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Tanto em relação à biossíntese como em relação ao catabolismo, esse metabolismo nucleotídico vai ter seus impactos, sejam eles na biossíntese de ácidos nucléicos, bem como o impacto a nível de catabolismo. Vamos ver que no catabolismo das purinas, vamos ter como principal produto final da quebra o ácido úrico. Esse elemento vai ser norteador, pois pode servir como importante marcador bioquímico de algumas doenças. Com relação às pirimidinas, durante a sua quebra, a importância vai se refletir na produção de alguns dos intermediários do ciclo do ácido cítrico ou ciclo de krebs. A importância dos nucleotídeos ● São importantes para a síntese de DNA e RNA, que impactam diretamente na síntese de proteínas e na proliferação celular ● São elementos formadores de Coenzimas, como CoA, FAD ● Também podem fazer parte da composição de transportadores intermediários ativados, como a UDP-glicose e UDP-diacilglicerol ● Atuam como sinalizadores intracelulares, como o AMP cíclico, AMP e ADP ● Também podem atuar no fornecimento de energia das reações metabólicas como ATP e GTP Composição do DNA e RNA NUCLEOTÍDEOS DE PURINA Com relação aos nucleotídeos de purina, tanto a Guanosina quando a Adenosina apresentam as seguintes características gerais: ● A presença de um açúcar ● Uma base nitrogenada ● Grupo fosfato Então, para ser nucleotídeo, quimicamente é preciso ter esses três elementos. NUCLEOTÍDEO DE PIRIMIDINAS O nucleotídeo de pirimidina é mais simples, mas não menos importante. Em relação à base púrica, as bases de pirimidinas são mais simples, com apenas um anel. Como todo e qualquer nucleotídeo, esses também terão fosfato, açúcar e a base nitrogenada. Pode-se observar que na timidina há a presença de um grupo metila. A diferença em relação ao nucleotídeo que vai estar presente no RNA é a ausência desse grupo metila, que vai caracterizar a Uracila Quando o elemento é isento de grupo fosfato, recebe o nome de nucleosídeo. A ligação fosfodiéster que liga o grupo fosfato à pentose é muito importante. As outras duas ligações (circuladas em vermelho) são chamadas de ligações anidrido-fosfóricas. Da quebra de uma dessas ligações, vamos ter uma liberação de energia livre útil e suficiente para que a célula possa utilizar como combustível para realizar trabalho. É essa energia que vai direcionar os processos metabólicos de nosso organismo. BASES PÚRICAS E PIRIMÍDICAS Para a produção das bases púricas e pirimídicas e conseguinte termos a construção dos seus nucleotídeos e, por fim, esses nucleotídeos poderem fazer parte da constituição de ácidos nucleicos (DNA ou RNA), precisamos de algumas fontes. Essas fontes podem vir do processo metabólico e da dieta, onde vamos evidenciar rotas de recuperação que vão permitir a reutilização das bases pré-formadas. Em relação às bases púricas e pirimídicas podem ser produzidas endogenamente num processo que chamamos de síntese de novo. A maior parte dos constituintes dos ácidos nucleicos são sintetizadas pelo nosso organismo. Alguns elementos vão ter um papel de destaque na síntese de nucleotídeos, como é o caso da coenzima tetrahidrofolato. Consequentemente, haverá a necessidade de se obter ácido fólico (vitamina B9) na dieta. A forma de coenzima (forma ativa) do ácido fólico é o tetrahidrofolato. Deficiências nessa enzima irão acarretar em baixos níveis de tetrahidrofolato e isso vai impactar na biossíntese de nucleotídeos METABOLISMO DE NUCLEOTÍDEOS MARCOS FERREIRA ENFERMAGEM · UFPE Na nossa dieta, consumimos alimentos de origem animal que são fontes de DNA e RNA para nós. Esse DNA e RNA vão passar por um processo de quebra, inicialmente se faz necessário a desnaturação em pH ácido. Isso vai favorecer a ação das enzimas ribo e desoxirribonucleases pancreáticas (a nivel de intestino delgado) que vão se encarregar de quebrar as ligações fosfodiester (dentre outras) para que possa ocorrer a liberação de oligonucleotídeos de DNA ou RNA. Em seguida, vamos ter o ataque feito pelas fosfodiesterases pancreáticas que nesse caso