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AO VIVO - Aula de Atualidades para Agente de Policia Civil do Distrito Federal - AlfaCon

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MUDE SUA VIDA!
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SUMÁRIO
BRASIL: POLÍTICA E ECONOMIA 2
1. TETO DE GASTOS 2
2. REFORMA TRIBUTÁRIA 4
3. FUNDEB 6
EXERCÍCIOS 7
GABARITO 10
 
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BRASIL: POLÍTICA E ECONOMIA
1. TETO DE GASTOS
O assunto política no Brasil é muito controverso, principalmente pelo fato de que nos 
últimos anos temos um embate muito grande entre as organizações político-partidárias e 
alguns personagens e figuras emblemáticas. O binômio política-economia é praticamente 
indissociável no caso do atual cenário brasileiro. Dos principais assuntos que nos cercam, 
vamos falar sobre alguns dos que mais chamam a atenção e que podem figurar como um 
possível tema de redação ou até mesmo uma questão. 
Antes de tratar desses assuntos, é importante lembrar que como a área de atualidade é 
constantemente atualizada, não deve ser esquecido e nem ser deixado de lado, ainda mais no 
contexto em que estamos vivendo, a necessidade de se averiguar a veracidade da notícia a 
qual você está recebendo, principalmente para se cercar da maior possibilidade de 
informações e principalmente para não se enganar com uma notícia falsa.
A respeito do tema deste material, dos vários assuntos que poderíamos falar, tais foram 
escolhidos não apenas por estarem em voga, mas principalmente por estarem em grande 
discussão em relação à atualidade, podendo figurar tanto uma questão como até mesmo um 
possível tema de redação.
Um dos assuntos mais noticiados que envolve política e economia no Brasil é a 
manutenção do teto de gastos. Esse foi um tema já bastante discutido em 2019, mas em 2020 
acabou ganhando maior notoriedade, principalmente por conta da forma como o governo 
federal vem utilizando os recursos da união para o enfrentamento à pandemia da covid-19. O 
Brasil enfrenta a pandemia da Covid-19 tentando manter a questão da saúde e também a 
questão da economia. Mas o que é o teto de gastos?
Incluído na Constituição em dezembro de 2016, (EC-95) durante o governo Michel 
Temer, o teto está em vigor desde 2017 e deve durar 20 anos. Trata-se de uma regra fiscal que 
limita o gasto público. A regra determina que o gasto máximo que o governo pode ter é 
equivalente ao orçamento do ano anterior, corrigido apenas pela inflação. Agora, com os 
efeitos da pandemia na economia, membros do governo defendem que ele seja flexibilizado, 
para permitir aumento do gasto público na recuperação da crise.
A PEC 241, estabeleceu um limite de gastos do governo federal por vinte anos, a partir 
de 2017, tendo como base o orçamento do governo em 2016. Gastos com saúde e educação 
passaram a cumprir a regra a partir de 2018. A proposta para resolver o problema da crise 
econômica (anterior ao governo Bolsonaro) é de congelar a trajetória de crescimento dos 
gastos, com a imposição de um teto para tal crescimento. Os principais pontos da proposta são 
os seguintes:
 Os gastos públicos não podem crescer mais do que a inflação;
 Prazo de vigência de 20 anos, a partir de 2017 (com possibilidade de revisão da 
regra em 10 anos);
 Saúde e educação devem crescer pelo menos o equivalente à inflação, ou mais 
(desde que outras áreas sofram cortes);
 Punições: os órgãos públicos que não respeitarem o teto não poderão:
o Reajustar salários de servidores;
o Realizar contratações;
o Receber subsídios ou incentivos;
o Fazer concursos públicos.
O governo Temer sustentava que o teto era necessário para controlar os gastos públicos, 
que estariam em uma trajetória insustentável de crescimento.
