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Fernanda F. Ferreira - TXI 1 IC descompensada & Choque cardiogênico Causas de descompensação da IC: paciente chega no PS edemaciado, congest, dispenia, ascite e perfusão ruim - Infecção - pneumonia - Arritmia - TEP - Uso irregular de medicamento - Progressão da doença Avaliação: - se tem ou não congestão e nos sinais de congestão analisamos: ortopneia, distensão jugular, edema , estertores pulmonares; - perfusão, sinais de hipoperfusão, hipotensão sintomática com sonolência, extremidades frias, pulso fino; Se tem congestão é úmido e se tem perfusão boa = perfil B trat. Inicial 1° diurético, para tirar a água em excesso e depois podemos assoc. vasodilatador(quase sempre vai) Se não tem congestão e tem boa perfusão perfil A = paciente compensado Se não tem boa perfusão ruim e não tem congestão = perfil L trat. Inicial é hidratação, se não melhorara pode ser que esse paciente precise assoc. com vasodilatador Se não tem boa perfusão e congesto = perfil C é o mais grave Dá diurético para tratar a congestão, depois olhamos a PA, se <90 damos inotrópico, se acima >90 já podemos dar vasodilatador (pois na fisiopatologia da IC temos vasoconstrição periférica). Mesmo precisando de inotrópico no início, depois que a PA melhorar podemos assoc. o vasodilatador Diuréticos -Nos pacientes congestos Mais usado na fase crítica : Furosemida EV 1mg/kg Vasodilatadores: - Reduzem a pós carga e o consumo de O2 - Pressão de enchimento - RVP Só pode ser usado na ausência de hipotensão importante! - Nitrato VO ou sublingual – mais usado na porta do PS - IECA/BRA e hidralazina e nitrato VO – esse é mais quando o paciente já estiver melhor - Nitroglicerina EV - Nitroprussiato EV – só em usado em UTI pela sua alta potência com alto risco de hipotensão Nitroglicerina: - Nitrato: reduz desequilíbrio entre a oferta de O 2 ao miocárdio e seu consumo - Reduz a pré e pós-carga Fernanda F. Ferreira - TXI 2 - Reduz vasoespasmo coronariano - Ação principal de Venodilatação, principalmente, mas faz de a. também - Dose inicial 5 mcg/Kg/min Inotrópicos Dobutamina: É O MAIS USADO - Catecolamina sintética – usamos em doses crescent se não houver melhora com a 1ªdose - Agonista Beta. Contratilidade do miocárdio - Estimula adenilciclase e a produção de AMP cíclico intracelular - Dose de 2 a 20 mcg/Kg/min Esses dois não são tão usados, pois pode causar efeitos colaterais que podem piorar ainda mais a situação do paciente Milrinone: - inibidor da fosfodiesterase - Inibe a degradação do AMP cíclico intracelular -no miocárdio inotropismo positivo -no músculo liso do vaso vasodilatação periférica Levosimendana: sensibilizador dos canais de cálcio - Inotropismo e vasodilatação periférica Digitálicos: EV – não é tão usado na fase aguda, pois não tem muito efeito na contração do coração de forma tão rápida. Após a estabilização e compensação do paciente tiramos a dobutamina, reintroduzimos IECA, vasodilatador, espironolactona (na verdades tentamos manter todos eles, só no perfil C que na descompensação tiramos o BRA, e na verdade aproveitamos a internação até aumentar as doses desses medicamentos ), podemos até deixar a furosemida ainda e se ainda tiver sintomático introduzimos a digitálico, pois o digital vai cuidar mais da FC, mantendo assim o paciente “mais estável” - Como inotrópico não está indicado no choque cardiogênico - Pode ser usado no tratamento arritmias Ex.: controle frequência cardíaca na FA CHOQUE CARDIOGÊNICO - Choque: Desbalanço entre Oferta e Consumo de oxigênio Estado de oxigenação celular inadequada. Causas: *Hipóxia= Défit absoluto de O2 *Anêmica = Déficit de Hb *Circulatória=Déficit do débito cardíaco Quadro hemodinâmico: - Hipotensão arterial persistente: PAS < 80 mmHg ou 30 mmHg abaixo do valor basal - IC reduzido (débito cardíaco ajustado por superfície corpórea) < 2,2 l/min/m2 (2,8-4 l/min/m2) coração não está conseguindo mandar sangue pra frente o sangue fica represado PCP elevada > 18 mmHg (6 a 12 mmHg) Causas: - IAM - Cardiomiopatia ------ IC - Miocardite - Valvopatias - Estenose/insuficiência aórtica Fernanda F. Ferreira - TXI 3 - Estenose mitral - Mixoma de átrio esquerdo Quadro clínico da hipoperfusão tecidual: parece o quadro de uma IC descompensada, mas mais intensa - Oligúria, pois o rim é hipoperfundido - Cianose periférica, também pela hipoperfusão - Pele fria - Sudorese - Alteração do nível de conciência Conceitos: - Pressão arterial é determinante importante da perfusão - Pressão arterial = Débito cardíaco x Resistência vascular sistêmica - PAM (pressão arterial média) = PAS +PADx2 / 3 - Recomenda-se manter PAM > 65 mmHg boa perfusão se < indica hipoperfusão Fluxo urinário: - Fluxo urinário é resultante da filtração glomerular - É um indicador da perfusão tecidual do órgão, se o rim é hipoperfundido = fluxo urinário diminui - Débito urinário adequado para pacientes graves tratar para deixar no mín. > 0,5 ml/Kg/h, se não a tendência é agravamento do caso; Saturação venosa mista de oxigênio: - Colhida na artéria pulmonar - Expressa de modo indireto o consumo de oxigênio dos tecidos Pode refletir a relação entre oferta e consumo de oxigênio - Idea é ficar em torno de 65-75%, no paciente com choque essa porcentagem é menor Lactato: - Reflete o metabolismoanaeróbico resultante de hipóxia tecidual - Deve ser avaliado pelo sangue arterial ou venoso misto, para avaliar melhor as regiões em anaerobiose (em hipóxia). -Hipóxia tecidual aumenta nível de lactato -Marcador de prognóstico e parâmetro de resposta - Normal até 2 mmol/l Terapêutica farmacológica: Visa tratar hipotensão e disfunção ventricular Dobutamina: - Catecolamina sintética - Agonista Beta. Contratilidade do miocárdio - Estimula adenilciclase e a produção de AMP cíclico intracelular - Dose de 2 a 20 mcg/Kg/min Dopamina: - Catecolamina endógena boa para melhorar a PA - Ação dose dependente Dose baixa de 2 mcg/Kg/min, atua receptores dopaminérgicos podendo causar vasodilatação. Por isso, nesses casos usamos em doses maiores - Dose média 2 a 10 mcg/Kg/min, atua beta1 agonistas DC - Dose alta de 10 a 20 mcg/Kg/min, efeito alfa1 Fernanda F. Ferreira - TXI 4 - Vasoconstricção periférica Noradrenalina: - Catecolamina endógena - Atividade adrenérgica alfa e beta - Potente efeito alfa-adrenérgico - Vasoconstricção periférica - Aumento PA - Dose inicial entre 2 e 12 mcg/Kg/min Diurético: Nos pacientes congestos Mais usado na fase crítica : Furosemida EV Em pacientes refratários a esse trat.: - Balão intra-aórtico - Insufla na diástole - Colaba antes início da sístole - Aumenta pressão na aorta na diástole - Melhora perfusão coronáriana Se o paciente continua em falência Mecanismos de assistencia circulatória CASOS: Paciente com FE de 30% devido um IAM há 10 anos atrás, está tomando Enalapril, Carvedilol, Espironolactona e pela coronariopatia está tomando estatina. Chega relatando edema, médico vê pulmão congesto com estertorese e PA 11x7, perfusão capilar <3 seg (boa perfusão e bem orientado) Qual o perfil ? Perfil B Qual o trat.? Diurético Furosemida EV 1mg/Kg Paciente de 70 anos com miocardiopatia de longa data tem FE26% e chega no PS relatando baixa PA (8x5), perfusão capilar >3 seg, sem distensão jugular e que abusou de diurético ? Qual o perfil ? L Qual o trat.? Paciente com 55 anos, 35% de FE, toma os remédios corretamente (IECA, BETABLOQ. ,Diurético). Chega no OS relatando há semana expectoração com tosse amarelada, febre, PA<, perfusão ruim, anasarcado. Qual o perfil? Perfil C Qual o trat.? Dar diurético Furosemida EV1mg/kg, depois deixamos de acordo com a evolução + Inotrópico Dobutamina. E o quedescompensou ? A infecção respiratória, que deve ser tratada também.
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