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Desenvolvimento infantil (marcos do desenvolvimento)

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Avaliação
Desenvolvimento é caracterizado pela evolução dinâmica do
ser humano a partir da concepção, ou seja, vai crescendo
desde desenvolvimento cerebral a capacidades, podendo
ser determinado pela genética e meio ambiente, sendo que
o primeiro é determinante e o segundo é crucial para
alcançar a potencialidade, assim, o desenvolvimento
humano emerge a partir das interações com meio ambiente
e o sucesso no desenvolvimento depende da integridade
dos vários órgãos e sistemas (principalmente no SNC).
 
CONCEITO: processo de construção da idade humana,
resultante da interação entre as influências biológicas, a
história de vida e seu contexto cultural e social.
 
PREVALÊNCIA: estima-se que 1 a cada 8 crianças tenha
alterações do desenvolvimento, segundo a OMS, 200
milhões de crianças abaixo de 5 anos tem desenvolvimento
abaixo do seu potencial; “se conseguirmos reverter essas
alterações, aumentará o potencial de pessoas que consigam
transformar-se em mão de obra para o país”, ainda ocorre
atraso no diagnóstico, mesmo nas crianças regularmente
acompanhadas.
Desenvolvimento infantil
Layane Silva
 O tecido nervoso cresce e amadurece nos primeiros anos de
vida, por isso ele fica mais vulnerável a agravos de natureza
nesse período, deve-se sempre proporcionar um meio para
que essa criança possa se desenvolver de forma propícia a
ajudar nesse processo, a criança responde melhor aos
estímulos e intervenções nesse período (intervenção precoce
- fisioterapias, fonoaudiologia, terapias incentivadoras), ou
seja, quanto mais estímulos e mais intervenções, melhores
os resultados no desenvolvimento desta.
 
Ex.: toda criança que nasce precocemente, é encaminhada a
buscar atingir marcos de desenvolvimento antes do tempo,
porque ela possui uma plasticidade neuronal que pode ser
estimulada para a melhor forma - isso ocorre para que esta
criança não se torne “atrasada” em relação às crianças que
nascem no tempo ideal.
 
O crescimento e desenvolvimento ocorrem de forma mútua
e a evolução se dá em uma sequência fixa, mas em ritmo
variável, ou seja, sempre será da cabeça para baixo e centro
para fora dependendo da quantidade de estímulos que foi
realizado, para transpor um marco, é necessário a aquisição
de capacidades motoras, físicas, a direção é céfalo-
caudal/próximo-distal.
plasticidade neuronal
domínios de função interligados no desenvolvimento
sensorial;
motor (grosseiro ou fino - depende da visão);
linguagem;
social;
emocional;
cognitivo: aprendizagem, linguagem (depende da
audição);
adaptativo;
psicológico (comportamento).
avaliação
Fundamental na atenção à saúde da criança avaliar tópicos
como: nutricional, alimentar, desenvolvimento e
imunização, deve ser feita de forma rotineira e sistemática e
NÃO há limites fixos, deve-se respeitar a individualidade. O
momento da avaliação serve para estimular e ensinar, a
meta é atingir o potencial da criança, identificar
precocemente crianças em risco e intervir na consulta, o
examinador irá conduzir os pais do que fazer com a criança.
A avaliação deve ser um processo contínuo de
acompanhamento da criança, capaz de detectar
precocemente desvios e atrasos, a Caderneta de saúde da
criança disponibiliza uma sistematização para vigilância do
desenvolvimento dos 0 a 3 anos e deve acompanhar
aquisições dos principais marcos do desenvolvimento.