começam a liberar monodesoxirribonucleotideos ou monorribonucleotideos. Então, pode-se ter ação das fosfatases ou mononucleotidases intestinais que vão liberar desoxirribonucleosídeos e ribonucleosideos. Se tivermos pirimidina nucleosídeo, ela pode passar por um ataque (especificamente hidrólise) de pirimidinas nucleosidases e, nesse processo, pirimidinas serão liberadas e por conseguinte o açúcar (seja ele a Deoxirribose ou D-ribose) no sistema. Se tivermos purina nucleosídeo, ela pode passar por um ataque (especificamente hidrólise) de purinas nucleosidases e, nesse caso, vamos ter a ação de um fosfato inorgânico necessário para o processo de quebra que vai culminar na liberação de purinas e de Deoxirribose 1-P (1 fosfato) ou da D-ribose 1-P. Esta é uma forma de termos bases púricas e pirimídicas em nosso organismo vindas da dieta. As purinas, se não forem utilizadas para biossíntese, serão catabolizadas e o produto final será o ácido úrico. CONSTRUÇÃO DE BASES PÚRICAS Síntese de nucleotídeos de purina O primeiro elemento a ser destacado é a molécula ribose-fosfato. As bases púricas são formadas em cima desse esqueleto de ribose-fosfato.→→ → → → → Então, essa ribose-fosfato vem da via das pentoses fosfato, que faz parte do metabolismo de carboidratos. Um dos elementos que são formados na via glicolítica é a glicose 6-fosfato, a partir da reação de fosforilação de glicose pela hexokinase à glicose 6 fosfato. Parte dessa Glicose 6-fosfato segue pela via glicólise normalmente, gerando piruvato (energia). Outra parte, será direcionada para a via das pentoses, uma via importantíssima na produção de NADPH (coenzima redutora importante para a produção de ácidos graxos) e também importante para a produção de ribose 5 fosfato. A ribose 5-fosfato vai servir como esqueleto para construção dos nucleotídeos púricos da base púrica. Mas como vai acontecer isso? A glicose 6-fosfato inicialmente precisa ser desidrogenase pela glicose 6-fosfato desidrogenase para gerar o composto 6-fosfogluconato. Nesse processo, quem vai atuar como aceptor de oxigênio vai ser o NADP, formando o NADPH. Aí já temos a demonstração da produção de NADPH pela via pentose fosfato. A seguir, temos a descarboxilação do 6-fosfogluconato para gerar a ribulose 5-fosfato. Desse processo de descarboxilação, associado com desidrogenação também temos produção de NADPH Essa ribulose 5-fosfato pode ser isomerizada pela fosfopentose isomerase e formar a ribose 5-fosfato. A partir daí, essa ribose 5-fosfato pode ser utilizada para a formação de nucleotídeos, pode atuar na formação de coenzimas de DNA e RNA. Para que ela sirva para a síntese de nucleotídeos, essa ribose 5-fosfato ainda precisa passar por uma ativação. Ela precisa ser ativada às custas de ATP pela enzima fosforribosil pirofosforilase, conhecida como PRPP sintetase. Essa enzima participa de várias ações de ribosilação. No exemplo da imagem, a enzima vai fosforilar a ribose 5-fosfato de forma bem simples. No entanto, essa fosforilação vai ser a adição de um grupo PPI(Pirofosfato no carbono 1 do açúcar). Agora, com o composto ativo, ele receberá o nome de 5-fosforibosil 1-pirofosfato. É a partir daí que vamos ter a construção da base púrica. O anel de purina é sintetizado de novo em células de mamíferos (síntese endógena) utilizando aminoácidos como doadores de carbono e nitrogênio e formil tetrahidrofolato e CO2 como doadores de carbono. Em adição, precisaremos do 5-fosforribosil 1-pirofosfato. No homem, todas as enzimas da síntese de purinas são citosólicas. SÍNTESE DO ANEL PÚRICO Vários substratos são necessários para a construção do anel púrico. Como: ● a doação de N pelo AA Aspartato ● Doação de C pelo CO2 ● Glicina, que vai ser fonte do esqueleto ● Metileno H4-Folato (metileno tetrahidrofolato) que vai ser fonte de C ● AA Glutamina, que vai ser fonte de Nitrogênios do grupo amida ● Outro Metileno H4-folato que vai doar outro carbono para o anel purico Obviamente, qualquer deficiência em um desses elementos irá impactar na construção do anel púrico. Essa via de biossíntese