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Acolhimento de enfermagem/ Anamnese de enfermagem/ Escuta ativa/ Exame físico Geral e Específico dos Sistemas/ Consulta de enfermagem/ Tomada de decisão/ Empatia na enfermagem - RESUMO

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- Acolhimento na Estratégia Saúde da Família 
A estratégia saúde da família foi criada 
em 1994 e é pautada no trabalho em equipe, 
trabalhando com ações de prevenção e 
promoção, sem deixar de lado os eixos de 
tratamento e recuperação. 
O acolhimento é dar acolhida, admitir, 
aceitar, dar ouvidos, dar crédito, agasalhar, 
receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O 
acolhimento como ato ou efeito de acolher 
expressa, em suas várias definições, uma ação 
de aproximação, um “estar com” e um “estar 
perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. É 
a recepção do usuário no serviço de saúde que 
vai compreender a escuta, o atendimento com 
resolutividades e responsabilização, mesmo 
quando for necessário envolver outros setores 
ou níveis de atenção. 
Os formatos de acolhimento são: 
- Relação interativa: os usuários 
buscam os serviços e são recebidos numa 
relação de ajuda mútua, onde o usuário é 
ajudado e ajuda no seu cuidado. 
- Rede articulada: o acolhimento é 
usado como método para acompanhar o 
usuário ao longo do percurso, onde o serviço é 
prestado em redes de apoio. 
O vínculo por meio do acolhimento é 
uma forma de humanizar os serviços, se esse 
vínculo ocorre, algumas potencialidades 
podem ser levantadas como: construção de 
práticas de equipe, aproximação entre a 
instituição e sua população adscrita, e um 
atendimento com maior pertinência e eficácia. 
 
 
 
 
 
 
Principais dificuldades no exercício do 
acolhimento na atenção básica: 
- Equívocos frequentas na super valorização 
dos serviços médicos em detrimento dos 
outros, no qual consequentemente os demais 
profissionais ficam responsáveis somente por 
preparar o usuário para consulta médica. 
- Falta de mapeamento -> identificação e 
riscos e priorização de problemas 
- Dificuldade de avaliar demandas 
- Falta de territorialização (muitos programas 
e protocolos que fogem das necessidades 
reais daquele território) 
- Muitas filas 
- Agendas restritivas dos profissionais da 
saúde 
- Oferta limitada de serviços 
 
Providencias sugeridas: 
- Todos os profissionais devem ser 
considerados igualmente importantes e 
responsáveis no acolhimento 
- Os gestores devem investir em educação 
permanente (enfrentamento permanente das 
questões frequentes na comunidade, não 
apenas pequenas palestras, oficinas 
educativas....) 
- Capacitação e qualificação da equipe para 
acolhimento com escuta 
- Governabilidade das equipes 
- Adequação a área física 
- Organização dos serviços 
- Clínica ampliada – além dos diagnósticos, 
valorização dos diferentes saberes 
- Humanização dos serviços 
-Avaliação para mudanças 
PDCP - Enfermagem 
Acolhimento 
humanização 
cidadania 
resolubilidade 
Escuta 
qualificada 
acesso 
vínculo 
responsabilização 
- Consulta de Enfermagem 
 A consulta de enfermagem é 
regulamentada pela lei do exercício 
profissional n° 748/86 e resolução do COFEN 
n° 358/2009. O enfermeiro é o único 
profissional que pode realizar/exercer a 
consulta de enfermagem, assim como realizar 
prescrição de medicamentos e exames de 
rotina. 
 De acordo com a PNAB são 
competências do enfermeiro: realizar consulta 
de enfermagem, procedimentos e atividades 
em grupo conforme protocolo ou outras 
normativas, solicitar exames complementares, 
prescrever medicações e encaminhar para 
outros serviços. 
 