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Segundo dados do Tesouro Nacional e do IBGE, entre 1997 e 2015 as despesas do 
Governo Federal cresceram de R$ 133 bilhões para R$ 1,15 trilhão, um crescimento de mais 
de 864%. No mesmo período, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), 
do IBGE, subiu 306%. Ou seja, os gastos reais do governo cresceram em ritmo acelerado ao 
longo de quase duas décadas. Esse crescimento de gastos deve-se em grande parte a regras da 
nossa legislação que garantem reajustes acima da inflação para várias áreas do orçamento 
público.
Esse aumento dos gastos não era visto como um problema tão sério ao longo da década 
passada, já que o governo também arrecadou mais receitas, graças ao crescimento econômico 
na década de 2000. Mas com a crise econômica que o país vivenciou desde 2015, essa questão 
voltou a receber atenção.
O problema é que, enquanto os gastos continuavam a subir, a arrecadação de tributos 
desacelerou muito, junto com o resto da economia. Em 2015, o governo arrecadou 5,62% 
menos recursos do que em 2014, em termos reais.
Antecipando a grave situação da política fiscal, o governo Dilma planejou um ajuste no 
início de 2015, que não incluía a ideia de teto de gastos públicos, mas procurava evitar um 
rombo nas contas públicas. As principais medidas eram cortar gastos e aumentar impostos. O 
ajuste não saiu da forma como a equipe econômica de Dilma esperava. Em 2016, com o 
impeachment dela e a chegada de Temer à presidência, foi nomeada uma nova equipe 
econômica, que procurou solucionar a questão fiscal através do controle de despesas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de uma queda de braço dentro do 
governo. De um lado, Guedes quer manter o teto de toda forma. De outro, ministros como 
Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, defendem que o governo precisa aumentar 
os gastos para tirar o país da crise no pós-pandemia. A única maneira de fazer isso sem 
infringir a Constituição é encontrar uma maneira de flexibilizar a regra.
A disputa ficou ainda mais tensa, após Marinho defender publicamente o aumento do 
gasto público. Além disso, o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, afirmou que Paulo 
Guedes “daria um jeito de arrumar mais dinheiro” para dar continuidade às ações de impacto 
social e na infraestrutura.
As declarações ocorrem em um momento em que o presidente colhe um aumento na sua 
popularidade, impulsionada pelo pagamento do auxílio emergencial de R$600. Com Bolsonaro 
de olho na reeleição, há o temor de que o fim do auxílio tenha um impacto negativo não só 
socialmente como também na sua popularidade. Mas manter o auxílio por mais um tempo 
teria um forte impacto nas contas públicas.
Quem fala sobre a manutenção do teto, defende que por um lado, o teto de gastos é 
elogiado por quem acredita no controle das despesas públicas, como forma de atrair 
investimentos privados, manter os juros baixos e controlar a inflação. Para seus apoiadores, o 
teto de gastos é necessário para o equilíbrio das contas públicas e para manter a confiança de 
investidores no compromisso do país com a responsabilidade fiscal. 
Por outro lado, o teto é criticado por defensores de mais investimento público para 
recuperar a economia brasileira e garantir serviços essenciais. Essas pessoas defendem que a 
regra impedirá investimentos públicos, agravará a recessão e prejudicará principalmente os 
mais pobres, ao reduzir recursos em áreas como educação e saúde.
Como o bolo do Orçamento tem o mesmo tamanho sempre e algumas fatias 
necessariamente crescem todo ano, sobretudo os gastos com a Previdência, sobra um pedaço 
cada vez menor para os demais gastos, incluindo saúde e educação.
No contexto da pandemia, em que o desemprego disparou e houve uma quebradeira de 
empresas, críticos dizem também que é necessário gastar para fazer obras públicas e gerar 
empregos para tirar o país do buraco mais rapidamente. Em 2019 o teto de gastos foi de 
R$1,407 trilhão. Em 2020, portanto é de R$1,454 trilhão.
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2. REFORMA TRIBUTÁRIA
Uma Reforma Tributária consiste em mudanças na estrutura tributária atualmente 
adotada no país, ou seja, uma reformulação dos nossos impostos. Como os impostos saem 
diretamente do nosso bolso, é sempre bom ficar ligado no assunto.
