15 1.500,00 VENCIDAS 5.150,00 21/02/15 Fornecedor B 102 1.250,00 23/02/15 1.250,00 02/03/18 - 22/02/15 Fornecedor C 103 450,00 24/02/15 450,00 03/03/18 - 23/02/15 Fornecedor A 104 580,00 28/02/15 580,00 04/03/18 - 24/02/15 Fornecedor B 105 620,00 05/03/15 620,00 05/03/18 - 25/02/15 Fornecedor C 106 750,00 08/03/15 750,00 06/03/18 - - 07/03/18 - POR DATA A PAGAR FUTUROCONTAS A PAGAR 13 metas inalcançadas; ou quando ás tenham sejam mínimas e controladas, pois existiu anteriormente um planejamento focado em toda a estrutura financeira da empresa. Drucker (1998, p.136) afirma que "o planejamento começa pelos objetivos da empresa. Em cada área desses objetivos, é preciso formular a pergunta: Que temos que fazer agora para alcançar amanhã os nossos objetivos?". Isso implica integração entre profissionais de várias especialidades num contínuo esforço de cooperação, tarefa que a controladoria se encarrega de coordenar. Por intermédio do planejamento estratégico, definem-se políticas, diretrizes e objetivas estratégicas a médio e longo prazo, do qual o esperado é que resulte um equilíbrio das atividades empresariais com seu ambiente de atuação. Porter (1986, p.13) menciona que "a ênfase dada, hoje, ao planejamento estratégico nas empresas reflete a proposição de que existem benefícios significativos a serem obtidos com um processo explícito de formulação de estratégia; garantindo que pelo menos as políticas (se não as ações) dos departamentos funcionais sejam coordenadas e dirigidas visando um conjunto comum de metas". Oliveira (1988, p.56-57) explica que o planejamento operacional trabalha com objetivos estabelecidos no planejamento estratégico e, por isso, é desenvolvido em níveis hierárquicos inferiores da organização, visando à utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução dos objetivos previamente definidos". Nessa perspectiva, o planejamento estratégico é definido pelo staff empresarial, enquanto o planejamento operacional é assumido e executado pelas gerências e encarregados de área. Desta forma conclui-se que a controladoria procura induzir os gestores na utilização dos instrumentos de orientação e controle que disponibiliza. A justificativa disso decorre, segundo Beuren (2002, p.21) em função de cada vez mais, o uso de informações contábeis, os dados estatísticos e outras informações processadas pela controladoria sobre os ambientes internos e externos habilitam de modo mais qualificado e profissional os gestores para planejar, dirigir e controlar as operações, indo além da simples observação e supervisão das pessoas envolvidas. O pressuposto é de que os gestores, melhor informados sobre as operações da empresa sob sua responsabilidade, estão em posição de vantagem para traçar ações que contribuam para assegurar a competitividade da organização no mercado. 14 Tipos de papéis exercidos pela controladoria PAPÉIS SIGNIFICADO DA ATIVIDADE Fornecedor de números/Principal informante Prover informações financeiras aos principais gestores. Tem a responsabilidade de gerar os relatórios sobre os resultados da organização. Analista de dados. Presta informações e relatórios sobre o desempenho organizacional. Guarda freio/ Controlador de gastos Atua no controle do processo de planejamento e orçamento e frequentemente impõem/exige/cobra cortes exigidos/propostos/definidos pela alta direção. Inspetor/Fiscal/Policial Atua principalmente sobre o processo de controle da execução orçamentária. Comando e controle. Fazer cumprir as normas da organização (políticas e procedimentos). Cão de guarda/Vigilante/ Auditor Interno Atua na verificação se está tudo certo e em casos de problemas, toma ou sugere medidas punitivas. Manter os superiores informados sobre o comportamento e desempenho dos gestores de linha. Navegador/ Direcionador Atua sobre os objetivos estabelecidos, informando ao principal executivo o alinhamento das ações de negócio. Ele informa sobre a direção e velocidade imprimida. Atua na coordenação do alinhamento dos esforços da organização e na definição dos seus rumos. Consciência econômica/Conselheiro/ Assessor Atua sobre a eficiência econômica, tem relação muito próxima com os gestores, inclusive para criticar suas ações e decisões. Agente de mudança Atua e contribui com iniciativas, além de acompanhar e dar suporte aos processos de mudança. Comunicador Atua na comunicação direta com a gestão, ao transmitir os indicadores de gestão e mostrar as implicações e impactos sobre o resultado. Procura gerar um impacto positivo sobre o comportamento do gerente, com forte interação. Arquiteto Propõem e desenvolve os modelos e instrumentos de gestão, o que incluí os sistemas de informações. Inovador Atua no desenvolvimento e transmissão de conceitos e técnicas inovadoras relacionadas a gestão. A diferença entre o arquiteto e o inovador é que o primeiro atua mais no campo das ideias e conceitos e o segundo na proposição e desenvolvimento de modelos e instrumentos. Consultor interno/Consultor Atua em funções que vão além da prestação de informações, com a recomendação de ações de melhoria e correção de desvios. Ele atua como facilitador da execução, ou seja, aquele que ajuda as áreas ou gestores em casos de dúvidas sobre como realizar a execução orçamentária. Conduta de aconselhamento e assessoria. Bobo da corte/Crítico Fala verdades, mesmo que duras, e faz críticas, sem temer consequências negativas. 