fatores de risco para distúrbios do desenvolvimento
- A mãe não ter feito pré-natal ou ter feito incompleto;
- Problemas na gestação ou no parto;
- Prematuridade;
- Criança abaixo de 2,500kg - criança baixo peso;
- Criança que apresenta icterícia grave;
- Hospitalização no período neonatal;
- Parentesco entre os pais;
- Doenças graves, como meningite, traumatismo craniano e
convulsões;
- Casos de deficiência ou doença mental na família;
- Fatores de risco ambientais, como violência doméstica,
depressão materna, drogas ou alcoolismo entre os
moradores da casa, suspeita de abuso sexual, etc;
ALTERAÇÕES FÍSICAS: perímetro cefálico (RN meninas com
37 semanas ou mais PC < 31,5cm; e RN pré-termo PC<-2
desvios-padrão - intergrowth) e presença de alterações
fenotípicas (fenda palpebral oblíqua, olhos afastados,
implantação baixa de orelhas, lábio leporino, fenda palatina,
pescoço curto e/ou largo, prega palmar única e 5° dedo da
mão curto e recurvado). Observe os marcos de
desenvolvimento de acordo com a faixa etária da criança:
Layane Silva
reflexos
- tono/reflexo profundo: hipertonia flexora dos 4 membros,
hipotonia axial e hiper-reflexia profunda;
- reflexos primitivos: todas estão presentes no RN a termo;
- funções cerebrais superiores: pode seguir objetos com os
olhos, iniciando a corticalização;
- reflexo tônico cervical: vira a cabeça do bebê para um
lado, e nesse lado, ele vai esticar o braço e perna e, no lado
oposto, a perna e braço estará fletida;
- reflexo de marcha: segura o bebê em pé, e ele irá fazer o
movimento de andar;
- reflexo de voracidade: se encostar algo perto da boca, ele
irá virar procurando a mama;
- reflexo plantar: passa um objeto pontiagudo no pé e ela irá
automaticamente abaixar os dedos.
recém-nascido
- tono/reflexo profundo: inicia a hipotonia fisiológica, então
a criança para de ter aquela contração dos 4 membros;
3 meses
No recém-nascido, pode acontecer de levantar o dedo ao
invés de abaixar, pois ainda pode estar descorticalizado.
- reflexo de Moro: levanta os braços e solta, a criança levará
um ‘’susto’’;
- reflexo de pressão palmar: coloca o nosso dedo na mão da
criança e ela irá segurar.
Normalmente quando a criança de 3 meses chega no
consultório e ainda apresenta a hipertonia, ou seja, ainda
tem a contração dos 4 membros, provavelmente o motivo é
devido ao fato da mãe continuar embrulhando a criança,
logo, deve-se deixá-la mais ‘’solta’’, e deve tirar as luvas.
- reflexos primitivos ainda presentes: sucção, moro, mão-
boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo-plantar
extensor;
- reflexos primitivos que desaparecem: marcha reflexa,
apoio plantar, tônico-cervical assimétrico;
- equilíbrio estático: firmando/estabilizando o pescoço;
- equilíbrio dinâmico: movimento da cabeça;
- coordenação: junta as duas mãos na linha média;
- funções cerebrais superiores: fixa o polegar, sorri
socialmente, atende ao som com procura da fonte emissora
e usa vogais (gorjeio).
- tono/reflexos profundos: hipotonia fisiológica importante
e reflexos profundos semelhantes ao adulto, - a hiper-
reflexia já vai ter sumido.
- reflexos primitivos ainda presentes: preensão plantar,
cutâneo plantar extensor;
- reflexos primitivos que desapareceram: sucção, preensão
palmar, moro, mão-boca;
- equilíbrio: senta com apoio, iniciando sem apoio;
- equilíbrio dinâmico: muda de decúbito, ou seja, consegue
rolar na cama e mudar de posição;
6 meses
- coordenação: retira pano do rosto, preensão voluntária
(pega objeto voluntariamente);
- funções cerebrais superiores: atende pelo nome,
demonstra estranheza diante de desconhecidos, localiza o
som lateralmente, usa vogais associadas a consoantes
(lalação).
- tono/reflexos profundos: hipotônia fisiológica em declínio,
pois agora terá uma tonicidade coordenada de acordo com
as características da criança e as capacidades dela;
- reflexos primitivos: preensão plantar e cutâneo plantar
extensor em desaparecimento;
- equilíbrio estático: senta sem apoio e fica na posição de
engatinhar;
- equilíbrio dinâmico: engatinha e pode andar com apoio;
- coordenação: pega objetos em cada mão e troca, consegue
fazer a coordenação fina (pega em movimento de pinça o
objeto);
- funções cerebrais superiores: localiza o som de forma
indireta para cima e para baixo, ou seja, sabe se o som vem
de baixo ou de cima; Fala silabas repetidas e com significado
(‘’papa’’, ‘’auau’’).