Antes de falar propriamente sobre as propostas para uma Reforma Tributária, é 
importante situar-se um pouco no atual panorama do sistema tributáriobrasileiro. Impostos 
podem ser aplicados sobre três instâncias: consumo, renda ou propriedade. É sobre o 
consumo que incide a maior quantidade de impostos e que a situação tributária é mais 
complexa. Esses tributos coletados a partir de bens e serviços são chamados de impostos 
indiretos, e são o ponto principal das propostas de reforma.
Atualmente o Brasil possui cinco impostos indiretos que incidem sobre o consumo de 
bens e serviços:
 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
 ISS (Imposto sobre Serviços);
 PIS/PASEP (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público);
 Cofins (Contribuição para o financiamento da Seguridade Social).
Estes impostos estão sob responsabilidade de diferentes esferas do governo: IPI, PIS E 
COFINS são impostos Federais; ICMS é um imposto Estadual e o ISS é municipal. Isso significa 
que, além de haver vários impostos aplicados a bens e serviços, esses impostos também 
devem ser pagos a destinatários distintos e em datas variadas. Dessa forma, considera-se que 
a produção de bens e serviços no Brasil está sujeita a um sistema tributário complexo e 
burocrático.
De acordo com o Bando Mundial, o Brasil é o país em que as empresas mais gastam 
tempo e recursos no pagamento de impostos. O estudo realizado pela Instituição mostra que 
empresas brasileiras gastam quase 3 meses por ano organizando e efetuando pagamento de 
impostos.
O fato de haver diferentes impostos sendo aplicados sobre bens e serviços ao longo do 
ciclo de consumo faz com que ocorra o chamado efeito cascata. Esse efeito consiste na 
múltipla tributação de um mesmo produto. Por exemplo, um produtor vende a um 
comerciante um produto pelo preço de cinco reais, sobre os quais são acrescentados dois 
reais de impostos, fazendo com que o comerciante pague sete reais pelo produto. Quando esse 
comerciante revende esse produto em sua loja, é aplicado um novo imposto sobre o valor de 7 
reais. Ou seja, ocorre uma dupla tributação, que tem como consequência final um 
encarecimento do produto
Outra característica do atual sistema tributário é a chamada Guerra Fiscal. Atualmente 
os Estados e municípios possuem autonomia para determinar o valor dos impostos que 
cobram. Essa liberdade na determinação do valor dos impostos é bastante utilizada para 
atrair investimentos.
Na prática, os Estados e municípios que oferecem menos impostos têm maiores chances 
de atrair empresas para seu território (o que é algo benéfico para a economia da região, pois 
gera empregos). Isso faz com que ocorra uma “guerra fiscal”, ou seja, uma disputa para 
oferecer os menores impostos e atrair o investimento. O problema é que com essa redução 
dos impostos o país acaba arrecadando menos recursos para investir nas áreas que 
necessitam.
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Em 9 de abril de 2019, Baleia Rossi, líder do MDB na Câmara dos Deputados, levou o 
economista Bernard Appy para apresentar sua proposta de reforma tributária aos 
parlamentares. Essa proposta propõe substituir cinco tributos:
 Imposto sobre produtos industrializados (IPI) – federal;
 Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) – federal;
 Contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) – federal;
 Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
prestações de Serviços (ICMS) – estadual.
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) – municipal.
Os cinco impostos são substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A base de 
cálculo será uniforme em todo o país, mas os entes federativos terão autonomia para fixar as 
alíquotas, que serão aplicadas a todas as operações. Como cada ente terá uma alíquota, a 
alíquota final do IBS será a soma das alíquotas federal, estadual e municipal.
Se, por exemplo, a alíquota federal do IBS for 7%, a alíquota do estado de São Paulo for 
11% e a alíquota do município de Campinas for 2%, as vendas realizadas em Campinas e para 
o município de Campinas sofrerão a incidência do IBS à alíquota de 20%.
A proposta também prevê a criação de um imposto seletivo federal, para incidir sobre 
bens e serviços específicos cujo consumo se deseja desestimular, como cigarros e bebidas 
alcoólicas.
