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PORTIFOLIO 1 SEMESTRE

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA
CLAUDEMIR LIZARDO NASCIMENTO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Desenvolvimento social e os moradores de rua
COLATINA
2020
Claudemir Lizardo Nascimento
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Desenvolvimento social e os moradores de rua
Portfólio acadêmico apresentado ao curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública, da Universidade Norte do Paraná (Unopar) como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Tecnologia em Segurança Pública.
Profs.Orientadores: Ana Céli Pavão, Natalia Martinêz Ambrogi Woitas, Maria Eliza Pacheco, Ewerton Cangussu, Maurilio Cristiano Batista Bergamo 
COLATINA
2020
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	A SITUAÇÃO-PROBLEMA E SEUS ÂMBITOS DE ESTUDO	4
2.1.	HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE	4
2.2.	EMPREENDEDORISMO	6
2.3.	GESTÃO DE PROJETOS	8
2.4.	COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL	9
2.5.	RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL	10
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	3
1. INTRODUÇÃO
O trabalho que se segue é um portfólio acadêmico acerca dos temas estudados durante o primeiro semestre do curso Superior de Tecnologia e Segurança Pública da Universidade Norte do Paraná (Unopar), o qual, segundo Shores e Grace (2001, apud. RANGEL, 2003, p. 151), define-se como “uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento” do aluno. 
Dessa forma, o presente escrito trará, de forma interdisciplinar, um estudo de caso fictício cujo ponto principal parte da abertura de uma empresa que objetiva ajudar moradores de rua. Dessa forma, analisar-se-á de que forma aplicam-se os conhecimentos sobre o homem, a cultura e a sociedade, o empreendedorismo, a gestão de projetos, o comportamento organizacional e, por fim, a responsabilidade socioambiental.
Sendo assim, a partir dos materiais utilizados e o conteúdo estudado, como também com pesquisas além, o trabalho será dividido em três capítulos, sendo o segundo parte do desenvolvimento, em que constarão as informações obtidas, as quais se relacionam diretamente à situação-problema, divididas em cinco subcapítulos cujos títulos coincidem com os das matérias estudadas durante o semestre.
A divisão do trabalho foi feita de modo a interligar os assuntos da maneira mais organizada possível, partindo do ponto inicial da criação de uma empresa: o homem, sua cultura e a sociedade, finalizando com a grande preocupação dos novos empreendimentos atualmente: a responsabilidade socioambiental. 
Isso posto, no primeiro capítulo será apresentada a situação-problema norteadora do trabalho. Nele, explicar-se-á o que deve ser considerado em cada subcapítulo sequente, os quais terão o título de cada matéria estudada no semestre. Por fim, o último capítulo trará as considerações finais acerca do discutido ao longo do artigo.
Com esse estudo, busca-se fixar os assuntos estudados no primeiro semestre do curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública da Unopar, bem como aplicá-los à prática.
2. A SITUAÇÃO-PROBLEMA E SEUS ÂMBITOS DE ESTUDO 
A partir da leitura das diretrizes para a Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI – Tecnologia em Segurança Pública), observa-se a seguinte situação problema:
João, guarda municipal, notando o grande número de relatos sobre moradores de rua nas áreas públicas da cidade onde atua e constatando que tal situação se dá por falta de oportunidades de trabalho, alimentação e higiene escassas, uso de drogas, falta de moradia, não-capacitação profissional, entre outros motivos, decide criar uma empresa de manufaturas a partir do lixo reciclável, a qual deverá oferecer trabalho para moradores de rua, os quais aprenderiam um ofício e se beneficiariam do lucro obtido pela empresa.
Por ser funcionário público, João não poderia ser sócio de uma empresa privada, por isso, sua esposa, junto com as de seus colegas de trabalho, organizou-se para por em prática o projeto de empreendimento social.
A seguir, destrinchar-se-ão os conhecimentos a elas necessários para que tal empresa tenha sucesso e atinja seu principal objetivo.
2.1. HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
O ponto de partida de qualquer empreendimento encontra suas bases nas teorias sociológicas do ser humano, afinal, o próprio modelo econômico no qual o mundo contemporâneo se insere tem grande influência na vida em sociedade que vem sido construída desde o fim da guerra fria, no século passado.
