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direito coletivo do trabalho

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DIREITO COLETIVO DO 
TRABALHO 
 
Profa. Noemia Galduróz Cossermelli 
 
DEFINIÇÃO 
 
 
 O Direito Coletivo do Trabalho compreende o estudo das 
relações jurídicas estabelecidas em grupo para 
solução dos conflitos de interesses que abrangem a 
categoria econômica e profissional. 
2 
DIREITO COLETIVO 
PRINCÍPIOS 
 
 
 
PRINCÍPIOS 
 CF/1988 
 
 
1. Direito de organização sindical e a liberdade sindical 
 
 
2. Manutenção do sistema confederativo com os 
sindicatos, federações e confederações, sem 
menção às centrais sindicais 
 
 
3. Unicidade sindical com a autodeterminação das 
bases territoriais (sindicato único num município) 
4 
 
PRINCÍPIOS 
 CF/1988 
 
 
4. Livre criação de sindicatos sem autorização prévia do 
Estado 
 
 
5. Livre administração dos sindicatos, vedada 
intervenção do Estado 
 
 
6. Livre estipulação, pelas assembleias sindicais, da 
contribuição devida pela categoria 
5 
PRINCÍPIOS 
 CF/1988 
 
7. Liberdade individual de filiação e desfiliação 
 
8. Direito dos aposentados, filiados ao sindicato, de votar 
nas eleições e de serem votados 
 
9. Garantias aos dirigentes sindicais 
 
10. Direito de negociação coletiva 
 
11. Direito de greve 
 
12.Direito de representação dos trabalhadores 
 
6 
DIREITO COLETIVO 
FONTES 
7 
 
FONTES NORMATIVAS 
1. FONTES INTERNACIONAIS 
 
1.1 Convenções Internacionais – OIT 
 
- liberdade sindical – C. n. 87/48 
 (não-ratificada pelo Brasil) 
 
- direito de sindicalização e 
negociação coletiva - C n. 98/49 
8 
../../../../../../../../pastas desktop/FADI/FADI aulas/DIREITO COLETIVO/C 8748 OIT.doc
../../../../../../../../pastas desktop/FADI/FADI aulas/DIREITO COLETIVO/C 98 OIT.doc
../../../../../../../../pastas desktop/FADI/FADI aulas/DIREITO COLETIVO/C 98 OIT.doc
../../../../../../../../pastas desktop/FADI/FADI aulas/DIREITO COLETIVO/C 98 OIT.doc
 
FONTES NORMATIVAS 
 2. FONTES NACIONAIS 
 
2.1 Leis Constitucionais 
 
2.2 Leis infraconstitucionais 
 
2.3 Disposições da Administração Pública 
 
2.4 Jurisprudência dos Tribunais 
 
2.5 Convenções e Acordos Coletivos 
 
2.6 Estatutos dos sindicatos 
 
2.7 Usos e costumes 
9 
ORGANIZAÇÃO 
SINDICAL 
NATUREZA JURÍDICA 
10 
ENTIDADE SINDICAL - NATUREZA JURÍDICA 
(depende do sistema jurídico nacional) 
 
 
1. Direito Privado 
- disciplinado como as demais associações 
- (Código Civil - arts. 53 a 61) 
 
 
2. Direito Público 
- Órgãos pertencentes ao Estado (apêndice do Estado –
(Cotrim Neto) 
 
11 
ORGANIZAÇÃO 
SINDICAL 
CONCEITO 
12 
CONCEITO DE ENTIDADE SINDICAL 
 
 
 Sindicato é uma organização social 
constituída para, segundo um Princípio de 
Autonomia Privada Coletiva, defender 
interesses trabalhistas e econômicos nas 
relações coletivas entre os grupos sociais 
 
Amauri Mascaro Nascimento 
13 
ORGANIZAÇÃO SINDICAL 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
14 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - CF/88 – Art. 5º 
 
Art. 5º. 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar; 
 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de 
cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o 
trânsito em julgado; 
 
15 
PRINCÍPIOS - CF/88 – ART. 5º. 
 
 
Art. 5º. 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
 
 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
16 
ORGANIZAÇÃO SINDICAL 
ESTRUTURA E PREVISÃO LEGAL 
17 
ESTRUTURA SINDICAL 
 
 
 