O que é consulta de enfermagem? 
- É a estratégia tecnológica de cuidado, 
importante e resolutiva, facilita a promoção da 
saúde, diagnostico, tratamento e prevenção. 
Pode ser a realização de pré-natal, 
puericultura, saúde na escola... 
- A consulta de enfermagem deve ser baseada 
na SAE 
- A consulta de enfermagem identifica 
situações de saúde-doença que contribuam 
para promoção, prevenção, proteção da saúde, 
recuperação e reabilitação do indivíduo. 
Permite também que o próprio individuo 
desenvolva habilidades para melhorar sua 
qualidade de vida. 
- A CE possui 5 etapas: coleta de dados 
(anamnese e exame físico), diagnostico de 
enfermagem (situações que estão alteradas), 
planejamento/prescrição de enfermagem, 
implementação, evolução e avaliação de 
enfermagem. 
 
Qual a importância? 
- A CE desafoga os médicos, possibilita que os 
técnicos de enfermagem ocupem suas tarefas 
que muitas vezes são ocupadas pelos 
enfermeiros, fortalece o vínculo com a 
comunidade e é de menor custo para os 
gestores. 
 
Quando é necessária? 
- Sempre! Desde a gestação até a velhice, nas 
visitas domiciliares, reuniões de grupo, 
acompanhamentos de rotina... 
- Pode ocorrer por demanda espontânea, 
demanda programada e atendimento domiciliar 
e visa principalmente elevar o nível de saúde 
da população 
 
Quando é possível a prescrição de medicação? 
- Em todas as ações desde que haja 
conformidade coma lei do exercício 
profissional 
 
Registro das consultas: realizados no SAI, 
SIAB e MAC. 
 
Habilidades necessárias para CE: Habilidades 
técnicas para ter conhecimento da demanda do 
usuário, escuta ativa para compreender as 
necessidades de forma isenta de julgamento, 
aceitar valores e crenças dos usuários, ter 
visão integral, ter conhecimentos das normas 
e regimentos da instituição 
 
Finalidade da CE: ser capaz de detectar 
adequadamente os problemas e as 
necessidades em saúde (fatores de risco de 
problemas instalados), realizar diagnostico de 
enfermagem, indicar cuidados em saúde para 
auxiliar na resolução de problemas do usuário, 
realizar ações preventivas, prescrever e 
desenvolver planos de cuidados de acordo com 
as necessidades, contribuir para o trabalho em 
equipe da unidade de saúde, desenvolver 
ações que elevem o nível de saúde da 
população 
 
PROCESSO: 
1- Recepção do usuário: buscar na sala de 
espera (observar marcha, expressões 
faciais, disposição, presença de 
acompanhantes...) 
2- Entrevista/ coleta de dados: escuta 
ativa e perguntas abertas para melhor 
entendimento do que está ocorrendo. 
Levantar histórico e antecedentes. 
Sempre falar de forma simples usando 
a mesma linguagem do usuário 
3- Exame físico: 
O enfermeiro deve estar atento para os 
problemas físicos (por meio de sinais e 
sintomas) e problemas psicológicos 
(por meio de expressões faciais, 
postura...) 
O enfermeiro deve usar seus sentidos e 
observar detalhadamente cada parte do 
individuo 
Deve-se usar: 
- Inspeção: observar com os olhos e 
nariz de forma ampla e continua 
- Percussão: colocar em movimentação 
os tecidos subjacentes ver se e solido 
ou líquido 
- Palpação: tocar e distinguir o normal 
do anormal 
- Ausculta: realizar com estetoscópio 
para sons de alta frequência 
- Verifica sinais vitais: temperatura, 
pulso, respiração, PA, peso, altura, BCF 
no caso de gestantes 
4- Diagnostico de enfermagem: é um 
julgamento clínico sobre as respostas 
do indivíduo, fatores de risco e/ou 
alterações das necessidades 
básicas...Requer um pensamento 
avaliativo crítico e profundo. 
Pode ser registrado em três partes: 
nome da alteração+ a causa que levou 
a alteração+ sinais e sintomas que 
definem. 
Geralmente é utilizado o NANDA, NIC, 
NOC ou SIPE 
5- Plano de cuidados/conduta: explicar em 
linguagem clara e apresentar ao usuário 
o que pode e será feito, de acordo com 
a ordem de prioridade. Primeiro os 
problemas ameaçadores (aqueles 
relacionados a segurança e 
sobrevivência), depois problemas reais 
(aqueles tragos pelo individuo ou 
família), problemas não conhecidos pelo 
individuo ou família e por último 
necessidades potenciais (que podem 
ser riscos futuros) 
6- Avaliação: Fazer um exame físico 
completo novamente e avaliar o plano e 
cuidados e sua evolução, se surtiu 
efeito ou se é necessário um novo 
plano. 
 
