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- Acolhimento na Estratégia Saúde da Família A estratégia saúde da família foi criada em 1994 e é pautada no trabalho em equipe, trabalhando com ações de prevenção e promoção, sem deixar de lado os eixos de tratamento e recuperação. O acolhimento é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. É a recepção do usuário no serviço de saúde que vai compreender a escuta, o atendimento com resolutividades e responsabilização, mesmo quando for necessário envolver outros setores ou níveis de atenção. Os formatos de acolhimento são: - Relação interativa: os usuários buscam os serviços e são recebidos numa relação de ajuda mútua, onde o usuário é ajudado e ajuda no seu cuidado. - Rede articulada: o acolhimento é usado como método para acompanhar o usuário ao longo do percurso, onde o serviço é prestado em redes de apoio. O vínculo por meio do acolhimento é uma forma de humanizar os serviços, se esse vínculo ocorre, algumas potencialidades podem ser levantadas como: construção de práticas de equipe, aproximação entre a instituição e sua população adscrita, e um atendimento com maior pertinência e eficácia. Principais dificuldades no exercício do acolhimento na atenção básica: - Equívocos frequentas na super valorização dos serviços médicos em detrimento dos outros, no qual consequentemente os demais profissionais ficam responsáveis somente por preparar o usuário para consulta médica. - Falta de mapeamento -> identificação e riscos e priorização de problemas - Dificuldade de avaliar demandas - Falta de territorialização (muitos programas e protocolos que fogem das necessidades reais daquele território) - Muitas filas - Agendas restritivas dos profissionais da saúde - Oferta limitada de serviços Providencias sugeridas: - Todos os profissionais devem ser considerados igualmente importantes e responsáveis no acolhimento - Os gestores devem investir em educação permanente (enfrentamento permanente das questões frequentes na comunidade, não apenas pequenas palestras, oficinas educativas....) - Capacitação e qualificação da equipe para acolhimento com escuta - Governabilidade das equipes - Adequação a área física - Organização dos serviços - Clínica ampliada – além dos diagnósticos, valorização dos diferentes saberes - Humanização dos serviços -Avaliação para mudanças PDCP - Enfermagem Acolhimento humanização cidadania resolubilidade Escuta qualificada acesso vínculo responsabilização - Consulta de Enfermagem A consulta de enfermagem é regulamentada pela lei do exercício profissional n° 748/86 e resolução do COFEN n° 358/2009. O enfermeiro é o único profissional que pode realizar/exercer a consulta de enfermagem, assim como realizar prescrição de medicamentos e exames de rotina. De acordo com a PNAB são competências do enfermeiro: realizar consulta de enfermagem, procedimentos e atividades em grupo conforme protocolo ou outras normativas, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar para outros serviços. O que é consulta de enfermagem? - É a estratégia tecnológica de cuidado, importante e resolutiva, facilita a promoção da saúde, diagnostico, tratamento e prevenção. Pode ser a realização de pré-natal, puericultura, saúde na escola... - A consulta de enfermagem deve ser baseada na SAE - A consulta de enfermagem identifica situações de saúde-doença que contribuam para promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo. Permite também que o próprio individuo desenvolva habilidades para melhorar sua qualidade de vida. - A CE possui 5 etapas: coleta de dados (anamnese e exame físico), diagnostico de enfermagem (situações que estão alteradas), planejamento/prescrição de enfermagem, implementação, evolução e avaliação de enfermagem. Qual a importância? - A CE desafoga os médicos, possibilita que os técnicos de enfermagem ocupem suas tarefas que muitas vezes são ocupadas pelos enfermeiros, fortalece o vínculo com a comunidade e é de menor custo para os gestores. Quando é necessária? - Sempre! Desde a gestação até a velhice, nas