 
NACIONAL 
ESTADUAL 
MUNICIPAL 
18 
ORGANIZADA POR NO MÍNIMO 
03 FEDERAÇÕES – ART. 535 CLT 
ORGANIZADA POR NO MÍNIMO 
05 SINDICATOS – Art. 534 
ASSOCIAÇÃO PARA 
DEFESA DOS 
 INTERESSES COMUNS 
EMPREGADOS E 
 EMPREGADORES 
CONFEDERAÇÃO 
FEDERAÇÃO 
SINDICATO 
DE 
BASE 
ESTRUTURA SINDICAL 
ATRIBUIÇÕES E RERROGATIVAS 
DAS CENTRAIS SINDICAIS: 
 
Âmbito nacional, reunindo a: 
• Filiação de, no mínimo, 100 
sindicatos distribuídos nas 5 
regiões do país 
• Filiação em pelo menos 03 
regiões do país de, no mínimo, 
20 sindicatos em cada uma 
• Filiação de sindicatos em, no 
mínimo, 05 setores de atividade 
econômica 
• Filiação de sindicatos que 
representem, no mínimo, 7% do 
total de empregados 
sindicalizados em âmbito 
nacional 
 
 
 
CONFE- 
DERAÇÃO 
FEDERAÇÃO 
SINDICATO 
 DE 
BASE 
19 
CENTRAIS SINDICAIS 
Lei 11.648/08 
ESTRUTURA SINDICAL 
ÓRGÃOS DO SINDICATO 
 
 
 
 
DIRETORIA 
ASSEMBLÉIAS 
SINDICAIS 
 
CONSELHO FISCAL 
20 
Representação e defesa dos Interesses da entidade 
perante o Poder Público e as empresas 
Fonte de decisões, geral ou extraordinária, com 
participação dos associados do sindicato nas 
votações (greve, negociações coletivas, lista de 
representantes sindicais nos órgãos do Estado, 
eleições sindicais de diretoria etc.) 
Aprovação das contas da diretoria e os demais 
atos de controle da Gestão financeira do 
sindicato 
 
CF/88 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de 
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder 
Público a interferência e a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer 
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de 
categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema 
confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho; 
21 
ASSOCIAÇÃO SINDICAL - Art. 511 
 CLT 
 
Art. 511 - É lícita a associação para fins de 
estudo, defesa e coordenação dos seus 
interesses econômicos ou profissionais de 
todos os que, como empregadores, 
empregados, agentes ou trabalhadores 
autônomos, ou profissionais liberais, 
exerçam, respectivamente, a mesma atividade 
ou profissão ou atividades ou profissões 
similares ou conexas. 
22 
CATEGORIA ECONÔMICA - Art. 511 
 
 CLT 
 
Art. 511. 
 
§ 1º - A solidariedade de interesses econômicos dos 
que empreendem atividades idênticas, similares ou 
conexas constitui o vínculo social básico que se 
denomina categoria econômica. 
23 
CATEGORIA PROFISSIONAL - Art. 511 
 
 CLT 
 
Art. 511. 
 
§ 2º - A similitude de condições de vida oriunda da 
profissão ou trabalho em comum, em situação de 
emprego na mesma atividade econômica ou em 
atividades econômicas similares ou conexas, compõe a 
expressão social elementar compreendida como 
categoria profissional. 
24 
CATEGORIA DIFERENCIADA - Art. 511 
 
 CLT 
 
Art. 511. 
 
 
§ 3º - Categoria profissional diferenciada é a que se 
forma dos empregados que exerçam profissões ou 
funções diferenciadas por força de estatuto 
profissional especial ou em consequência de condições 
de vida singulares. 
25 
BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO 
Base sociológica do grupo 
 
A associação sindical se divide em dois ramos : 
 
a) integrado pelos trabalhadores 
 
b) constituído de empregadores 
 
26 
BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO 
1º) Sindicatos por profissãosão as organizações que reúnem todos os que militam 
numa determinada atividade profissional, 
independentemente da empresa em que trabalham. 
 Essa categoria é encontrada na vida social, e não criada 
pelo Estado. 
 
Exemplo 
- todos os motoristas se reúnem num sindicato 
- os engenheiros se reúnem num sindicato 
27 
BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO 
2º) sindicato por empresa 
 o sindicato representa todos os que trabalham numa 
empresa, independentemente da profissão que nela 
exerçam. 
 
