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Problema 4 - ase 8


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1. Definir as fases do desenvolvimento 
neuropsicomotor e os marcos do 
desenvolvimento (Piaget) 
Fonte: O Desenvolvimento da Criança: do nascimento à 
Adolescência, Gabriela Martorell, 1 ed, 2014 
Estágios do desenvolvimento segundo Freud, Erikson 
e Piaget 
Freud – Estágios psicossexuais 
Oral: (do nascimento aos 12-18 meses) A principal 
fonte de prazer do bebê envolve atividades orientadas 
à boca (sugar e comer) 
Anal: (de 12-18 meses a 3 anos) A criança deriva 
gratificação sensual da retenção e expulsão de fezes. A 
zona de gratificação é a região anal, e o treinamento 
higiênico é uma atividade importante. 
Fálico: (de 3 a 6 anos) A criança se apega ao genitor do 
sexo oposto e posteriormente se identifica com o 
genitor do mesmo sexo. Desenvolve-se o superego. A 
zona de gratificação muda para a região genital. 
Latência: (dos 6 anos à puberdade) Época de relativa 
calma entre estados mais turbulentos. 
Genital: (da puberdade à idade adulta) Ressurgimento 
dos impulsos sexuais da fase fálica, canalizada para a 
sexualidade adulta madura. 
 
Erikson - Estágios psicossociais 
Confiança versus desconfiança básica (do 
nascimento aos 12-18 meses). O bebê desenvolve 
senso de se o mundo é um lugar bom e seguro. Virtude: 
esperança. 
Autonomia versus vergonha e dúvida (de 12-18 
meses a 3 anos). A criança desenvolve um equilíbrio de 
independência e autossuficiência versus vergonha e 
dúvida. Virtude: vontade. 
Iniciativa versus culpa (de 3 a 6 anos). A criança 
desenvolve iniciativa quando experimenta novas 
atividades e não é esmagada pela culpa. Virtude: 
propósito 
Produtividade versus inferioridade (dos 6 anos à 
puberdade). A criança deve aprender as habilidades da 
cultura ou enfrentar sentimentos de incompetência. 
Virtude: habilidade. 
Identidade versus confusão de identidade (da 
puberdade ao início da idade adula). O adolescente 
deve determinar o senso de identidade própria (“Quem 
sou eu?”) ou experimentar confusão sobre papéis. 
Virtude: fidelidade. 
Intimidade versus isolamento (início da idade adulta). 
A pessoa procura se comprometer com outros; se 
malsucedida, pode sofrer isolamento e tornar-se 
autocentrada. Virtude: amor 
Geratividade versus estagnação (idade adulta). O 
adulto maduro preocupa-se em estabelecer e orientar a 
próxima geração ou, então, sentir empobrecimento 
pessoal. Virtude: cuidado. 
Integridade versus desespero (terceira idade). Idoso 
alcança aceitação de sua vida, o que permite a 
aceitação da morte ou, então, desespera-se sobre sua 
impossibilidade de reviver a vida. Virtude: sabedoria. 
 
