Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Definição A cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos. De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. Objetivos Reabilitar ou reequilibrar as forças mecânicas atuantes no organismo humano como um todo, proporcionando melhor qualidade de movimento, e melhora na qualidade de vida. Fazer uma avaliação criteriosa! Fisioterapeuta Deve estar a par das indicações e contraindicações dos recursos terapêuticos escolhidos para evitar complicações. Deve conhecer o grau de debilidade, potencial de recuperação, complicações e precauções. Fundamentos ‘’ o tratamento das doenças através do movimento’’. Descrevia como a cinesioterapia o movimento provocado pela atividade muscular ou paciente com finalidade terapêutica. Técnicas Dentre as técnicas, podemos destacar o alongamento assistido, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP/Kabat), fisioterapia na reabilitação vestibular, Mckenzie, Williams, Bobath, Klapp, Meziéres, RPG (Souchard), Isostreching, Pilates, GDS, entre outras muitas técnicas. As técnicas de mobilização e manipulação, como Maitland, Mulligan, Soulier, Osteopatia, entre outras também se incluem dentro da cinesioterapia. Muitos recursos terapêuticos manuais ou técnicas de alongamentos, reposicionamento, mobilizações, trações, massagens, fortalecimentos e demais técnicas podem ser consideradas como recursos cinesioterapêuticos. https://www.infoescola.com/educacao-fisica/pilates/ Mobilização ativa Movimento dentro da AM livre, que é produzida por uma contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação. Pode ser do tipo isotônica, onde pode ocorrer a aproximação das fibras musculares (estão no sentido de um centro único) denominada de contração concêntrica, ou ocorrer o afastamento das fibras musculares denominada de contração excêntrica. Nas contrações isométricas ocorre a contração muscular, porém não há arco de movimento. Exercícios isométricos Consiste em contração muscular sem movimento articular. A técnica consiste em usar os músculos do corpo contra um objeto imóvel ou manter o corpo em uma posição fixa por um determinado tempo. Exercícios isotônicos Produzem contrações longas, é quando a gente executa um exercício e existe movimento, é um exercício comum na musculação. Neste tipo de exercício há o encurtamento e o alongamento do músculo através do movimento. Exercícios Isocinéticos Neste tipo de exercício a máquina controla a velocidade do movimento que é fixa, controlada e pré-selecionada. Nos Estágios iniciais a velocidade mais baixa gera menos força, e nos Estágios tardios: contrário. Os equipamentos mais utilizados são as bicicletas estacionária, esteira, máquinas de remo... As vantagens desse tipo de exercícios isocinéticos são: menos lesões e demora de se fadigar. Mobilização passiva A mobilização passiva consiste no movimento de uma articulação em todas as direções possíveis sem contração muscular por parte do paciente. Pode ser realizada por um fisioterapeuta ou por uma máquina como o Kinetec. Quando você precisa da mobilização passiva? Na maioria dos casos, você precisa da mobilização passiva quando o movimento de uma articulação é limitado, por exemplo: • Devido a cirurgia • Uma inflamação grave • Espasmo muscular (torcicolo) No pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior, a mobilização passiva precoce reduz a taxa de complicações graves, tais como a rigidez muscular ou hipotrofia, e também favorece a fixação do neoligamento. Os resultados são obtidos através da colocação do peso do corpo inteiro em pé, durante o primeiro mês. Em pacientes acamados por doença grave, é usada para manter a amplitude de movimento, bem como a prevenção de aderências e de retração. Quais são os efeitos biológicos da mobilização passiva? As células perisinoviais fazem parte da membrana sinovial, ou seja, uma estrutura articular que produz um líquido para a lubrificação da articulação. Este ‘líquido (sinovial) é necessário para um movimento fluido e sem dor. O movimento passivo estimula a secreção de fluido sinovial. O paciente contrai seus músculos para reação de defesa. Com a mobilização passiva, se relaxam também os tecidos moles (retraídos), melhora a circulação sanguínea e, especialmente, a nutrição da cartilagem articular. A dor diminui especialmente para os pacientes em pós-operatório ou com uma lesão na fase aguda. tipos de contrações musculares Os tipos de contrações dividem-se em: Contração