Prévia do material em texto
Etiopatogênese da doença periodontal Deve ser realizado baseando-se em alguns conhecimentos clínicos que devemos possuir, como por exemplo: Profundidade de sondagem Nível clínico de inserção Presença de sangramento à sondagem Extensão da gengivite Complexidade da periodontite (perda óssea horizontal X perda óssea vertical) Envolvimento da furca Mobilidade Extensão e distribuição da periodontite Progressão da periodontite Presença de fatores de risco modificadores Defeitos muco gengivais Deve ser realizada com a sonda milimetrada (Carolina do Norte) 15mm. Como avaliar? Deve-se avaliar o quanto a sonda penetra, sendo esta medida expressa em milímetros. Como é representada? É representada pela distância entre a margem gengival e o fundo da bolsa. Deve ser realizada com a sonda milimetrada (Carolina do Norte) 15mm. Como avaliar? Deve-se avaliar o quanto a sonda penetra, sendo esta medida expressa em milímetros. Como é representada? É representada pela distância entre a junção cemento esmalte e o fundo da bolsa Como anotar? Em caso de retração gengival, deve-se atribuir valor positivo (+), para aumento ou hiperplasia, deve-se atribuir valor negativo (-). Deve ser realizada com a sonda milimetrada (Carolina do Norte) 15mm, ou sonda OMS Como avaliar? Deve-se avaliar se ao movimento exploratório observa-se sangramento Como é representada? É representada pela presença de sangramento em nos sítios Como anotar? É dado pela razão entre o número de faces sangrantes multiplicado por 100 e o número de dentes presentes multiplicado por 6. É estabelecida com base no ISG (Índice de Sangramento Gengival), à depender de sua porcentagem Como é representada? É representada pela presença de sangramento em nos sítios e sua porcentagem Como classificar? Quando o paciente apresentar ISG: Até 10%- dizemos que este se encontra em um quadro de saúde gengival. Diagnóstico periodontal Determinação da profundidade de sondagem % Determinação do nível de inserção clínica Determinação de sangramento à sondagem Extensão da gengivite >10% - ≤30%- dizemos que o paciente apresenta uma gengivite localizada > 30%- dizemos que o paciente está num quando de gengivite generalizada Para determinar, é necessário uma radiografia periapical. Como avaliar? Verificar o sentido da perda óssea, se horizontal ou se vertical Como é representada? Em condição normal, ou seja, fisiológica, a crista alveolar encontra-se ± 1,5mm apical à junção cemento esmalte. Como anotar? A taxa de perda óssea é determinada pela divisão da raiz em terços Deve ser realizado com a sonda Nabers, em dentes posteriores Como avaliar? A sonda deve percorrer os sentidos Distal, mesial, vestibular, palatino/lingual. Como é representada? É representada pela presença de sangramento em nos sítios Como anotar? De acordo com o grau correspondente: I- Sonda penetra ≤ 3mm II- Sonda penetra 3mm III- Sonda atravessa o dente Deve ser realizada com o cabo do espelho clínico + cabo da sonda exploradora Como avaliar? Deve-se avaliar mobilidade vestíbulo- lingual/palatina, mésio-distal e ocluso-apical Como anotar? De acordo com o grau correspondente: I- 0,2 a 1mm na direção horizontal II- > 1mm na direção horizontal III- Mobilidade horizontal e apical Será determinada de acordo com a porcentagem, podendo ser localizada, generalizada ou padrão. Localizada - <30% dentes Generalizada - ≥30% dentes Padrão- Incisivo/molar É determinada pela associação da porcentagem de perda óssea, a idade do paciente e seu fenótipo Como devemos fazer? Deve ser realizado o índice de perda óssea através de radiografia periapical, utilizando- se a régua milimetrada e verificando a idade do paciente Primeiro deve-se descobrir a porcentagem de perda óssea que é dada pela divisão: Perda óssea horizontal Vs Perda óssea vertical Horizontal Vertical Envolvimento de furca Determinação de mobilidade Extensão da periodontite Determinação da progressão da periodontite DISTÂNCIA ENTRE A JUNÇÃO CEMENTO ESMALTE E CRISTA ÓSSEA DISTÂNCIA ENTRE A JUNÇÃO CEMENTO ESMALTE E ÁPICE DENTAL 100 Como anotar o índice? O índice de perda óssea é dado então por: Exemplo: Paciente de 37 anos, apresentou perda óssea que correspondia à: Distância entre a junção cemento esmalte e crista óssea – 6mm Distância entre a junção cemento esmalte e ápice dental – 9mm Qual a porcentagem de perda óssea (PO)? 