 
- Anamnese e exame físico 
- São de grande importância na coleta de 
dados para determinação do estado clínico do 
paciente. Sempre que formos fazer devemos 
no perguntar de quem,para que e como 
estamos coletando essas informações. 
- Para isso usamos a SAE, que contém: coleta 
de dados, diagnostico de enfermagem, 
planejamento, implementação e avaliação. 
- A coleta de dados é também chamada de 
histórico de enfermagem e é realizada por 
meio da entrevista (anamnese) e exame físico 
 
ENTREVISTA COMPREENSIVA 
(ANAMNESE) 
- Proporciona o entendimento de como é o 
individuo e como ele está encarando o 
processo saúde x doença, quais são suas 
perspectivas e como ele pode colaborar no 
plano de cuidados 
- Nesse comento o enfermeiro deve saber 
escutar e entender, ser receptivo, estar 
atento, ter boa comunicação e usar a mesma 
linguagem que o individuo 
- O enfermeiro no momento da anamnese deve 
estar a todo momento tento ao nível de 
ansiedade, dados referentes ao paciente em si 
(auto imagem, autoestima, esperança), 
sentimentos de solidão, síndromes de 
estresse, potencial suicida, estratégias 
defensivas... 
- A anamnese geralmente é dividida em 
identificação do paciente (nome, sexo, idade, 
raça, estado civil, número de filhos, 
naturalidade...) e informações sobre queixas, 
doenças e tratamentos pregressos. 
 
EXAME FÍSICO 
- No exame físico são usados recursos 
semiotécnicos juntamente com os sentidos do 
enfermeiro. Os recursos semiotécnicos são: 
inspeção, ausculta, percussão e palpação. 
- Juntamente com os sentidos do enfermeiro, 
podem ser associados instrumentos como: 
estetoscópio, esfigmomanômetro, fita métrica, 
termômetro, abaixador de língua, lanterna... 
- O exame físico é dividido em exame físico 
geral e exame físico específico dos sistemas. 
 
Exame físico geral: 
- Geralmente é realizado por meio de inspeção 
e palpação 
- Deve-se avaliar o paciente desde a primeira 
hora que se teve contato visual com ele 
- Inicialmente avalia-se: 
1- Em relação a doença se houve perda de 
força muscular, perda de peso e qual estado 
psíquico. Então classifica-se o estado geral do 
paciente em bom, regular ou mau. 
2- Avaliar tipo morfológico (pois certas 
doenças estão associadas ao biotipo) 
 
3- Avaliar dados antropométricos (peso e 
altura), pois indica o estado nutricional do 
paciente 
4- Sinais vitais: 
- Temperatura: habitualmente aferida 
axilar por cerca de 5 a 7 minutos, onde 
temperaturas abaixo de 36°c vão indicar 
hipotermia e acima de 37,5°c vão indicar 
hipertermia. 
- Pressão arterial: geralmente aferida na 
artéria braquial, em ambos os braços e 
quando se tem alterações significativas nos 
membros inferiores. É aferida por meio do 
esfigmomanômetro e estetoscópio onde ao 
relaxamento do manguito e descompressão 
da artéria braquial se ausculta os sons de 
Korotkov 
- Pulso: aferido preferencialmente na 
artéria radial, contanto por 1 minuto, 
contando o número de batimentos e 
avaliando características como intensidade 
(cheio ou filiforme) e ritimicidade (regular 
ou irregular) 
- Frequência cardíaca: por meio da 
ausculta do pulso apical, usando o 
estetoscópio 
- Frequência respiratória: aferida por 1 
minuto sem que o paciente perceba, 
observando ritmo, profundidade, presença 
de desconforto respiratório, se a 
respiração é espontânea ou por meio de 
ventilação mecânica 
5- Avaliar expressões faciais e atitudes 
7- Avaliar postura e movimentos (tipo de 
marcha, se anda, se claudica...) 
8- Observar decúbito assumido do leito 
(lateral, dorsal, ventral, supino...) 
9- Avaliar a pele (grau de hidratação por 
meio das características ou turgor, 
coloração, textura, umidade, se 
cianótica) 
10- Observar a perfusão periférica 
(observar fazendo leve pressão no leito 
ungueal das unhas e observar o retorno 
sanguíneo) 
11- Observar se há presença de 
edema (por meio de inspeção, onde é 
possível observar visualmente o 
desaparecimento das proeminências 
ósseas, marcação da pele por meio de 
joias e roupas, e por meio da palpação 
por meio do teste de Godê, no qual faz-
se leve pressão e observa-se a 
depressão formada na pele) 
12- Observar anexos (como as 
unhas, que podem indicar algumas 
patologias como por exemplo 
pneumopatias, cardiopatias, micoses 
etc. A disposição de pelos que pode 
iniciar a presença de alterações 
hormonais, hipotireoidismo, 
hipertireoidismo, alopecia...) 
13- Observar coloração de mucosas 
(oculares, bucal, da língua...) 
 