15 Modelos de Estrutura de controladoria nas empresas: 16 17 3 - Metodologia Os dados metodológicosserviram como base na elaboração do artigo qual tem como objetivo entender a funcionalidade do capital de giro e obter sugestões de controlar o indicar de forma a garantir a saúde econômica de micro e pequenas empresas. O desenvolvimento da pesquisa foi fundamentado no método descritivo e bibliográfico, qual Gil (1999) destaca como principal finalidade desse tipo de estudo a sua capacidade de promover o desenvolvimento, o esclarecimento e a modificação de conceitos e ideias. A pesquisa foi baseada na leitura de artigos e Livros sobre capital de giro, analise e consultas em dados institucionais como SEBRAE e CONTA AZUL, que são instituições que se dedicam em fornecer apoio e consultoria a micro e pequenos empreendedores. Através da leitura e analise dos materiais é possível esclarecer as perguntas que deram origem ao projeto de pesquisa. De acordo com pesquisas realizadas pelo IBG de todos os estabelecimentos presentes no Estado de São Paulo, 99% são constituídas de Micro e Pequenas Empresas, ou seja, o percentual de Médias e Grandes Empresas é representado por apenas 1% da totalidade. Um dado importantíssimo, visto que, agora possuímos a confirmação de que o mercado é constituído por Pequenos Negócios. Longenecker, Moore e Petty (1997), apontam algumas contribuições que as Micro e Pequenas empresas trazem para o meio em que estão inseridas, tais como, geração de novos empregos, fonte de inovação, estimula competição econômica, auxilia as grandes empresas e possuem produção eficiente de bens e serviços. Por isso a importância de se manter esses estabelecimentos em pleno funcionamento e constante crescimento, combatendo suas liquidações no mercado financeiro. Segundo CHIAVENATO, Idalberto (2005), vários cuidados devem ser observados no momento da abertura do nevo negócio, tais como, identificar adequadamente seu tipo de negocio, saber administrar o andamento das operações, conhecer mercado, dentre outras informações essenciais. Vemos que as Micro e Pequenas empresas exercem um papel socioeconômico de alta importância em todo o país, alavancando estatísticas, gerando empregabilidade, renda e nutrindo positivamente com indicadores econômicos, que por sua vez fortalecem os indicadores econômicos do país. m 18 indicadores econômicos, que por sua vez fortalecem o Brasil. Por isso a importância de que os empreendedores busquem por capacitações e atualizações que possibilitem sua atuação efetiva na administração das empresas, garantindo assim sua atuação no mercado assim como os benefícios para todos os indicadores comerciais e financeiros do Brasil. 4 - Conclusão Pode-se observar que pequenos detalhes e acompanhamentos diários permitem que os gestores possam compreender de forma criteriosa e ampla as necessidades de capital de giro assim como permitem buscar outras formas de dispor deste recurso que é o que permite a continuidade das operações da empresa, ou seja, sua poupança para compor necessidades operacionais, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), sem sofrer impactos na produção; recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. Gestores que não conhecem ou entendem para que sirva o Capital de Giro podem correr o risco de por sua empresa no alvo da falência, conforme observamos grande parte das empresas não mantem suas atividades dentre os 6 á 12 meses de vida devido essa a falta deste recurso que garante a funcionalidade das operações da empresa até sua estabilidade financeira. Quando compreendemos o indicador as tomadas de decisões se tornam mais assertivas, pois pode projetar possíveis falta de obra-prima, déficit de estoque e necessidade de novos investimentos, para tais analise todos os controles que apresentamos como, controle de caixa, controle de estoque e outros; são essenciais no dia-dia, seu preenchimento e acompanhamento diário devem ser feitos de forma minuciosa, precisa e assertiva para que a tomada de decisão não seja destorcida e possa projetar resultados verdadeiros. 19 Referencias Bibliográficas http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-e-como-funciona-o-capital-de-giro (O que é e como funciona o capital de giro?) Sebrae Nacional - 21/09/2017 - Acesso em: 12/10/2017-18:43 FLEURIET, M.; KEHDY, R.; BLANC, G.. O Modelo Fleuriet: A Dinâmica Financeira das Empresas Brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2003. MARQUES, J.A.V.da C.; BRAGA, R.. Análise dinâmica do capital de giro: o modelo Fleuriet. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 35 (3), mai./jun. 1995 http://www.modelo-fleuriet.com - Uma nova definição do Capital de Giro; Necessidade de capital de giro: um “novo” conceito; Gerenciar a NCG - Fundação Dom Cabral e Alta Book Editora – Acesso em 02/10/2017-21:27 DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1998. BEUREN, Ilse Maria. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHIMIDT, Paulo (organizador). Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de Estratégia empresarial. Uma abordagem empreendedora. São Paulo: Atlas, 1988. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986. CHIAVENATO, Idalberto. GERENCIANDO COM AS PESSOAS. Saraiva, 2005 LONGENECKER, Moore Petty. ADMINISTRAÇÃO DE PEQUENAS EMPRESAS. Makron Books, 1997 http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-e-como-funciona-o-capital-de-giro http://www.modelo-fleuriet.com/