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Os materiais resilientes ou bases macias são vistos como solução alternativa para desestabilização das próteses, logo, o reembasamento das próteses totais visa readaptar a base da prótese ao rebordo alveolar, por meio da adição de uma camada de matérias plásticas à superfície interna da prótese total. São utilizados na clínica odontológica com a finalidade de proporcionar maior conforto e eficiência mastigatória aos pacientes que se utilizam dessas próteses. Podem ser divididas em dois grupos principais: resinas acrílicas e silicones. Ambos estão disponíveis nas formas térmica e quimicamente ativadas. Silicones termicamente ativados: sistema único, pasta ou gel - aplicados na base polimerizada preexistente ou polimerizado em conjunto com a confecção da prótese com resina recém manipulada - Silicones quimicamente ativadas: sistema de dois componentes - a união é auxiliada pelo uso do polímero de silicone (metilsiloxano) em um solvente volátil ou pelo uso de agentes de união, assim,a resistencia de união entre base resiliente de silicone e base rígida da prótese, é favorecida pelo uso do adesivo fornecido pelos fabricantes - Resinas Acrílicas: poli e monômero acrílico e plastificantes O propósito do plastificante é diminuir a temperatura de transição vítrea do polímero, para um valor abaixo da temperatura da boca, assim a quantidade de deformação permanente do material resiliente é reduzida para um nível satisfatório. Quando imersas, as bases de resina acrílica sofrem dois processos: lixiviação do plastificante (bem como de outros produtos solúveis) e sorção de água e saliva. O equilíbrio entre esses dois processos influencia na conformação e na estabilidade dimensional da prótese. A distribuição de moléculas de plastificante minimiza o entrelaçamento das cadeias poliméricas e, portanto, permite que cadeias individuais de polímero deslizem umas sobre as outras. Esse movimento permite alterações rápidas na forma da resina e promove o efeito acolchoador para os tecidos subjacentes. Quando o material aumenta de volume, cria-se uma tensão entre a superfície de união e as propriedades viscoelásticas dos forradores resilientes sofrem alterações. Pó + Líquido Polímeros(polimetilmetacrilato, polietilmetacrilato) + etanol e plastificante Autopolimerizável Constituição Proporção 2:1 (8ml de pó - 4mg de líquido) Coe soft (11ml de pó - 8mg de líquido) Autopolimerização (2 minutos) _____ FONTE: YOUTUBE - DENCRIL, DENTAL SPEED. Indicados em casos onde a mucosa do paciente não possui espessura o suficiente para o material adaptar-se. Utilizada principalmente em casos de próteses totais, pela presença de pouca espessura da mucosa, por sensibilidade nos tecidos, por presença do limiar de dor ainda que baixo e devido a perda de estrutura dentária de suporte da prótese. Por ser um material na maioria dos casos macios eles penetram até as áreas de alívio, sua limitação é caracterizada pela transição de temperatura promovida a mucosa. Objetivos Conforto da mucosa do paciente, adaptação de uma dentadura desgastada, amenizar erros na confecção da acrilização, para mucosas que foram traumatizados , para defeitos orais ou congênitos, após a realização de radioterapia e para aumentar a retenção da prótese. As vantagens do material reembasador protético é proporcionada pela qualidade de adaptação no paciente, através da maciez e estabilidade dimensional gerada na mucosa do paciente. Absorvendo assim, menos energia na hora da mastigação. A principal desvantagem é caracterizada pela presença da espessura do acrílico com o material reembasador, que em muitos casos passa de 2mm indicado. Isso gera uma maior fricção na hora da mastigação e promove mais energia aos tecidos, aumentando a resistência e a transição de condicionamento a proliferação de fungos. É um polímero de metacrilato de metil cujo o iniciador da reação de polimerização é o peróxido de benzoíla. Este iniciador é ativado por indução de calor, que necessita obedecer o “ciclo de polimerização”: controle tempo-temperatura, para