9 meses
- tono/reflexos profundos: semelhante ao do adulto;
- reflexos primitivos: estão em desaparecimento: preensão
plantar e cutâneo-plantar extensor;
- equilíbrio estático: fica em pé com apoio Equilíbrio
dinâmico: inicia a marcha sem apoio;
- coordenação apendicular: pinça superior individualizada,logo, já podemos estimular a criança a se alimentar sozinha,
pois já é capaz de fazer a pinça;
- funções cerebrais superiores: localiza a fonte sonora direto
para baixo e indireto para cima, usa palavras corretamente e
produz jargão.
12 meses
- sobe e desce escada;
- fala mais de 10 palavras;
- começa a correr;
- pula com 2 pés;
- aprimoramento do equilíbrio;
- inicia controle de esfíncteres;
1. treinamento esfincteriano: a criança se conscientiza sobre
necessidade de eliminar urina e fezes treinada, há controle
da evacuação, em geral precede o controle de micção,
recomenda-se que não sejam forçadas a iniciar o processo
de treinamento até que apresente os sinais de prontidão - a
AAP recomenda uso de elogios para reforço, desencorajando
uso de guloseimas ou recompensas materiais. Percebemos
que a criança está pronta para ser treinada quando ela fala,
por exemplo: ‘’mamãe, xixi!”, isso significa que ela tem
consciência que fez ou quer fazer as necessidades, deve-se
falar sobre o banheiro com a criança, escolher o penico ou o
vaso sanitário com redutor de assento e apoio dos pés
adequados, ensinar a higiene adequado para a criança,
demonstrar o método e lidar com naturalidade e paciência.
2 anos
Aproximadamente 2 a 3 % das crianças tem problemas no
processo do treinamento, esse problema é muito frequente
quando iniciado na ausência de sinais de prontidão, ou seja,
iniciado quando a criança não está pronta e ainda não tem o
controle esfincteriano. O treinamento é iniciado em apenas
um ambiente em que a criança convive, por exemplo: se os
pais forem separados e a criança mora com a mãe, não
poderá ser treinada quando for para a casa do pai.
Layane Silva
Quais dados podem ser observados na Caderneta de
Vacinação?
 A Caderneta de Vacinação é fundamental para a avaliação
do desenvolvimento infantil.
- Cartão de Vacina;
- Registro da história obstétrica e neonatal;
- Indicadores de crescimento e desenvolvimento;
- Aspectos importantes da alimentação como aleitamento
materno e uso de sulfato ferroso e vitamina A;
- Dados sobre a saúde bucal, auditiva e visual;
- Intercorrências clínicas;
- Orientações para a promoção da saúde e prevenção da
ocorrência de acidentes e violência doméstica.
campanha da Caderneta de Vacinaçãocomo avaliar o desenvolvimento
Anamnese;
Exame neurológico;
Escalas de avaliação;
Caderneta de desenvolvimento;
Caderneta de vacinação;
Teste de Denver.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Teste de Gesell;
Teste de triagem Denver II;
Escala de desenvolvimento infantil de Bayley;
Albert Infant Motor Scale.
ESCALAS DE AVALIAÇÃO: os instrumentos de avaliação do
desenvolvimento (mais usados):
1.
2.
3.
4.
aspectos do desenvolvimento
Como avaliar e intervir entre 1 ano e 6 meses a 2 anos? 
Assim como a avaliação do crescimento da criança, a
vigilância do seu desenvolvimento é um dos cuidados
essenciais que visam promover uma infância saudável,
assim, os pediatras devem conhecer a sequência natural da
evolução das várias funções e estarem cientes da
necessidade de intervenções para reverter ou reduzir
qualquer prejuízo detectado durante o desenvolvimento. O
Ministério da Saúde afirma que “A vigilância do
desenvolvimento é um processo contínuo de
acompanhamento das atividades relacionadas à promoção
do potencial de desenvolvimento da criança e à detecção de
anormalidades (atrasos, desvios, transtornos)”.