Exame físico específico: 
a- Inspeção da cabeça e couro cabeludo 
(observa -se características dos cabelos, 
higiene do couro cabeludo, presença de 
pediculose, presença de falhas no cabelo, 
presença de seborreia ou capas, cicatrizes, 
abaulamentos, manchas...); 
b- Inspeção da face (tipo de pele, 
características, simetria do rosto, cicatrizes, 
se há queda de pelos nas sobrancelhas, 
manchas como Melasma ou cloasmas, se há 
piercing, excesso de acne); 
c- Inspeção dos olhos (observar coloração da 
esclerótica, teste de nistagmo, coloração da 
mucosa dos olhos, fotorreação das pupilas...); 
d- Inspeção do nariz (observar se há desvio de 
septo, vibrissas, secreções, tamanho nas 
narinas...); 
e- Inspeção da boca (se há rachadura no s 
lábios e sua coloração, presença de prótese ou 
órtese dentaria, observar bochechas, língua, 
higiene...); 
f- Inspeção das orelhas e pavilhão auditivo 
(simetria, presença de cerumes, limpeza...); 
g- Inspeção do pescoço (verificar mobilidade 
do pescoço, procurar nódulos 
linfáticos); 
h- Palpação da tireoide e medição com a fita 
métrica (realizar palpação verticalmente, 
palpar a região cervical, supra clavicular e 
axilar pesquisando nódulos ou possíveis 
alterações); 
i- Inspeção dos membros superiores (observar 
as características da pele, se há presença e 
machucados ou cicatrizes, acessos, observar 
perfusão, característica das unhas, pulso...); j- E xam inar o tó ra x: simetri a 
j- Examinar o tórax (simetria, expansão em 
conjunto, realizar ausculta cardiopulmonar, 
realizar inspeção das mamas observando 
simetria e presença de alterações visuais, tipo 
de tórax, se peito de pombo, peito escavado, 
fazer palpação do ictus cordis, auscultar bulhas 
quando a ritimicidade e fonese, auscultar os 
murmúrios vesiculares e ruídos adventícios...) j- E xam inar o tó ra x: simetri a 
k- Examinar o abdome (realizar na ordem de 
inspeção, ausculta, percussão e palpação, 
respeitando as regiões do abdome, fazendo o 
exame em sentido horário, verificando 
possíveis alterações, presença de ruídos 
hidroaéreos, tipo de abdome, presença de sons 
maciços e timpânicos, se há sensibilidade, 
dor...); 
m- Inspeção dos membros inferiores 
(observar cicatrizes, manchas, machucados, 
presença de varizes, presença de edema...); 
n- Realizar exame geniturinário (realizar 
palpação do pênis, escroto, verificar grandes e 
pequenos lábios, observar a presença de 
anormalidades anatômicas, palpar em busca de 
massas, linfonodos infartados e alterações, 
observar região inguinal, observar se há 
presença de anus, observar hemorroida...) 
 
