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Glândula Tireoide e Hormônios

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TIREOIDE: 
 Produz os hormônios T3 e T4, que contêm iodo em toda 
sua estrutura 
 Os hormônios da tireoide são produtos da organificação 
do iodo/iodação da tirosina 
Eles são hormônios derivados de um único aminoácido. Tem propriedades tanto de hormônios esteroides quanto de 
hormônios peptídicos 
 Os hormônios tireoidianos são importantes para o crescimento, desenvolvimento e no metabolismo das células 
 Mecanismo molecular do HT ocorre pela ligação de T 3 aos receptores nucleares de HT, cuja interação modifica a 
expressão gênica de diferentes genes positiva ou negativamente nas células-alvos, ou ainda pela atuação direta de T3 e 
T4 em vias de sinalização intracelular 
 A função da glândula tireoide está sob o controle hipotalmico-hipofisário-tireoide, no modelo clássico de feedback 
negativo. A regulação dos hormônios também é fruto da quantidade de iodo disponível, senque que quando ele está 
deficiente, causa o bócio endêmico (hipotireoidismo grave) 
 Os lados laterais da tireoide estão cobertos pelos músculos esterno-hioideo e esternotireoideo 
 A irrigação da tireoide é feita pelas artérias tireóideas superiores– ramos da carótida. A sua drenagem é feita pelas 
veias tireóideas, que desembocam na veia jugular 
 É uma glândula que também sofre interferencias pelo sistema nervoso simpático, oriunda do gânglio cervical superior, 
e do parassimpático através do nervo vago 
 Para desenvolver os dendritos do SN, precisamos de hormônios da tireoide 
Cretinismo= retardo mental 
 É uma glândula que sofre interferências do SN simpático e 
parassimpático 
Desenvolvimento embrionário: 
A tireoide é a primeira glândula endócrina a surgir. Ocorre a invaginação do 
assoalho da faringe primitiva, um brotamento dela. Essa células que brotaram 
começam a migrar para baixo e depois lateralmente, formando os polos. 
Começam a ser formadas as células precursoras, que vão se desenvolvendo 
até adquirir um aspecto folicular, no qual irá começa a síntese de 
tireoglobulina (TG), formar coloide, captar e organificar iodo e, em torno da 
12ª semana, acumular tiroxina. 
 