 O período que se inicia a partir dos 18 meses de vida deve
ser acompanhado com atenção, pois possíveis atrasos na
comunicação e desenvolvimento da linguagem, assim como
atrasos leves no desenvolvimento motor, podem ser
evidenciados neste momento, nesse período o estímulo dos
familiares para o aprendizado é fundamental, um ambiente
afetivo e acolhedor é imprescindível para a continuidade do
desenvolvimento adequado - qualquer falha no aprendizado
ou no desenvolvimento pode prejudicar etapas posteriores.
Ex.: para a criança conseguir andar bem aos 18 meses, é
importante que tenha progressivamente sustentado a
cabeça e o tronco no momento adequado.
1 ano e 6 meses a 2 anos
avaliação do desenvolvimento motor
Layane Silva
avaliação do desenvolvimento psicossocial
demonstra afeição por pessoas conhecidas, imita-as e
aponta para mostrar coisas de interesse;
pode estranhar pessoas que não conhece.
 Um marco importante da criança entre os 18 e 24 meses é o
aprendizado do SENTIMENTO DE POSSE, quando passa a
entender o conceito de “meu” e a repetir frequentemente
esta palavra no dia-a-dia, neste contexto, costuma brincar
sozinha (com bonecos, por exemplo) e com mais de um
brinquedo ao mesmo tempo, embora aceite a companhia
de outras crianças para brincar. Em relação ao convívio com
adultos e crianças mais velhas: 
avaliação da linguagem
Além do sentimento de possessividade das coisas,
CRIANÇAS A PARTIR DOS 18 MESES já manifestam vontade
própria, apontam para mostrar algo que desejam e falam
muito “não”, na verdade, seu vocabulário é composto por
pelo menos 10 palavras, podendo chegar a 25 ou mais; ao se
aproximarem dos dois anos, já estão usando entre 50 e 200
palavras e formando frases com um substantivo e um verbo.
Aos 18 meses a criança começa a obedecer ordens simples,
quando solicitada, reconhece e aponta fotos, pessoas e
partes do corpo, assim como o nome de objetos familiares,
já aos dois anos, já se chama pelo nome, completa frases e
começa a diferenciar cores, formas e animais.
As crianças já conseguem andar com segurança e até dar
pequenas corridas, além de conseguirem subir e descer
degraus baixos e sentarem em cadeiras pequenas, no
contexto do dia-a-dia familiar, começam a imitar os adultos
e fingem falar ao telefone, fingem dirigir um carro ou
brincam de ser outras pessoas, do ponto de vista da
coordenação, conseguem fazer uma torre com quatro cubos
e conseguem copiar grosseiramente linhas verticais
desenhadas, às refeições, conseguem comer com uma
colher e beber em um copo.
1 ano e 6 meses
Evoluções motoras importantes costumam ser observadas:
a criança já é capaz de ficar na ponta dos pés, chutar e
lançar bolas sem ajuda, aprende a correr, a subir escadas, a
escalar, a pular e a abrir maçanetas, começa a tirar sozinha
algumas peças de roupa.
Evoluções referentes a coordenação: copiar grosseiramente
desenhos de círculos e linhas horizontais, montar torres com
mais de quatro cubos, já manifesta preferência pelo uso de
uma das mãos e segue ordens com 2 comandos diferentes.
2 anos
Importantes sinais de alerta:
atrasos no desenvolvimento infantil
A suspeita ou identificação precoce de distúrbios do
desenvolvimento durante a consulta pediátrica ou mesmo
nas atividades do dia-a-dia é fundamental para o futuro da
criança, quaisquer preocupações levantadas devem ser
prontamente confirmadas por testes de triagem
padronizados, as idades de 18 e 24 meses são consideradas
importantes marcos do desenvolvimento - a identificação
precoce de problemas do desenvolvimento deve determinar
uma avaliação diagnóstica e intervenção adequada.

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