isométrica ocorre quando o músculo se contrai, produzindo força sem mudar seu comprimento. A contração isotônica caracteriza-se como uma contração em que as fibras musculares se encurtam ou alongam, esse tipo de contração se divide em: Contração Concêntrica: As inserções musculares se aproximam uma da outra. Contração Excêntrica: As inserções musculares se distanciam e os músculos produzem força enquanto se alongam. Contração isocinética o músculo se contrai e encurta, em velocidade constante, através dos aparelhos. EXERCÍCIOS ATIVOS São realizados voluntariamente pelo paciente. Nesse caso, a musculatura afetada precisa estar apta, em condições para realizar os movimentos. O objetivo dos exercícios ativos é manter ou aumentar a amplitude do movimento, estimular o fortalecimento ósseo, a flexibilidade muscular, desenvolver a coordenação motora, aumentar a força e melhorar o funcionamento dos sistemas cardiovascular e circulatório. Dentre os equipamentos podemos citar: Aparelhos de mecanoterapia: le press, cadeira flexora e extensora e cross-over; Aparelhos para exercícios aeróbios: bicicleta ergométrica, elíptico e esteira; Sistemas de elásticos; Trampolim; Bosu; Bolas terápêuticas; Caneleiras e stride ; Cones, hastes, medicine ball Contraindicações: Quando as condições cardiovasculares são instáveis e o exercício pode trazer complicações; imediatamente após cirurgias de músculos, tendões ou ligamentos, mesmo que o paciente consiga fazer os movimentos (salvo em algumas exceções) EXERCÍCIOS PASSIVOS O fisioterapeuta realiza as movimentações no corpo do paciente, ou seja, o paciente não ajuda ativamente. Geralmente, é utilizado em pacientes impossibilitados de se movimentar, seja por terem sido submetidos a cirurgias ou por apresentarem inflamações ou hipotrofias musculares agudas. O objetivo dos exercícios passivos: - Prevenir contraturas musculares - Prevenir aderências capsulares - Manter a integridade articular - Manter a integridade de tecidos moles - Manter a elasticidade muscular - Estimular o sistema circulatório (auxiliando o processo cicatricial) Alguns exemplos de exercícios passivos: alongamentos e manobras de terapia manual. Estimula: O sistema circulatório. . EXERCÍCIOS ATIVOS ASSISTIDOS É a junção do ativo com o auxílio do fisioterapeuta. O objetivo é reeducar o movimento, melhorar a função e ganho de amplitude de movimento. O exercício no qual o paciente realiza o movimento com auxílio do terapeuta; Este auxílio vai ser dado somente depois que o paciente realizar o que consegue, e de acordo com a capacidade do músculo solicitado. Indicações - Músculos espásticos após relaxamento - Músculos com grau de força 2. Obs: As indicações e as contraindicações para a execução (ou para o uso) deste tipo de exercício são as mesmas do exercício ativo, além das já citadas, considerando-se que sempre haverá alguma limitação e então o paciente necessitará de auxílio. EXERCÍCIOS RESISTIDOS Exercício resistido é o treinamento contra resistência, geralmente realizado com a utilizaçãode pesos e elásticos. Tem como benefícios: o desenvolvimento de potência, força e resistência muscular, diminuição de gordura corporal, e aumento de massa magra e deste modo favorece uma melhor aptidão física e qualidade de vida por facilitar atividades do cotidiano como por exemplo carregar pesos, subir escadas, entre outros Indicações: - Aumentar o volume do músculo; - Melhorar a função geral; - Aumentar a força muscular e a massa muscular; - Aumentar a resistência a fadiga. Contraindicações: - Inflamação e edema; - Dor (quando houver dor, diminuir a resistência ou suspender o exercício; - Quando não houver uma ADM adequada. O alongamento é um exercício voltado para o ganho da flexibilidade por meio de um estiramento das fibras musculares O objetivo de dar mais agilidade e aumentar a amplitude do movimento muscular e da elasticidade. Seus benefícios são: 1. Aumenta a flexibilidade, deixando os movimentos mais soltos e leves e melhorando a aptidão física; 2. Alivia a tensão muscular responsável por dores nas costas, no pescoço e até dores de cabeça; 3. Relaxa o corpo e a mente, ajudando a aliviar o estresse; 4. Aumenta a consciência corporal, melhorando também a habilidade para aprender e executar movimentos finos; 5. Melhora a postura; 6. Previne lesões esportivas e as dores musculares após o exercício físico; 7. Previne tendinites e LER (lesão por esforço repetitivo); 8. Ativa a circulação sanguínea; 9. Prepara o músculo