Nesse contexto, destacam-se pensadores como Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920), Karl Marx (1818-1883) e David Émile Durkheim (1858-1917). Os três (também influenciados por muitos outros filósofos de sua época) trazem importantes considerações para os estudos das ciências sociais, da antropologia e de como tais temas se relacionam ao modelo econômico de produção vigente.
Entretanto, neste trabalho, focar-se-á nos escritos de Max Weber, cuja obra, segundo Ramos (1946, p. 268), “é a tentativa mais bem sucedida de estabelecimento de uma ciência sociológica da história e, por isto mesmo, de uma sociologia efetiva”. Suas contribuições aos estudos sociológicos vão além dos propostos por Marx e Durkheim, uma vez que ele se baseia no indivíduo para construir seus conhecimentos acerca da sociedade. (CIZOTO, DIÉGUES E PINTO, 2016, p. 64). Além disso, é importante frisar que, diferentemente de Marx, por exemplo, Weber considerava o capitalismo como um sistema econômico necessário e eficiente (MARTINS, 1994) e isso vai ao encontro da situação-problema que norteia este trabalho, a qual envolve a criação de uma empresa com fins lucrativos.
São muitos os pressupostos sociológicos de Weber, mas para o caso deste artigo, analisar-se-á principalmente o conceito de ação social. A partir dele é possível compreender o motivo pelo qual, segundo o próprio filósofo, João estaria disposto a dar cabo de seu projeto. Além disso, observar-se-á a desigualdade social a partir do ponto de vista desse mesmo filósofo.
A ação social, segundo ele próprio, define-se por “uma ação onde o sentido intencionado por seu sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros, orientando-se por esta em seu desenvolvimento” (WEBER, 1991, p. 3), ou seja, o indivíduo age de determinada forma a partir do comportamento dos outros, seja por uma tradição, pela emotividade e/ou interesses racionais. Dessa forma, pode-se notar que o motivo de João ter tomado essa iniciativa, ou tido essa ação social, deve-se a motivos principalmente emotivos (ajudar o próximo em situação de “menos poder”, o que é geralmente visto como aprovável pelos outros) e a interesses racionais (o lucro que a empresa pode obter). Observa-se, portanto, na atitude de João, o que Costa (2005, apud. CIZOTO, DIÉGUES E PINTO, 2016, p. 106) aponta sobre os pensamentos weberianos: 
As ações sociais se estabeleceriam sobre estratégias e cálculos voltados para a ação do outro, o que podemos traduzir por “racional”. Calcular suas ações, planejar, estabelecer metas, buscar meios eficientes para alcançá-las, são características imprescindíveis para quem deseja estar em conformidade com o mundo moderno, marcado pela lógica capitalista (CIZOTO, DIÉGUES E PINTO, 2016, p. 106).
Dessa forma, a atitude de João nasce do cálculo das ações dos outros a partir de sua ação social de ajudar o próximo – que está em situação de dominado, ainda segundo as teorias de Weber.
As relações de poder e dominação correlacionam-se intimamente à desigualdade social para Weber. Diferentemente de Marx, o filósofo alemão estratifica a sociedade em três dimensões as quais definiriam as desigualdades: a econômica, a social e a política, ou seja, “a posição do indivíduo dentro do sistema de estratificação se comporia pela combinação de sua classe, seu prestígio e seu poder” (CIZOTO, DIÉGUES E PINTO, 2016, p. 111).
Nota-se, portanto, na situação apresentada, que existe a relação entre classes, prestígios e poderes diferentes, os quais têm suas raízes no abastecimentode bens (poder aquisitivo) de cada grupo – na economia, como concorda Dias: “as classes sociais estão diretamente relacionadas com o mercado e as possibilidades de acesso que grupos na sociedade possuem a este” (DIAS, 2014, p. 185-186). Tendo os moradores de rua pouco ou nenhum acesso ao mercado, estão eles numa situação de desigualdade de classes comparada à do João.