Piaget - Estágios cognitivos 
Sensório-motor (do nascimento aos 2 anos). O bebê 
gradualmente se torna capaz de organizar atividades 
em relação ao ambiente mediante atividade sensória e 
motora. 
Pré-operacional (de 2 a 7 anos). A criança desenvolve 
um sistema representacional e usa símbolos para 
representar pessoas, lugares e eventos. Linguagem e 
brincar imaginativo são manifestações importantes 
desse estágio. O pensamento não é lógico. 
Operações concretas (de 7 a 11 anos). A criança pode 
resolver problemas de maneira lógica, caso eles 
estejam centrados na situação imediata, mas não é 
capaz de pensar de forma abstrata. 
Operações formais (dos 11 anos à idade adulta). A 
pessoa pode pensar de maneira abstrata, lidar com 
situações hipotéticas e pensar sobre possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria dos estágios cognitivos de Jean Piaget 
Piaget sugeriu que quando o desenvolvimento cognitivo 
começa, ele inicialmente se baseia em atividades 
motoras, tais como os reflexos. Ao buscar um mamilo, 
sentir a superfície ou explorar os limites de um cômodo, 
as crianças pequenas primeiro aprendem a controlar e 
refinar seus movimentos e, então, a explorar o mundo 
com seus corpos. Desse modo, elas desenvolvem uma 
compreensão mais precisa de seu ambiente e mais 
competência para lidar com ele. Esse crescimento 
cognitivo ocorre mediante três processos interligados: 
Organização: Segundo Piaget, as pessoas criam 
estruturas cognitivas cada vez mais complexas 
chamadas de esquemas ou modos de organizar 
informações sobre o mundo → criar categorias. Esses 
esquemas podem ser de natureza mental ou motora. 
Um bebê recém-nascido tem um esquema simples para 
sugar, mas em breve desenvolve variados esquemas de 
como sugar no seio, na mamadeira ou o polegar. O 
bebê pode ter que abrir mais a boca, virar a cabeça para 
o lado ou sugar com intensidade variável. 
Adaptação: como as crianças lidam com novas 
informações à luz do que já sabem? A adaptação ocorre 
mediante dois processos complementares: (1) 
assimilação, captar nova informação e incorpora-la às 
estruturas cognitivas já existentes, e (2) acomodação, 
adequar as estruturas cognitivas para que se ajustem à 
nova informação. 
Equilibração: um constante esforço por um equilíbrio 
estável – motiva a conversão da assimilação para a 
acomodação. 
Uma criança sabe o que são pássaros e vê um avião 
pela primeira vez. A criança rotula o avião de “pássaro” 
(assimilação). Com o tempo, a criança nota a diferença 
entre aviões e pássaros, o que a deixa ligeiramente 
inquieta (desequilíbrio) e a motiva a mudar seu 
entendimento (acomodação) e dar um novo rótulo para 
o avião. Ela, então, está em equilíbrio. 
Ao longo da vida, a busca de equilíbrio é a força 
impulsora por trás do crescimento cognitivo 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO de 0 a 3 anos 
I. ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR 
Do nascimento até aproximadamente 2 anos, os bebês 
aprendem sobre si mesmos e seu mundo por meio de 
sua atividade sensorial e motora à medida que mudam 
de seres que respondem principalmente por reflexos e 
comportamentos aleatórios para caminhantes 
orientados a metas. 
Grande parte desse crescimento cognitivo se dá por 
meio de reações circulares em que uma criança 
aprende a reproduzir eventos agradáveis ou 
interessantes originalmente descobertos por acaso. O 
comportamento casual original com o tempo se 
consolida em um novo esquema de comportamento 
a. Subestágios 
Uso de Reflexos 
- Nascimento a 1 mês – RN – Lactante 
Os bebês exercitam seus reflexos inatos e adquirem 
algum controle sobre eles. Eles não coordenam 
informações de seus sentidos. Não pegam um objeto 
que estão olhando. 
Começa a sugar quando a mama de sua mãe está em 
sua boca, no entanto podem praticar sucção mesmo 
quando não estão comendo → importante para o 
reflexo de ejeção do leite. 
Reflexo de mergulho: um bebê em uma piscina, ele 
trancaria a respiração, desviaria alguma água ingerida 
para o estômago e apresentaria movimentos de braços 
e pernas coordenados e fortes o suficiente para 
propulsão por alguns metros na água. Embora seja um 
dos comportamentos mais enigmáticos com os quais os 
bebês vêm dotados, ele ocorre em todos os bebês 
neurologicamente normais e com a traqueia mais 
elevada, eles podem abrir a boca o tanto que quiserem. 
A água não entra nos pulmões, vai direto para o 
estômago. 
Pernas em movimento: são os pequenos chutes que 
levam para frente. Puro instinto. Vindo talvez de um 
passado recente, da vida dentro do útero, ou quem 
sabe de um passado muito distante, um reflexo 
evolutivo. → reflexo de pressão: agarrar fortemente 
qualquer objeto colocado em sua palma (de modo 
presumível este é um remanescente de nosso passado 
ancestral quando nos agarrávamos à pele de nossas 
mães primatas enquanto elas bracejavam entre as 
árvores.) 
Marco*: RN e lactente: virar a cabeça ao nascer 
* grosseiro: dependente da interação das vias motoras 
centrais e periféricas, assim como órgãos dos sentidos 
especiais e vias de equilíbrio 
Reações circulares primárias 
- 1 a 4 meses 
Os bebês repetem comportamentos agradáveis que 
primeiramente ocorrem por acaso (p. ex., sugar o 
polegar). As atividades focam o corpo do bebê mais do 
que os efeitos do comportamento no ambiente. Os 
bebêsfazem primeiras adaptações adquiridas, ou 
seja, eles sugam objetos diferentes de maneira 
diferente. Eles começam a coordenar informações 
sensórias e agarram objetos. 
Quando uma criança que geralmente é amamentado ao 
seio, recebe uma garrafa é capaz de ajustar sua sucção 
ao bico de borracha. 
Marco: 3 meses levanta cabeça em decúbito ventral 
Reações circulares secundárias 
- 4 a 8 meses 
Os bebês tornam-se mais interessados no ambiente; 
eles repetem ações que produzem resultados 
interessantes (p. ex., como sacudir um chocalho) e 
prolongam experiências interessantes. As ações são 
intencionais, mas inicialmente não dirigidas a metas. 
Empurrar pedaços de cereais secos sobre a borda da 
bandeja de sua cadeirinha um por um e observa cada 
pedaço cair no chão. 
Marco: 4-6 meses controle total da cabeça 
5 meses rola de decúbito 
6 meses senta-se com apoio (curvaturas da coluna) 
Coordenação de esquemas secundários 
- 8 a 12 meses 
O comportamento é mais deliberado e propositado 
(intencional) à medida que os bebês coordenam 
esquemas anteriormente aprendidos (p. ex., olhar e 
pegar um chocalho) e usam comportamentos 
anteriormente aprendidos para atingir seus 
objetivos (p. ex., engatinhar pela sala para pegar um 
brinquedo que querem). Eles podem antecipar eventos. 
Marco: 8 meses senta-se sem apoio 
9 meses engatinha e em pé com apoio; 
11 meses anda com apoio 
Reações circulares terciárias 
- 12 a 18 meses 
Nessa idade, as crianças demonstram curiosidade e 
experimentação; elas intencionalmente variam suas 
ações para ver os resultados (p. ex., sacudindo 
chocalhos diferentes para ouvir seus sons). Exploram 
de forma ativa seu mundo para determinar o que é 
novo em um objeto, um evento ou uma situação. Elas 
experimentam novas atividades e usam tentativa e erro 
na resolução de problemas. 
Marco: 12-14 meses anda sem apoio; 
15 meses caminha sem auxílio; 
18 meses corre; 
24 meses corre e desce escadas sem auxílio; 
36 meses pedala triciclos 
Combinações mentais 
- 18 a 24 meses - Lactante 
Uma vez que crianças pequenas são capazes de 
representar objetos mentalmente, não estão mais 
limitadas à tentativa e erro para resolver problemas. O 
pensamento simbólico permite que as crianças 
comecem a pensar sobre os fatos e antecipar suas 
consequências sem sempre recorrer à ação. 
Começam a demonstrar insight (discernimento). Elas 
podem usar símbolos, tais como gestos e palavras, e 
são capazes de fingir. 
Brincar com sua caixa de formas, procurando 
cuidadosamente o orifício certo para cada forma antes 
de tentar – e consegue. 
 