Já a proposta analisada pelo Senado propõe extinguir nove tributos:
 Imposto sobre produtos industrializados (IPI) – federal;
 Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) – federal;
 Contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) – federal;
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços (ICMS) – estadual;
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) – municipal;
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – federal;
 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep) - federal;
 Salário-Educação (contribuição social destinada ao financiamento de 
programas) - federal;
 Cide-Combustíveis (contribuição social destinado a investimento de 
infraestrutura de transporte) - federal.
Seriam criados: 
 Um imposto sobre o valor agregado de competência estadual, chamado de 
Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS);
 Um imposto sobre bens e serviços específicos (Imposto Seletivo), de 
competência federal, que incidirá sobre itens como petróleo e derivados; 
combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica e serviços de 
telecomunicações.
Além disso:
 Extingue a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributo pago por 
toda pessoa jurídica. Esse tributo será incorporado pelo Imposto de Renda, que 
passa a ter alíquotas ampliadas.
 ITCMD (tributo pago na transmissão de qualquer bem por morte ou doação), 
que hoje é de competência dos estados e do Distrito Federal, passa a ser de 
competência federal, mas com receita destinada aos municípios
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 IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores) passa a atingir 
aeronaves e embarcações, mas exclui veículos comerciais destinados à pesca e 
ao transporte público de passageiros e cargas pessoas com maior capacidade 
contributiva.
Ainda tem uma terceira proposta, que é a do Governo Federal, a qual aconteceria em 
diferentes etapas. A primeira etapa da proposta de reforma tributária encaminhada pelo 
governo ao Congresso prevê a unificação do PIS e da Cofins (incidente sobre a receita, folha de 
salários e importação), e a criação de um novo tributo sobre valor agregado, com o nome de 
Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). O projeto de lei está 
tramitando no Congresso e se aprovado, o tributo terá alíquota de 12% para as empresas em 
geral, unificando o modelo de tributação entre diferentes setores, além de cortar benefícios e 
eliminar mais de uma centena de situações de alíquota zero de PIS/Cofins. 
Para não esbarrar na Constituição Federal, a CBS ficará restrita à arrecadação federal, 
sem mexer no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, estadual) e no 
Imposto sobre Serviços (ISS, municipal). O projeto de lei será incorporado à Comissão Mista 
da Reforma Tributária do Congresso, que desde 2019 já discute as outras propostas. 
Para avançar e sair do papel, além do apoio de deputados e senadores, a reforma terá 
que enfrentar a resistência de alguns setores, além das dificuldades relacionadas ao contexto 
de pandemia de Covid-19. Embora o governo garanta que a proposta não eleva a carga 
tributária global, economistas e empresários alertam que diversos setores e empresas podem 
vir a pagar mais tributo com a criação da CBS, mas reconhecem ganhos de simplificação e 
transparência.
3. FUNDEB
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino 
médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006,o Fundeb está em vigor 
desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020.
É um importante compromisso da União com a educação básica, na medida em que 
aumenta em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além disso, materializa a visão 
sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos 
para os programas direcionados a jovens e adultos.
A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o 
desenvolvimento social e econômico das regiões — a complementação do dinheiro aplicado 
pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor 
mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o Fundeb tem como principal objetivo promover a 
redistribuição dos recursos vinculados à educação.
A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação 
básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. O acompanhamento e o controle 
social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos 
em escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim. 
O Ministério da Educação promove a capacitação dos integrantes dos conselhos.
Senadores se mobilizam pela votação da proposta que torna permanente o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), marcada para 20 de agosto. 
Para o relator da PEC 26/2020, senador Flávio Arns (Rede-PR), o assunto é urgente, já que a 
validade do Fundeb expira no dia 31 de dezembro. 
