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Bruna Oliveira - 144 • Quanto maior a demora para iniciar a reanimação, mais difícil esta se torna e mais elevado o risco de lesão corporal. • Preparo para estabilização/ reanimação. • Anamnese materna: ✓ Intercorrências clínicas: cardiopatia, pneumopatia, DM, medicações de uso contínuo; ✓ Intercorrências gestacionais: ameaça de parto prematuro, ITU, Placenta prévia, toxemia gravídica ✓ Intercorrências no parto: hora de rompimento da bolsa, uso de instrumentos, tipo de apresentação ✓ Intercorrências do RN: prematuro, PIG, mal formações. • Fatores antenatais associadas a reanimação: ✓ Idade < 16a ou > 35a; ✓ Diabetes ✓ Hipertensão gestacional ou crônica; ✓ Anemia fetal ou aloimunização; ✓ Óbito fetal ou neonatal anterior; ✓ Sangramento no 2º ou 3º trimestre ✓ Infecção materna ✓ Doença materna cardíaca, renal, tireoidiana ou neurológica; ✓ Polidrâmnio ou oligoâmnio; ✓ Ausência de pré-natal ✓ Rotura prematura das membranas; ✓ Pós-maturidade; ✓ Gestação múltipla; ✓ Discrepância entre idade gestacional e peso ao nascer; ✓ ↓ da atividade fetal; ✓ Uso de drogas ilícitas ou lícitas (Síndrome Alcoólica fetal) ✓ Malformação ou anomalia fetal; ✓ Uso de medicações (mg ou bloqueadores adrenérgicos); ✓ Hidropsia fetal. • Fatores relacionados ao parto: ✓ Cesariana de emergência; ✓ Uso de fórcipe ou extração a vácuo; ✓ Apresentação não-cefálica; ✓ Trabalho de parto prematuro; ✓ Parto taquitócico; ✓ Corioamnionite; ✓ Rotura prolongada de membranas (> 18h antes do parto); ✓ Trabalho de parto prolongado (> 24h); ✓ Placenta prévia; ✓ Macrossomia fetal; ✓ Bradicardia fetal; ✓ Padrão anormal de frequência cardíaca fetal; ✓ Anestesia geral; ✓ Tetania uterina; ✓ Líquido amniótico meconial; ✓ Prolapso de cordão; ✓ Uso materno de opioides nas 4h que antecedem ao parto; ✓ 2º estágio do trabalho de parto prolongado (>2h); ✓ DPP ✓ Sangramento intraparto abundante. • Preparo do material: ✓ Manter normotermia; ✓ Avaliar RN; ✓ Aspirar vias aéreas; ✓ Ventilar com pressão positiva; ✓ Intubar a traqueia; ✓ Ministrar medicações; ✓ Cateterizar a veia umbilical. • Recrutamento da equipe: ✓ No mínimo 1 pessoa, caso seja a termo e com boa vitalidade; ✓ No mínimo 2 pessoas, em caso de prematuridade ou com alguma outra intercorrência. • Uso de precauções padrões (avental, óculos, luvas e higienização da mão) • Nascimento = extração completa do corpo • Perguntas: ✓ IG? ✓ Respiração? ✓ Tônus? • Quando clampear o cordão no RN > 34S ✓ Após o nascimento, avaliar se o RN começou a respirar ou chorar e se apresenta movimentação ativa, independente do aspecto do LA. ✓ Dois sinais presentes – comprar 1 a 3min – posicionar o RN no colo materno. ✓ Qualquer sinal ausente, ou DPP, PP ou nó no cordão – clampear o cordão imediatamente – levar a mesa de reanimação! • RN com boa vitalidade: ✓ Garantir a temperatura ambiente de 23°-26° C; ✓ Secar corpo e cabeça; ✓ Manter contato pele a pele no tórax ou abdome materno; ✓ Avaliação continuada da vitalidade; ✓ Estimular amamentação na 1° hora de vida. • Após clampear o cordão – boa vitalidade: ✓ Gestação de 37-41s + respirando ou chorando + tônus em flexão ✓ Independente do aspecto do LA. • Nós