visitas domiciliares, reuniões de grupo, acompanhamentos de rotina... - Pode ocorrer por demanda espontânea, demanda programada e atendimento domiciliar e visa principalmente elevar o nível de saúde da população Quando é possível a prescrição de medicação? - Em todas as ações desde que haja conformidade coma lei do exercício profissional Registro das consultas: realizados no SAI, SIAB e MAC. Habilidades necessárias para CE: Habilidades técnicas para ter conhecimento da demanda do usuário, escuta ativa para compreender as necessidades de forma isenta de julgamento, aceitar valores e crenças dos usuários, ter visão integral, ter conhecimentos das normas e regimentos da instituição Finalidade da CE: ser capaz de detectar adequadamente os problemas e as necessidades em saúde (fatores de risco de problemas instalados), realizar diagnostico de enfermagem, indicar cuidados em saúde para auxiliar na resolução de problemas do usuário, realizar ações preventivas, prescrever e desenvolver planos de cuidados de acordo com as necessidades, contribuir para o trabalho em equipe da unidade de saúde, desenvolver ações que elevem o nível de saúde da população PROCESSO: 1- Recepção do usuário: buscar na sala de espera (observar marcha, expressões faciais, disposição, presença de acompanhantes...) 2- Entrevista/ coleta de dados: escuta ativa e perguntas abertas para melhor entendimento do que está ocorrendo. Levantar histórico e antecedentes. Sempre falar de forma simples usando a mesma linguagem do usuário 3- Exame físico: O enfermeiro deve estar atento para os problemas físicos (por meio de sinais e sintomas) e problemas psicológicos (por meio de expressões faciais, postura...) O enfermeiro deve usar seus sentidos e observar detalhadamente cada parte do individuo Deve-se usar: - Inspeção: observar com os olhos e nariz de forma ampla e continua - Percussão: colocar em movimentação os tecidos subjacentes ver se e solido ou líquido - Palpação: tocar e distinguir o normal do anormal - Ausculta: realizar com estetoscópio para sons de alta frequência - Verifica sinais vitais: temperatura, pulso, respiração, PA, peso, altura, BCF no caso de gestantes 4- Diagnostico de enfermagem: é um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, fatores de risco e/ou alterações das necessidades básicas...Requer um pensamento avaliativo crítico e profundo. Pode ser registrado em três partes: nome da alteração+ a causa que levou a alteração+ sinais e sintomas que definem. Geralmente é utilizado o NANDA, NIC, NOC ou SIPE 5- Plano de cuidados/conduta: explicar em linguagem clara e apresentar ao usuário o que pode e será feito, de acordo com a ordem de prioridade. Primeiro os problemas ameaçadores (aqueles relacionados a segurança e sobrevivência), depois problemas reais (aqueles tragos pelo individuo ou família), problemas não conhecidos pelo individuo ou família e por último necessidades potenciais (que podem ser riscos futuros) 6- Avaliação: Fazer um exame físico completo novamente e avaliar o plano e cuidados e sua evolução, se surtiu efeito ou se é necessário um novo plano. - Anamnese e exame físico - São de grande importância na coleta de dados para determinação do estado clínico do paciente. Sempre que formos fazer devemos no perguntar de quem,para que e como estamos coletando essas informações. - Para isso usamos a SAE, que contém: coleta de dados, diagnostico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. - A coleta de dados é também chamada de histórico de enfermagem e é realizada por meio da entrevista (anamnese) e exame físico ENTREVISTA COMPREENSIVA (ANAMNESE) - Proporciona o entendimento de como é o individuo e como ele está encarando o processo saúde x doença, quais são suas perspectivas e como ele pode colaborar no plano de cuidados - Nesse comento o enfermeiro deve saber escutar e entender, ser receptivo, estar atento, ter boa comunicação e usar a mesma linguagem que o individuo - O enfermeiro no momento da anamnese deve estar a todo momento tento ao nível de ansiedade, dados referentes