2.2. EMPREENDEDORISMO
Após uma análise sociológica do tema aqui tratado, é importante definir conceitos administrativos – racionais, como aponta Weber, para que se possa concluir com eficácia o projeto em questão. O primeiro deles, a base de toda a ideia, é o empreendedorismo, bem como sua diferenciação do empreendedorismo social.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) define como empreendedor aquele que “inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da área do sonho, do desejo e parte para a ação” (2019); em consonância com tal conceito, Dornelas (2008, apud. CARELI et al., 2013, p. 3) define o empreendedorismo como “[...] o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto levam à transformação de ideias em oportunidades”. 
Por outro lado,
é consensual, na literatura académica, apontar como principal característica distintiva do empreendedorismo social a missão de criar e maximizar o valor social, por intermédio de atividades inovadoras, ao invés da geração de lucro inerente ao empreendedorismo (PARENTE et. al., 2011, p. 272).
Embora o projeto de João envolva lucro, seu objetivo principal não é este, mas, sim a maximização do valor social.
Antes de por em prática qualquer empreendimento, é preciso que se elabore um plano de negócios, o qual deve ser um estudo prévio do negócio a ser criado. Para Quadros (2004, p. 52), 
a elaboração de um Plano de Negócios ou Business Plan é uma etapa fundamental para o empreendedor que deseja criar uma empresa, não somente pela sua utilidade na busca de recursos, mas principalmente, como forma de sistematizar suas ideias e planejar de forma mais eficiente o seu negócio. Um plano de negócios bem feito aumentará muito suas chances de sucesso.
Sendo assim, o principal objetivo do Plano de Negócios, ainda segundo Quadros (2004, p. 52), é “orientar o empreendedor com relação às decisões estratégicas do negócio antes de iniciar o seu empreendimento, mostrando para onde ir, traçando um plano de ação em pequeno e médio prazo”.
Além de responder às perguntas: Quem são as pessoas envolvidas? Qual é a oportunidade? Qual o contexto onde estará inserido o negócio? Quais os riscos? (Sahlman, 2002), o plano de negócios deve focalizar, de forma objetiva, nos seguintes aspectos, segundo Quadros (2004, p. 55): 
· O que é o novo empreendimento, ou seja, a necessidade dos clientes, o público-alvo e a solução para tal necessidade;
· As características do setor, bem como do novo negócio, isto é, o quanto a empresa pode lucrar e crescer;
· O que há de novo no empreendimento, seu trunfo competitivo em relação à concorrência;
· Os detalhes financeiros, como fluxo de caixa, taxa interna de retorno e previsão de recuperação de investimento;
· A credibilidade e qualidade dos líderes do negócio, baseadas em sua experiência e também no próprio plano de negócios apresentado.
Embora haja consenso que o plano de negócios é diferente para cada tipo de empreendimento, Degen (1989, p. 186), traz uma lista geral de pontos que devem ser abordados na elaboração de um plano de negócios, sendo eles:
· Capa do plano: deve conter a denominação do novo negócio, sua finalidade, seu nome, endereço, telefone do futuro empreendedor que o está apresentando e a data em que foi elaborado; 
· sumário: descrições objetivas e resumidas de, no máximo, 2 páginas acerca do conceito do negócio e do conteúdo do plano como um todo. Ele é, na verdade, uma prévia do que estará por vir; 
· índice: deverá ordenar os temas e descrições em toda a apresentação; 
· descrição do negócio: deverá descrever as várias características do negócio, tais como as oportunidades e riscos, características, equipe gerencial, estratégia, localização, concorrentes e assim por diante; 
· análise financeira: deverá descrever, de forma simplificada, toda a movimentação monetária prevista para o período de vida pré-definido do negócio; 
· análise dos riscos: a análise dos riscos é a descrição dos possíveis problemas que podem pôr em risco a realização do mesmo; 
· documentos anexos: devem ser anexados todos os documentos e informações suplementares necessários à análise do plano de negócios. Exemplo: Curriculum vitae, cartas de referência, pesquisas de mercado, projeções financeiras, contrato social, registro de marcas e patentes, dentre outras coisas.
2.3. GESTÃO DE PROJETOS
Após a elaboração do plano de negócios, é preciso por em prática tudo aquilo que foi predeterminado no projeto. Para esse fim, é preciso que haja uma eficiente gestão de projetos. Costa (2013, p. 1) comenta que 
os resultados que o gerenciamento de projetos deixa para as empresas não ficam restritos ao produto, serviço ou resultado gerado, pois os efeitos produzidos pela implementação contínua de processos, o uso de determinadas ferramentas, procedimentos e técnicas e a forma como se dá a condução do processo de gerenciamento em si deixam marcas fortes e emblemáticas por onde passam, uma vez que os projetos são empreendidos em todos os níveis organizacionais.
