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Proteção do Complexo Dentinopulpar

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PROTEÇÃO COMPLEXO DENTINO PULPAR 
Aluna: Andressa Venancio Rodrigues – 18.2.000095 
 
→ O que significa proteger o complexo dentino-
pulpar 
→ Materias e técnicas para proteção do complexo 
dentino-pulpar 
- Sucesso do tratamento restaurador → depende do 
conhecimento integral das estruturas, do complexo 
dentino-polpa. 
- É preciso conhecer a base biológica para a decisão 
clínica. 
Complexo dentinho-polpa 
- Dentina: formada pela dentina tubular e pré-dentina. 
- Polpa: dividida em uma camada odontoblástica, 
camada acelular (zona pobre em células), zona rica em 
células e corpo pulpar. 
- Essas estruturas atuam conjuntamente → unidade 
funcional única (apesar das diferenças). 
- Peculiaridade da dentina: presença de túbulos → 
ocupam de 20% a 30% do substrato dentinário 
- Os túbulos são responsáveis pela movimentação do 
fluído dentinário → está intimamente relacionada com 
a função protetora da dentina. 
- Dentina Peritubular: é formada por menos conteúdo 
de colágeno. Tem + conteúdo mineral. 
- Dentina Intertubular: localizada entre os anéis da 
dentina peritubular, e está mais concentrada na dentina 
superficial. 
Polpa 
- Constituída em 70% de água e 25% de matéria 
orgânica. 
- Tecido altamente vascularizado, especializado e 
inervado. 
- Está dentro da câmara pulpar e dos canais 
radiculares. 
- Intimamente ligada ao forame apical, como um 
sistema circulatório geral. 
- Camada mais externa → odontoblástica – diminui a 
permeabilidade da dentina. FATOR DE PROTEÇÃO 
Importância da manutenção da vitalidade 
pulpar 
- Possui mecanismos inerentes para limitar os danos 
causados por agentes agressores. 
1.Esclerosamento dos túbulos dentinários – resposta 
inicial (cárie de esmalte). 
2.Formação de dentina terceária 
3.Sensibilidade dolorosa – limitar o agente agressor. 
Tipos de dentina terciária 
- Dentina Reparadora: formada por novos 
odontoblastos. 
*Deposição de dentina reacional – aumentar a distância 
do agente agressor e as células pulpares. 
- Exposição pulpar, lesão de cárie profunda, preparo 
cavitário sem refrigeração adequada. 
- Dentina Reacional: produzida pelos prolongamentos 
dos odontoblastos que sofreram agressão. (cárie, 
remoçaõ do tecido cariado). 
Esclerose Dentinária 
- Meio de proteção – primeira ação de quando a dentina 
é estimulada. 
- Tecido bem duro, brilhoso. 
Principais causas de injúrias pulpares 
- Cárie, procedimento restaurador (injúria) 
- LESÕES CARIOSAS 
*A cárie promove estímulos inflamatórios que se 
difundem até a polpa, induzindo uma resposta pulpar. 
*Lesão de cárie ativa: superficial → dentina cariada: 
fragmento de dente, restos de alimentos, degradação 
de dentina, bactérias. 
*Abaixo: dentina afetada →dentina cariada mais 
profunda – presença baixa de microorganismos – sua 
arquitetura dentinária se encontra desorganizada, mas 
é passível a remineralização. 
Preparo Cavitário 
- A resposta depende tanto de fatores técnicos, quanto 
fatores clínicos. 
Fatores técnicos: pressão de corte, calor friccional, 
desidratação da dentina. 
Fatores clínicos: condição inicial da polpa, quantidade 
e qualidade da dentina remanescente. 
- Instrumentos rotatórios: causam a movimentação do 
fluxo dentinário → causam vibração. 
- Refrigeração: essencial para minimizar o aumento da 
temperatura; maior que 5 °C é o suficiente para causar 
injúria pulpar. 
Como minimizar o trauma do preparo cavitário? 
- Utilizando instrumentos rotatórios novos - aplicação 
de menor pressão 
- Corte intermitente 
- Aplicar menor pressão de corte 
- Refrigeração Abundante - minimiza o trauma 
Trauma Oclusal 
- Restaurações com contatos exagerados transferem 
sobrecarga mastigatória para o dente restaurado, 
estimulando o periodonto e a pressão intrapulpar. 