ao paciente em si (auto imagem, autoestima, esperança), sentimentos de solidão, síndromes de estresse, potencial suicida, estratégias defensivas... - A anamnese geralmente é dividida em identificação do paciente (nome, sexo, idade, raça, estado civil, número de filhos, naturalidade...) e informações sobre queixas, doenças e tratamentos pregressos. EXAME FÍSICO - No exame físico são usados recursos semiotécnicos juntamente com os sentidos do enfermeiro. Os recursos semiotécnicos são: inspeção, ausculta, percussão e palpação. - Juntamente com os sentidos do enfermeiro, podem ser associados instrumentos como: estetoscópio, esfigmomanômetro, fita métrica, termômetro, abaixador de língua, lanterna... - O exame físico é dividido em exame físico geral e exame físico específico dos sistemas. Exame físico geral: - Geralmente é realizado por meio de inspeção e palpação - Deve-se avaliar o paciente desde a primeira hora que se teve contato visual com ele - Inicialmente avalia-se: 1- Em relação a doença se houve perda de força muscular, perda de peso e qual estado psíquico. Então classifica-se o estado geral do paciente em bom, regular ou mau. 2- Avaliar tipo morfológico (pois certas doenças estão associadas ao biotipo) 3- Avaliar dados antropométricos (peso e altura), pois indica o estado nutricional do paciente 4- Sinais vitais: - Temperatura: habitualmente aferida axilar por cerca de 5 a 7 minutos, onde temperaturas abaixo de 36°c vão indicar hipotermia e acima de 37,5°c vão indicar hipertermia. - Pressão arterial: geralmente aferida na artéria braquial, em ambos os braços e quando se tem alterações significativas nos membros inferiores. É aferida por meio do esfigmomanômetro e estetoscópio onde ao relaxamento do manguito e descompressão da artéria braquial se ausculta os sons de Korotkov - Pulso: aferido preferencialmente na artéria radial, contanto por 1 minuto, contando o número de batimentos e avaliando características como intensidade (cheio ou filiforme) e ritimicidade (regular ou irregular) - Frequência cardíaca: por meio da ausculta do pulso apical, usando o estetoscópio - Frequência respiratória: aferida por 1 minuto sem que o paciente perceba, observando ritmo, profundidade, presença de desconforto respiratório, se a respiração é espontânea ou por meio de ventilação mecânica 5- Avaliar expressões faciais e atitudes 7- Avaliar postura e movimentos (tipo de marcha, se anda, se claudica...) 8- Observar decúbito assumido do leito (lateral, dorsal, ventral, supino...) 9- Avaliar a pele (grau de hidratação por meio das características ou turgor, coloração, textura, umidade, se cianótica) 10- Observar a perfusão periférica (observar fazendo leve pressão no leito ungueal das unhas e observar o retorno sanguíneo) 11- Observar se há presença de edema (por meio de inspeção, onde é possível observar visualmente o desaparecimento das proeminências ósseas, marcação da pele por meio de joias e roupas, e por meio da palpação por meio do teste de Godê, no qual faz- se leve pressão e observa-se a depressão formada na pele) 12- Observar anexos (como as unhas, que podem indicar algumas patologias como por exemplo pneumopatias, cardiopatias, micoses etc. A disposição de pelos que pode iniciar a presença de alterações hormonais, hipotireoidismo, hipertireoidismo, alopecia...) 13- Observar coloração de mucosas (oculares, bucal, da língua...) Exame físico específico: a- Inspeção da cabeça e couro cabeludo (observa -se características dos cabelos, higiene do couro cabeludo, presença de pediculose, presença de falhas no cabelo, presença de seborreia ou capas, cicatrizes, abaulamentos, manchas...); b- Inspeção da face (tipo de pele, características, simetria do rosto, cicatrizes, se há queda de pelos nas sobrancelhas, manchas como Melasma ou cloasmas, se há piercing, excesso de acne); c- Inspeção dos olhos (observar coloração da esclerótica, teste de nistagmo, coloração da mucosa dos olhos, fotorreação das pupilas...); d- Inspeção do nariz (observar se há desvio de septo, vibrissas, secreções, tamanho