para a atividade física; 10. Produz ótimos resultados no tratamento de dores na coluna (lombalgia e cervicalgia). OBS: Vale destacar que uma vez executado errado, pode provocar efeitos deletérios (prejudicial) no desempenho muscular. https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/31909-alongamento Existem alguns tipos de alongamentos, os mais comuns são: - Alongamento Estático: a pessoa permanece numa posição estática e alonga o músculo até um ponto tolerável sustentando por cerca de 30 segundos. Ainda não há um consenso em relação ao tempo ideal. É o método que apresenta o menor risco de lesão. - Alongamento Balístico: utiliza oscilações controladas para atingir uma determinada amplitude de movimento. Foi mais utilizado por pessoas que possuem um bom condicionamento físico, como os atletas. Porém, por apresentar alto risco de lesão já caiu em desuso mesmo nessa população. - Alongamento por Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP): método que promove ou acelera a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de proprioceptores. A pessoa permanece na posição de alongamento estático enquanto o profissional realiza e sustenta o movimento e envolve também a contração isométrica. Requer um profissional para aplicá-la. Exercícios respiratórios A respiração é algo de natural, mas em algumas situações de doença pode tornar-se muito difícil. A sua respiração pode melhorar através dos exercícios de Cinesioterapia Respiratória. Praticando estes exercícios, aprenderá a aproveitar ao máximo a capacidade dos seus pulmões. Também aprenderá a controlar a sua respiração. Assim, aliviará a sua dificuldade respiratória. Também existem técnicas para tornar mais fácil a expulsão da expetoração. Exercícios para o controle da respiração Posição deitado de barriga para cima • Coloque-se deitado de barriga para cima, com as pernas fletidas; o Procure ficar confortável com a ajuda de almofadas o Coloque as palmas das mãos sobre o abdómen e relaxe. o Inspire tranquilamente pelo nariz (com a boca fechada). As suas mãos notarão o aumento do volume do abdómen. o Sustenha o ar 1 a 2 segundos. o Expire lentamente pela boca, com os lábios em posição de sopro. • Mantenha-se deitado; o Mude a posição das mãos. Coloque-as sobre as últimas costelas, à volta da cintura. o Inspire tranquilamente pelo nariz. As suas mãos devem notar como aumenta de volume o tórax. o Sustenha o ar 1 a 2 segundos. o Expire lentamente pela boca, com os lábios em posição de sopro. Exercícios na posição sentado • Sente-se numa cadeira com as costas direitas e as pernas ligeiramente afastadas. o Coloque cada mão no joelho contrário. o Inspire pelo nariz. Ao mesmo tempo vá levantando os braços até ficarem abertos por cima da cabeça, em forma de «V». o Expire pela boca, com os lábios em posição de sopro. Enquanto isso, vá baixando os braços até voltar a colocar as mãos cruzadas sobre os joelhos. • Continue sentado. o Ponha a mão direita sobre o ombro direito, dobrando o cotovelo. o Enquanto expulsa o ar, soprando com os lábios, baixe o tronco até apoiar o cotovelo no joelho esquerdo. o Ao inspirar pelo nariz, levante o cotovelo para cima e para trás. • Repita este exercício várias vezes com o seu braço direito. Depois, faça-o, também, com o seu braço esquerdo. Repita estes exercícios tantas vezes quantas lhe forem possíveis! Pratique todos os dias! Exercícios para o controle da respiração • Concentre-se: a inspiração acontece quando o ar entra nos pulmões; deve fazê-la pelo nariz. A expiração acontece quando o ar sai; deve fazê-la com os lábios em posição de sopro, como para assobiar, sem encher as bochechas. Limpeza de secreções • É através da tosse que se expulsam as secreções e desta forma se limpam as vias respiratórias. • Para que a tosse seja eficaz, siga estas instruções: o Sente-se direito e inspire lenta e profundamente pelo nariz. O abdómen deve aumentar de volume. o Expulse o ar fortemente em dois movimentos de tosse seguidos. • Faça este exercício 3 a 4 vezes por dia, meia hora antes das refeições e ao deitar. Mantenha-se ativo dentro das suas possibilidades. O exercício físico evitará que os seus músculos se debilitem. Quando consultar o médico? • Quando se cansar muito com os exercícios. • Quando se tornar difícil expulsar as secreções. • Quando as secreções se tornarem amareladas ou esverdeadas. método inovador da fisioterapia que consiste em ajustamentos na postura para reorganização dos segmentos do corpo humano, permitindo