Exemplo. 
- EUA (no Brasil, não) 
- Chile (se pequenos, os empregados agrupam-se em um 
sindicato interempresarial) 
 
28 
BASE SOCIOLÓGICA DO GRUPO 
3º) Sindicato por categoria profissional e econômica 
 
ORGANIZAÇÃO SINDICAL NO BRASIL 
 
 Ela é constituída de sindicatos por: 
 
- categoria profissional 
- categoria geral ou diferenciada 
- categoria econômica ou patronal 
 
 
Sendo o município a base mínima da representação que 
os sindicatos exercerão 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
CATEGORIAS. 
REPRESENTATIVIDADE SINDICAL DE 
TRABALHADORES E DE 
EMPREGADORES 
30 
CATEGORIAS SINDICAIS 
 
CF/88 (art. 8º., I) 
 
 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
 
 I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência 
e a intervenção na organização sindical. 
- registro dos estatutos no CRPJ 
- unicidade sindical 
 
31 
CATEGORIAS SINDICAIS 
 
CF/88 (art. 8º., I) 
 
 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
 
- registro dos estatutos no CRPJ 
- controle de unicidade sindical – o STF pacificou a matéria 
definindo que os estatutos sindicais, mesmo se não 
registrados no CRPJ deveriam ser levados a deposito no 
orgão do MTE para fins de cadastro e verificação da 
unicidade sindical 
- STF – Pleno MI 144-8-SP. DJU 28.5.1993 
- Sumula 667 STF 
 
32 
CATEGORIAS SINDICAIS 
SINDICATO PATRONAL 
 
 
 Assembléia de empresas da categoria econômica 
 
 Aprovação do estatuto social 
 
 Registro em Cartório de Títulos e Documentos 
 
 Registro no Cadastro Brasileiro de Entidades sindicais 
33 
 
 
 
 
 
 
 
ACORDOS E 
CONVENÇÕES 
COLETIVAS 
34 
CONTRATOS COLETIVOS 
ART. 611 
CLT 
 
 Art. 611- Convenção Coletiva de Trabalho é o 
acordo de caráter normativo, pelo qual dois 
ou mais Sindicatos representativos de 
categorias econômicas e profissionais 
estipulam condições de trabalho aplicáveis, 
no âmbito das respectivas representações, às 
relações individuais do trabalho. 
35 
CONTRATOS COLETIVOS 
ART. 611 
 
 § 1º- É facultado aos Sindicatos 
representativos de categorias profissionais 
celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais 
empresas da correspondente categoria 
econômica, que estipulem condições de 
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou 
das empresas acordantes às respectivas 
relações de trabalho. 
36 
CONTRATOS COLETIVOS 
ART. 620 
 
 Art. 620- As condições estabelecidas em 
Convenção, quando mais favoráveis, 
prevalecerão sobre as estipuladas em 
Acordo. 
37 
VIGÊNCIA DAS CONVENÇOES 
COLETIVAS 
 
Art. 613, II, CLT 
- impõe que os instrumentos normativos profissionais 
tenham prazo de vigência 
 
Art 614, § 3º, CLT 
- impede a estipulação de prazo superior a dois anos. 
 
 . 
38 
INCORPORAÇAO NAS NORMAS COLETIVAS 
NOS CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO 
• SÚMULA N.º 277. CONVENÇÃO COLETIVA DE 
TRABALHO OUA C O R D O C O L E T I V O 
D E T R A B A L H O . E F I C Á C I A . 
• ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão 
do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) 
• As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou 
convenções coletivas integram os contratos 
individuais de trabalho e somente poderão ser 
modificadas ou suprimidas mediante negociação 
coletiva de trabalho. 
39 
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS 
CONLFITOS COLETIVOS DE 
TRABALHO 
40 
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONLFITOS 
COLETIVOS DE TRABALHO 
1. AUTOCOMPOSIÇÃO 
1.1 acordo coletivo de trabalho 
1.2 convenção coletiva de trabalho 
 
2. HETEROCOMPOSIÇÃO 
2.1 mediação 
2.2 arbitragem privada (lei 9.307/96) 
2.3 jurisdição – Poder Normativo da Justiça do 
Trabalho. 
41 
DIREITO DE GREVE 
 
42 
GREVE – CF/88 
 Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele 
defender. 
 
 § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades 
essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
 § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às 
penas da lei. 
43 
CÓDIGO PENAL 
DOS CRIMES CONTRA ORGANIZAÇAO 
 DO TRABALHO 
Paralisação de trabalho, seguida de violência 
ou perturbação da ordem 
 
Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de 
trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra 
coisa: 
 
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além 
da pena correspondente à violência. 
 