 
 
 
Desenvolvimento da Linguagem 
(primeira infância) 
Começa desde a vida uterina, uma vez que, estudos 
evidenciam que no útero os bebês já têm certa 
capacidade de audição e, portanto, ouvem as vozes 
“abafadas” das mães. 
Teoria da participação guiada de Skinner (1957): 
Inicialmente, os bebês emitem sons de forma aleatória. 
Por acaso, alguns desses sons podem se aproximar da 
linguagem (p. ex., “da”), e os pais, em geral, reforçam 
essas vocalizações com sorrisos, atenção e elogios. De 
modo gradual, por reforçarem seletivamente 
aproximações cada vez mais estreitas à fala adulta (p. 
ex., “dada”), os pais moldam as capacidades de 
linguagem emergentes da criança. Além disso, à 
medida que se desenvolvem, também começam a 
imitar palavras, o que os pais também reforçam. Com o 
tempo, esses processos resultam no surgimento da fala. 
Teoria do inatismo de Chomsky (1957, 1972, 1995): 
O cérebro humano tem uma capacidade inata para a 
aquisição da linguagem; os bebês aprendem a falar com 
a mesma naturalidade com que aprendem a caminhar. 
Os inatistas assinalam que quase todas as crianças 
dominam seu idioma nativo na mesma sequência 
relacionada à idade. 
A maioria dos cientistas do desenvolvimento atualmente 
acredita que a aquisição da linguagem, como a maioria 
dos outros aspectos do desenvolvimento, depende de 
uma mescla de natureza e educação. As crianças têm 
uma capacidade inata de adquirir a linguagem, a qual 
pode ser ativada ou limitada pela experiência. 
Vocalizações iniciais 
Chorar é o primeiro meio de comunicação de um 
recém-nascido e tem grande valor adaptativo. 
Diferentes entonações, padrões e intensidades 
sinalizam fome, sonolência ou raiva. 
Entre 6 semanas e 3 meses, os bebês começam a 
arrulhar quando estão contentes – gritos, gorgolejos e 
emissão de sons de vogais, como “ah”. 
O tronco cerebral e a ponte, as partes mais primitivas 
do encéfalo e as primeiras a se desenvolverem, 
controlam o choro de um neonato. 
Em torno de 3 a 6 meses, começam a brincar com os 
sons da fala, combinando os sons que ouvem das 
pessoas a sua volta. 
Entre 6 e 10 meses, começam a balbuciar – repetir 
sequências de consoantes e vogais, tais como “ma-ma-
ma-ma”. O balbucio não é linguagem real porque não 
tem um significado para o bebê, mas adquire mais 
semelhança com as palavras no decorrer do tempo. 
O balbucio repetitivo pode surgir com a maturação de 
partes do córtex motor, que controla os movimentos da 
face e da laringe. 
Um estudo de imagens cerebrais aponta para um 
vínculo entre a percepção fonética do cérebro e os 
sistemas motores já aos 6 meses 
Em torno de 9 a 10 meses, os bebês deliberadamente 
imitam sons sem compreendê-los. Depois que têm um 
repertório de sons, eles os sequenciam em padrões que 
se assemelham com linguagem, mas que parecem não 
ter significado. Depois que se familiarizam com os sons 
de palavras e frases, começam a atribuir significados a 
eles. 
Processo de evolução e adaptação ao idioma 
escutado. A capacidade de plasticidade do cérebro do 
lactante permite que com o tempo, a partir dos 6 meses 
para vogais e dos 10 meses para consoantes, os bebês 
perdem sua sensibilidade para sons que não fazem 
parte do(s) idioma(s) que eles geralmente ouvem. Isso 
pode ajudar o rápido aprendizado da linguagem. A 
experiência precoce modifica a estrutura neural do 
cérebro, auxiliando com a detecção de padrões de 
palavras no idioma nativo e suprimindo a atenção a 
padrões não nativos que retardariam o aprendizado do 
idioma nativo. 
A causa mais comum de atraso de linguagem é um 
problema auditivo 
Muito antes de poderem ligar sons a significados, os 
bebês aprendem a reconhecer padrões sonoros que 
ouvem com frequência, tais como seu nome. Bebês de 
5 meses ouvem seu nome por mais tempo do que 
outros nomes (Newman, 2005). Já os de 6 meses 
olham por mais tempo um vídeo de suas mães 
quando ouvem a palavra “mamãe” e de seus pais 
quando ouvem a palavra “papai” (Tincoff e Jusczyk, 
1999), e assistem a vídeos de mãos e pés adultos por 
mais tempo quando ouvem as palavras “mão” e “pés” 
(Tincoff e Jusczyk, 2011). 
Gestos 
Antes de falar, os bebês apontam. Gestos surgem em 
torno da mesma época em que os bebês dizem as 
primeiras palavras, e eles funcionam muito como 
palavras. 
Usando-os, os bebês demonstram que compreendem 
que os símbolos podem se referir a objetos, eventos ou 
desejos e condições específicas. Os gestos geralmente 
aparecem antes que as crianças tenham um 
vocabulário de 25 palavras e desaparecem quando as 
crianças aprendem e sabem dizer a palavra para a ideia 
que estão gesticulando 
 