o reequilíbrio dos músculos que firmam a postura. Desse modo, RPG identifica e alonga os músculos considerados responsáveis pela alteração postural. Veja as principais doenças que podem se beneficiar no tratamento com a RPG: • Dores lombares, cervicais e dorsais; • Dores nos pés e nas mãos; • Lesões por esforço repetitivo (LER); • Hérnias de disco; • Asma e bronquite; • Estresse; • Distúrbios digestivos e circulatórios; • Artrite, artrose, bursite e tendinite; • Estrabismo; • Incontinência urinária. A técnica se fundamenta em três princípios: Individualidade: Não é indicado nenhum tratamento padrão por sintoma ou idade. Cada pessoa reage de modo diferente. Causalidade: O tratamento não consiste em tratar, apenas, o local da dor, mas o paciente como um todo. Globalidade: Tratamento corporal ativo levando em conta oito posições que colocam o corpo todo em estreitamento para que sejam verificadas quais tensões se relacionam. https://www.biocentro.net.br/especialidade/rpg/ https://www.biocentro.net.br/especialidade/rpg/ Cinemática aberta - Quando a extremidade distal, livre do corpo humano, se movimenta este movimento é denominado cadeia cinemática aberta. Muitos movimentos funcionais envolvendo a elevação de objetos e movimentos realizados na vida diária são movimentos de cadeia cinemática aberta. Por exemplo: o antebraço flexiona em direção ao braço através de uma flexão do cotovelo em cadeia cinemática aberta, e o braço flexiona em relação ao tronco pela flexão do ombro, também em cadeia cinemática aberta. Nestes movimentos, a origem fica fixa e a inserção se movimenta. Cadeia fechada - No movimento de flexão de braço, por exemplo,as mãos ficam fixas e o tronco se movimenta em relação ao membro superior. A diferença entre cadeia fechada e de cadeia aberta é a função da extremidade distal da cadeia. Em cadeias abertas, os músculos se contraem para movimentar segmentos com extremidades distais que se movimentam livres no espaço. Os mesmos músculos contraem-se, através das mesmas articulações, para produzirem movimentos de cadeia fechada, quando as extremidades distais estão estáticas. CCA utiliza uma ou poucas articulações e tem influência mínima nas demais, a CCF faz um trabalho mais global. O pé cavo-varo (supinado) é um pé com menos flexibilidade (mais rígido). Ao combinar esta característica com o formato do pé, algumas pessoas desenvolvem problemas como • Entorses de repetição do tornozelo • Sobrecarga do tendão de Aquiles e dos tendões fibulares • Fraturas por stress e dor na região lateral do pé • Dedos em garra, metatarsalgia, fasceite plantar O pé plano é um pé mais flexível. Sendo assim, há maior mobilidade nas pequenas articulações com algumas consequências, como por exemplo: • Artrose e dor no tornozelo • Sobrecarga das estruturas mediais (parte de dentro) do tornozelo: tendão tibial posterior, ligamento deltoide • Encurtamento muscular da panturrilha causando fadiga muscular, dores no tendão de Aquiles e na fáscia plantar. Tipos de marchas MARCHA TABÉTICA (TALONANTE): . Esse tipo de marcha ocorre por perda das informações sensoriais dos membros inferiores (MMII), principalmente da propriocepção.Pode ocorrer por lesão do cordão posterior da medula ou neuropatia periférica sensorial. A marcha é realizada com a base alargada, com o olhar para o solo, e a perda da noção da proximidade do solo em relação aos pés, faz com que ele arremesse o pé para diante e bata com força no solo. Essa marcha foi descrita primeiramente nos pacientes com neurossífilis (Tabes Dorsalis). Marcha Escarvante Típica do paciente com neuropatia. Também conhecida em decorrência disso de marcha neuropática. Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, a ponta do pé toca o solo ao caminhar e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior. Marcha Ceifante Bilateral Também conhecida como marcha em tesoura. Os dois membros inferiores estão enrijecidos e espásticos, permanecendo semifletidos. Os pés se arrastam, com as pernas se cruzando na frente durante a marcha, lembrando uma tesoura. É freqüente nas formas espásticas da paralisia cerebral, mas também podem ser vistas em pacientes com Esclerose Múltipla ou AVC dos 2 hemisférios cerebrais. MARCHA HEMIPLÉGICA (Ceifante, Helicoidal ou de Tood) Durante a marcha, o paciente adquire uma postura em flexão do membro superior e extensão do membro inferior no dimídio acometido, dessa forma, o paciente não consegue fazer a flexão da coxa, extensão da perna e