casos abaixo, levar para mesa de reanimação e fazer os passos iniciais: o RN 34-36s ou o RN ≥ 42s ( se estiver respirando e com bom tônus, pode fazer o clampeamento tardios, mas depois levar a mesa de reanimação) ou o Respiração irregular ou apneia ou o Hipotonia. • Preparo de material: ✓ Fontes de O2, ar e vácuo ✓ Fonte de calor radiante ✓ Material para aspiração ✓ Material para ventilação ✓ Material para oxigenação ✓ Material para intubação; ✓ Medicações Passos iniciais • Em 30s 1. Prover calor – normotermia (temp. Axilar em 36,5 e 37,5°C): • Sala de parto aquecida (26°C) • Berço aquecido; REANIMAÇÃO NEONATAL Bruna Oliveira - 144 • > 1.500g: ✓ Manter temperatura da sala em 26°C; ✓ Garantir o funcionamento da fonte de calor radiante ✓ Recepcionar o RN em campos aquecidos; ✓ Envolver o RN com saco plástico e colocar uma touquinha – todas as manobras devem ser feitas dentro do saco (só vai ser retirado dentro da unidade de UTI neonatal); ✓ Transportar em incubadora pré- aquecida. 2. Posicionar a cabeça (hiperextensão do pescoço para liberar vias aéreas) 3. Aspirar boca e narinas, se necessário • Primeiro a boca, pois possui maior quantidade de líquido e pode aspirar esse líquido; • Fechar o sistema quando estiver introduzindo; • Sonda traqueal n°8/10; • Movimentos suaves; • Usar pressão negativa máxima de 100mmHg; • Aspirar se houver líquido meconial; • Primeiro aspira depois seca pois o estímulo tatil pode estimular aspiração 4. Secar (primeiro cabeça, depois corpo) e desprezar os campos úmidos 5. Reposicionar a cabeça (posição mudou para secagem). • Avaliação simultânea após passos iniciais: • FC : ausculta do precórdio 6sx10= bpm/minuto. Adequado > 100bpm • Respiração: inspeção do tórax – respiração rítmica e regular = adequada • Oximetria de pulso: Minutos de vida SatO2 pré-ductal Até 5 70-80% 5-10 80-90% >10 85-95% ✓ Não nasceu bem, aí o auxiliar coloca a pulseira no punho direito e conecta ao aparelho. ✓ Saturação começa um pouco menor e o parâmetro normal é alcançado com 10 min de vida. • Avaliação da reanimação: o SE FC < 100bpm ou respiração irregular ou ausente, enquanto um profissional inicia Ventilação com (VPP), o outro coloca: ✓ 3 eletrodos do monitor cardíaco: um em cada braço, próximo ao ombro e outro na face anterior da coxa (mais segurança na avaliação); ✓ Sensor de oximetria – leitura confiável demora de 1 a 2min, desde que haja DC com perfusão periférica. Ventilação com Pressão Positiva (VPP) • FC < 100bpm; • Apneia ou gasping; • Respiração irregular • Procedimento mais importante na reanimação do RN em sala de parto; • Pode ser feito por enfermeiro ou paramédico. • Usa-se o balão auto inflável ou ventilador mecânico manual em T (precisa de uma fonte de gás e diminui baro/volutrauma e atelectrauma para RN < 34s); • Máscara: ✓ Maleável e transparente (visualizar se há líquido); ✓ Redonda ou anatômica; ✓ Borda acolchoada; ✓ Espaço morto <5ml; ✓ Cobrir ponta do queixo, boca e nariz. • Ambiente (21%) x oxigênio a 100% ✓ RN’s ventilados com ar ambiente requerem menor tempo para iniciar a respiração; ✓ Apresentam mais rápido ↑ da FC; ✓ Menor mortalidade neonatal; ✓ No entanto, ¼ dos RN’s que inicialmente são ventilados