 
Primeiras palavras 
Em média, ocorre por volta de 10 a 14 meses, como 
uma holófrase, ou seja, uma palavra que expressa um 
pensamento completo. 
Ex.: “Da”, que pode significar “Eu quero isso” “Eu quero 
sair” ou “Onde está o papai?” 
A evolução progride de forma que aos 18 meses, ¾ das 
crianças podem compreender 150 palavras e dizer 50 
delas. Os substantivos parecem ser o tipo de palavra 
que as crianças têm mais facilidade para aprender 
Primeiras frases 
Próximo avanço é a união das palavras aprendidas para 
formar frases e expor pensamentos mais complexos, 
geralmente corre entre 18 e 24 meses (varia bastante). 
Nessa fase, usam a falatelegráfica, composta de 
apenas algumas palavras essenciais. 
Em torno de 3 anos, as crianças tornam-se cada vez 
mais conscientes do propósito comunicativo da fala e 
da compreensão de suas palavras pelos outros. Além 
disso, sua fala é fluente, mais longa e mais complexa. 
As crianças restringem os significados das palavras. Em 
outras palavras, elas usam uma palavra para se referir a 
muito pouco de uma categoria. Chamar seu cão de 
“cachorrinho”, mas não chamar outros cães por esse 
nome é um exemplo dessa restrição. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO de 3 a 6 anos 
II. ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL 
Para Piaget, as crianças dessa idade não estão prontas 
para se envolverem em operações mentais lógicas. 
A criança não precisa mais de um estímulo sensorial 
para pensar em algo – ela é capaz de lembrar! → 
Função simbólica (capacidade de usar símbolos ou 
representações mentais) 
Desenvolvimento da percepção espacial, crianças 
pré-escolares mais velhas podem usar mapas simples e 
transferir a compreensão espacial obtida a partir do 
trabalho com modelos para mapas e vice-versa. 
Uma das principais características do pensamento pré-
operacional é a centração, a tendência de se 
concentrar em um aspecto de uma situação e 
negligenciar outros. 
Piaget argumentou que as crianças pré-escolares 
chegam a conclusões ilógicas, porque elas não são 
capazes de descentrar – ou seja, concentrar-se em mais 
de um aspecto de uma situação ao mesmo tempo. Ex. 
forma de centração: 
Egocentrismo 
Incapacidade de considerar o ponto de vista de outra 
pessoa. 
Teste das montanhas de Piaget 
Uma criança senta-se de 
frente para uma mesa 
que tem três grandes 
montes. Um boneco é 
colocado em uma cadeira 
no lado oposto da mesa. 
O investigador pergunta à 
criança que aspecto as montanhas teriam do ponto de 
vista do boneco, Piaget constatou que crianças 
pequenas geralmente descreviam as montanhas de sua 
própria perspectiva e não conseguiam assumir um 
ponto de vista diferente do seu 
As crianças falam sozinhas ou com os brinquedos, 
explicando o que estão fazendo. A atenção é curta e 
facilmente dispersa por estímulo externo mínimo. Ao 
olhar um quadro a criança observará as partes 
separadamente, mas não será capaz de interpretar a 
ação. 
Desenvolvimento da Linguagem 
(segunda infância) 
Marcada por muitas perguntas e rápido avanço de 
vocabulário. 
Vocabulário 
Aos 3 anos, a criança mediana conhece e é capaz de 
usar de 900 a 1.000 palavras. Aos 6, uma criança 
geralmente tem um vocabulário expressivo (falante) de 
2.600 palavras e compreende mais de 20 mil. 
Essa rápida expansão do vocabulário pode ocorrer por 
meio do mapeamento rápido, o qual permite que uma 
criança capte o significado aproximado de uma palavra 
depois de ouvi-la uma ou duas vezes. A partir do 
contexto, as crianças parecem formar uma rápida 
hipótese sobre o significado de uma palavra, a qual, 
então, é refinada com exposição adicional e emprego. 
Entre os 4 a 5 anos, a criança já consegue utilizar frases 
exclamativas, negativas, interrogativas ou imperativas. 
Contudo, embora as crianças em idade escolar falem 
fluentemente, de forma compreensível e com relativa 
correção gramatical, ainda precisam dominar muitos 
pontos refinados da linguagem. Elas raramente usam 
a voz passiva, (“Eu fui vestida pelo vovô”), sentenças 
condicionais (“Se eu fosse grande poderia dirigir um 