O aparecimento destas funções específicas da glândula tireoide, isto é, a diferenciação da célula folicular, está intimamente 
relacionado com a ativação progressiva da expressão dos genes essenciais para a biossíntese dos HT: TG, TPO, DUOX, NIS, 
pendrina e receptor de TSH (ou TSHR), durante a formação da glândula. 
Estrutura histológica: 
Folículo= unidade funcional da glândula. Ele é formado por uma camada única de células foliculares/tireócitos, que delimitam o 
lúmen, o qual é preenchido por coloide e hormônios tireoidianos. 
É uma célula polarizada, tendo um polo basolateral (está voltado para o vaso/tecido conjuntivo) e um luminal/apical (voltado 
para o coloide). Essa polarização é importante para a produção dos HT. 
A tireoglobulina e a peroxidade tireoidiana vão para a membrana apical enquanto que o NIS e o TSHR(receptor) vão para a 
membrana basolateral 
A morfologia da glândula é controlada por seu estado funcional, predominantemente determinado pelo TSH. No 
hipotireoidismo, por exemplo, tem muito TSH e a tireoide recebe bastante estimulo  epitélio folicular se hipertrofia e tem 
hiperplasia. 
Além das células foliculares, existem as células parafoliculares, que são mais claras e menores, encontradas entre os folículos. 
Elas têm origem embriológica distinta das células foliculares. São responsáveir por produzir calcitonina. 
IODO: 
 É essencial para a produção dos HT 
 A maior fonte de iodo é o mar  alimentos provenientes dele são ricos em iodo 
 Cretinismo: grave déficit de crescimento e desenvolvimento neurológico , consequente do déficit na ingesta de iodo no 
período fetal, gerando uma diminuição na produção de T3 e T4. Intenso retardamento mental e déficit de crescimento 
decorrentes do hipotireoidismo intrauterino e materno, em regiões de grave carência de iodo 
 Déficit de iodo pode acontecer em todas as faixas etárias, sendo a principal causa do bócio endêmico (glândula cresce 
porque o TSH está estimulando a tireoide para compensar a falta de HT) 
 O termo iodedo se restringe ao íon iodo 
 Quando ingerido, a forma orgânica se converte em iodeto pela flora intestinal, absorvido no intestino delgado e levado 
para o plasma 
 É pouco eliminado pelas fezes, sendo a maior quantidade sendo filtrada e/ou eliminada pelos rins 
 Na tireoide, eles estão ligados à tirosina (maior parte está organificado) 
 A captação do iodo é feita de forma ativa e secundária 
BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: 
Acontece no folículo tireoidiano 
Resumidamente, os processo são: 
1. Transporte de iodeto pela captação ativa, direcionamento e transporte apical do iodo para o lúmen folicular 
2. Oxidação do iodeto 
3. Iodação dos resíduos de tirosil da molécula de tireoglobulina formando iodotirosinas 
4. Acoplamento oxidativo de duas iodotirosinas formando iodotironinas ainda ligadas à tireoglobulina 
Transporte de iodo: 
A tireoide concentra o iodeto inorgânico circulante por um processo ativo dependente de energia 
Esse processo de captação é realizado pela proteína NIS (sodium iodide symporter ou cotransportadora de Na+-I-). 
 NIS se localiza na membrana basolateral e basal da célula folicular 
 Promove a entrada de iodeto extracelular contra o gradiente eletroquímico negativo (tem mais iodo dentro da célula 
folicular). É um processo ativo secundário, pois o iodo entra com a bomba de Na+/K+ 
 Dentro da célula, o iodo se difunde em direção ao lado luminal, passando pela membrana pela proteína pendrina (PDS) 
Pendrina é um canal de íons (cloro/iodeto) que está na membrana apical da célula folicular . é um processo ativo e 
secundário 
Existe pouco iodo inorgânico no folículo, devido à rápida oxidação e organificação do iodeto que ocorre na superfície apical 
Oxidação do iodeto: 
O iodeto é oxidado pela tireoperoxidade (TPO) – está na membrana apical e com a face catalítica voltada para o lúmen folicular 
 O processo é catalisado pelo peroxido de hidrogênio como doador de oxigênio 
 O peróxido é gerado pela enzima oxidase tireoidiana DUOX – glicoproteína que está na membrana apical; ela 
apresenta atividade NADPH oxidase 
Iodação da TG/organificação do iodo: 
O iodo é oxidado e depois é incorporado aos resíduos tirosinas (por iodação) da 
molécula de tireoglobulina em reação catalisada pela TPO 
 Na glândula normal, quase toda a TG está solúvel no lúmen do folículo. 
Quando uma molécula de iodo é incorporada à tirosina, gera-se uma 
monoiodotirosina (MIT). Quando dois iodos se incorporam, temos a di-
iodotirosina 
Acoplamento das iodotirosinas: 
Essa reação ocorre separadamente da iodação e também é catalisada ela TPO. 
 Ainda ligadas à tireoglobulina, algumas das tirosinas (MIT e DIT) se acoplam e geram tironinas iodadas 
 O acoplamento da DIT e MIT leva à formação de dois tipos de tironinas: tri-iodotironina (T3) e tri-iodotironina reversa 
 O acoplamento de duas DIT gera a tiroxina (T4/tretraiodotironina) 
 O acoplamento ocorre entre as iodotirosinas que continuam ligadas à TG por ligações peptídicas 
Secreção dos HT: 
Tireoide consegue manter os seus hormônios por dias, devido ao pool de tireoglobulina armazenado no lúmen 
A tireoglobulina deve ser hidrolisada para liberar T3 e T4 
 Na hora da secreção, os lisossomos se fundem com as vesículas, fazendo com que suas enzimas degradem a TG, 
desprendendo as moléculas de T3, T4, DIT e MIT 
 Como DIT e MIT são biologicamente inativos, o iodo dessas moléculas é retirado pela enzima iodotirosina-desiodase, 
dependente da NADPH, chamada de desalogenase de tirosina (DHAL) 
DHAL remove o iodo de MIT e DIT mas não realiza desiodação das iodotironinas 
 o iodo é reutilizado para novas produções hormonais 
 T3 e T4, depois de livres da TG, saem da célula folicular através da membrana plasmática do lado basal por difusão
simples 
 Normalmente, uma pequena quantidade de TG pode chegar até a corrente sanguínea 
Quando a glândula sofre algum processo patológico destrutivo do folículo tireoidiano, uma significativa quantidade de 
TG pode escapar pela circulação 
 