de purinas inicia com a produção de inosina 5’-monofosfato (IMP). A partir da construção do IMP é que vamos ter a formação dos nucleotídeos púricos propriamente dito. Para gerar a inosina 5’-monofosfato (IMP), haverá a necessidade de 10 passos metabólicos (10 reações) até chegar no IMP. Gasto de energia por meio de hidrólise do ATP será essencial para direcionar várias reações nesta via. Temos na imagem a representação passo a passo das 10 reações síntese de novo de purinas. Inicialmente, o fosforribosil pirofosfato chega após o processo de ativação e recebe um grupamento amino da Glutamina PRPP amidotransferase. Isso vai culminar em uma aminação, gerando agora o 5-fosfo-beta-d-ribosil-amino. Na próxima etapa, temos a participação da Glicina, que vai doar uma parte do esqueleto. Agora podemos evidenciar a construção do esqueleto da base púrica em cima do açúcar. A glicinamida-ribonucleotídeo vai ser o produto dessa reação catalisada pela GAR sintetase. Nesse processo ocorrerá gasto de ATP, por isso foi dito que as quebras de ATP serão essenciais para o direcionamento da via. A seguir, essa glicinamida-ribonucleotídeo vai passar por N-Formil-Tetrahidrofolato, que vai doar o grupo formil. A enzima GAR transformilase irá transferir esse grupo formila, formando a formilglicinamida-ribonucleotideo. Na próxima etapa, mais uma unidade de glutamina participará do processo. Durante esse evento, vamos ter gasto de energia e também a transferência do grupamento amina da glutamina. Tendo sido formada a formilglicinamida-ribonucleotideo, vamos ter o evento de fechamento do anel. A formilglicinamida-ribonucleotideo (ou FGAM Ciclase/AIR sintetase), vai se encarregar de fechar o anel e, quando fecha-se, o composto terá o nome de 5-aminoimidazole ribonucleotídeo (AIR). Vamos ter agora uma reorganização do processo de modo a favorecer a construção do outro esqueleto do segundo anel que compõe as purinas. Teremos a participação da enzima N5- CAIR SINTETASE que vai adicionar grupo carboxílico à um extenso gasto de ATP e adicionar grupo carboxílico ao grupamento amino do primeiro anel. Uma mutase irá transferir esse grupo carboxílico para o próximo carbono, gerando então o carboxiamino-imidazol ribonucleotídeo (CAIR). Consequentemente, o carboxiamino-imidazol ribonucleotídeo vai receber a contribuição do aminoácido aspartato, que vai doar boa parte de seu esqueleto carbonado e parte do nitrogênio que o compõem. Então, a enzima SAICAR sintetase vai ser responsável pela síntese do composto N-Succinil-5-aminoimidazol-4-carboxamida ribonucleotídeos), A seguir, teremos a quebra e liberação do esqueleto chamado de Fumarato, que vai nutrir o ciclo de krebs, atuando como um intermédiario do mesmo. Agora nós temos o composto intermediário 5-aminoimidazol-4-carboxamida ribonucleotideo (AICAR) Já próximo de fechar o segundo anel de purina, o grupo formil do Fomil Tetrahidrofolato vai ser inserido e, em seguida, o composto terá a denominação de N aminoimidazol-4 carboxamida. A seguir, vamos ter uma ação de desidratação com saída de H2O, favorecendo a formação de uma ligação covalente e finalizando a construção do anel púrico. Essa formação do anel púrico em cima do açúcar pentose vai gerar o primeiro nucleotídeo, que vai ser chamado de Inosina Monofosfato ou IMP A partir da IMP, tem-se a possibilidade de formar agora o AMP e/ou o GMP. O IMP, para formar AMP vai precisar da ação da enzima adenil-succinato-sintetase e nesse evento vai ter gasto energético do GTP e vamos necessitar do equeleto carbonado do Aspartato, que vai entrar numa porção do anel substituindo o Oxigênio, formando momentaneamente o composto adenilsuccinato que, por meio meio da enzima de quebra adenilsuccinato-liase vai liberar fumarato e então vamos ter a Aminação do IMP, que será convertido em outro tipo de nucleotídeo purico: AMP O IMP, para formar GMP, vai usar a enzima IMP desidrogenase que vai desidrogenar e o NAD vai captar o oxigênio e após isso, vai formar o composto chamado Xantosina Monofosfato. Parte da água vai participar da modificação