𝑝𝑜 = 6 9 . 100 𝑝𝑜 = 66% Qual seria o índice de perda óssea ? 𝑖𝑝𝑜 = 66 37 𝑖𝑝𝑜 = 1,7 (𝑎𝑙𝑡𝑜 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜) Os fatores de risco modificadores podem ser por exemplo o fumo e a diabetes, podendo ser atribuído ao paciente três tipos de graus: A, B ou C, à depender da exposição ao fator de risco Deve-se avaliar a espessura da gengiva do paciente com o uso de uma sonda periodontal. Como avaliar? Deve-se primeiramente introduzir a sonda, após sua introdução no sulco deve-se avaliar da seguinte forma: Se a sonda puder ser visualizada através do tecido gengival, a gengiva pode ser definida como fina (≤ 1mm) Se a sonda não for visível, o tecido gengival pode ser definido como espesso (>1 mm) Como anotar? 1- Biotipo fino recortado; 2- Biotipo espesso reto; 3- Biotipo espesso recortado Pode ser classificada em diferentes tipos Tipo 1- Sem perda de inserção interproximal, UEC não visível na mesial ou na distal. Tipo 2- Perda de inserção interproximal menor ou igual à perda de inserção vestibular Tipo 3- Perda de inserção interproximal maior do que a perda de inserção vestibular Degrau- Classe +: presença de degrau cervical >0,5mm/ Classe -: ausência de degrau cervical >0,5mm As doenças e condições periodontais podem ser classificadas de três principais formas: Podemos dizer que nesta classificação o paciente poderá se apresentar de 3 formas: Saúde gengival e periodontal Gengivite (induzida por biofilme) Doenças gengivais (não induzidas por biofilme) O que seria uma saúde clínica em um periodonto íntegro? Poderia ser representado pela ausência de perda de inserção O que seria uma saúde clínica em um periodonto reduzido? Neste caso podemos classificar da seguinte forma: Paciente periodontite-estável- aquela que foi previamente tratada com sucesso e estável. Paciente não-periodontite- perda de inserção não relacionada com inflamação periodontal SAÚDE PERIODONTAL, DOENÇAS E CONDIÇÕES GENGIVAIS PERIODONTITE OUTRAS CONDIÇÕES QUE AFETAM O PERIODONTO % DE PERDA ÓSSEA IDADE DO PACIENTE Fatores de risco modificadores Defeitos muco gengivais (Fenótipo gengival) Defeitos muco gengivais (Retração gengival) Classificação das doenças e condições periodontais Saúde periodontal, doenças e condições gengivais Um paciente que teve periodontite, mesmo que tenha sido tratado com sucesso, ainda apresentará algumas consequências irreversíveis da perda de inserção e até mesmo risco de recorrência. Portanto, este paciente uma vez que diagnosticado com periodontite, permanecerá sendo um paciente com periodontite e seu estado poderá ser determinado da seguinte forma: Estado de controle- saúde e estabilidade Estado de remissão- inflamação gengival Estado de descontrole- periodontite recorrente ou instabilidade Dentro do grupo de gengivites induzidas por biofilme, podemos classificar três diferentes tipos: Como seria uma gengivite em periodonto íntegro? Neste caso haveria ausência de perda de inserção Como seria uma gengivite em periodonto reduzido em paciente sem periodontite prévia? Neste caso, o periodonto é reduzido mas a perda deinserção não é relacionada com a inflamação: aumento de coroa , retração por escovação traumática etc. Como seria uma inflamação gengival em periodonto reduzido em pacientes com periodontite tratada com sucesso? Neste caso, a periodontite foi previamente tratada com sucesso e encontra-se estável mas apresenta quadro atual de inflamação