 
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO DA TIREOIDE: 
HORMÔNIO TIREOTRÓFICO (TSH): 
 É o principal modulador da função tireoidiana 
 É secretado pela adeno-hipófise 
 Eles são derivados de um único aminoácido 
(tirosina)  tem propriedades de hormônios 
esteroides e de hormônios peptídicos 
 Sua produção é estimulada pela secreção de 
TRH pelo hipotálamo 
 Tríade da alça de feedback negativo: formada 
entre o TSH, TRH e os HT 
 O TSH é liberado de forma pulsátil 
 TSH estimula todas as etapas da formação do 
T3 e T4. 
Ele estimula também o aumento e 
proliferação dos tireocitos  hipertrofia e 
hiperplasia 
 A sensibilidade das células tireotróficas em responder a ele depende do nível de T4 circulante: 
Quando a quantidade de T4 circulante é baixa, ocorre um aumento do numero de receptores de TRH no tireotrofo e 
consequentemente há a liberação de TSH. O contrario também acontece, quando temos uma alta quantidade de HT 
circulates. 
 Uma queda de T3 plasmático pouco afetará a concentração intracelular do T3 na hipófice a ocupação dos 
receptores de HT. Já uma queda do T4 plasmatica diminuirá o aporte nuclear de T3, aumentando a transcrição 
de genes para TSH 
 No mesmo pensamento, um pequeno aumento de T4 leva a um bloqueio da transcrição de genes do TSH, 
mesmo com altas doses de TRH 
 O TSH estimula a célula folicular quando interage com o receptor TSHR (metabotrópico), que está na membrana 
externa desse folículo 
 Está ancorado na membrana basal 
 É um receptor acoplado à proteína G, tendo Gq e Gs 
A via da fosfolipase C está relacionada com a 
produção de peroxido de oxigeno e o efluxo de 
sódio  síntese da pendrina e do DUOX 
 
A via do AMPc faz as outras funções, como a 
ativação da NIS 
 
 Os efeitos do TSH incluem os processos de síntese e 
secreção do HT e também no crescimento e proliferação celular 
 Promove o efluxo de iodo, iodação da TG e secreção e HT 
 O valos do TSH circulante reflete a atividade tireoidiana 
Seu valor muito elevado pode indicar uma hipofunção tireoidiana 
 Na doença autoimune da tireoide, o organismo sintetiza imunoglobulinas que se ligam ao TSHR, e esses anticorpos 
podem: 
1. Ser estimuladores, 
ocasionando hiperfunção e 
quadro clinico de 
hipertireoidismo 
2. Ocupar o TSHR sem gerar 
sinalizações e acarretar 
hipofunção da glândula e 
hipotireoidismo no paciente 
 O TSH é um potente estimulador de 
crescimento da tireoide. O estimulo sustentado por ele aumenta o tamanho folicular e o índice de proliferação celular, 
ocasionando um crescimento global da glândula 
SÍNTESE DA TIREOGLOBULINA: 
 Temos absorção do AA no lado basolateral (voltado para o vaso), com participação dos ribossomos, formando os 
peptídeos. Esses peptídeos são acoplados a carboidratos e são lançados no coloide 
 A TG tem como característica a presença do aminoácido tirosina 
 
AUTORREGULAÇÃO DA TIREOIDE: 
 A produção de hormônios é controlada a partir da disponibilidade de iodo na célula, mas de maneira independente do 
TSH 
 Sempre se procura deixar um estoque de HT na 
célula 
 Quando temos deficiência de iodo, o transporte de 
HT é aumentado e quando temos muito iodo ocorre 
o contrario 
 Efeito inibitório do iodo na glândula tireoide: 
acontece quando temos grande excesso de iodo na 
tireoide. Temos: 
 Diminuição da atividade do transportador 
de iodo 
 Redução da organificação do iodo 
 Inibição da secreção de T3 e T4 
armazenados no coloide 
 Esses efeitos em conjunto leva a uma diminuição de 
do HT liberado para a circulação. O iodo bloqueia a DUOX e 
interfere nos processos dependentes de TSH, inibindo a 
atividade da sinalização via AMPc no folículo tireoidiano. 
Esse efeito inibitório parece que acontece principalmente pela quantidade de iodo organificado presente dentro da glândula. 
Quando esse nível cai, a inibição exercida pelo processo autorregulatório cessa = escape/adaptação do iodo. 
 
