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Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Tecido Riscos Normais Indica que o encaixe será sem sentido. As partes dos moldes, mesmo aquelas que correspondem a um mesmo tamanho, podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, obedecendo sempre à direção indicada no "fio" dada no molde. Exemplo: Ilustração – Encaixe sem sentido Indica que o encaixe será com sentido. As partes dos moldes de um mesmo tamanho deverão ser riscadas sempre no mesmo sentido, enquanto a(s) de outro(s) tamanho(s) podem ficar em sentido contrário, porém sempre obedecendo à indicação de "fio" dada no molde. Ilustração – Encaixe com sentido COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DISCIPLINA: Risco e Corte MATERIAL DE APOIO Indica que o encaixe será com pé. Todas as partes, de todos os tamanhos, participantes de um mesmo risco, deverão, obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, sempre obedecendo à indicação de "fio" dada no molde. Ilustração – Encaixe para Tecido com Pé Riscos Atravessados Indica que o encaixe será sem sentido. As partes dos moldes, mesmo as que correspondam a um mesmo tamanho, podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, neste tipo de risco, a indicação de "fio" dada no molde não deverá ficar na direção do urdimento (ou da coluna) e sim no da trama (ou carreira). Ilustração - Riscos atravessados COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Indica que o encaixe será com pé. Todas as partes de todos os tamanhos participantes de um mesmo Risco Marcador deverão, obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, neste tipo de risco, a indicação de "fio", tal como no caso anterior, não deverá ficar na direção do urdimento (ou da coluna) e sim na da trama (ou carreira). Ilustração - Riscos atravessados Observe como todas as partes de todos os tamanhos, no risco acima, se encontram fielmente riscadas no mesmo sentido, sem exceção, porém com a indicação de "fio" orientada para a direção da trama (ou da carreira, no caso de tecido de malha) e não na direção do urdimento. Este tipo de risco é o usado para os chamados tecidos "degradé", ou seja, para aqueles que apresentam mudanças de tonalidade ou de tamanho de estampa no sentido de sua largura. Ilustração - Tecido degradê com variação tamanho da estampa. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Modelagem Encaixe Par São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas partes componentes de uma modelagem deve ser obedecida pela metade, para formar o par desta parte. Assim, por exemplo, se houver na modelagem, a indicação 2X sobre determinada parte de uma peça, você sé deverá colocar no encaixe Par essa parte uma vez, ou seja, 2 X 0,5 = 1x. Nos riscos pares, o enfesto terá de ser obrigatoriamente par e a modelagem simétrica, a fim de que a outra metade da parte, que não participou do risco, possa ser cortada noutra folha de enfesto em posição inversa à riscada. Ilustração - Riscos pares Observe como a frente e o traseiro das calças de todos os tamanhos só foram riscados uma vez, ainda que se saiba que qualquer calça tem de ter duas frentes e dois traseiros. Encaixe Ímpar (ou Único) São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas partes componentes dos moldes é obedecida. Neste tipo de risco, caso a modelagem seja assimétrica, o enfesto terá de ser único, porém, no caso de ser simétrica, o enfesto tanto poderá ser par como único. Ilustração - Riscos únicos COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Observe que no risco único, a camisa está encaixada por completa. Com duas frentes, duas mangas, uma costa etc. Encaixe Misto São aqueles em que as indicações de vezes colocadas nas partes componentes dos moldes, tanto podem ser obedecidas pela metade para determinado(s) tamanhos(s), como multiplicadas por números inteiros ou fracionários para outro(s) tamanho(s). Por exemplo, em um encaixe se apresenta da seguinte maneira, onde o enfesto possuirá duas folhas: TAMANHO FREQUÊNCIA NO ENCAIXE FOLHAS PEÇAS 36 1,5x 2 3 42 1x 2 2 44 1x 2 2 50 0,5x 2 1 Observe que os tamanhos 36, 42 e 50 são de encaixes pares, pois utilizaram a folha de enfesto abaixo para formar o par para completar a peça. Já o tamanho 44, suficientemente precisa de uma folha para completar uma peça. Ilustração - Riscos mistos ATENÇÃO: No Risco Misto, o enfesto terá de ser par e a modelagem simétrica, a fim de que as outras partes que não participaram do risco possam ser cortadas noutra folha de enfesto em posição inversa à riscada. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO (ENCAIXE DE MOLDES) Manual, com giz no tecido É um risco feito em tamanho natural sobre o tecido, sem prévio estudo. Apresenta baixa qualidade, pois, o tecido estica sob a pressão do giz dificultando o corte. Este método não permite cópias. Manual, sobre o papel com moldes em miniatura O método sobre o papel é de boa qualidade, pois, evita a distorção das medias da modelagem por ser riscado com caneta ou lápis. Este método se faz moldes em miniatura realizando um prévio estudo e após é repassado para o tamanho natural. Neste tipo de risco também não permite arquivamento do encaixe natural, em virtude do mesmo ser destruído com a execução do corte. Somente do tamanho miniatura. Computadorizado (CAD) Permite fazer o estudo diretamente na tela do computador. Oferece condições de mover as partes componentes de forma rápida e segura. Apresenta informações diretas como: eficiência, área quadrada e perímetro de cada parte da modelagem. Excelente em termos de qualidade e flexibilidade, porém seu custo ainda é alto para pequenas confecções. Exemplo de sistemas de encaixe por computador: Lectra, Gerber, Investrônica, Audaces etc. Sua reprodução em tamanho natural é feita através do plotter. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MÉTODOS DE ESTENDIMENTO Estendida feita à mão Sem uso de nenhum equipamento especial. Pesado em termos de mão- de-obra, qualidade geralmente baixa, principalmente para as malharias, onde provocam problemas de esticamento. Estendida com carro manual Poucas vantagens sobre o primeiro, a não ser a redução da mão-de- obra, melhoria da qualidade no alinhamento das bordas e no que tange ao esticamento do tecido. Estendida com carro automático Muito melhor que o anterior, especialmente quando equipado com alimentação positiva do material, reduzindo problemas de esticamento. Leva sobre o precedente a vantagem de reduzir os desperdícios nas pontas dos enfesto. Possui dispositivos para programação de unidades e acumulação dos metros enfestados, sendo a parada automática ao alcance da programação. Geralmente possui a mesa em esteira para deslocamento do enfesto após o término da operação. Acessórios que facilitam o enfesto Carregador de rolos Particularmente interessante para rolos pesados, que requerem dois operadores para carregar. Barra alinhadora Para alinhamento das cabeças de enfesto, na prática manual. Pinças e/ou Para prender as pontas ou laterais do enfesto. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Conferir a Ordem de Produção com o risco. Conferir a largura do tecido, a cor e onúmero do lote. Verifica-se o comprimento do risco e as possíveis emendas. Regula a régua ou semelhante no tamanho do risco. A partir daí, dá-se o procedimento total do enfesto, verificando o alinhamento da ourela, as emendas, e separando com fita as tonalidades, se caso houver. Terminando o enfesto, se for corte manual, posiciona-se o risco sobre o enfesto; se o corte for automatizado, posiciona-se na máquina de corte. Fatores de Enfestamento Alinhamento Em função da variação de largura, processa-se o alinhamento em uma das bordas do tecido, formando uma semelhante parede. Tensão Deve ser evitada a tensão, especialmente em tecidos de malha. Se o tecido tiver tensão demais, o mesmo voltará para seu estado normal (relaxação) e ocorrerá uma variação no tamanho das peças após cortado. Enrugamento Para exatidão do corte, é necessário que o tecido esteja perfeitamente ajustado no topo das camadas. Quando não for assim haverá uma tendência a provocação de bolhas de ar dentro de todo o enfesto, mudando de um lugar para outro, movendo as camadas e portanto distorcendo o corte. Corte das pontas Mais de que um fator de qualidade é um fator de economia de tecido. Este deve ser cortado com exatidão no comprimento. É comum que os enfestadores não tenham cuidado, cortando alguns centímetros extras. Para evitar isto é conveniente usar dispositivos cortadores de extremidade que cortam mais rápido e no tamanho exato. Qualidade do enfestamento Além dos fatores já mencionado, que afetam a qualidade no corte, devemos considerar a remoção de defeitos do tecido. Isto pode ser feito durante o enfestamento, ou depois do corte. Feito durante o enfestamento, os enfestadores devem considerar: Importância do defeito do tecido. Localização exata do defeito nas peças cortadas. Procedimentos no Ato de Enfestar COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Para retirar um defeito no meio de um rolo, e voltar a enfestar, faz-se um processo que chamamos de Emenda. Emendas Consiste na marcação do risco ou mesa, para sinalizar, quando houver trocas de rolo de tecido/malha, onde deve terminar ou iniciar uma nova camada de tecido sem que haja perdas de peças após cortado. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MÉTODOS DE CORTE Podemos dizer que existem três tipos de corte: Manual Pouco utilizado pela indústria, exceto pequenas empresas devido sua baixa produção.É feito com tesoura manual. Mecânizado É feito com o uso de máquinas. Essas máquinas podem ser: Lâmina redonda (máquina de disco) Para o corte de enfesto de pouca altura. Seu corte não é preciso nas curvas acentuadas e nem permite fazer piques com segurança. Existem várias dimensões de disco. Dentro das máquinas de lâmina redonda podemos mencionar as tesouras elétricas: mini-shere e bullmer. Lâmina vertical (máquina de faca) Para enfesto de grande altura. Permite cortar qualquer tipo de risco. Não é aconselhável para baixo enfesto. A altura da faca varia de tamanho. (Ex.: 6”, 8”, 10”, 12”). Balancim (prensa) Ótima qualidade de corte. É empregado para partes componentes padrão como: Punho de camisa, gola, pé de gola, colarinho, etc. Seu consumo de matéria-prima é mais elevado em relação ao corte normal por necessitar de um maior espaço entre os moldes. Apresenta elevado custo das formas. COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Serra fita Este método de corte pode ser usado junto com a máquina de faca vertical para cortes onde a precisão é importante, de corte de camisa, cava da manga, partes pequenas, etc. Toda a qualidade de corte depende da maneira de segurar as peças. Máquina de marcar furos Consiste em marcar no enfesto a posição exata, como por exemplo o local da pence. Existe máquina por aquecimento e broca. Máquina para marcação de etiqueta e meios de gola Muito utilizado para malha, pois, a mesma trabalha com um lâmina aquecida onde faz as marcações necessárias. Eletrônico É feito com o uso de máquinas. Essas máquinas podem ser: Faca vertical Dirigido por computador, tem a possibilidade de cortar todos tipos de enfestos. A altura do enfesto está ligada a altura da faca. Raio laser Este sistema muito avançado tem como característica o corte de uma folha de cada vez. Não indicado no caso de fibras sintéticas, devido a fusão das mesmas pelo calor. Bierribi Muito utilizado nas empresas que trabalham com malha. Surgiu para o corte de camisa largura do corpo (Body-size). COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE CURITBA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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