com ar ambiente, necessitam posteriormente de oxigênio suplementar, ajustando a concentração de O2 pelo Blender. • Uso de 02 suplementar em RN > 34s: ✓ Usar ou não depende da saturação; ✓ Uso é excepcional; ✓ Aplicação da mistura o2/ar, ajustando- se a {o2] por meio de um Blender para atingir a SatO2 desejável • Interromper O2 de vez pode levar a hipoxemia (retirar aos poucos). • 40 a 60 mov/minuto. • Sinais de efetividade: 1. ↑ FC; 2. Melhora do tônus muscular; 3. Início da respiração regular. Intubação traqueal • Indicações: ✓ Ventilação com máscara facial não efetiva ou ´prolongada; ✓ Necessidade de massagem cardíaca ou drogas – só pode acontecer se tiver uma ventilação efetiva ✓ Suspeita de hérnia diafragmática – ar vai para via respiratória e também para tubo digestório • Procedimento deve durar no máximo 30s! • Aspiração traqueal – líquido meconial ou alguma obstrução • Dispositivo para aspirar mecônio fica acoplado no tubo traqueal. HIPOTERMIA Leve: 36 a 36,5°C Moderada: 32 a 36°C Severa: < 32° C MINUTO DE OURO Minuto em que deve ser estabelecida a VPP. Bruna Oliveira - 144 Massagem Cardíaca • Vpp + o2 • FC <60bpm • Sempre com ventilação efetiva com cânula traqueal. • Local de compressão: 1/3 inferior do esterno (linha intermamilar); • Técnica de dois polegares é melhor: ✓ Maior picode pressão sistólica; ✓ Melhor perfusão coronariana; ✓ Menos cansativa. • Preferir 2 polegares sobrepostos: ✓ ↑ pico de pressão sistólica; ✓ ↑ pressão de pulso; ✓ ↓ lesões de pulmões, fígado e baço. • 3 compressões/ 1 ventilação (90/30 em 1 min) • 15 MC para 2 ventilações em RN em UTIN com bradicardia por cardiopatia congênita. • VPP com cânula e O2 100% e MC: 1 e 2 e 3 e ventila • Quem ventila é que dita o ritmo • O tempo de espera para ver se ta funcionamento é de 1 min. Cateterismo venoso e Adrenalina EV • Fez tudo acima e FC < 60 bpm ainda • Cateterização de veia umbilical (fácil acesso) • Somente para infusão de drogas. • Adrenalina: • 1/10000 • Preparo: 1mL adrenalina 1/1000 + 9mL de SF • EV • Pode-se aplicar por via traqueal uma única vez enquanto a veia umbilical é cateterizada (eficácia questionável - rápida absorção) • Uso EV: 0,1 – 0,3 mL/kg/dose (0,01-0,03 mg/kg) – seringas de 1 mL • Uso ET único: 0,5 a 1mL/kg/dose (0,05 – 0,10 mg/kg) – seringas de 5mL. Expansores de volume • Indicações: ✓ RN com evidências de perda sanguínea (DPP ou placenta prévia) e/ou sinais de choque (palidez, má perfusão periférica. Pulsos finos e taqui/bradicardia persistente); ✓ RN sem aumento de FC apesar de VPP, massagem e adrenalina • Soro fisiológico: ✓ 2 seringas de 20mL ✓ 10 ml/Kg e repetir, se necessário ✓ Via umbilical ✓ Infusão de 5 a 10min Situações especiais • Conversa com os pais e equipe caso já seja uma criança com muito risco de precisar reanimação e/ou de apresentar sequelas graves. • Desejo dos pais de reanimar ou não. • Prognóstico ruim: trissomia 13 ou 18, 22 – 23 semanas, anencefalia, mal formação letal. • Descontinuar a reanimação com 10 min de assistolia ou não reanimar nesses casos. Referências: Aula de Fátima Doherty 2020.1 Todo procedimento feito aguarda-se 30s para avaliar efetividade.
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