 
- Tomada de decisão 
- Decisão é a necessidade de fazer escolhas, 
é decidir o caminho a ser seguido. 
- Toda decisão deve ser tomada com bases 
técnicas e cientificas, livres de nosso 
preconceito e intuição. 
- Cada vez que tomamos uma decisão ficamos 
mais experientes e cada vez menos erros 
cometemos. 
- No momento de decidir devemos usar 
técnicas que estruturam o processo decisório, 
e essa técnica possui 5 etapas: problema-> 
diagnostico->alternativas->decisão-> 
avaliação 
- Sempre ao tomar uma decisão devemos 
saber: qual o contexto? Quais questões 
envolvidas no processo? E saber considerar os 
riscos da decisão 
- Processo decisório: onde pretendo chegar? 
O que deve ser feito? Quando? Como? Em que 
sequência? 
- A tomada de decisão pode ser simples 
(espontânea) ou complexa (que necessita de 
consciência e reflexão). Na tomada de decisão 
complexa, vale a pena ter cautela, usar 
ferramentas, analisar, decomporideias 
passadas (parar de usar a mesma ideia para 
resolver os mesmos problemas). 
- Para tomar decisão as vezes é necessário 
que haja inovação, decisões criativas, 
abandonar erros anteriores, criar perspectivas 
e ter mente aberta. As vezes a enfermagem 
n]ao consegue ter essas decisões pois está 
acostumada a seguir protocolos, POP, normas 
e processos e até mesmo ser conformada. 
 
5 desafios da tomada de decisão: 
I- Desafio da autoconsciência profissional (o 
que eu faço? Como faço? O que penso sobre o 
que faço? Como me refiro a minha profissão?) 
II- Desafio do conhecimento e debate em 
equipe 
III- Desafio da responsabilidade em contexto 
de escassos recursos e necessidade de 
resposta rápida. 
IV- Desafio do foco no cliente, na pessoa; de 
ser a voz que prega pela qualidade dos 
cuidados e pelo respeito pelos direitos 
humanos 
V- Desafio do desenvolvimento dos 
especialistas. 
 
- Comunicação 
É um processo interativo, dinâmico e 
multidirecional. Comunicar permite trocar 
sentimentos e conhecimentos, vai muito além 
de falar, é também ouvir, tocar, recordar, rir, 
envolve a postura, distância, expressões, 
silêncios... 
- A comunicação envolve os canais visuais, 
acústicos, olfativos, táteis e térmicos. 
- A qualidade do contato é decisiva para 
conhecer a pessoa que está sendo cuidada, a 
falta de qualidade desumaniza os cuidados. 
- Alguns elementos influenciam na 
comunicação como: ruídos e interferências 
(cognitivas, emocionais e socioculturais) 
- Ao se comunicar algumas posturas devem 
ser assumidas: 
• Postura corporal: a face deve estar 
sempre virada para a pessoa que 
estamos ouvindo, devemos estar de 
preferência sentados (pois isso 
demonstra que não temos pressa em 
ouvir) e com o corpo levemente 
inclinado para frente (pois é uma 
postura que demonstra interesse) 
• Distância: é sempre necessário 
reconhecer o espaço que a outra pessoa 
precisa sendo assim, é sempre bom 
avaliar se é melhor permanecer mais 
perto ou mais longe 
• Toque: o toque em algumas situações 
pode ser reconfortante ou em outros 
momentos pode trazer constrangimento 
• Voz: o tom de voz deve ser firme, mas 
não em tom de grosseria ou imposição 
• Devemos saber o momento certo de nos 
apresentar e como nos apresentar 
• Para pessoas com déficits auditivos, 
devemos manter o nosso rosto bem 
iluminado, boca descoberta e sem 
objetos na frente, devemos permanecer 
próximos a pessoa e chamar a sua 
atenção antes de lhe dirigir a palavra. 
 