nas narinas...); e- Inspeção da boca (se há rachadura no s lábios e sua coloração, presença de prótese ou órtese dentaria, observar bochechas, língua, higiene...); f- Inspeção das orelhas e pavilhão auditivo (simetria, presença de cerumes, limpeza...); g- Inspeção do pescoço (verificar mobilidade do pescoço, procurar nódulos linfáticos); h- Palpação da tireoide e medição com a fita métrica (realizar palpação verticalmente, palpar a região cervical, supra clavicular e axilar pesquisando nódulos ou possíveis alterações); i- Inspeção dos membros superiores (observar as características da pele, se há presença e machucados ou cicatrizes, acessos, observar perfusão, característica das unhas, pulso...); j- E xam inar o tó ra x: simetri a j- Examinar o tórax (simetria, expansão em conjunto, realizar ausculta cardiopulmonar, realizar inspeção das mamas observando simetria e presença de alterações visuais, tipo de tórax, se peito de pombo, peito escavado, fazer palpação do ictus cordis, auscultar bulhas quando a ritimicidade e fonese, auscultar os murmúrios vesiculares e ruídos adventícios...) j- E xam inar o tó ra x: simetri a k- Examinar o abdome (realizar na ordem de inspeção, ausculta, percussão e palpação, respeitando as regiões do abdome, fazendo o exame em sentido horário, verificando possíveis alterações, presença de ruídos hidroaéreos, tipo de abdome, presença de sons maciços e timpânicos, se há sensibilidade, dor...); m- Inspeção dos membros inferiores (observar cicatrizes, manchas, machucados, presença de varizes, presença de edema...); n- Realizar exame geniturinário (realizar palpação do pênis, escroto, verificar grandes e pequenos lábios, observar a presença de anormalidades anatômicas, palpar em busca de massas, linfonodos infartados e alterações, observar região inguinal, observar se há presença de anus, observar hemorroida...) - Tomada de decisão - Decisão é a necessidade de fazer escolhas, é decidir o caminho a ser seguido. - Toda decisão deve ser tomada com bases técnicas e cientificas, livres de nosso preconceito e intuição. - Cada vez que tomamos uma decisão ficamos mais experientes e cada vez menos erros cometemos. - No momento de decidir devemos usar técnicas que estruturam o processo decisório, e essa técnica possui 5 etapas: problema-> diagnostico->alternativas->decisão-> avaliação - Sempre ao tomar uma decisão devemos saber: qual o contexto? Quais questões envolvidas no processo? E saber considerar os riscos da decisão - Processo decisório: onde pretendo chegar? O que deve ser feito? Quando? Como? Em que sequência? - A tomada de decisão pode ser simples (espontânea) ou complexa (que necessita de consciência e reflexão). Na tomada de decisão complexa, vale a pena ter cautela, usar ferramentas, analisar, decomporideias passadas (parar de usar a mesma ideia para resolver os mesmos problemas). - Para tomar decisão as vezes é necessário que haja inovação, decisões criativas, abandonar erros anteriores, criar perspectivas e ter mente aberta. As vezes a enfermagem n]ao consegue ter essas decisões pois está acostumada a seguir protocolos, POP, normas e processos e até mesmo ser conformada. 5 desafios da tomada de decisão: I- Desafio da autoconsciência profissional (o que eu faço? Como faço? O que penso sobre o que faço? Como me refiro a minha profissão?) II- Desafio do conhecimento e debate em equipe III- Desafio da responsabilidade em contexto de escassos recursos e necessidade de resposta rápida. IV- Desafio do foco no cliente, na pessoa; de ser a voz que prega pela qualidade dos cuidados e pelo respeito pelos direitos humanos V- Desafio do desenvolvimento dos especialistas. - Comunicação É um processo interativo, dinâmico e multidirecional. Comunicar permite trocar sentimentos e conhecimentos, vai muito além de falar, é também ouvir, tocar, recordar, rir, envolve a postura, distância, expressões, silêncios... - A comunicação envolve os canais visuais, acústicos, olfativos, táteis e térmicos. - A qualidade do contato é decisiva para conhecer a pessoa que está