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AV2 PENAL II

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Nota
	
AV2 
	Aluno:
	Hellen Ravenna de França Silva Matrícula: 2019219077
	Professor:
	ANDRÉ JORGE ROCHA DE ALMEIDA
	Curso:
	DIREITO
	Data:
	02/12/2020
	Turma:
	324-3
	Disciplina:
	DIREITO PENAL II
	LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES:
1. A avaliação consta de questões múltiplas escolhas (objetiva) e questões abertas (subjetivas), assim distribuídas:
	Partes
	Número das questões
	Ponto das questões
	Questões Subjetivas
	01 a 05
	Ponto definido na questão
1. As questões discursivas deverão ser manuscritas em letra legível ou digitadas. Caso de manuscrever em letra ilegível ou de grafar por outro meio que não autorizado, será atribuída nota ZERO a pontuação do quesito avaliado.
2. As questões discursivas serão corrigidas com base nos seguintes critérios: fundamentação e coerência com o conteúdo estudado (conhecimento do assunto); capacidade de interpretação e exposição das ideias (clareza de pensamento); adequação da resposta ao que está proposto na questão (resposta direta ao pedido).
3. Esta prova é individual. São vedados: Qualquer comunicação e troca de material entre os discentes, pois qualquer tipo de plágio ou respostas idênticas entre os alunos a menção será ZERO. 
4. Após o contato com a prova, não será permitida a desistência por parte do estudante, devendo o mesmo devolver a prova em meio físico (word) / PDF (manuscrita) para os links disponíveis no Unileão Digital, até o prazo máximo de 48hs após o término do dia marcado para sua prova.
5. Em qualquer prova o aluno deverá colocar as perguntas e em seguida as respostas, sob pena de não correção da questão.
6. Preencha os seus dados (nome, matrícula e turma) no presente documento.
7. Todas as provas serão submetidas ao sistema detector de plágio, inclusive entre os próprios discentes, sendo que a existência do mesmo acarretará menção ZERO
8. A prova poderá ser feita em dupla, porém não é obrigatório a sua realização. Caso tenham feito em dupla, obrigatoriamente, realizar a identificação da resposta de cada aluno, inclusive colocando o nome e matrícula dos dois na prova.
9. A transcrição do artigo não será considerada como resposta!
QUESTÃO 01 (Unidade Temática: Crime contra a vida - Valor do quesito: 1,0 ponto) 
Faça distinção entre as qualificadoras objetivas e subjetivas do crime de homicídio. Após justifique a sua incidência ou não sobre a privilegiadora do mesmo crime.
RESPOSTA:
As qualificadoras objetivas estão previstas no art. 121, §2º, nos incisos III e IV, e estão relacionadas com os aspectos externos ao agente, são as que dizem respeito ao crime em si, ou seja, os meios e modos de execução do delito. O inciso III traz em seus termos os meios de execução, tais como: meio insidioso (é uma ação camuflada do agente para praticar o delito, como por exemplo, o veneno); meio cruel (causando o sofrimento da vítima. Ex.: Tortura) e meio que resulta em perigo comum (é aquele perigo que consumado que atinge um número indeterminado de pessoas. Ex.: explosão).
O inciso IV traz os modos de execução: traição (quando o agente atinge a vítima com um ataque surpresa e/ou inesperado); emboscada (quando o agente aguarda a vítima em um local e período determinado para atingi-la) e dissimulação (quando o agente se esconde para atingir a vítima desprevenida, dificultando a sua defesa).
Já as qualificadoras subjetivas estão previstas no art. 121, §2º, nos incisos I, II, V do CP, e estão relacionadas com as características individuais psíquicas do agente, ou seja, conectando-se com os motivos que o levou a prática do crime. São caracterizadas por aumentar a pena respeitando novos parâmetros entre o limite mínimo e máximo. 
Os incisos I e II trazem em seus termos os motivos: torpe (é aquele motivo moralmente reprovável e repugnante do agente, como por exemplo: Cleitinho da POP100, traficante do João Cabral, matou Matheus da Rabiola, outro traficante, para tomar controle do bairro e lucrar mais) e fútil (é aquele motivo insignificante se comparado ao resultado obtido, como por exemplo: Socorrinha Pereira matou Maria das Neves, porque ela lhe devia o valor de R$0,40 (quarenta centavos)).
O inciso V traz os fins: de assegurar a execução, ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime (Ex.: Francisco matou João, apenas para ele não servir como testemunha em um delito que ele presenciou o sujeito ativo cometendo).
As qualificadoras podem incidir sobre a privilegiadora do mesmo crime quando as qualificadoras forem objetivas, assim há uma compatibilidade com a privilegiadora subjetiva; e não incidem quando as qualificadoras e privilegiadoras são de natureza subjetiva. 
QUESTÃO 02 (Unidade Temática: Crime ofensa a integridade física. Valor do quesito: 1,0 ponto). 
Faça a distinção entre as qualificadoras do crime de lesão corporal. 