- Acolhimento de excelência em enfermagem 
O acolhimento com classificação de 
risco é uma estratégia para organizar o 
acesso a saúde, de forma a garantir que os 
usuários que têm mais urgência sejam 
atendidos em menor tempo de espera 
- É uma forma de garantir os princípios 
de universalidade e equidade 
- Deve ser considerado o grau de 
sofrimento físico e psíquico de cada 
usuário 
- Os usuários com maior sofrimento, 
maior vulnerabilidade e maior fragilidade 
devem ser atendidos primeiro. 
 Cores: 
Vermelho: São pacientes com risco iminente 
de morte necessitando de atendimento médico 
imediato. As medidas de manutenção da vida 
deverão ser iniciadas em qualquer ponto de 
atenção da rede. Ex.: falta de ar, dor no peito, 
crise hipertensiva, sinal de infarto ou derrame 
Laranja: São pacientes com potencial risco de 
agravo necessitando de atendimento médico e 
assistência de enfermagem contínua; 
Amarelo: Atendimento médico mediato 
podendo ser atendidos nos consultórios 
médicos do pronto atendimento por ordem de 
chegada. Ex.: dor de garganta, otite, diarreias 
por até 48h, lombalgia moderada a grave. 
Verde: são pacientes sem risco de agravo e 
serão atendidos por ordem de chegada. 
Necessidade de atendimento por profissional 
de saúde em até 48 horas, ou mediante 
agendamento. Ex.: orientações sem saúde, 
resultados de exames, rinites, infecções de 
vias aéreas. 
Azul: Necessidade de atendimento por 
profissional de saúde em até 48 horas, ou 
mediante agendamento na mesma semana em 
UBS de referência 
 
- A classificação de risco deve ser implantada 
de forma pactuada entre usuários e equipes, 
não existe um único método de classificação de 
risco, então é necessário escolher o que 
melhor se encaixa, visto que na APS a 
classificação de risco ainda é algo novo. 
 
HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR 
- O atendimento desumanizado é aquele que 
enxerga o usuário apenas através de sua 
doença, deixando de lado seus sentimentos, 
medos e anseios. 
- Levar em consideração somente o lado físico 
para o tratamento de uma doença é tratar 
somente superficialmente 
- Os aspectos físicos e psíquicos dos usuários 
devem ser levados igualmente em 
consideração 
- Para criança a internação pode ser uma 
experiencia traumatizante e dolorosa, onde ela 
sai da sua rotina habitual, deixa de ter sua 
rotina de desenvolvimento, tem sua autoestima 
diminuída pela doença etc. Descaracterizar o 
ambiente hospitalar, deixá-lo mais alegre é 
uma forma de humanizar a internação de uma 
criança e fazer o ambiente ficar mais 
acolhedor. 
- Uma forma efetiva de humanizar e entender 
o que é necessário, é o profissional se colocar 
no lugar do usuário internado. 
 
- Consulta de excelência em enfermagem 
Habilidades para ter excelência em 
enfermagem: 
1- Paciência 
2- Dedicação 
3- Equilíbrio (saber ter equilíbrio entre a vida 
pessoal e profissional e aproveitar a vida) 
4- Habilidades de boa comunicação 
5- Flexibilidade 
 
Filosofia de Lean 
- Sempre perguntar 5 vezes o porquê de cada 
coisa 
- Lean = enxuto 
- Busca eliminar o desperdício e maximizar o 
atendimento ao cliente 
- Cria processos que necessitam de menos 
esforços humanos, menos espaço, menos 
capital e menos tempo e com muito menos 
defeitos/erros 
- Princípios de Lean: define valor, mapeia a 
cadeia de valor, melhora o fluxo, impulsiona o 
processo e busca a perfeição 
- Maiores objetivos: minimizar os objetivos, 
diminuir as hospitalizações desnecessárias, 
diminuir tempos, aumentar o valor para o 
cliente, melhorar os sistemas de 
abastecimentos. 
 