sendo cuidada, a falta de qualidade desumaniza os cuidados. - Alguns elementos influenciam na comunicação como: ruídos e interferências (cognitivas, emocionais e socioculturais) - Ao se comunicar algumas posturas devem ser assumidas: • Postura corporal: a face deve estar sempre virada para a pessoa que estamos ouvindo, devemos estar de preferência sentados (pois isso demonstra que não temos pressa em ouvir) e com o corpo levemente inclinado para frente (pois é uma postura que demonstra interesse) • Distância: é sempre necessário reconhecer o espaço que a outra pessoa precisa sendo assim, é sempre bom avaliar se é melhor permanecer mais perto ou mais longe • Toque: o toque em algumas situações pode ser reconfortante ou em outros momentos pode trazer constrangimento • Voz: o tom de voz deve ser firme, mas não em tom de grosseria ou imposição • Devemos saber o momento certo de nos apresentar e como nos apresentar • Para pessoas com déficits auditivos, devemos manter o nosso rosto bem iluminado, boca descoberta e sem objetos na frente, devemos permanecer próximos a pessoa e chamar a sua atenção antes de lhe dirigir a palavra. - Acolhimento de excelência em enfermagem O acolhimento com classificação de risco é uma estratégia para organizar o acesso a saúde, de forma a garantir que os usuários que têm mais urgência sejam atendidos em menor tempo de espera - É uma forma de garantir os princípios de universalidade e equidade - Deve ser considerado o grau de sofrimento físico e psíquico de cada usuário - Os usuários com maior sofrimento, maior vulnerabilidade e maior fragilidade devem ser atendidos primeiro. Cores: Vermelho: São pacientes com risco iminente de morte necessitando de atendimento médico imediato. As medidas de manutenção da vida deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede. Ex.: falta de ar, dor no peito, crise hipertensiva, sinal de infarto ou derrame Laranja: São pacientes com potencial risco de agravo necessitando de atendimento médico e assistência de enfermagem contínua; Amarelo: Atendimento médico mediato podendo ser atendidos nos consultórios médicos do pronto atendimento por ordem de chegada. Ex.: dor de garganta, otite, diarreias por até 48h, lombalgia moderada a grave. Verde: são pacientes sem risco de agravo e serão atendidos por ordem de chegada. Necessidade de atendimento por profissional de saúde em até 48 horas, ou mediante agendamento. Ex.: orientações sem saúde, resultados de exames, rinites, infecções de vias aéreas. Azul: Necessidade de atendimento por profissional de saúde em até 48 horas, ou mediante agendamento na mesma semana em UBS de referência - A classificação de risco deve ser implantada de forma pactuada entre usuários e equipes, não existe um único método de classificação de risco, então é necessário escolher o que melhor se encaixa, visto que na APS a classificação de risco ainda é algo novo. HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR - O atendimento desumanizado é aquele que enxerga o usuário apenas através de sua doença, deixando de lado seus sentimentos, medos e anseios. - Levar em consideração somente o lado físico para o tratamento de uma doença é tratar somente superficialmente - Os aspectos físicos e psíquicos dos usuários devem ser levados igualmente em consideração - Para criança a internação pode ser uma experiencia traumatizante e dolorosa, onde ela sai da sua rotina habitual, deixa de ter sua rotina de desenvolvimento, tem sua autoestima diminuída pela doença etc. Descaracterizar o ambiente hospitalar, deixá-lo mais alegre é uma forma de humanizar a internação de uma criança e fazer o ambiente ficar mais acolhedor. - Uma forma efetiva de humanizar e entender o que é necessário, é o profissional se colocar no lugar do usuário internado. - Consulta de excelência em enfermagem Habilidades para ter excelência em enfermagem: 1- Paciência 2- Dedicação 3- Equilíbrio (saber ter equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e aproveitar a vida) 4- Habilidades de boa comunicação 5- Flexibilidade Filosofia