Dessa forma, é imprescindível que a liderança seja exercida com responsabilidade, competência e eficiência, visto que essa “é a habilidade que o gerente de projetos tem em influenciar um grupo e dirigir a execução de suas atividades”, bem como “a capacidade de estabelecer metas e fazer cumpri-las” (JÚNIOR, 2001, p. 96). Sem essas qualidades, é quase impossível executar um projeto de maneira a melhor beneficiar o empreendimento.
É especialmente necessária a presença de um líder na situação-problema apresentada, uma vez que será preciso treinar não só os gerentes do negócio, como também toda a equipe – os moradores de rua, visto que eles, a priori, não têm capacitação para exercer a atividade de manusear lixos recicláveis. Para isso, os projetos internos dentro da empresa devem ser bem gerenciados, de modo a otimizar o tempo e atingir seus objetivos.
2.4. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Outro ponto a se atentar numa empresa é o desenvolvimento interpessoal tanto da gerência quanto de seus colaboradores. Um ambiente de trabalho saudável é um dos requisitos para o sucesso de um empreendimento. Para desenvolver tal ambiente, entretanto, é necessário que se desenvolvam competências. 
Ser competente é a combinação de conhecimento, habilidade e atitude, ou seja, engloba “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo” (FLEURY E FLEURY, 2001, p. 187).
Sendo assim, é imprescindível que os empreendedores, para construir um ambiente em que o comportamento organizacional flua num só sentido, sejam íntegros, dando o exemplo por ações, transmitindo confiança aos demais colaboradores, bem como inteligentes, visto que assim, poderão processar, analisar e transformar as informações em alternativas diversificadas, criando outras oportunidades (CINTRA E DALBEM, 2016, p. 60).
2.5. RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Cada vez mais se fala sobre o consumo sustentável de produtos e as empresas são o foco de tal atitude uma vez que, segundo Busch e Ribeiro (2009, p. 2), 
as empresas têm corresponsabilidade na solução dos problemas sociais e ambientais, pois têm poder político e habilidade de mobilizar recursos financeiros e tecnológicos para desenvolverem ações que podem ser replicadas pelos outros atores sociais.
Assim, a criação de uma empresa cujo objetivo é empregar moradores de rua é, na verdade, a aplicação de um caráter social, visto que essa atitude estabelece um compromisso com a sociedade 
expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente,de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com ela (ASHLEY, 2002 p. 6-7).
Tais pessoas poderão, a partir de então, trabalhar na confecção de artesanato ou na operação de máquinas recicladoras, sendo capacitadas e gerando um desenvolvimento pessoal e na carreira, abrindo portas para outras oportunidades e uma real mudança de vida, aumentando expressivamente o bem-estar social de tais indivíduos.
Para mais, além do desenvolvimento social proporcionado por tal empreendimento, é notório o quanto ele poderia diminuir a produção de lixo, visto que daria novos atributos a objetos de plástico, metal, papel e vidro. Tais materiais que poderiam contaminar florestas, rios e mares, agora serão reutilizados e não mais representarão um risco para todo um ecossistema.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É notória a influência das cinco matérias estudadas no semestre na situação-problema apresentada. Com este trabalho, fica claro que as ciências humanas e exatas são, na realidade, um complemento uma da outra. É necessário entender as bases da sociologia e antropologia humanas para que se construa um conhecimento mais denso sobre tudo o que rodeia o mundo contemporâneo.
Ao observar as teorias weberianas, observam-se os motivos que levam o indivíduo a tomar uma determinada atitude, uma ação social, a qual se baseia em como o outro a perceberá. A partir disso, cria-se toda uma interligação entre as desigualdades sociais e as relações de poder e dominação, sem as quais a configuração mundial mudaria expressivamente.
Voltando a atenção aos conceitos administrativos, entender o que é o empreendedorismo e como se difere do empreendedorismo social, aplicado à prática, demonstra quais são as perspectivas do mercado atual, como as exigências dos consumidores têm aumentado e como, num cenário cada vez mais competitivo, é importante dar atenção a um plano de negócios bem estruturado, o qual norteará o futuro de um empreendimento.