- Anamnese de excelência em enfermagem 
Iniciar exame desde o momento que visualiza 
o paciente. 
- Observar inicialmente: postura, marcha, fala, 
expressões faciais, humor, consciência... 
- Quanto ao nível de consciência avaliar em: 
alerta, letárgico, estupor/semicoma e coma. 
Para avaliar usar estímulos auditivos e táteis 
(tocar ou produzir estimulo de dor, começando 
primeiramente pelo auditivo. 
- Avaliar o estado de consciência pela escala 
de Glasgow: 
 
- Caso o paciente encontre-se sedado avaliar 
o grau de sedação pela escala de Ramsey: 
 
Exame físico da cabeça e pescoço: 
a- Inspeção da cabeça e couro cabeludo 
(observa -se características dos cabelos, 
higiene do couro cabeludo, presença de 
pediculose, presença de falhas no cabelo, 
presença de seborreia ou capas, cicatrizes, 
abaulamentos, manchas, observar equilíbrio da 
cabeça, postura...); 
b- Inspeção da face (tipo de pele, 
características, simetria do rosto, cicatrizes, 
se há queda de pelos nas sobrancelhas, 
manchas como Melasma ou cloasmas, se há 
piercing, excesso de acne); 
c- Inspeção dos olhos (observar coloração da 
esclerótica, teste de nistagmo, coloração da 
conjuntiva dos olhos, fotorreação das pupilas, 
presença de hordéolos...); 
d- Inspeção do nariz (observar se há desvio de 
septo, vibrissas, secreções, tamanho nas 
narinas...); 
e- Inspeção da boca (se há rachadura no s 
lábios e sua coloração, presença de prótese ou 
órtese dentaria, observar bochechas, língua, 
higiene...); 
f- Inspeção das orelhas e pavilhão auditivo 
(simetria, presença de cerumes, limpeza...); 
g- Inspeção do pescoço (verificar mobilidade 
do pescoço, procurar nódulos 
linfáticos); 
h- Palpação da tireoide e medição com a fita 
métrica (realizar palpação verticalmente, 
palpar a região cervical,supra clavicular e 
axilar pesquisando nódulos ou possíveis 
alterações); 
 
Exame do tórax: 
Examinar o tórax desnudo com o paciente em 
decúbito dorsal e quando necessário sentado. 
Realizar as técnicas de inspeção, ausculta, 
percussão e palpação. Observar: simetria, 
expansão em conjunto, realizar ausculta 
cardiopulmonar (auscultando as bulhas 
cardíacas quando a ritimicidade e fonese e 
sopros quando alteradas, auscultando os 
murmúrios vesiculares e ruídos adventícios 
pulmonares) , realizar inspeção das mamas 
observando simetria e presença de alterações 
visuais, tipo de tórax, se peito de pombo 
(característico de asma), peito escavado 
(congênito ou adquirido), tórax em tonel 
(característico de DPOP, bronquite e 
enfisema), fazer palpação do ictus cordis, 
observar características da pele, observar se 
o tipo de respiração (bradpneia, taquipneia, 
dispneia e eupneia, sendo que o normal é 
eupneico com 16 a 20 rpm) 
 
Exame do abdome: 
Examinar o abdome em local de boa iluminação 
e com privacidade, utilizar instrumentos para 
auxiliar (estetoscópio, fita métrica, luvas e 
relógio), utilizar as técnicas da semiotécnica na 
ordem (inspeção, ausculta, percussão e 
palpação), fazer inspeção (observar tipo de 
abdome, se plano, escavado, protuberante ou 
arredondo, observar presença de manchar, 
cicatrizes, dispositivos...) fazer ausculta 
(realizar no sentido horário, começando do 
quadrante inferior direito, levando o diafragma 
do estetoscópio já aquecido e auscultar cerda 
de 2 a 5 minutos, verificando possíveis 
alterações, presença de ruídos hidroaéreos), 
fazer percussão (usar técnica de percussão 
direta e indireta, observando os sons maciços 
onde tem órgãos e timpânicos onde tem ar, 
liquido...), fazer palpação superficial e 
profunda (observando presença de regiões 
doloridas, presença de nódulos...). Em casos 
de gestantes ou ascite, fazer medição da 
circunferência do abdome com fita métrica 
para acompanhamento mensal. 
 
Exame reto e anus: 
Realizar inspeção e palpação com o paciente 
em posição litotomica ou decúbito dorsal. 
Observar coloração, presença de nódulos, 
presença de hemorroidas, fazer toque retal... 
 
Exame membros superiores e inferiores: 
Inspecionar a presença de manchas, cicatrizes, 
edemas, dispositivos, fazer palpação do pulso 
radial, checar perfusão periférica, força... 
 