De acordo com Arns, “temos que ter não só a aprovação da PEC, mas várias 
regulamentações daquilo que aprovarmos dentro do Congresso Nacional. Esperamos que a 
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promulgação seja o passo seguinte e urgente para que a sociedade fique mais segura e 
tranquila sabendo que a educação básica está sendo bem valorizada”
Além de tornar o Fundeb permanente, a proposta amplia em até 23% a participação da 
União no financiamento da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio. Arns deu 
parecer favorável, sem mudanças, ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Segundo 
ele, o governo participou de todo o entendimento do texto. 
A ideia é evitar a desigualdade e distribuir o dinheiro para garantir um valor mínimo 
investido por aluno, igual a todos os estados. Assim, estados mais pobres podem receber 
complementação da União e garantir que seus estudantes terão o mesmo ponto de partida, as 
mesmas condições básicas de aprendizagem se comparado a outros estados. Os valores 
destinados pelo governo federal aumentarão ano a ano. Em 2021, o aporte será de 12%, 
subirá para 15% em 2022 e depois crescerá dois pontos percentuais até chegar em 23% em 
2026, quando é prevista uma revisão nas regras de distribuição.
Em 2019 o fundo redistribuiu aos estados e municípios um montante de cerca de R$ 165 
bilhões. Cada estado e o Distrito Federal têm um fundo que funciona praticamente como uma 
conta bancária coletiva em que entram recursos de diferentes fontes de impostos estaduais e 
municipais e, em alguns casos, transferências do Governo Federal para os estados e os 
municípios. Seguindo uma série de regras, esse total é redistribuído de acordo com o número 
de alunos da Educação Básica Pública (ou da rede conveniada, em alguns casos) de cada rede 
e das etapas e modalidades de ensino (algumas são mais “caras” que outras, isto é, recebem 
um valor maior devido à complexidade do atendimento educacional).
Com as novas regras o investimento por aluno passa dos atuais R$ 3,7 mil para R$ 5,7 
mil em 2026. Cidades pobres em estados ricos também receberão mais recursos. Antes, a 
transferência não ocorria justamente porque estavam em estados com alta arrecadação. O 
"valor por aluno" é o mínimo investido em cada estudante em todo o Brasil. Atualmente, é de 
R$ 3,7 mil ao ano e passará a R$ 5,7 mil com as alterações aprovadas na Câmara.
Além disso, a redação do novo Fundeb traz mais um conceito, que é o "custo aluno 
qualidade" conhecido como CAQ, previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014. O 
CAQ cria parâmetros de financiamento baseado em qualificação dos professores, 
remuneração, aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e 
equipamentos necessários ao ensino, compra de material escolar, alimentação e transporte.
Algumas possíveis questões que poderiam cair em provas, sobre esse assunto seriam da 
seguinte forma:
EXERCÍCIOS
(Banca Alfacon) Texto para as questões 1 a 3:
“Vale a pena destacar casos positivos da fixação de teto de gastos. Todos os países que 
adotaram essa sistemática recuperaram sua economia. A Holanda, por exemplo, adotou limites 
em 1994, conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 77,7% para 46,8% e enxugou as despesas 
com juros de 10,7% para 4,8% do PIB. Ao mesmo tempo o desemprego caiu de 6,8% para 3,2%”, 
diz o trecho do relatório da PEC 241 na Câmara, de autoria do deputado Darcísio Perondi 
(PMDB-RS). (Fonte: 
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/28/politica/1480332274_865460.html)
Tendo o fragmento de texto acima como referência e considerando a amplitude do tema 
que ele aborda, julgue os itens subsequentes.
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/28/politica/1480332274_865460.html
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1. Além da Holanda, outros países chegaram a adotar limites de gastos públicos. Alguns 
exemplos são Finlândia e Suécia. Entretanto, nenhum deles chegou a impor um teto com 
as condições da PEC 241.
Certo ( ) Errado ( )
Na maior parte dos casos, as condições do limite de gastos são revistas 
depois de quatro ou cinco anos. O teto proposto pelo governo Temer deve durar 20 
anos, com possibilidade de revisão a partir de dez anos.
Além disso, muitos países não limitaram o crescimento das despesas apenas à 
inflação. A Dinamarca, por exemplo, limitava o crescimento real a 0,5% ao ano. E 
nenhum outro país além do Brasil chegou a incluir a norma de congelamento de 
gastos na Constituição.