gengival. Existem diversos casos descritos que podem levar o paciente a apresentar uma gengivite, como por exemplo: Desordens genéticas- Fibromatose gengival hereditária Infecções específicas- Por bactérias, vírus e fungos. Condições imunes- Reações de hipersensibilidade, doenças autoimunes e condições inflamatórias granulomatosas Reacionais- Epúlides Neoplasias- Pré-maligna: leucoplasia; Maligna: CEC, leucemia, linfoma. Endócrinas, metabólicas e nutricionais- Deficiência de vitamina C Traumáticas- Traumas físicos, químicos e térmicos Pigmentação gengival Existem atualmente três diferentes tipos de periodontite, à depender do histórico do paciente, sinais, sintomas de uma periodontite necrosante, bem como a presença ou ausência de alguma alteração sistêmica. Esta periodontite é caracterizada pela presença de dor, ulceração da margem gengival e depósitos de fibrina em locais com ausência de ponta da papila interdentária e em alguns casos, exposição do osso alveolar Pacientes comprometidos crônica e gravemente: Pode ocorrer em adultos e em crianças, dependendo de fatores predisponentes como: o HIV/AIDS o Outras condições imunossupressoras o Infecções virais severas Pacientes comprometidos temporaria e moderadamente: AUMENTO GENGIVAL POR USO DE MEDICAMENTOS •CICLOSPORINA GENGIVITE INDUZIDA SOMENTE POR BIOFILME •ASSOCIADA SOMENTE AO BIOFILME GENGIVITE MEDIADA POR FATORES SISTÊMICOS OU LOCAIS •FATORES SISTÊMICOS- FUMO, HIPERGLICEMIA, MEDICAMENTOS, HORMÔNIOS, CONDIÇÕES HEMATOLÓGICAS, INGESTÃO BAIXA DE MICRONUTRIENTESANTIOXIDANTES (ex.: vitamina C) •LOCAIS- FATORES DE RETENÇÃO DE BIOFILME E XEROSTOMIA DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES PERIODONTITE PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE ALTERAÇÕES SISTÊMICAS Gengivite induzida por biofilme Gengivite não-induzida por biofilme Classificação da presença de periodontite Periodontite Necrosante Pode ocorrer na presença de gengivite ou periodontite, dependendo de fatores predisponentes como: o Estresse, nutrição, fumo, hábitos o Doença necrosante prévia o Fatores locais como proximidade radicular A periodontite é classificada em estágios e graus, sendo caracterizada da seguinte forma: O estágios da periodontite serão classificados de acordo cm a severidade e complexidade da situação do paciente. A severidade é determinada pela medida de perda de inserção clínica e de perda óssea que é verificada radiograficamente e também pelo número de dentes perdidos pela periodontite. A complexidade é medida pela dificuldade envolvida no controle da doença e na reabilitação funcional e estética da dentição do paciente Por isso os escores da complexidade observam os seguintes pontos: Presença de bolsas periodontais profundas Defeitos verticais Envolvimento de furca Mobilidade dental acentuada Perda de dentes Deficiência de rebordo Perda da função mastigatória. O grau da periodontite leva em consideração a evidência ou o risco de progressão e antecipam o risco de uma progressão futura, possibilidade insucesso do tratamento e risco de impacto sistêmico. O grau de periodontite pode ser modificado por fatores de risco Evidência direta é determinada por observações longitudinais disponíveis (radiografias antigas) Evidência indireta é determinada no exame de perda óssea em função da idade do dente mais afetado da dentição Esta periodontite pode surgir por conta de: Desordens genéticas: que estão associadas com desordens imunológicas, que afetam o tecido gengival, mucosa oral e conjuntivo, ou por desordens metabólicas e endócrinas Doenças de imunodeficiência adquirida: neutropenia adquirida, infecção por HIV Doenças inflamatórias: epidermólise bolhosa adquirida, doença inflamatória do intestino Outras doenças: como diabetes, tabagismo, obesidade, osteoporose, artrite, estresse emocional, depressão e uso de medicamentos Periodontite Periodontite como manifestação sistêmica