Parágrafo único - Para que se considere coletivo o 
abandono de trabalho é indispensável o concurso de, 
pelo menos, três empregados. 
44 
GREVE – CF/88 
 
 Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
 VI - é garantido ao servidor público civil o direito à 
livre associação sindical; 
 
 VII - o direito de greve será exercido nos termos e 
nos limites definidos em lei específica; 
45 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989 
 
 Dispõe sobre o exercício do direito de greve, 
define as atividades essenciais, regula o 
atendimento das necessidades inadiáveis da 
comunidade, e dá outras providências. 
46 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender. 
 
 Parágrafo único. O direito de greve será exercido na 
forma estabelecida nesta Lei. 
47 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 
 Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo 
exercício do direito de greve a suspensão coletiva, 
temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação 
pessoal de serviços a empregador. 
48 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a 
impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a 
cessação coletiva do trabalho. 
 
 Parágrafo único. A entidade patronal 
correspondente ou os empregadores diretamente 
interessados serão notificados, com antecedência 
mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação. 
 
49 
GREVE – LEI 7.783/89 
 Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente 
convocar, na forma do seu estatuto, assembléia 
geral que definirá as reivindicações da categoria e 
deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação 
de serviços. 
 
 § 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever 
as formalidades de convocação e o quorum para a 
deliberação, tanto da deflagração quanto da 
cessação da greve. 
 
 § 2º Na falta de entidade sindical, a assembléia 
geral dos trabalhadores interessados deliberará para 
os fins previstos no caput, constituindo comissão de 
negociação. 
 
50 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 
 Art. 5º A entidade sindical ou comissão 
especialmente eleita representará os interesses dos 
trabalhadores nas negociações ou na Justiça do 
Trabalho. 
 
51 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros 
direitos: 
 
 I - o emprego de meios pacíficos tendentes a 
persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à 
greve; 
 
 II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação domovimento 
 
52 
GREVE – LEI 7.783/89 
 Art. 6º. 
 
 § 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por 
empregados e empregadores poderão violar ou 
constranger os direitos e garantias fundamentais 
de outrem. 
 
 § 2º É vedado às empresas adotar meios para 
constranger o empregado ao comparecimento ao 
trabalho, bem como capazes de frustrar a 
divulgação do movimento. 
 
 § 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados 
pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao 
trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade 
ou pessoa. 
53 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, 
a participação em greve suspende o contrato de 
trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante 
o período, ser regidas pelo acordo, convenção, 
laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. 
 
 Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato 
de trabalho durante a greve, bem como a 
contratação de trabalhadores substitutos, exceto 
na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 
14. 
 
54 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 8º A Justiça do Trabalho, por iniciativa de qualquer das 
partes ou do Ministério Público do Trabalho, decidirá sobre 
a procedência, total ou parcial, ou improcedência das 
reivindicações, cumprindo ao Tribunal publicar, de imediato, 
o competente acórdão. 
 
55 
GREVE – LEI 7.783/89 
 Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão 
de negociação, mediante acordo com a entidade 
patronal ou diretamente com o empregador, manterá 
em atividade equipes de empregados com o 
propósito de assegurar os serviços cuja paralisação 
resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração 
irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem 
como a manutenção daqueles essenciais à retomada 
das atividades da empresa quando da cessação do 
movimento. 
 
 Parágrafo único. Não havendo acordo, é 
assegurado ao empregador, enquanto perdurar a 
greve, o direito de contratar diretamente os 
serviços necessários a que se refere este artigo. 
56 
GREVE – LEI 7.783/89 
Art. 10 São considerados serviços ou 
atividades essenciais: 
 
I - tratamento e abastecimento de água; 
produção e distribuição de energia elétrica, 
gás e combustíveis; 
II - assistência médica e hospitalar; 
III - distribuição e comercialização de 
medicamentos e alimentos; 
IV - funerários; 
V - transporte coletivo; 
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; 
57 
GREVE – LEI 7.783/89 
Art. 10 São considerados serviços ou 
atividades essenciais: 
 
VII - telecomunicações; 
VIII - guarda, uso e controle de substâncias 
radioativas, equipamentos e materiais 
nucleares; 
IX - processamento de dados ligados a serviços 
essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo; 
XI compensação bancária. 
58 
GREVE – LEI 7.783/89 
 Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os 
sindicatos, os empregadores e os trabalhadores 
ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, 
durante a greve, a prestação dos serviços 
indispensáveis ao atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
 
 Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, 
da comunidade aquelas que, não atendidas, 
coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a 
saúde ou a segurança da população. 
 