dorsiflexão do pé, que normalmente é realizado durante uma marcha típica. O caminhar é realizado fazendo um semicírculo do quadril, com o membro inferior em extensão, o pé em inversão e o braço em flexão e rígido. Bastante comum nos pacientes hemiplégicos. A marcha parkinsoniana é bem caracteristica: Em pé, o paciente tende a inclinar o tronco para frente, sendo incapaz de realizar movimentos compensatórios para readquirir o equilíbrio. Durante a marcha há a dificuldade de transferir peso de um pé para o outro, tornando assim, seus passos curtos e cambaleantes (marcha festinante). Há dificuldades específicas para iniciar o movimento da marcha e virar-se, e também pode ocorrer a interrupção súbita da marcha (congelamento) frente a obstáculos. MARCHA MIOPÁTICA Também chamada de Anserina, essa marcha típica dos pacientes portadores de miopatia como Duchenne ou Becker por exemplo. Nela, há oscilações da bacia, as pernas estão afastadas, há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta, apesar do déficit muscular. A inclinação do tronco para um lado e a para o outro confere á marcha a semelhança da marcha de um ganso, daí o nome anserina. Este tipo de marcha pode ser encontrado em qualquer processo que cause fraqueza dos mm. pélvicos, como nas polineuropatias pseudomiopáticas, miosites e poliomiosites. Marcha atáxica O indivíduo apresenta seu padrão instável tem a base larga e cambaleante, suas passadas são incertas, ora muito amplas com abdução exagerada da coxa, ora pequenas e sem excesso de abdução; os pés geralmente são separados e com desvio lateral; o tronco desloca-se em blocos com oscilação lateral, com desvio para esquerda, o que impede a marcha em linha reta e caracteriza a marcha ebriosa. Em lesões unilaterais do cerebelo, geralmente ocorre um desvio para o lado afetado durante a marcha. Como equilíbrio altera-se bastante é preciso manter a base alargada para sustentação. MARCHA CORÉICA Associada a várias patologias do sistema nervoso, sendo as mais comuns a Coréia de Sydenham e a Coréia de Huntington. Durante o andar o corpo oscila ou para a direita ou para a esquerda, para frente ou para trás. Os passos são irregulares e desordenados, simulando queda iminente e obrigando o doente a parar para equilibrar-se. Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura. Anotações __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ Fases da marcha Como ocorre o ciclo da marcha? A literatura apresenta que o ciclo da marcha é constituído por duas fases, ou seja, a fase do apoio e do balanço: – FASE DO APOIO: é a atividade que ocorre quando o pé está em contato com o solo. Essa fase inicia-se quando o calcanhar de um pé toca o solo e termina quando esse pé sai (eleva-se) do solo. A literatura apesenta que essa fase constitui por volta de 60% do ciclo da marcha; – FASE DO BALANÇO: essa atividade ocorre quando o pé não está em contato com o solo. Inicia-se assim que o pé sai do solo e termina quando o calcanhar do mesmo pé toca o solo novamente. Essa fase constitui cerca de 40% do ciclo da marcha. Contato inicial: O toque do calcanhar tem como característica sinalizar o início da fase de apoio, o momento em que o calcanhar faz contado com o solo. Nesse ponto, a articulação do tornozelo estará em posição neutra, ou seja, entre uma dorsiflexão e flexão plantar, e inicia-se aflexão do joelho. Essa leve flexão do joelho absorverá parcialmente o choque quando o pé tocar ao solo. Resposta a carga: Nesse momento o peso do corpo começará a ser transferido para o membro inferior de apoio. Apoio completo: No momento do apoio completo do pé, quando esse segmento está totalmente em contado com o solo, ocorre logo após o calcanhar tocar o solo. Aproximadamente 15° de flexão plantar do pé na articulação talocrural, com contração excêntrica dos músculos dorsiflexores para evitar que o pé “bata” com força no solo. Apoio terminal: Ocorrerá a saída ou elevação do calcanhar. Nesse momento o calcanhar sai do solo, há leve dorsiflexão do pé (aproximadamente 15°) e em seguida, início da flexão plantar do pé. Esse é o início da fase de impulso, que é também as vezes denominada de fase de propulsão, porque os músculos flexores plantares do pé empurram o corpo ativamente para frente. Pré-balanço: Ponto que somente os dedos da extremidade ipsilateral estão em contato com o solo Movimentos do corpo humano ABD = ABDUÇÃO AD = ADUÇÃO ROT MED = ROTAÇÃO MEDIAL ROT LAT = ROTAÇÃO LATERAL FLEX = FLEXÃO EXT = EXTENSÃO ELEV = ELEVAÇÃO