Além disso, o excesso de iodo inibe a expressão genica e proteica da NIS  diminui muito a captação desse elemento pela célula 
folicular 
 O efeito inibitório do excesso de iodo é utilizado em pacientes com hipertireoidismo muito grave 
 Se estamos em um ambiente muito frio por muito tempo, há um aumento da produção de TRH  TSH  T3 e T4. 
Em ambientes frios, chegam informações no hipotálamo que estimulam a produção de TRH para aumentar a produção 
de T3 e T4 
Se o nível de substrato energético está alterado, a secreção de T3 e T4 também estará alterado 
 Quando os níveis de T3 e T4 sobem, diminui a sensibilidade das células tireotróficas em relação ao TRH  diminui a 
síntese de receptor de TRH 
 Na corrente sanguínea, o HT são ligados principalmente à TBG 
HT NO TECIDO PERFÉRICO: 
 No plasma, o HT está ligado a varias proteínas transportadoras, mas uma pequena fração é de hormônio livre. 
As principais proteínas transportadoras são: TBG (proteína ligadora à tiroxina), TTR, albumina e lipoproteínas 
Somente o hormônio livre entrará na célula para exercer a função fisiológica 
 A forma predominante de HT liberada pela tireoide na circulação é a tiroxina(T4) 
A maior parte dos tecidos do corpo tem a capacidade de remover uma molécula de iodo do T4 e transformá-lo em T3, 
que é o hormônio biologicamente ativo. Esse processo é catalisado pelas desiodases 
 HT regula a ativação ou repressão da transcrição de RNA mensageiros específicos em células alvo 
O T3, uma vez ligado ao seu receptor no núcleo da célula alvo, induz mudanças na expressão genica, aumentando ou 
diminuindo a atividade transcricional. 
 
 
 
AÇÃO FISIOLÓGICA DO HT: 
 A termogênese facultativa é ativada pelo sistema nervoso autônomo simpático, mas é modulada de maneira 
importante pelo HT. Na ausência de HT, os animais expostos ao frio ficam hipotérmicos, pois não conseguem sustentar 
o estímulo noradrenérgico para geração de calor suplementar; esse quadro se reverte com a administração de HT 
Em ambiente frios, temos uma aumento da produção de TRH  TSH  T3 e T4 – feedback negativo 
 O HT acelera a diferenciação dos pré-adipócitos em adipócitos, exercendo múltiplos efeitos no metabolismo de lipídios. 
A síntese de colesterol e a conversão/degradação metabólica encontram-se deprimidas na deficiência do HT 
 Tanto a síntese como a degradação proteicas são estimuladas pelo HT. O estímulo da síntese pode ser responsável por 
parte do efeito termogênico do HT. A influência do HT no crescimento normal do indivíduo está relacionada com a 
promoção dessa síntese. No excesso de HT, o catabolismo proteico fica acelerado, levando ao aumento na excreção de 
nitrogênio. 
 O HT intensifica a ação da epinefrina na promoção da glicogenólise e gliconeogênese; adicionalmente, o HT potencializa 
a ação da insulina na utilização da glicose e na síntese de glicogênio. O HT aumenta a taxa de absorção intestinal e a 
entrada da glicose nos diferentes tecidos, estimulando a expressão e a disponibilidade das proteínas transportadoras 
de glicose (GLUT) na superfície celular 
 O HT tem atuação direta na remodelação óssea, influenciando tanto a formação como a reabsorção ósseas 
 O HT é criticamente importante no desenvolvimento fetal, particularmente do sistema nervoso 
 NA DOENÇA DE Graves, temos imunoglobulinas que se ligam aos receptores do TSH, fazendo todos os efeitos que ele 
causa hipertireoidismo 
 No sistema cardiovascular: aumenta receptores beta-adrenergicos  aumenta atividade do sistema simpático  
aumenta o debito cardíaco e vasodilatação 
 Aumenta a expressão da bomba de sódio e potássio  aumento do consumo de ATP (aumento do metabolismo). 
Quando há a quebra de ATP, há também a
liberação de calor. Então, à medida que aumenta a ATP/ase, aumenta a 
produção de calor 
 Aumento do sistema renina-angiotensina-aldosterona 
 Não só a ATP/ase produz calor: os HT aumentam a expressão das proteínas acopladoras mitocondriais 
 Se há aumento da atividade simpática  lipólise  também ajuda na produção de calor 
 Hiperventilação 
 A quebra de glicose vai 
aumentar 
 Proteolítico 
 Glicolitico 
 Aumento da fome

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