de Lean - Sempre perguntar 5 vezes o porquê de cada coisa - Lean = enxuto - Busca eliminar o desperdício e maximizar o atendimento ao cliente - Cria processos que necessitam de menos esforços humanos, menos espaço, menos capital e menos tempo e com muito menos defeitos/erros - Princípios de Lean: define valor, mapeia a cadeia de valor, melhora o fluxo, impulsiona o processo e busca a perfeição - Maiores objetivos: minimizar os objetivos, diminuir as hospitalizações desnecessárias, diminuir tempos, aumentar o valor para o cliente, melhorar os sistemas de abastecimentos. - Anamnese de excelência em enfermagem Iniciar exame desde o momento que visualiza o paciente. - Observar inicialmente: postura, marcha, fala, expressões faciais, humor, consciência... - Quanto ao nível de consciência avaliar em: alerta, letárgico, estupor/semicoma e coma. Para avaliar usar estímulos auditivos e táteis (tocar ou produzir estimulo de dor, começando primeiramente pelo auditivo. - Avaliar o estado de consciência pela escala de Glasgow: - Caso o paciente encontre-se sedado avaliar o grau de sedação pela escala de Ramsey: Exame físico da cabeça e pescoço: a- Inspeção da cabeça e couro cabeludo (observa -se características dos cabelos, higiene do couro cabeludo, presença de pediculose, presença de falhas no cabelo, presença de seborreia ou capas, cicatrizes, abaulamentos, manchas, observar equilíbrio da cabeça, postura...); b- Inspeção da face (tipo de pele, características, simetria do rosto, cicatrizes, se há queda de pelos nas sobrancelhas, manchas como Melasma ou cloasmas, se há piercing, excesso de acne); c- Inspeção dos olhos (observar coloração da esclerótica, teste de nistagmo, coloração da conjuntiva dos olhos, fotorreação das pupilas, presença de hordéolos...); d- Inspeção do nariz (observar se há desvio de septo, vibrissas, secreções, tamanho nas narinas...); e- Inspeção da boca (se há rachadura no s lábios e sua coloração, presença de prótese ou órtese dentaria, observar bochechas, língua, higiene...); f- Inspeção das orelhas e pavilhão auditivo (simetria, presença de cerumes, limpeza...); g- Inspeção do pescoço (verificar mobilidade do pescoço, procurar nódulos linfáticos); h- Palpação da tireoide e medição com a fita métrica (realizar palpação verticalmente, palpar a região cervical,supra clavicular e axilar pesquisando nódulos ou possíveis alterações); Exame do tórax: Examinar o tórax desnudo com o paciente em decúbito dorsal e quando necessário sentado. Realizar as técnicas de inspeção, ausculta, percussão e palpação. Observar: simetria, expansão em conjunto, realizar ausculta cardiopulmonar (auscultando as bulhas cardíacas quando a ritimicidade e fonese e sopros quando alteradas, auscultando os murmúrios vesiculares e ruídos adventícios pulmonares) , realizar inspeção das mamas observando simetria e presença de alterações visuais, tipo de tórax, se peito de pombo (característico de asma), peito escavado (congênito ou adquirido), tórax em tonel (característico de DPOP, bronquite e enfisema), fazer palpação do ictus cordis, observar características da pele, observar se o tipo de respiração (bradpneia, taquipneia, dispneia e eupneia, sendo que o normal é eupneico com 16 a 20 rpm) Exame do abdome: Examinar o abdome em local de boa iluminação e com privacidade, utilizar instrumentos para auxiliar (estetoscópio, fita métrica, luvas e relógio), utilizar as técnicas da semiotécnica na ordem (inspeção, ausculta, percussão e palpação), fazer inspeção (observar tipo de abdome, se plano, escavado, protuberante ou arredondo, observar presença de manchar, cicatrizes, dispositivos...) fazer ausculta (realizar no sentido horário, começando do quadrante inferior direito, levando o diafragma do estetoscópio já aquecido e auscultar cerda de 2 a 5 minutos, verificando possíveis alterações, presença de ruídos hidroaéreos), fazer percussão (usar técnica de percussão direta e indireta, observando os sons maciços onde tem órgãos e timpânicos onde tem ar, liquido...), fazer palpação superficial e profunda (observando presença de regiões doloridas, presença de nódulos...). Em casos de gestantes ou ascite, fazer medição da circunferência do abdome com fita métrica para acompanhamento mensal. Exame reto e anus: Realizar inspeção e palpação com o paciente em posição litotomica ou decúbito dorsal. Observar coloração, presença de nódulos, presença de hemorroidas, fazer toque retal... Exame membros superiores e inferiores: Inspecionar a presença de manchas, cicatrizes, edemas, dispositivos, fazer palpação do pulso radial, checar perfusão periférica, força... Particularidades pediatria: Particularidades gestantes: - Realização da palpação obstétrica e manobra de Leopold (a mulher deve estar posicionada em decúbito dorsal e com o abdome descoberto, onde deve ser realizada a técnica de situação onde se acha o fundo uterino, a posição para saber verificar onde está o dorso do feto, a apresentação, para checagem se o bebê esta encaixado ou flutuante e a insinuação para saber mais ou menos a localização do feto.); - Medida e avaliação do fundo uterino (deve ser realizado com uma fita métrica, a gestante deve estar em decúbito dorsal com o abdome descoberto, deve-se delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino, posicionar o 0 da fita métrica da sínfise púbica até o fundo uterino e anotar a medida no cartão da gestante) - Realizar ausculta dos batimentos cardiofetais (a mulher deve estar posicionada em decúbito dorsal com o abdome descoberto, deve -se identificar o dorso fetal e perguntar a gestante onde ela mais sente os batimentos cardíacos e posicionar o pinar ou o sonar doppler. Os batimentos devem ser auscultados/escutados por 1 minuto e devem estar entre 120 e 160 bpm) Particularidades puérperas: Palpação uterina: Tem por objetivo acompanhar a involução uterina até o estado não gravídico. Inspeção da genitália e dos lóquios: Visa a inspecionar a genitália em busca de lesões ou lacerações pós-parto e, bem como, acompanhar a involução uterina diante do fluxo de fragmentos placentários (lóquios). - Consulta de enfermagem e tendencias a inovação Segundo o hospital Sírio Libanês Cuidar do paciente é: - Ter organização (paciente certo, dose certa e medicamento certo) - Ter informação (sempre deixar informado quem estará de plantão e sempre manter um prontuário eletrônico - Ter higiene total - Ter conhecimento (sempre se aperfeiçoar e treinar) - Olhar o ser humano como um todo (cuidar com carinho faz parte de tratamento) Novas tecnologias na saúde I- Big data – capacidade de reproduzir grandes volumes de dados II- Tecnologia de inteligência artificial III- werlods- pulseiras que medem temperatura, pulso... IV- Internet das coisas – medições que poderão ser feitas até mesmo pelas roupas “promover soluções criativas para melhorar o desenvolvimento do cuidado de enfermagem é uma inovação na enfermagem” - O teleenfermagem é uma nova tecnologia normatizada pela resolução COFEN 634/2020, utiliza as telecomunicações para o desenvolvimento da pratica de enfermagem, da consulta de enfermagem - Novas técnicas de anamnese e exame físico Com as novas tecnologias aliadas com uma boa observação e um conhecimento amplo, o exame físico pode ser realizado de forma rápida com menos contato como o paciente, além de possibilitar a identificação de problemas mais rapidamente. - Empatia e resolutividade Escutar envolve se colocar no lugar do outro, também envolve falar, compreender, abrir-se para aquilo que você ainda não sabe, aprender que a verdade é relativa e nem sempre haverá um ‘’dono da razão’’, entender que há erros na comunicação e renunciar a posição do dono do saber e deixar sem ensinado. Para escuta ativa devemos ter: - Interesse genuíno (querer saber o porquê, para que e como...) - Presença (estar 100% presente naquele momento) - Acolher (não ficar rebatendo ou contestando - Perguntas esclarecedoras (esclarecer de onde veio a informação, o conhecimento...) - Validação (voltar a pergunta, saber se você realmente compreendeu a mensagem)
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