Importância dos Minerais na Nutrição Animal

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MINERAIS 
● São nutrientes utilizados em sua forma original (fazem parte da 
constituição de muitas proteínas), tendo funções essenciais ao organismo, 
como: catalizadores em sistemas enzimáticos. 
● Participam como componentes estruturais dos tecidos corporais 
(Ca e P). 
● Eletrólitos de equilíbrio acidobásico, pressão osmótica e permeabilidade 
das membranas. 
● Os animais consomem uma dieta que não corresponde as suas 
necessidades em relação aos minerais. Precisa haver uma composição a 
ser ofertada aos minerais, pode ser dado o mineral puro (é o mais comum, 
principalmente em monogástricos) 
● Os alimentos podem ser ricos ou pobres em determinados elementos. 
Frequentemente pobres ou em proporções desequilibradas. 
● Carência de minerais: 
Severas, com perturbações mais ou menos graves. 
Leves com sintomas não específicos: desenvolvimento lento, 
problemas de fertilidade, baixo rendimento de carcaça e pouca 
produção de leite. 
CLASSIFICAÇÃO 
● Macronutrientes: CA, P, Mg, Na, Cl, S, K 
Expressos com base na percentagem da dieta ou em gramas por 
quilograma da dieta. 
Necessários em grandes quantidades diariamente. 
Estruturais dos tecidos. 
Constituintes do fluido corpóreo. 
Controle do equilíbrio acidobásico e pressão osmótica. 
Potencial elétrico das membranas. 
Transmissão de impulsos nervosos. 
● Micronutrientes: Cu, I, Fe, Mn, Se, Zn, Cr, F, etc. 
Necessários em quantidades muito menores. 
Expresso em partes por milhão (ppm) – miligrama por quilograma da 
dieta ou parte por milhão (ppb) – micrograma por quilograma. 
Atuam em cofatores enzimáticos (ativam determinadas enzimas). 
Componente hormonal (iodo-tireoide, ferro-hemoglobina, 
zinco-imunidade, flúor-tecido ósseo). 
*Os suínos já nascem com deficiência de ferro. 
MINERAIS ESSENCIAIS PARA OS ANIMAIS 
1. Macrominerais, necessidade individual acima de 100mg/dia na 
alimentação: cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, cloro e enxofre. 
2. Microminerais, necessidade individual entre 1 a 50 ,g/dia na alimentação: 
ferro, zinco, cobre, manganês. 
3. Elementos traços, necessidade individual inferior a 1mg/dia na 
alimentação: iodo, cromo, antimônio, cobalto, selênio, alumínio, 
estrôncio, silício e estanho. 
4. Elementos ultratraços, necessidades individuais minúsculas: flúor, 
molibdênio, vanádio, níquel, arsênico, cádmio, chumbo, lítio, boro e 
bromo. 
CÁLCIO 
● É o elemento mineral necessário em maiores quantidades nas dietas. 
Deposição orgânica: 
Tecido muscular- 0,1g/kg 
Ossos 110 – 200 g/kg 
Gorduras - ausente 
FUNÇÕES: 
● Processo de contração muscular. 
● Equilíbrio ácido-básico e pressão osmótica. 
● Processo de coagulação: pro-trombina + cálcio = trombina. 
● Formação do esqueleto: 99% do Ca está presente nos ossos e dentes. 
● Presente no sistema auditivo: ossos martelo, bigorna e estribo. 
● Formação dos dentes. 
● Presente no leite e na casca do ovo. 
FONTES: 
● Calcário calítico 
● Farinha de ossos 
● Farinha de algas 
● Farinha de ostras (concha triturada) 
● Fosfatos bicálcico e monocálcico 
Patologias de interesse veterinário 
● Febre do leite em vacas leiteiras 
● Tetania da lactação das cadeias, das éguas e das porcas. 
FÓSFORO 
● Nas pastagens brasileiras, quase sempre o fósforo é deficiente, sendo o 
teor de cálcio ligeiramente mais elevado. 
● As pastagens formadas com leguminosas geralmente são mais ricas em 
fósforo e principalmente em cálcio, mas dependem da possibilidade 
destes minerais no solo onde são cultivadas. 
● A carência de fósforo é um estado predominante em bovinos que vivem a 
pasto. Faz-se necessária a suplementação constante desse elemento (P). 
Deposição orgânica: 
Tecido muscular: 2 – 3 g/kg 
Ossos: 50 – 100 g/kg 
Tecido nervoso: 4g/kg 
FUNÇÕES: 
● Formação de tecido ósseo: 80% de P orgânico. 
● Presente na composição dos dentes. 
● Componente dos fosfolipídios. 
● Equilíbrio ácido-básico 
● Equilíbrio osmótico 
● Metabolismo energético: ATP, ADP, AMP, GTP, GDP. 
FONTES: 
● Fosfato bicálcico 
● Farinha de ossos 
● Farinha de carne e ossos 
● Fosfato monocálcico 
● Super fosfato triplo (flúor maior 0,6%) 
● Fosfato de rocha (flúor maior 0,6%) 
FATORES QUE ALTERAM A ABSORÇÃO DE CÁLCIO E DE FÓSFORO 
● Relação Ca: P normal de 2:1 (igual ao conteúdo ósseo), mas para 
poedeiras essa relação pode chegar até 6 ou 6, 5:1 
● Vitamina D3: relacionada a absorção de cálcio 
● Elementos que reduzem a disponibilidade: ferro, oxalatos, fitatos. 
● Hormônios circulantes: estrogênio, calcitonina e paratormônio. 
DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO E FÓSFORO 
● Raquitismo e osteoporose 
● Arqueamento 
● Tetania (falta de contração muscular) 
● Apetite depravado (come terra, etc) 
● Problemas reprodutivos 
● Índices zootécnicos depravados. 
 
 
 
 
RELAÇÃO VITAMINA C E FERRO 
A vitamina C facilita a absorção do Ferro, que é necessário para o transporte de 
oxigênio. 
BALANÇO DOS ELÉTROLITOS 
● O metabolismo animal depende do equilíbrio (homeostase) dos 
nutrientes, e com isso, da interação dos diferentes nutrientes. 
● Os minerais atuam basicamente como co-fatores ou ativadores 
enzimáticos. 
● Em muitas oportunidades, o sódio, o potássio e o cloro atuam em 
conjunto visando manter o equilíbrio hidroeletrolítico da célula, mas as 
quantidades oferecidas nas rações, muitas vezes, contribuem para 
desequilibrar esta situação. 
 
 
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
Funções orgânicas que visam manter constante a formação e a excreção de íons 
A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
Existem vários eventos corpóreos que só ocorrem no pH neutro (7,3 a 7,4), 
como por exemplo: secreção de enzimas, síntese protéica, secreção hormonal 
...etc. 
COMO SE MANTÉM O EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
Para que o pH se mantenha entre 7,3 e 7,4 o organismo executa o 
funcionamento dos tampões orgânicos: 
 
 
DISTÚRBIOS NO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
● Acidose Metabólica – Falha renal, metabolismo incompleto de gorduras, 
ácidos ingeridos. 
● Alcalose Metabólica – Deficiência de potássio, ingestão de substâncias 
álcalis.