DEPR = DEPRESSÃO SUP = SUPINAÇÃO PRON = PRONAÇÃO CIRC = CIRCUNDAÇÃO DEPLEX = DORSIFLEXÃO PFLEX = FLEXÃO PLANTAR EV = EVERSÃO INV = INVERSÃO RETR = RETRUSÃO PROTR = PROTUSÃO Anotações _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ MOVIMENTOS ARTROCINEMÁTICOS Os movimentos artrocinemáticos são os movimentos que ocorrem no interior da articulação e, eles descrevem a distensibilidade na cápsula articular permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. Estes movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente, geralmente são muito utilizados para restaurar a biomecânica articular normal diminuindo a dor , alongando ou liberando com menos trauma determinadas estruturas. São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e deslizamento. Rolamento: Durante o rolamento um osso rola sobre o outro com a seguintes características: – As superfícies são incongruentes. – Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta. – Nas articulações com a biomecânica normal o rolamento só ocorre em combinação com os movimentos de deslizamentos e giro, porém quando o rolamento ocorre sozinho causa compressão nas superfícies do lado que o osso está se movendo, o que pode provocar uma lesão articular, e uma separação no outro lado. – A superfície que se move seja ela convexa ou côncava não influencia a direção do movimento ósseo. https://cristianearruda.files.wordpress.com/2010/04/imagem22.jpg https://cristianearruda.files.wordpress.com/2010/04/imagem22.jpg Deslizamento: Durante o deslizamento um osso desliza sobre o outro com as seguintes características: – As superfícies articulares são congruentes. – O mesmo ponto em uma superfície faz contato com novos pontos na superfície oposta. – O deslizamento não ocorre sozinho devido as superfícies articulares não serem totalmente planas, ou seja, completamente congruente. – Diferentemente do rolamento, a superfície articular que se move influência a direção do deslizamento, o que é chamado como regra convexo-côncava . – Quando a superfície articular que se move é convexa o deslizamento ocorre na direção oposta à do movimento angular do osso. – Quando a superfície que se move é côncava o deslizamento ocorre na mesma direção do movimento angular do osso. Compressão: Durante a compressão uma superfície articular se aproxima uma da outra com as seguintes características : – A compressão causa diminuição no espaço articular entre as partes ósseas, – Ocorre normalmente nos membros inferiores e na coluna durante a sustentação do corpo, – Ocorre compressão com a contração muscular gerando estabilidade articular, impedindo lesões articulares, – Com a compressão o líquido sinovial move-se para as estruturas articulares avasculares nutrindo-as e lubrificando-as, – Cargas excessivas de compressão causam lesões articulares, principalmente na cartilagem articular. Tração: Durante o movimento de tração as superfícies articulares afastam-se uma da outra com as seguintes características . – Ocorre separação das superfícies articulares quando são puxadas distalmente uma da outra. – Pode ocorrer tração no eixo longo do osso resultando em deslizamento caudal . – Pode ocorrer tração em ângulo reto onde resulta na separação articular propriamente dita. MOVIMENTOS OSTEOCINEMÁTICOS Os movimentos osteocinemáticos são os movimentos fisiológicos ou clássicos da diáfise óssea. Estes movimentos podem ser realizados voluntariamente pelo paciente de acordo com os planos cardeais do corpo e seus eixos. Os eixos unem as partes que os planos separam. Plano Sagital ou Mediano / Eixo Frontal: Divide o corpo em lados direito e esquerdo. Os movimentos realizados neste plano são os de flexão e extensão. Plano Frontal / Eixo Sagital: Divide o corpo em partes anterior(ventral) e posterior(dorsal). Os movimentos realizados neste plano são os de abdução e adução. Plano Transversal / Eixo Longitudinal: Divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos que ocorrem neste plano são as rotações interna e externa. Plano transversal Divide o corpo em 2 metades: superior e inferior. O eixo: longitudinal, estende-se de cima para baixo, possibilita movimentos de rotação lateral e medial. Plano frontal Paralelos à sutura coronal, anterior e posterior. Eixo: ântero-posterior possibilita movimentos de abdução e adução. Plano sagital Orientação paralela à sutura sagital, direita e esquerda. Eixo: Látero-lateral, perpendicular ao plano. Possibilita movimentos de flexão e extensão.
Compartilhar