ônibus”) ou o verbo auxiliar “ter” (“Eu já tinha visto 
aquela mulher antes”). 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO de 6 a 12 anos 
III. ESTÁGIO OPERACIONAL 
Em torno dos 7 anos, segundo Piaget, as crianças 
entram no estágio do pensamento operatório concreto 
e começam a usar operações mentais para resolver 
problemas concretos (reais). 
Agora as crianças são capazes de levar em conta 
múltiplos aspectos de uma situação. Entretanto, seu 
pensamento ainda está limitado a situações no aqui e 
agora. 
Na terceira infância, o desenvolvimento gradual da 
função executiva da primeira infância à adolescência é 
o resultado de mudanças desenvolvimentais na 
estrutura cerebral. 
O córtex pré-frontal, a região responsável por 
planejamento, julgamento e tomada de decisão, mostra 
desenvolvimento significativo durante esse período. À 
medida que sinapses desnecessárias são podadas e as 
rotas tornam-se mielinizadas, a velocidade de 
processamento – geralmente medida pelo tempo de 
reação – aumenta drasticamente. O processamento 
mais rápido e eficiente aumenta o volume de 
informações que as crianças podem manter na 
memória operacional, possibilitando o pensamento 
complexo e o planejamento dirigido à meta. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO na adolescência 
IV. ESTÁGIO DE OPERAÇÕES FORMAIS 
Quando ele desenvolve a capacidade de pensamento 
abstrato. Esse desenvolvimento, geralmente por volta 
dos 11 anos, confere um modo novo e mais flexível de 
manipular informações. Sem a limitação do aqui e 
agora, o adolescente consegue compreender o tempo 
histórico e o espaço fora da Terra. 
Ele consegue imaginar possibilidades e pode formar e 
testar hipóteses. O indivíduos no estágio das operações 
formais consegue integrar o que aprendeu no passado 
aos desafios do presente e fazer planos para o futuro. 
Desenvolvimento da Linguagem 
(adolescência) 
Entre 16 e 18 anos de idade, o jovem médio conhece 
cerca de 80 mil palavras (Owens, 1996). 
O adolescente também aumenta sua capacidade de 
assumir uma perspectiva social e de modular seu 
discurso de acordo com o nível de conhecimento e a 
opinião de outra pessoa. Essa capacidade é essencial 
para persuasão e até mesmo para uma conversa 
respeitosa. 
A gíria adolescente é parte do processo de 
desenvolvimento de uma identidade separada dos pais 
e do mundo adulto, e seu aparecimento é mais provável 
em culturas nas quais a adolescência compõe uma 
categoria social. 
ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO 
MOTOR GROSSEIRO 
Compreendem as habilidades motoras gerais, como 
sustentar cabeça, tronco, sentar-se, rolar, engatinhar, 
andar, pular e assim por diante. Também é uma conduta 
dependente da interação das vias motoras centrais e 
periféricas, assim como órgãos dos sentidos especiais 
e vias de equilíbrio. É uma das categorias de mais 
destaque na avaliação o desenvolvimento junto a de 
linguagem. 
ADAPTATIVO (INTELECTUAL) 
Desenvolvimento Adaptativo (intelectual): 
compreendem as reações da criança frente aos 
estímulos apresentados (ex.: bola, argola, chocalho, 
cubos), e que dependem da interação da sua 
capacidade motora, sensorial, de coordenação e 
cognitiva para adequada exploração e aprendizagem. É 
considerada a conduta precursora da inteligência, 
aquela na qual é avaliada a capacidade da criança em 
“resolver” problemas e aprender a partir de novas 
experiências. 
Marcos adaptativos: (I) RN e Lactente: 0-1 mês 
puramente reflexos, segue objeto em movimento; 1-4 
meses aparecimento de atos voluntários; 4-8 meses 
focaliza objetos e se projeta a eles, ações imitativas. 
MOTOR FINO 
Compreendem as habilidades cada vez mais precisas e 
específicas com o uso da mão e dedos, garantindo-lhe 
a exploração cada vez mais delicada do objeto. 
PESSOAL-SOCIAL 
Referem-se às reações da criança frente às outras 
pessoas (mãe, pai, examinador, brincadeiras com 
outras crianças) e frente às situações de vida diária 
(alimentação, sono, higiene, vestimenta, controle 
esfincteriano). 
PENSAMENTO RACIONAL 
 