do anel. Quando formar a Xantosina Monofosfato, a Glutamina vai doar seu grupo amino e a enzima que vai facilitar esse processo é Xantosina-Glutamina Amidotransferase e, por fim, teremos a formação do GMP REGULAÇÃO DA SÍNTESE DAS PURINAS Alguns elementos (em vermelho) estão sinalizando pontos de regulação que podem ser inibidores. P.ex.: em excesso de ADP, isso vai dar um indicativo de que o organismo está nutrido de ADP. Então, podemos ter inibições momentâneas sempre que houver excesso de algum produto, pode ocorrer uma parada momentânea. Uma coisa importante a se destacar é o processo de regulação da enzima PRPP amidotransferase. Esse processo se dá por meio de modulação alostérica. A enzima PPRP em sua forma ativa, quando na presença de grande quantidade de IMP ou GMP vai sofrer uma inativação, só que essa inativação corresponde à geração de um dímero, que vai sofrer transformações e passar por um processo de ativação quando tivermos um outro elemento que vai favorecer esse processo de ativação. O ativador da amidotransferase vai ser o PRPP. Via das pentoses muito ativa vai gerar muita ribose 5-fosfato. Por sua vez, a grande quantidade de de ribose 5-fosfato vai ser direcionada para vias de ativação. Ou seja, formação do fosforribosil pirofosfato e conseguinte para as rotas de biossintese de nucleotideos DEGRADAÇÃO DE NUCLEOTÍDEO PÚRICO Começando com o IMP, ele pode ser quebrado por uma nucleotidase, sai um fosfato inorganico, libera inosina no meio, que por sua vez pode passar por ação da enzima purina nucleosideo fosforilase, enzima essencial para a retirada do açucar na forma de ribose 1-fosfato e o intermediário que vai restar é a hipoxantina. A hipoxantina, por sua vez, vai passar pela ação da enzima xantina-oxidase. Nesse processo, vamos ter a geração de peróxido de hidrogenio e formação de Xantina. Xantina continua sofrendo ataques da xantina-oxidase e como resultado, sobra acido urico. Oprocesso do AMP é muito semelhante. Com relação ao GMP, será quebrado pela nucleotidase, liberando agua e fosfato inorganico. Resultado é a guanosina liberada, que vai ser atacada por uma fosforilase que vai liberar Ribosina 1-fosfato (um açucar), tendo como composto intermediario a Guanina. A guanina sera atacada por uma Aminohidrolase, que vai liberar xantina, que com a xantina-oxidase vai gerar acido urico XMP: Nucleotidase age liberando fosfato inorganico, liberando xantosina, que será fosforilada pela fosforilase, também vai liberar açucar ribose 1-fosfato e vai liberar xantina. REAÇÃO DA XANTINA OXIDASE A xantina oxidase age em duas etapas na conversão para ácido úrico. Ela tanto converte a hipoxantina oxidando ela inserindo um oxigênio em um anel, liberando peróxido de oxigênio. Em seguida, adiciona outro oxigenio na xantina e a transforma em ácido úrico. A importância desses processos de oxidação feitos pela Xantina Oxidase é tornar a hipoxantina/xantina mais solúvel para poder ser eliminada mais facilmente a nível de urina. ALOPURINOL: Inibidor da Xantina Oxidase Alguns pacientes possuem um decréscimo na produção de ácido úrico. Então, esses pacientes são denominados pacientes hiperuricêmicos por apresentarem hiperuricemia, um aumento da concentração plasmática de ácido úrico. Alguns tratamentos são feitos porque o excesso de ácido úrico pode favorecer a criação de depósitos e formações de cristais nas articulações. Um dos tratamentos para diminuir essa concentração, é o uso do alopurinol. O alopurinol é muito similar à hipoxantina. O alopurinol vai atuar como um inibidor competitivo competindo com a hipoxantina pela enzima xantina-oxidase Como o alopurinol está chegando em grande concentração, ele vai deslocar a hipoxantina do centro ativo da xantina-oxidase. Assim, a xantina-oxidase, em vez de converter a hypoxantina em ácido urico, vai converter o alopurinol em oxipurinol. E, nesse caso, esse composto será excretado facilmente, diminuindo os niveis de ácido úrico. REAÇÕES DE SALVAMENTO DE PURINAS: importante em tecidos extra-hepáticos ● Catabolismo de ácidos nucleicos e dieta que