RESPOSTA:
O CP não fez a distinção entre lesão grave e gravíssima, considera-se e intitula-se o §1º e o §2º do art. 129 como “lesão corporal de natureza grave”, conteúdo os resultados diversos. Os do parágrafo segundo são mais graves e com penas mais severas do que os descritos no parágrafo primeiro. Levando assim, a doutrina e jurisprudência classificar o §1º em lesão grave, e o §2º em lesão gravíssima. A lesão corporal grave está prevista no §1º do art. 129, do CP. Onde a pena para todos os resultados é de reclusão, de um a cinco anos. A lesão corporal gravíssima está prevista no §2º do art. 129, do CP.
Distinção entre o §1º, inc. I e o §2º, inc. I 
O inciso I, §1º do art. 129, do CP traz a incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias. Interpreta-se que a ocupação habitual como qualquer atividade rotineira da vítima, podendo ser voltada ou não para o trabalho. Para se comprovar a lesão grave é necessária à realização de prova pericial após o trigésimo dia da data do ocorrido. Enquadram-se como sujeitos passivos: crianças e aposentados. A incapacidade tanto pode ser física ou psicológica. Já no inciso, I, §2º traz a incapacidade permanente exclusivamente para o trabalho, ou seja, qualquer atividade lucrativa lícita exercida pela vítima excluem-se criança e aposentado. 
Distinção entre o §1º, inc. II e o §2º, inc. II
O inciso II, §1º traz quando a lesão corporal se resulta em perigo de vida. Interpreta-se como um dano ao corpo da vítima havendo uma possibilidade grave e imediata de morte. É indispensável o exame pericial, onde o laudo vai especificar de fato qual situação de perigo sofrido pela vítima, por exemplo: grande perda de sangue, ferimento em órgãos vitais, necessidade de procedimento cirúrgico de emergência e etc. O inciso II, §2º traz quando a lesão corporal se resulta em enfermidade incurável a alteração permanente da saúde da vítima, geralmente por um processo patológico, ou seja, transmite intencionalmente uma doença para qual não existe cura no estágio atual da medicina.
Distinção entre o §1º, inc. III e o §2º, inc. III e IV 
O inciso III traz a debilidade permanente de membro, sentido ou função. Interpreta-se como um enfraquecimento ou redução de capacidade funcional do membro, sentido ou função da vítima, por um período de tempo duradouro. Os membros são divididos entre superiores (braço, antebraço e mão) e inferiores (coxa, perna e pé). Os sentidos são as funções sensoriais de percepção do mundo exterior, tais como: olfato, paladar, audição, tato e visão. A função é a atividade específica de cada órgão do corpo humano. Já no inc. III e IV são as circunstâncias mais graves, pois é mencionada perda ou inutilização e não em debilidade. Bem como, a perda é caracterizada por mutilação (ação do sujeito ativo sem intervenção cirúrgica) ou amputação (procedimento cirúrgico). Na inutilização ocorre quando o membro fica incapaz de realizar sua função. Ex.: A perda de parte do movimento do braço é lesão grave pela debilidade do membro. A perda de todo movimento é lesão gravíssima pela inutilização. A perda de um dedo caracteriza lesão grave, enquanto a perda de uma mão tipifica inutilização do membro (lesão gravíssima). Por fim, a perda de todo o braço constitui lesão gravíssima pelaperda de membro. A deformidade permanente é aquele dano estético, visível e permanente que gera um dano mental a vítima, pois provocar uma impressão vexatória e de humilhação. 
Distinção entre o §1º, inc. IV e o §2º, inc. V
O primeiro ocasiona aceleração do parto e o segundo ocasiona o aborto. O bebê no segundo caso nasce morto. Neste caso, o sujeito ativo sabe da gravidez, mas não tem a intenção de produzir o resultado, sendo dolo na lesão e culpa no aborto. Enquanto o primeiro o bebê nasce prematuro com vida e permanece vivo. Também é necessário que o agente saiba que a vítima está grávida.
QUESTÃO 03 (Unidade Temática: Aborto. Valor do quesito: 2,0 pontos) 
Quais as excludentes de ilicitude para o crime de aborto. Esclareça e distinga cada uma delas. 
No Código Penal Brasileiro só existem as excludentes de ilicitude para o crime de aborto previstas no artigo 128, que são: aborto necessário: que seja praticado por médico, que haja perigo para a vida da gestante e que não há outro meio possível para salvá-la, bem como, é necessário de autorização judicial para a sua realização, se houver necessidade de uma intervenção imediata, o médico fica responsável pela tal decisão, sem necessidade de autorização judicial; aborto humanitário: neste caso, o consentimento da gestante ou representante legal é indispensável, porém não é necessária a autorização judicial ou existência de uma sentença condenatória pelo crime de estupro. Cabe ao medico, verificar a existência de provas, como: boletins de ocorrências policiais e testemunhas, ou atestado médico comprovando as lesões decorrentes do estupro. 
Obs.: Segundo o posicionamento do STF, o aborto anencéfalo (feto sem cérebro) é também uma forma permissiva do aborto. As gestantes poderão escolher por interromper a gestação com assistência médica. Os argumentos para fundamentar seria que a continuação com a gravidez diante do diagnóstico de anencefalia implicaria em risco à saúde física e psicológica da mesma, bem como, a impossibilidade de sobrevida do feto após o parto.