2. A Emenda Constitucional 95, a qual estabeleceu o novo regime fiscal, estabelece que o 
teto de gastos para o Governo Federal, bem como para Estados, Municípios e Distrito 
Federal, seja relacionado ao equivalente ao orçamento do ano anterior, corrigido 
apenas pela inflação.
Certo ( ) Errado ( )
O limite de gastos vale para a administração federal – não vale para 
municípios, estados e Distrito Federal. Também há um limite de gastos específicos 
para os seguintes órgãos federais: Poder Executivo, Senado, Câmara dos 
Deputados; Ministério Público Federal; Tribunal de Contas da União; Defensoria 
Pública da União.
3. Tanto as despesas obrigatórias como as despesas discricionárias devem estar dentro do 
limite de gastos. As obrigatórias representam mais de 90% e têm destino definido na 
Legislação, como Previdência, assistência social, educação e salários de servidores. As 
despesas discricionárias são aquelas que podem ser escolhidas pelo governo e 
representam, principalmente, investimentos públicos.
Certo ( ) Errado ( )
Praticamente, aquilo que sobra das despesas obrigatórias fica para as 
despesas discricionárias. O que tem levado muita gente a discutir o teto de gastos 
é a manutenção deste, pois se for mantido, como algumas despesas obrigatórias 
aumentam, sobra menos para as despesas discricionárias.
(Banca – Alfacon) Texto para as questões 4 e 5
A Reforma Tributária vai simplificar e modernizar o sistema tributário brasileiro, 
gerando impactos positivos na produtividade e no crescimento econômico do país. A meta é 
substituir o atual modelo, que é caro e complexo, por mecanismos modernos e mais eficazes. 
A primeira parte da Reforma Tributária foi apresentada ao Congresso em 22 de julho, por 
meio do Projeto de Lei nº 3.887/2020, que prevê a criação da Contribuição Social sobre 
Operações com Bens e Serviços (CBS) em substituição à atual cobrança das alíquotas de 
PIS/Pasep e Cofins. A nova CBS, com alíquota de 12%, é uma nova forma de tributar o 
consumo, alinhadaaos mais modernos modelos internacionais de Imposto de Valor Agregado 
(IVA). Com a CBS será possível acabar com a cumulatividade de incidência tributária, com 
cobrança apenas sobre o valor adicionado pela empresa. (Fonte: 
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/reforma-
tributaria)
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/reforma-tributaria
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/reforma-tributaria
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 Tendo o fragmento de texto acima como referência e considerando a amplitude do tema 
que ele aborda, julgue os itens subsequentes.
4. A proposta da Câmara do Deputados, do deputado Baleira Rossi, prevê o fim de 
desonerações e tributos diferenciados para vários setores que, na avaliação do governo, 
não se justificam. Entre os benefícios, seria mantida isenção fiscal de PIS/Pasep e Cofins 
para livros, biodiesel, cadeiras de rodas e aparelhos assistivos, embarcações e 
aeronaves, indústria cinematográfica, entre outros.
Certo ( ) Errado ( )
A proposta que prevê desonerações é do Governo Federal e não a da Câmara 
do Deputados. Além disso, não é prevista a manutenção da isenção fiscal, mas sim 
seriam extintos então a renúncia fiscal de PIS/Pasep e Cofins para livros, biodiesel, 
cadeiras de rodas e aparelhos assistivos, embarcações e aeronaves, indústria 
cinematográfica, entre outros
5. De acordo com informações divulgadas pela Folha de São Paulo e pelo G1, a equipe do 
ministro da Economia, Paulo Guedes, incluiria no projeto de reforma tributária a 
proposta de criar uma espécie de "imposto digital".
Certo ( ) Errado ( )
A proposta do ministério é possibilitar a criação de um fundo voltado às 
questões sociais, o que tem, mesmo quando comparado com a antiga CPMF, 
apresentado diminuição de sua rejeição.