vai produzir bases livres; ● Síntese de novo ● Transferência de base livre ao PRPP: corresponde ao evento de salvamento dessas bases que ficaram livres. Enzimas responsáveis por favorecer esse salvamento: hipoxantina-guanina fosforribosil transferase e adenina fosforribosil transferase. ● Essas reações são muito importantes e a deficiencia principalmente da hipoxantina-gauanina fosforribosil transferase vai acarretar na Síndrome de Lesh-Nyhan Pacientes que não apresentam a Adenosina desaminase não vão conseguir converter adenosina em inosina. Essa adenosina vai se acumular e passar por modificações. Vamos ter acúmulo dessa adenosina e ela também pode se converter em 2-deoxi-adenosina e 2-o-metil-adenosina ou também, pode ser metilada. Esses produtos vão levar direta ou indiretamente à apoptose de linfócitos, resultando em ausência de Linf B, T e células NK, ou comprometimento de função dessas células. Essa deficiência vai levar à uma síndrome que é a Imunodeficiência Severa Combinada (ADA) ORIGEM DO ANEL PIRIMIDÍNICO Para a formação desse anel, há a necessidade de substratos. Para isso, ● o aminoácido glutamina irá ceder seu grupo amida; ● o aspartato vai doar seu esqueleto carbonado para a região correspondente aos carbonos 4 5 6 e Nitrogênio 1; ● e também será necessário o gás carbônico advindo do bicarbonato. Porém, para que tenhamos o início desse processo, além dos substratos, haverá a necessidade do composto Carbamil fosfato. Para a formação do carbamil fosfato, haverá a necessidade de utilizarmos bicarbonato e amônia. Todo esse processo para formar carbamoil fosfato corresponde ao evento de condensação, de forma geral, de gás carbônico e grupamento amino. Inicialmente o bicarbonato será ativado através do expensa de ATP, só que nesse caso o ATP vai doar o fosfato inorgânico e, quando tivermos a inserção desse fosfato inorgânico ao oxigênio, vamos ter a conversão de bicarbonato no composto intermediário denominado carboxifosfato Na próxima etapa, vamos ter o processo de aminação do carboxifosfato. Para isso, vamos ter a saída do fosfato inorgânico para entrada do grupo amino. Essa entrada do fosfato intermediário é necessária para deixar o oxigênio mais reativo e suscetível a receber o grupo amino. Então, ácido carbamico será formado no processo. Observemos que, quando a glutamina doar o grupo amina, será transformada em aminoácido. O ácido carbamico, a seguir, vai passar por mais uma interferencia do ATP, que vai doar acicionar fosfato inorgânico na porção da hidroxila do ácido carbamico, formando o composto de interesse que é o carbamoil fosfato. Tendo-se o carbamoil trifosfato, vamos ter agora condições de realizar a síntese de novo de pirimidina. Agora que temos carbamoil, vai entrar agora o elemento que vai doar o esqueleto carbonado ao primeiro nucleotídeo pirimidino, que é o aspartato. Da condensação de aspartato com carbamil fosfato, vamos ter a geração do composto N-Carboxamil aspartato. A enzima aspartato trans-carbamoilase vai se encarregar de transferir carbamoil para o aspartato, formando o N-Carboxamil Aspartato A seguir, ocorrerá uma reação de desidratação, saindo água para proporcionar a formação de ligação covalente entre o nitrogênio e o carbono. Esse composto intermediário é chamado de Diihidroorotato. A enzima chave desse processo de desidratação é a diihidroorotase. Diihidrooratato está suscetível a perder hidrogênio e vai perder. Agora, temos a possibilidade de algum elemento captar esse hidrogenio, de modo que vamos ter a conversão de NAD a NADH. Quando o hidrogênio sair do Diihidroorotato teremos mais uma formação de ligação dupla (onde está a setinha amarela) então, forma-se o Orotato. Agora, tem-se a seguinte situação: estamos prestes a formar o primeiro nucleotideo pirimidinico que dará origem aos outros. Como precisamos construir um nucleotideo como todo, precisamos adicionar a base ao açúcar pentose e adicionar em seguida o fosfato. O que precisamos agora é transferir o Orotato ao PRPP (em vermelho). Quando isso acontecer, ocorrerá a formação de um nucleotídeo