Dissertando-se sobre a gestão de projetos, esclareceu-se que do gestor demanda-se liderança, sem a qual não é possível estabelecer metas e cumpri-las. É preciso que os projetos sejam feitos com eficácia e eficiência de modo a trazer benefícios não só para o produto, como também para todos os âmbitos empresariais e tal feito só se dá com um líder competente.
Quanto ao comportamento organizacional, conclui-se que para se construir um ambiente saudável de trabalho é preciso que o líder desenvolva competências como integridade e inteligência, visto que com elas será possível contornar situações delicadas no ambiente de trabalho, criando novas oportunidades.
Por fim, este trabalho enfatizou que atualmente uma das maiores demandas das empresas é a responsabilidade socioambiental, devido à grande preocupação mundial com os assuntos referentes à desigualdade social e à degradação ambiental. Os empreendimentos, hoje, para terem sucesso, devem apresentar um plano socioambiental forte e coerente com a realidade na qual nos encontramos.
3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHLEY, P. A. et al. Ética e responsabilidade social nos negócios. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BUSCH, Susanna Erica; RIBEIRO, Helena. Responsabilidade socioambiental empresarial: revisão da literatura sobre conceitos. INTERFACEHS - Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente, São Paulo, v. 4, n. 2, 2009. Disponível em: <http://www.interfacehs.sp.senac.br/images/artigos/200_pdf.pdf >
CINTRA & DALBEM. Comportamento organizacional. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
CIZOTO, Sonelise Auxiliadora; DIÉGUES, Carla Regina Mota Afonso; PINTO, Rosângela de Oliveira. Homem, cultura e sociedade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 2005, apud. CIZOTO, Sonelise Auxiliadora; DIÉGUES, Carla Regina Mota Afonso; PINTO, Rosângela de Oliveira. Homem, cultura e sociedade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
COSTA, Helson. Gerenciamento de Projetos: as empresas precisam cada vez mais dele. Hescopo Publicações, 2013.
DEGEN, R. J. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
DIAS, Reinaldo. Fundamentos de sociologia geral. Campinas: Alínea, 2014.
DORNELAS, Jose Carlos Assis, Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elservier, 2008, apud. CARELI et al., O Empreendedorismo Corporativo como Estratégia Competitiva numa Organização. SEGeT, 2013, disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/32118289.pdf>.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o conceito de competência. Rev. adm. contemp.,  Curitiba ,  v. 5, n. spe, p. 183-196,    2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552001000500010&lng=en&nrm=iso>.
RABECHINI JÚNIOR, R. A importância das habilidades do gerente de projetos. Revista de Administração, v. 36, n. 1, p. 92-100, 2001.
MARTINS, C. B. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PARENTE, Cristina & Santos; Mónica & Chaves, Rosário & COSTA, Daniel. Empreendedorismo social: contributos teóricos para a sua definição. 2011. Disponível em: <http://web3.letras.up.pt/empsoc/index.php/produtos/category/11-artigos?download=9:parente-2011-empreendedorismosocial>
QUADROS, F. Z. Plano de negócios e a pequena empresa de base tecnológica: Um estudo de caso na incubadora de empresas do MIDI Florianópolis. 2004. 134 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
RAMOS, Alberto Guerreiro. A Sociologia de Max Weber: sua importância para a teoria e a prática da administração, Revista do Serviço Público, vol. 3, nº 2 /3 (agosto/setembro), 1946.
SAHLMAN, W. A. Como elaborar um grande plano de negócios. Coletânea Harvard Business Review: Empreendedorismo e Estratégia. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
SEBRAE. O que é ser empreendedor. 2019. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/o-que-e-ser-empreendedor,ad17080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD>
SHORES, E.; GRACE, C. Manual de portfólio: um guia passo a passo para o
professor. Porto Alegre: Artmed, 2001. 160p. apud. RANGEL, Jurema N. M. O portfólio e a avaliação no ensino superior. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 28, p. 145–160, 2003.
WEBER, Max. Economia e sociedade, v. 1. Brasília: Universidade de Brasília, 1991.

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