 
2. Classificar as fases da infância 
Fonte: O Desenvolvimento da Criança: Do nascimento à 
Adolescência, Gabriela Martorell, 1 ed, 2014 & SBP 
INFÂNCIAS 
1ª Infância Nascimento – 3 anos 
2ª Infância 3 – 6 anos 
3ª Infância 6 – 12 anos 
 
FASES 
Lactante 0 – 2 anos 
Pré-escolar 2 – 4 anos 
Escolar 5 – 10 anos 
Adolescente 11* – 19 anos 
* há divergências, escolher uma fonte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Compreender os mecanismos de controle 
neuraldo equilíbrio relacionado a marcha 
EQUILÍBRIO 
Fonte: Desenvolvimento do equilíbrio postural e desempenho 
motor de crianças de 4 aos 10 anos de idade, LUIZ F. C. 
LEMOS, Universidade de Brasília, Faculdade de Educação 
Física, 2010. (tese de mestrado) 
É fundamental para execução de diversas atividades, 
sendo que situações de desequilíbrio são possíveis 
fatores para quedas → risco de lesões. 
O sistema de controle postural está baseado em três 
sistemas sensoriais: visão (sistema visual), a 
sensibilidade proprioceptiva (sistema 
somatossensorial) e o aparelho vestibular (sistema 
vestibular). 
 
Com a perfeita integração desses sistemas, em nível 
cerebral, juntamente com memórias de experiências 
prévias, a correta postura do indivíduo é determinada e, 
portanto, qualquer disfunção nestes sistemas pode 
desencadear sintomas de falta de equilíbrio. 
Aliado a esses sistemas, existe também a relação do 
equilíbrio postural com as funções motoras (força de 
membros inferiores, agilidade, coordenação e 
velocidade), as quais são responsáveis pelos 
movimentos que auxiliam na manutenção da posição 
ereta estável, no caso de equilíbrio estático. 
 
 
 