- Agudo ou crônico 
- Minimização → ajustar os contatos oclusais após a 
realização das restaurações 
Procedimento restaurador e restauração 
- Condicionamento Ácido – aumenta o fluxo do fluído 
dentinário 
- As restaurações podem causar injúria à polpa. 
Fatores que orientam a estratégia de 
proteção do complexo dentinho-pulpar 
- Utilizar materiais que protejam o complexo dentinho-
pulpar. 
- Profundidade da cavidade: determinada pela 
espessura de dentina remanescente 
Cavidades → 1. Superficial 
2.Rasa 
3.Média 
4.Profunda 
5.Bastante Profunda 
- Idade do paciente: diferença da idade → paciente 
jovem X paciente idoso. 
- Quantidade e qualidade de dentina remanescente → 
quantidade: 2mm → qualidade: dentina esclerosada. 
Materiais para proteger o complexo 
dentinho-pulpar (quando precisar) 
- Bom isolamento térmico e elétrico 
- Propriedades bactericidas e bacteriostáticas 
- Estimular a recuperação das funções biológicas da 
polpa 
- Favorecer a produção de dentina terciária ou 
esclerosada 
- Biocompatível 
- Inibir a penetração de íons metálicos no dente 
- Evitar ou inibir a infiltração bacteriana 
- Ser inócuo à polpa 
- Resistência mecânica suficiente para suportar os 
esforços mastigatórios 
Qual material utilizar? 
- Materiais de forramento e base 
Agentes para forramento → pó ou líquido, ou os 
ambos juntos. 
- Proteger a polpa das agressões externas. 
- Estimular a formação da barreira mineralizada. 
- Propriedades biológicas que favoreçam a cicatrização 
da polpa 
- Reduzir os efeitos tóxicos e deletérios dos materiais 
restauradores definitivos. 
- Características bactericida e bacteriostática 
*Hidróxido de Cálcio e MTA 
Agentes para base → cavidades médias e profundas 
- Proteger o material de forramento 
- Reconstruir a dentina perdida 
- Diminuir a quantidade de material restaurador 
- Adequar o preparo cavitário 
*CIV e Óxido de Zinco e Eugenol 
Materiais 
Agentes de Forramento 
Hidróxido de Cálcio 
- Estimula a formação de dentina reparadora → pH 
alcalino 
- Protege a polpa contra estímulos térmicos e elétricos 
→ Ação antimicrobiana 
- Alta Solubilidade 
*Formas de apresentação 
- Pó – hidróxido de cálcio PA: deve ser utilizado 
quando a polpa está exposta ou existência de 
microexposição. 
- Pasta-pó de Ca (oH) 2 e solução (água destilada, 
solução anestésica) 
- Cimento: pasta base + pasta catalisadora – 
proporção de 1:1 por 10 segundos – tempo de trabalho 
de 2 a 3 minutos, 
*somente no local que está mais próximo a polpa. 
- MTA – Mineral trióxido agregado: desenvolvido com 
o objetivo de selar comunicações entre o exterior e 
interior do dente. 
- Perfuração resultantes de absorções extranas e 
internas 
- Tratamento conservador da polpa – curetagem, 
pulpotomia e capeamento direto. 
*Propriedades 
- Biocompatível 
- Estimula a formação de ponte de dentina 
- Atividade antimicrobiana 
- Resistência mecânica 
- Possibilidade de utilizar em superfícies úmidas – baixa 
solubilidade 
*Componentes 
- Silicato: Dicálcio e Tricálcio 
- Aluminado Tricálcio 
- Gesso 
- Aluminoferrite tetracálcio 
Agentes de Base 
*Biodentine 
- Boas características de manuseio → aprimoradas 
- À base de silicato de cálcio 
- Produz hidroxiapatita 
- Induz diferenciação de células pulpares 
- Maior resistência a compressão e flexão → pode ser 
usado como substituto da dentina 
*Óxido de Zinco e Eugenol 
- Selador de canais radiculares 
- Base para restaurações definitivas 
- Restaurações provisórias 
- Cimentos Cirúrgicos 
- Material de moldagem funcional 
- Contra-indicado para resina → prejudica no processo 
de polimerização!! 