denominado Orotidilato ou OMP (Oritidina 5’-monofosfato). A seguir, o orotidilato vai ceder seu grupo carboxilico e, quando perdê-lo, vai ser convertido ao Uridilato (ou UMP Uridina Monofosfato). Da saída do grupo carboxil, forma-se uma dupla ligação. Quem participa desse evento de descarboxilação é a enzima orotidilato descarboxilase A seguir, a UMP vai passar por ação de kinases que realizarão fosforilações do uridilato, formando a uridina 5’-trifosfato (ou UTP). A seguir, podemos ter a conversão dessa pirimidina à CTP (Citidina 5’-trifosfato). Para esse processo, será necessário a chegada de mais um substrato, que no caso será a glutamina, que libera glutamato, aminando esse composto. passando de UTP para CTP. Se temos a formação de um nucleotídeo pirimidínico, consequentemente esse nucleotídeo fará parte dos ribonucleotídeos. No entanto, temos a seguinte situação: Formou-senucleotídeos que dão origem à nucleotídeos, consequentemente agora eles podem ser convertidos a desoxirribonucleotídeos. Pela ação da enzima ribonucleotídeo redutase, a ribose dos nucleotídeos vai ser convertida em desoxirribose. Então, agora, teremos a conversão de CDP, UDP, GDP ou ADP podendo agora converter em sua versão desoxi (dCDP, dUDP, dGDP, dADP). Para que tudo isso aconteça, a enzima precisa ter elementos que auxiliam essa catálise, como (Fe, Mn, Enzimas, etc) Observemos que o timidilato pode ser obtido tanto a partir de CDP quanto de UDP. Para chegar ao produto que nos interessa, há a necessidade da ação de ribonucleotídeo redutase, em seguida, ação da nucleosídeo difosfato kinase, que favorece o processo de fosforilação e, a seguir, se tivermos o dUTP, ele seguirá para formar o timidilato. No entanto, se for o dCTP, precisaremos da desaminação, formação de dUTP, depois a dUTPase vai realizar a conversão de dUMP, que passa pela ação da timidilato sintase, que vai formar o nucleotídeo dTMP Para que tenhamos essa produção desse timidilato, será necessário a presença do folato. Então, a coenzima metileno tetrahidrofolato vai participar desse processo de biossíntese pq vai ser essencial para a ação da enzima timidilato sintetase. Então, dUMP vai ser convertido em dTMP. Essa conversão se dá devidp à metilação, transformando o nucleotídeo uridilato em timidilato. A enzima timidilato sintase é a enzima chave desse processo e é dependente do metileno tetra hidrofolato. Parte importante para destacar é o seguinte: quando o metileno tetrahidrofolato perde esse grupamento metila, ele vai ser convertido ao 7,8-diihidrofolato. Entretanto, há a necessidade de restabelecermos então o metilenotetrahidrofolato. O diitrofolato (circulado em amarelo) vai sofrer ação da diihdrofolato redutase, utilizando H do NADPH, que deixará como resultado NADP+. O hidrogenio vindo do NADPH vai formar o tetrahidrofolato. Para restaurar, precisa da adição do grupo metila, que virá do aminoácido Serina, que vai doar com ação da serina hidroximetil transferase e, como parte da sua composição tá sendo doada, a serina vai ser transformada no aminoácido glicina. Logo, o metilenotetrahidrofolato foi regenerado e está apto a ser utilizado em outras reações. A nível de terapêutica, existem os inibidores de timidilato (em rosa). A aminopiterina inibe a reconversão de diidrofolato à tetrahidrofolato, fazendo com que não tenhamos disponível o metileno tetrahidrofolato tão necessario para disponibilizar bases ou nucleotideos ativos para biossintese e genese do DNA. O fluorouracil, que quando entrar no organismo vai ser convertido em fluorodeoxyuridylato, que é um inibidor suicida e vai inibir em cheio a timidilato sintase, impedindo a conversão de dUMP para dTMP. DEGRADAÇÃO DO NUCLEOTÍDEO PIRIMIDÍNICO Na degradação do nucleotídeo púrico, o produto final é o ácido úrico. Já aqui, o resultado final não será descartado e tem grande importância energética, que pode ser Acetil-CoA ou Succinil-CoA. Acetil-CoA pode se juntar ao oxaloacetato para formar o citrato para dar inicio ao ciclo de Krebs aaa
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