(Banca – Alfacon) Texto para as questões 6 a 8
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino 
médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor 
desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) 
cedeu e chegou a um acordo para que o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) 
05/2015, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), 
começasse a ser votado no fim da tarde desta terça-feira (21/7), na Câmara dos Deputados. O 
texto da relatora deputada Dorinha Sebra (DEM-TO) prevê 23% da participação da União no 
fundo, sendo 5% para educação infantil, de forma gradual até 2026. 
(Fonte:https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-
studante/ensino_educacaobasica/2020/07/21/interna-educacaobasica-2019,874076/relatora-amplia-para-23-
a-participacao-da-uniao-no-fundeb.shtml)
Tendo o fragmento de texto acima como referência e considerando a amplitude do tema 
que ele aborda, julgue os itens subsequentes.
6. No novo texto a parcela de contribuição da União passa de 10% para 23%. Antes, estava 
sendo negociada entre o Palácio do Planalto e o Congresso, a contribuição de 20%. 
Também foi incorporado pela relatora deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), 
algumas sugestões do governo. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende usar 
uma parte do Fundeb para o Programa de Transferência de Renda, Bolsa Família, que 
mudará de nome para Renda Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-studante/ensino_educacaobasica/2020/07/21/interna-educacaobasica-2019,874076/relatora-amplia-para-23-a-participacao-da-uniao-no-fundeb.shtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-studante/ensino_educacaobasica/2020/07/21/interna-educacaobasica-2019,874076/relatora-amplia-para-23-a-participacao-da-uniao-no-fundeb.shtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-studante/ensino_educacaobasica/2020/07/21/interna-educacaobasica-2019,874076/relatora-amplia-para-23-a-participacao-da-uniao-no-fundeb.shtml
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O governo queria destinar recursos do fundo ao Renda Brasil, que ainda está 
sendo desenhado pela equipe econômica para substituir o Bolsa Família. Se assim 
fosse, a ideia poderia driblar o teto dos gastos federais e ainda limitar o gasto com 
salário de professores.
Entretanto, no acordo firmado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia 
(DEM-RJ), não haverá destinação de recursos, mas apoio para a criação do 
programa, que Bolsonaro pretende criar em substituição ao Bolsa Família. Se 
aprovado na Câmara, o projeto segue para o Senado.
7. O dinheiro do Fundeb pode ser usado no financiamento de todos os níveis da Educação 
Básica e do Ensino Superior. Ou seja, os estados e municípios podem usar livremente os 
recursos entre as etapas e modalidades, mesmo que eles tenham sido distribuídos por 
conta da matrícula em um determinado nível de ensino. Não há obrigatoriedade para 
que o dinheiro oriundo de uma matrícula em creche em um município seja usado 
necessariamente nessa etapa. Além disso, a previsão é de que esse recurso possa não 
possa ser usado para os proventos de professores, diretores, equipe pedagógica e que 
pode ser usado para o pagamento de profissionais da educação, mas que atuam em 
outras funções.
Certo ( ) Errado ( )
Além do recurso ser utilizado apenas na Educação básica, pelo menos 60% do 
dinheiro do Fundeb deve ser aplicado no pagamento do salário dos professores da 
rede pública na ativa. O dinheiro também pode ser usado na remuneração de 
diretores, orientadores pedagógicos e funcionários, na formação continuada dos 
professores, no transporte escolar, na aquisição de equipamentos e material 
didático, na construção e manutenção das escolas. Não pode, contudo, ser utilizado 
para pagar merenda escolar, para remunerar profissionais da Educação em desvio 
de função (por exemplo, um professor que vai trabalhar no gabinete do prefeito) e 
em outras despesas. 
8. Há um alinhamento entre o novo Fundeb e o Teto de Gastos. Já que a lei do Teto de 
Gastos prevê que em 2026 (quando completa 10 anos) esta será avaliada, o Fundeb 
passará também por uma avaliação, já que a votação tanto na Câmara quanto no Senado 
visa a manutenção do seu caráter provisório.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Certo
6. Certo
7. Errado
8. Errado.
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