- Espatulação de 40-50 segundos 
- Tempo de trabalho de 4-10 minutos 
→ Agitar o pó – inserir na placa de vidro com colher 
dosadora 
→Dividir em três partes – dispensae o líquido na placa 
de forma perpendicular 
→Manipular com espátula 36 
*Propriedades 
- Baixa propriedade mecânica 
- Boas propriedades terapêuticas 
Eugenol → entra em contato direto com os 
microrganismos, inibindo seu metabolismo. 
- Atividade inflamatória – inibem a síntese de 
prostaglandinas 
- Sedativo:inibe a atividade de células nervosas locais. 
CIV – Cimento de Ionômero de Vidro 
- Convencional 
*Adesão 
- Dentina condicionada com ácido poliacrílico – remove 
resíduos, superfície limpa. 
- Troca iônica – íons de poliacrilato e cálcio e fosfato do 
dente. 
- Inserido em uma única camada. 
*Estética – inferior/opacidade 
*Resistência – como base, resistência mecânica 
suficiente. 
*Solubilidade – necessita de proteção do meio bucal 
para minimizar dissolução → desvantagem 
*Flúor (melhor propriedade) – liberam ao se 
dissolverem 
- Diminui a formação de cárie de esmalte adjacente à 
restauração. 
- Absorvem íons fluoretos provenientes de dentifrícios 
e soluções tópicas 
*Proteção Pulpar – contato direto – área de necrose – 
material de forramento. 
- Bons isolantes térmicos e elétricos. 
*Coeficiente de expansão térmica – similar ao dente 
*Proteção da Superfície – verniz 
- Resina natural (copal) ou sintéticas (acetato de 
celulose) 
MANTER A SAÚDE PULPAR – 3 
TÉCNICAS 
*Capeamento Pulpar Indireto 
- Bloqueia os estímulos térmicos elétricos e químicos, 
decorrentes das restaurações e do meio bucal. 
- Mantêm um ambiente cavitário apropriado para a 
manutenção ou recuperação da condição pulpar 
- Exercer ação terapêutica sobre o complexo dentinho-
pulpar 
- Evitar ou reduzir a infiltração e crescimento de 
bactérias sob as restaurações. 
- Interagir com as restaurações, melhorando suas 
propriedades de selamento cavitário. 
- Dissipar forças de condensação durante a inserção de 
materiais condensados. 
*Tratamento Expectante 
- É mais típico em pacientes jovens com lesões de cárie 
aguda de rápida evolução. 
- Indicado em lesões profundas com risco de exposição 
pulpar. 
- Funções: 
- Bloqueia a penetração de agentes irritantes que 
podem atingir a polpa através da lesão cariosa. 
- Interrompe o circuito metabólico proporcionado 
pelos fluidos bucais às bactérias remanescentes 
no assoalho da cavidade. 
- Inativa bactérias pela ação bactericida ou 
bacteriostática dos materiais odontológicos. 
- Remineralizar a dentina cariada afetada 
- Hipermineralizar a dentina sadia subjacente 
- Estimular a formação de dentina terciária 
(reacional ou reparadora). 
*Primeira Sessão 
1.Anamnese – descobrir como pode estar a saúde 
da polpa. 
2.Diagnóstico clínico e radiográfico – tomar as 
decisões para o tratamento. 
3.Remoção da dentina cariada infectada 
4.Limpeza da cavidade 
5.Aplicação da pasta de hidróxido de cálcio 
6.Vedação da cavidade com CIV 
7.Preservação de 30-60 dias 
*Segunda Sessão 
1.Definição do prognóstico (radiografia, teste de 
sensibilidade). 
2.Remoção do material provisório 
3.Avaliação da dentina remanescente 
4.Forramento com cimento de hidróxido de cálcio 
5.CIV modificado por resina 
6.Restauração Definitiva 
*Capeamento Pulpar Direto 
- Grau de comprometimento pulpar 
- Extensão da perfuração 
- Tempo de perfuração 
- Tempo de exposição 
- Visa reestabelecer a polpa 
- Promove a formação de uma barreira 
mineralizada. 
- Avaliar para saber se terá um bom prognóstico 
- Boa visão 
- Idade do paciente

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