 
Sistema Vestibular 
Tem o papel de fornecer informações sobre a posição 
e movimento da cabeça em respeito à força da 
gravidade e forças inerciais. Possui dois tipos de 
receptores: 
1. Canais semicirculares: que detectam acelerações 
angulares e são preenchidos com fluído. 
Certas regiões desses canais têm células sensoriais 
ciliares. 
Quando a cabeça roda, a inércia do fluído move 
essas células ciliares e causa a liberação de um 
neurotransmissor. 
Os canais semicirculares são particularmente 
efetivos na detecção de rápidas acelerações 
2. Utrículo e o sáculo: que detectam alterações 
lineares. 
Dentro destas estruturas há uma região chamada 
mácula com células ciliares, que se protegem em 
uma membrana gelatinosa, o otólito. O movimento 
linear desta membrana gelatinosa provoca uma 
inclinação das células ciliares causando a liberação 
de um neurotransmissor. 
Como os olhos podem se mexer enquanto a cabeça 
está estacionária e a cabeça pode se mexer enquanto 
os olhos permanecem fixos em um alvo, o papel do 
sistema vestibular é crucial, pois fornece informações 
que são independentes das informações visuais 
Sistema Somatossensorial (propriocepção) 
Fornece ao sistema nervoso central informação sobre a 
posição e movimentação do corpo no espaço em 
relação à superfície de suporte e também com relação 
aos segmentos corporais. 
O sistema somatossensorial possui grande capacidade 
de se reorganizar, chamada de plasticidade cortical 
ou neuroplasticidade e, seu desenvolvimento 
depende de estímulos, pois a área de representação 
cortical motora é mais desenvolvida em pessoas que 
têm maior uso em virtude de alguma deficiência ou 
prática especifica. 
As informações deste sistema são colhidas em todo o 
corpo, podendo ser através do toque, temperatura, dor 
e propriocepção, tendo essa última especial 
importância no controle postural pela identificação a 
todo instante das posições corporais e correção da 
geometria corporal. 
Em superfícies estáveis o sistema somatossensorial é 
predominante sobre os demais, visto que existem 
evidências literárias da superioridade dessa informação 
na manutenção do equilíbrio, sendo o risco de queda 
muito maior em pacientes com o sistema nervoso 
central afetado. 
Sistema Visual 
Fornece informações sobre o ambiente, a localização, a 
direção, o sentido e a velocidade de movimento do 
indivíduo 
O efeito da visão irá depender da tarefa e do contexto, 
no qual a cena visual móvel poderá induzir uma 
percepção ilusória de movimento do próprio corpo e 
afetar a manutenção do equilíbrio postural, gerando 
oscilação corporal. 
O deslocamento de uma estrutura “vista” na retina é o 
principal estímulo visual para o sistema de controle 
postural controlar a magnitude de oscilações corporais 
(Paulus et al., (1989)). 
O que ocorre é que o sistema de controle postural 
busca manter as dimensões de um cenário visual 
estruturado na retina para diminuir a oscilação corporal. 
Quando o indivíduo oscila para frente, a referência 
visual que estava projetada na retina aumenta de 
tamanho, isto faz com que o sistema de controle 
postural altere o sentido da oscilação para manter o 
quadro de referência estabelecido. 
INFÂNCIA 
Fonte: Compreendendo o desenvolvimento motor, Gallahue 
O amadurecimento dos sistemas de controle postural e 
sua utilização na manutenção do equilíbrio postural é 
diferenciado na importância dada a cada sistema 
(visual, vestibular e somatossensorial) em cada idade 
distinta. 
No período neonatal, o movimento é mal definido e mal 
controlado. Aos poucos, os reflexos são inibidos e tem 
início o estágio de inibição dos reflexos. 
Quando os reflexos primitivos e posturais da fase 
anterior começam a enfraquecer, os centros cerebrais 
superiores assumem o controle de muitas das funções 
dos músculos esqueléticos dos centros cerebrais 
inferiores. 
Estágio de pré-controle estende-se mais ou menos 
entre o primeiro e o segundo ano. Durante esse estágio, 
o bebê começa a adquirir maior controle e precisão nos 
movimentos. 
O processo de estabilidade/equilíbrio se dá com a 
maturação dos sistemas (somatossensorial, visual e 
vestibular) e controle das funções motoras. 
Fontes mais antigas: nos primeiros meses de vida há a 
predominância da informação visual para a manutenção 
do controle da postura. 
Fonte: Desenvolvimento motor ao longo da vida, 6ed. 
Kathleen Haywood, 2016. 
 
Experiência da sala móvel 
Crianças que mal tinham 
começado a ficar de pé eram 
colocadas em uma “sala 
móvel” e com frequência 
balançavam, cambaleavam 
ou caíam, diferentes de adultos. Também observado 
que o efeito diminuía em crianças após o primeiro ano 
de vida. 
Entende-se que a percepção visual não é o fator 
controlador da velocidade na postura e equilíbrio do 
bebê. 
O fator controlador seria um acoplamento da 
informação sensorial com a resposta motora adequada. 
De modo quem a todo momento o bebê deve calibrar 
seu acoplamento sensório-motor de acordo com o 
ambiente. 
Em outras palavras, a media que o ambiente muda, a 
criança deve regular e refinar seus movimentos com 
base em informações sensoriais contínuas. 
Também são observados 4 estágios principais em 
relação ao toque: impulsionar para ficar de pé, ficar de 
pé sozinho, começar a caminhar e atingir 1 mês e meio 
de experiência no caminhar. 
Nos três primeiros estágios os bebês respondem ao 
balanço do corpo aplicando forças a uma superfície. 
No quarto estágio, utilizam a informação do toque para 
controlar a postura. Daí a importância não apenas do 
sistema proprioceptor (somatossensorial) em fornecer 
informações para o sistema nervoso, mas no conjunto 
dos sistemas visual, vestibular e das funções motoras. 
MACHA 
Fonte: Desenvolvimento motor ao longo da vida, 6ed. 
Kathleen Haywood, 2016. 
Rastejar 
O rastejar evolui à medida que o bebê adquire controle 
dos músculos da cabeça, do pescoço e do tronco. Na 
posição pronada e usando um padrão homolateral, o 
bebê pode alcançar um objeto à sua frente, tirando a 
cabeça e o peito do chão. Ao voltar, os braços 
estendidos a empurram de volta na direção dos pés. 
Engatinhar 
O engatinhar evolui a partir do rastejar e, muitas vezes, 
chega a uma forma bastante eficiente de locomoção 
para o bebê. O engatinhar difere do rastejar pelo fato de 
que pernas e braços são usados em oposição. As 
primeiras tentativas do bebê de engatinhar são 
caracterizadas por movimentos deliberados de um 
membro de cada vez. Quando a proficiência do bebê 
aumenta, os movimentos tornam-se sincrônicos e mais 
rápidos. Os engatinhadores mais eficientes usam um 
padrão contralateral (braço direito e perna esquerda). 
Macha ereta 
A aquisição damarcha ou do andar na posição ereta 
depende da estabilidade do bebê. Em primeiro lugar, o 
bebê precisa ser capaz de controlar o corpo na posição 
de pé, antes de manejar as mudanças posturais 
dinâmicas necessárias. 
As primeiras tentativas de andar com independência 
costumam acontecer em algum momento entre o 
décimo e o décimo quinto mês e são caracterizadas por 
uma base de apoio, pés virados para fora e joelhos 
levemente flexionados. 
Enquanto a maturação do sistema nervoso central é 
extremamente importante para o advento do andar, 
outros fatores orientados para o indivíduo, como as 
qualidades elásticas dos músculos, as propriedades 
anatômicas de ossos e articulações e a energia 
transmitida aos membros que se movem, servem de 
sistemas interativos críticos. 
4. Entender o impacto dos estímulos sobre o 
desenvolvimento neuropsicomotor na 
infância 
Fonte: A criança em desenvolvimento – Helen Bee, 12 
edição, 2011 
MATURAÇÃO 
Padrões de mudança sequencial geneticamente 
programados. 
Qualquer padrão maturacional é marcado por três 
qualidades: 
É universal, aparecendo em todas as crianças 
por meio de fronteiras culturais; 
É sequencial, envolvendo algum padrão de 
habilidade ou características em expansão; 
É relativamente impermeável à influência 
ambiental. 
Em sua forma mais pura, uma sequência de 
desenvolvimento determinada pela maturação ocorre 
independente de prática ou treinamento. 
De fato, apenas condições extremas, como subnutrição 
grave, impedem essas sequências de se manifestarem. 
 