Particularidades pediatria: 
 
 
 
Particularidades gestantes: 
- Realização da palpação obstétrica e manobra 
de Leopold (a mulher deve estar posicionada 
em decúbito dorsal e com o abdome 
descoberto, onde deve ser realizada a técnica 
de situação onde se acha o fundo uterino, a 
posição para saber verificar onde está o dorso 
do feto, a apresentação, para checagem se o 
bebê esta encaixado ou flutuante e a 
insinuação para saber mais ou menos a 
localização do feto.); 
 
 
- Medida e avaliação do fundo uterino (deve 
ser realizado com uma fita métrica, a gestante 
deve estar em decúbito dorsal com o abdome 
descoberto, deve-se delimitar a borda 
superior da sínfise púbica e o fundo uterino, 
posicionar o 0 da fita métrica da sínfise púbica 
até o fundo uterino e anotar a medida no cartão 
da gestante) 
 
- Realizar ausculta dos batimentos 
cardiofetais (a mulher deve estar posicionada 
em decúbito dorsal com o abdome descoberto, 
deve -se identificar o dorso fetal e perguntar 
a gestante onde ela mais sente os 
batimentos cardíacos e posicionar o pinar ou o 
sonar doppler. Os batimentos devem ser 
auscultados/escutados por 1 minuto e devem 
estar entre 120 e 160 bpm) 
 
Particularidades puérperas: 
 
Palpação uterina: Tem por objetivo 
acompanhar a involução uterina até o estado 
não gravídico. 
 
 
 
Inspeção da genitália e dos lóquios: Visa a 
inspecionar a genitália em busca de lesões ou 
lacerações pós-parto e, bem como, 
acompanhar a involução uterina diante do fluxo 
de fragmentos placentários (lóquios). 
- Consulta de enfermagem e tendencias a 
inovação 
Segundo o hospital Sírio Libanês Cuidar do 
paciente é: 
- Ter organização (paciente certo, dose certa 
e medicamento certo) 
- Ter informação (sempre deixar informado 
quem estará de plantão e sempre manter um 
prontuário eletrônico 
- Ter higiene total 
- Ter conhecimento (sempre se aperfeiçoar e 
treinar) 
- Olhar o ser humano como um todo (cuidar 
com carinho faz parte de tratamento) 
 
Novas tecnologias na saúde 
I- Big data – capacidade de reproduzir grandes 
volumes de dados 
II- Tecnologia de inteligência artificial 
III- werlods- pulseiras que medem 
temperatura, pulso... 
IV- Internet das coisas – medições que 
poderão ser feitas até mesmo pelas roupas 
 
“promover soluções criativas para melhorar o 
desenvolvimento do cuidado de enfermagem é 
uma inovação na enfermagem” 
 
- O teleenfermagem é uma nova tecnologia 
normatizada pela resolução COFEN 634/2020, 
utiliza as telecomunicações para o 
desenvolvimento da pratica de enfermagem, 
da consulta de enfermagem 
 
- Novas técnicas de anamnese e exame físico 
 Com as novas tecnologias aliadas com 
uma boa observação e um conhecimento 
amplo, o exame físico pode ser realizado de 
forma rápida com menos contato como o 
paciente, além de possibilitar a identificação de 
problemas mais rapidamente. 
 
- Empatia e resolutividade 
 Escutar envolve se colocar no lugar do 
outro, também envolve falar, compreender, 
abrir-se para aquilo que você ainda não sabe, 
aprender que a verdade é relativa e nem 
sempre haverá um ‘’dono da razão’’, entender 
que há erros na comunicação e renunciar a 
posição do dono do saber e deixar sem 
ensinado. 
Para escuta ativa devemos ter: 
- Interesse genuíno (querer saber o porquê, 
para que e como...) 
- Presença (estar 100% presente naquele 
momento) 
- Acolher (não ficar rebatendo ou contestando 
- Perguntas esclarecedoras (esclarecer de 
onde veio a informação, o conhecimento...) 
- Validação (voltar a pergunta, saber se você 
realmente compreendeu a mensagem)

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