obtenção de melhores propriedades do material, físicas e biocompatíveis. É um material muito utilizado para confecção de base para próteses totais. Sintética Unidade estrutural: polímero Tipo de ativação: térmica Comportamento térmico: termopolimerizável ARENOSA - tem aspecto de areia molhada, nela os espaços vazios entre as partículas de pó ficam preenchidos pelo líquido e o conjunto adquire uma cor mais translúcida - PEGAJOSA OU FILAMENTOSA - líquido dissolvendo longas cadeias do polímero, aspecto viscoso - PLÁSTICA OU MASSA DENSA - apresenta propriedades adequadas para o preenchimento da mufla, massa escoa homogeneamente - BORRACHÓIDE OU ELÁSTICA - o aumento da concentração de cadeias de polímero no monômero e a evaporação do monômero torna o líquido escasso - RÍGIDA Termopolimerização Após o entulhamento da resina no muflo, este devidamente fechado é aquecido em água. O tempo proposto permite a polimerização e evita superaquecimento da resina, o que ocasionaria perda de monômero por ebulição e consequente evaporação Fig.1- Mufla contendo dentes superiores de porcelana. Fig. 2- Acrílico na consistência de “massa”. Fig. 3- sendo colocado no molde em excesso. Fig.4- sendo forçado para fora entre as duas porções da mufla Polímero (pó) Polimetilmetacrilato (esferas pre polimerizadas) + peroxido de benzoila Plastificantes e pigmentos Monômero (líquido) Metacrilato de metil+ hidroquinona (inibidor) conservar e aumenta o tempo de trabalho Glicoldimetacrilato (agentes de ligacoes cruzadas) resistencia Dimetil p toluidina (iniciador-amina terciaria) Porção: 3:1 - medidor do fabricante Polimerização: 1. Fase de Indução: ativação de radicais livres, que por sua vez iniciam o crescimento das cadeias polimerizadas 2. Propagação: cadeias poliméricas continuam a crescer até atingir o peso molecular. 3. Terminação: onde param de crescer (estabilização) 4. Processo de ativação. A Polimerização é ativada com variação de temperatura, aquecimento lento da agua – permite maior conversão do monômero em polímero. Deve ser feito em banho maria ou micro-ondas. O resfriamento deverá ser lento, até 24 horas, para ter o relaxamento das tensões sem estresse do material, evitando as trincas. E sua resistência está diretamente relacionada ao nível de polimerzação. • Utilizada para confecção de base para prótese parcial e total. • Confecção de moldeira individual. • Prótese provisórias imediatas. • Coroas provisórias. • Reparo de prótese total. • Inodora. • Não irritante aos tecidos bucais. • Insolúvel na saliva. • Fácil de manipular e de polir. • Alta estabilidade dimensional e morfológica. • Irritante aos tecidos bucais (algumas pessoas apresenta alergia ao monômero) • Material rígido x tempo de trabalho. • ANZILIERO, L. Materiais resilientes para bases de próteses totais e parciais. 1999. 50 f. Monografia (Especialização em Prótese Dentária) – Centro de Ciências da Saúde, Unievrsidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Espodonto201980.PDF>. Acesso em: 01 nov. 2018. • MIESSI. A.C. et. al. Materiais resilientes em prótese dentária: uma revisão de propriedades. Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre, Porto Alegre, v. 46, n. 1, p. 59-63, jul. 2005. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/RevistadaFaculdadeOdontologia/article/view/7641>. Acesso em: 01 nov. 2018. • SILVA, A.G. et. al. Bases resilientes: uma revisão. Revista Odontológica de Araçatuba, Araçatuba, v. 28, n. 3, p. 56-62, set./dez. 2007. Disponível em: <http://apcdaracatuba.com.br/revista/Volume_28_03/PDF/bases_resilientes.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2018. • CAMACHO, D.P. et. al. Resinas acrílicas de uso odontológico à base de polimetilmetacrilato. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, Maringá, v. 6, n.3, p. 63-72, mar./mai. 2014. Disponível em: < https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140515_200125.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2018. • PHILLIPS. Materiais Dentários. 12 ed. Elsevier, 2013. 580 p.
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