 
MODELO DA INFLUÊNCIA AMBIENTAL DE ASLIN 
Sobre como todos esses fatores internos e ambientais 
interagem para influenciar o desenvolvimento. 
Aslin e seus colegas usaram esses modelos para 
estudar a percepção da fala de bebês e outros aspectos 
do desenvolvimento da linguagem 
Em cada desenho, a linha tracejada representa o 
caminho de desenvolvimento de alguma habilidade ou 
comportamento que ocorreria sem uma experiência 
particular; a linha contínua representa o caminho de 
desenvolvimento se a experiência fosse acrescentada. 
Para fins de comparação, o primeiro dos cinco modelos 
mostra um padrão maturacional sem efeito ambiental; 
O segundo modelo, que Aslin denomina manutenção, 
descreve um padrão no qual algum estímulo ambiental 
é necessário para sustentar uma habilidade ou um 
comportamento que já se desenvolveu em termos 
maturacionais. 
Por exemplo, os gatos nascem com visão 
binocular completa, mas se for coberto um de 
seus olhos por um período de tempo, sua 
habilidade binocular diminui. 
O terceiro modelo mostra um efeito de facilitação do 
ambiente, no qual uma habilidade ou um 
comportamento se desenvolve mais cedo do que 
normalmente se desenvolveria em virtude de 
determinadas experiências. 
Por exemplo, crianças com quem os pais falam 
mais frequentemente nos primeiros 18 a 24 
meses, usando sentenças mais complexas, 
parecem desenvolver sentenças de duas 
palavras e outras primeiras formas 
gramaticais um pouco mais cedo do que 
crianças com quem os pais falam menos. 
Contudo, crianças com quem se fala menos 
eventualmente aprendem a criar sentenças 
complexas e usam a maioria das formas 
gramaticais corretamente; a experiência de 
mais conversa não oferece, portanto, um ganho 
permanente. 
Quando uma determinada experiência leva a um ganho 
permanente ou a um nível de desempenho 
permanentemente mais alto, Aslin denomina o modelo 
de sintonia. 
Por exemplo, crianças de famílias pobres que 
frequentam creches especiais quando bebês e 
na primeira infância têm, durante toda a 
infância, escores de QI consistentemente mais 
altos do que crianças dos mesmos tipos de 
famílias que não têm tal experiência 
enriquecida. 
O modelo final de Aslin, indução, descreve um efeito 
puramente ambiental: na ausência de alguma 
experiência, um determinado comportamento não se 
desenvolve absolutamente. 
Dar a uma criança aulas de tênis ou expô-la a 
uma segunda língua se enquadra nessa 
categoria de experiência 
 
 
Fonte: O Desenvolvimento da Criança: do nascimento à 
Adolescência, Gabriela Martorell, 1 ed, 2014 
Animais criados em jaulas providas de brinquedos 
produzem mais axônios, dendritos e sinapses do que 
animais criados em jaulas vazias (Society for 
Neuroscience, 2008). Essas descobertas geraram 
esforços bem-sucedidos de estimular o 
desenvolvimento cerebral de bebês prematuros (Als et 
al., 2004) e de crianças com síndrome de Down, bem 
como de ajudar vítimas de lesão cerebral a 
recuperarem função.

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