QUESTÃO 04 (Unidade Temática: Crimes de perigo. Valor do quesito: 2,0 pontos) 
Faça a distinção entre os crimes de perigo, perigo de contágio venéreo e perigo de contágio de moléstia grave. Após faça a distinção entre o crime de abandono de incapaz e abandono de recém nascido. 
Resposta:
Crime de perigo: é a mera exposição ao perigo, a consumação é a mera possibilidade de dano.
Perigo de Contágio Venéreo: é quando se coloca em perigo ou arrisca a vida de alguém por intermédio de práticas sexuais ou qualquer outro ato libidinoso capaz de contagiar a vítima com doença venérea, percebe-se que é um crime de ação vinculada, pois o artigo deixa evidente a necessidade do contato físico entre o sujeito passivo e ativo. Caso não tenha, o crime será enquadrado no art. 131 ou 132, CP. É um crime próprio, pois exige que o sujeito ativo seja portado de alguma doença sexualmente transmissível. Ação Penal Pública Condicionada à representação da vítima. Pena prevista de detenção, de três meses a quatro anos, e multa. 
Perigo de Contágio Venéreo Grave: Se difere do art. 131, pois se trata de crime de ação livre. O sujeito ativo pratica o crime por meios diretos ou indiretos, é a mera exposição da vítima ao risco de contágio ou efetivamente contagia-se. Ação Penal Pública Incondicionada. Pena prevista de reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Crime de abandono de incapaz: é quando o agente abandona a pessoa incapaz que está sob o seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade gerando riscos resultantes do abandono. Caracteriza-se por qualquer tipo de incapacidade que gere risco a defesa da vítima, sendo física ou psicológica. O §1º (lesão corporal grave) e o §2º (morte) deste artigo é classificado como crimes preterdolosos. Já o §3º é casos de aumento de pena.
Crime de abandono de recém-nascido: Se difere do art. 133, pois é necessário que o sujeito passivo seja o recém-nascido (que nasceu com a vida até a queda do cordão umbilical). É quando o recém-nascido é exposto a uma situação de perigo tanto quando é abandonado em local diferente do que se é habituado ou quando é descuidado no local que deveria receber assistência necessária. O crime é praticado para ocultar a desonra própria, ou seja, a reputação e os bons costumes do agente e é de natureza sexual. Existem duas correntes para o sujeito ativo, a corrente majoritária diz que somente pode ser cometido pela mãe que concebeu o filho de uma forma irregular, e a corrente minoritária, que o pai também se enquadraria no tipo. O §1º (lesão corporal grave) e o §2º (morte) deste artigo é classificado como crimes preterdolosos. 
QUESTÃO 05 (Unidade Temática: Crimes contra a vida. Valor do quesito: 2,0 pontos) Cláuver, após uma confraternização, decide pegar seu veículo, mesmo estando alcoolizado, para voltar a sua residência. No caminho discute com uma pessoa no trânsito e, tentando se desvencilhar desta, acaba por atropelar um transeunte. Parou seu veículo para ajudar e entrou em contato com a autoridade policial. Diante disso, responda os seguintes questionamentos: A) Qual(is) a(s) hipóteses(s) que podem justificar o perdão judicial no crime de lesão corporal. Justifique sua resposta. B) Qual o crime praticado por Cláuver se o pedestre tiver perdido sua perna na colisão? Justifique sua resposta. C) Caso Cláuver negasse a prestar socorro a vítima e, por causa disso, viesse a falecer, qual seria o crime imputado ao Cláuver? Justifique sua resposta. D) Se a vítima fosse mulher, Cláuver poderia ser responsabilizado por feminicídio. Justifique sua resposta.
RESPOSTA:
a) Quando a lei possibilita ao juiz deixar de aplicar a pena diante da existência de determinados requisitos expressamente determinados no art. 121, § 5º do CP, quando o resultado do crime é tão grave ao agente que a pena se torna desnecessária, conforme prevê o §8° do art. 129 do CP. Bem como, não é necessário parentesco com a vítima e nem vínculo afetivo para aplicar o instituto do perdão judicial.
b) Lesão corporal de natureza gravíssima, pois de acordo com o inc. III, §2° do art. 129, CP, houve a perda de um dos membros inferiores do agente, caracterizada pela mutilação, que se deu pela eliminação direta da perna por meio da conduta de Clauver.
c) Homicídio culposo. Por se tratar de um acidente de trânsito deve-se aplicar o princípio da especialidade, aplica-se a norma especial ao caso concreto, neste caso o art. 302 do CTB e o seu inciso III, incide uma causa especial de aumento de pena pelo fato de o agente deixar de prestar socorro à vítima (art. 303, §1º).
d) Não. Pois o caso concreto não se enquadra diante do feminicídio. Para que isso ocorra, é necessário que a motivação tenha sido a “condição do sexo feminino”. Na própria norma esclarece a expressão, quando diz que o homicídio deve ser praticado: quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou o menosprezo ou discriminação contra a condição de mulher.

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