59 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 12. No caso de inobservância do disposto no 
artigo anterior, o Poder Público assegurará a 
prestação dos serviços indispensáveis. 
 
60 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades 
essenciais, ficam as entidades sindicais ou os 
trabalhadores, conforme o caso, obrigados a 
comunicar a decisão aos empregadores e aos 
usuários com antecedência mínima de 72 (setenta 
e duas) horas da paralisação. 
 
61 
GREVE – LEI 7.783/89 
 Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das 
normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da 
paralisação após a celebração de acordo, convenção ou 
decisão da Justiça do Trabalho. 
 
 Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou 
sentença normativa não constitui abuso do exercício do 
direito de greve a paralisação que: 
 
 I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou 
condição; 
 
 II - seja motivada pela superveniência de fatos novos ou 
acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a 
relação de trabalho. 
 
62 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, 
ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será 
apurada, conforme o caso, segundo a legislação 
trabalhista, civil ou penal. 
 
 Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de 
ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e 
oferecer denúncia quando houver indício da prática 
de delito. 
63 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 
 Art. 16. Para os fins previstos no art. 37, inciso VII, da 
Constituição, lei complementar definirá os termos e os 
limites em que o direito de greve poderá ser exercido. 
 
 
 
64 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por 
iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar 
negociação ou dificultar o atendimento de 
reivindicações dos respectivos empregados (lockout). 
 
 Parágrafo único. A prática referida no caput assegura 
aos trabalhadores o direito à percepção dos salários 
durante o período de paralisação. 
65 
GREVE – LEI 7.783/89 
 
 Art. 18. Ficam revogados a Lei nº 4.330, de 1º de 
junho de 1964, o Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto 
de 1978, e demais disposições em contrário. 
 
 Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
 Brasília, 28 de junho de 1989; 168º da Independência 
e 101º da República. 
 JOSÉ SARNEY 
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LIBERDADE SINDICAL 
CONVENÇÃO N. 87/48 
CONVENÇAO N. 87/48 
LIBERDADE SINDICAL E 
 DIREITO DE SINDICALIZAÇÃO 
 
 Aprovada na 31ª reunião da Conferência 
Internacional do Trabalho São Francisco (1948), 
entrou em vigor no plano internacional em 4.7.50. 
 
 É considerada a mais importante das convenções da 
OIT, tendo sido ratificada por 108 dos 164 Estados 
Membros da Organização. 
CONVENÇAO N. 87/48 
 
 
O Presidente Eurico Gaspar Dutra encaminhou o 
texto da convenção ao Congresso Nacional 
(Mensagens n. 256) 
 
Motivos porque o Brasil não se insere entre os 
países que aderiram a esse tratado multilateral. 
 
CONVENÇÃO N. 87/48 – Art. 1º. 
 
 
Artigo 1º. - “Todo Membro da OIT para a qual esteja em 
vigor esta Convenção se obriga a pôr em prática as 
disposições seguintes”. 
 
 
 
CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 2º. 
 
 
 
• Os trabalhadores e os empregadores, sem 
qualquer distinção e sem autorização prévia, têm 
o direito de constituir as organizações que 
julguem convenientes, assim como de se filiar a 
essas organizações, com a única condição de 
observar seus estatutos. 
 
 
CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 3º. 
 1 - As organizações de trabalhadores e empregadores têm 
o direito de: 
 
• redigir seus estatutos e regulamentos administrativos 
 
• eleger livremente seus representantes 
 
• organizar sua administração e suas atividades 
 
• formular seu programa de ação 
 
 2 - As autoridades públicas deverão se abster de toda 
intervenção que vise a limitar esse direito ou a dificultar 
seu exercício legal 
CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 4º. 
 
 
 As organizações de trabalhadores e de 
empregadores não estarão sujeitas à 
dissolução ou suspensão por via 
administrativa 
 
CONVENÇAO n. 87/48 – Art. 5º. 
 • As organizações de trabalhadores e de 
empregadores têm direito de: 
- se constituir em federações e confederações, 
assim como de filiar-se às mesmas 
• Toda organização, federação ou confederação 
tem o direito de: 
- filiar-se a organizações internacionais de 
trabalhadores e de empregadores

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