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Segmentos vocálicos parte I (1)

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6 6 F o n é tica - A d e s c r içã o d o s s e g m e n to s v o c á lic o s
Tarefa
Acrescente à tabela fonética destacável o segmento correspondente ao dígrafo 
"Ih" em seu idioleto. Coloque o segmento escolhido na posição correspondente à 
lateral palatal (mesmo que você selecione a lateral palatalizada [lj] ou o segmento [y]).
Acabamos de investigar os segmentos consonantais que ocorrem em seu 
idioleto. Neste estágio você deverá ter a sua tabela pessoal dos segmentos fonéti-
cos consonantais que foi preenchida na tabela destacável à medida que você fez os 
exercícios desta seção. Guarde esta tabela pois ela será utilizada na segunda parte 
deste livro quando analisamos o português do ponto de vista fonêmico. Na próxi-
ma seção descrevemos um método de registrar segmentos vocálicos e discutimos o 
sistema vocálico do português brasileiro.
8. A descrição dos segmentos vocálicos
Apresentamos a seguir os parâmetros articulatórios relevantes na descrição dos 
segmentos vocálicos. Na produção de um segmento vocálico a passagem da corrente 
de ar não é interrompida na linha central e portanto não há obstrução ou fricção no trato 
vocal. Segmentos vocálicos são descritos levando-se em consideração os seguintes as-
pectos: posição da língua em termos de altura; posição da língua em termos anterior/ 
posterior; arredondamento ou não dos lábios. Vejamos cada um destes aspectos.
8.1. Altura da língua
Este parâmetro refere-se à altura ocupada pelo corpo da língua durante a articula-
ção do segmento vocálico. A altura representa a dimensão vertical ocupada pela língua 
dentro da cavidade bucal. Há um ponto alto em oposição a um ponto baixo e pode haver 
alturas intermediárias. Ladefoged (1984) propõe que a altura das vogais pode variar em 
quatro valores (de 1 a 4). Na descrição do português devemos considerar quatro níveis 
de altura: alta, média-alta, média-baixa, baixa. Alguns autores referem-se à altura em 
termos de abertura/fechamento da boca. Neste caso os quatro níveis de altura são: fe-
chada, meio-fechada, meio-aberta, aberta. Isto que dizer que os seguintes termos são 
equivalentes: alta=fechada, baixa=aberta (e os termos intermediários também são cor-
respondentes). Neste trabalho geralmente adotamos os termos: alta, média-alta, média- 
baixa, baixa. Faça os exercícios abaixo observando a posição da língua na dimensão 
vertical.
F o n é tica - A d e s c r iç ã o do s se g m e n to s v o c á lic o s 6 7
Exercício 1
1. Pronuncie em seqüência as vogais i e a. A posição da língua encontra-se mais
alta durante a posição de qual vogal? Classifique uma destas vogais^omo alta______ e
a outra como baixa_________ .
2. Pronuncie em seqüência as vogais ê (cf. “ipê”) e a. A posição da língua encon-
tra-se mais alta durante a posição de qual vogal? Classifique uma destas vogais como 
a lta_________ e a outra como baixa__________.
3. Pronuncie em seqüência as vogais ê (cf. “ipê”) e é (cf. “pé”). A posição da
língua encontra-se mais alta durante a posição de qual vogal? Classifique uma destas 
vogais como alta_________ e a outra como baixa__________.
4. Pronuncie em seqüência as vogais i (cf. “vi”); ê (cf. “ipê”); é (cf. “pé”) e a. 
Como temos quatro vogais classifique-as em quatro níveis de altura começando da
mais alta e indo para a vogal mais baixa, (nível 1: a lta )_________(nível 2: média-
a lta )_________ (nível 3: média-baixa)__________(nível 4: baixa)__________.
5. Pronuncie em seqüência as vogais ô (cf. “avô”) e ó (cf. “avó”). A posição da
língua encontra-se mais alta durante a posição de qual vogal? Classifique uma destas 
vogais como alta_________ e a outra como baixa__________.
6. Pronuncie em seqüência as vogais u (cf. “jacu”); ô (cf. “avô”); ó (cf. “avó”) 
e a. Como temos quatro vogais classifique-as em quatro níveis de altura começando da
mais alta e indo para a vogal mais baixa, (nível 1: a l ta )_________(nível 2: média-
a lta )_________ (nível 3: média-baixa)__________(nível 4: baixa)__________.
7. Assumimos que há quatro níveis de altura (1-4). As vogais |,e u são altas e
pertencem ao (nível 1). A vogal a é baixa e pertence ao (nível 4). Como você classifica 
as vogais ê (cf. “ipê”) e é (cf. “pé”) em termos do (nível 2) e (nível 3)? E como você 
classifica as vogais ô (cf. “avô”) e ó (cf. “avó”) em termos do (nível 2) e (nível 3)? 
(nível 2: média-alta)_________ (nível 3: média-baixa)__________.
8. Classifique as vogais i, ê (ipê), é (pé), a, ó (avó), ô (avô), u nas seguintes 
categorias:
A lta:_________ M édia-alta:__________ Média-baixa:_________ Baixa:_________ .
8.2. Anterioridade/Posterioridade da língua
Este parâmetro refere-se à posição do corpo da língua na dimensão horizontal 
durante a articulação do segmento vocálico. Divide-se a cavidade bucal em três partes 
simétricas. Uma parte localizada a frente da cavidade bucal (anterior) e uma parte loca-
6 8 F o n é tica — A d e s c riç ã o d os se g m e n to s vo c á lic o s
lizada na parte final da cavidade bucal (posterior). Entre estas duas partes tem-se uma 
parte central.
As três posições que podem ser assumidas pela língua são: anterior, central e 
posterior. Faça o exercício abaixo observando a posição do corpo da língua.
Exercício 2
1. Pronuncie em seqüência as vogais i e u. Observe a posição da língua durante a
articulação destas vogais. Classifique uma vogal como anterior:_______ e a outra
posterior:_____ .
2. Pronuncie em seqüência as vogais ê (cf. “ipê”) e ô (cf. “avô”). Observe a
posição da língua durante a articulação destas vogais. Classifique uma vogal como 
anterior:_____ e a outra como posterior:________.
3. Pronuncie em seqüência as vogais é (cf. “pé”) e ó (cf. “avó”). Observe a
posição da língua durante a articulação destas vogais. Classifique uma vogal como 
anterior:_____ e a outra como posterior:_________.
4. Classifique as vogais i, e (ipê), é (pé), a, ó (avó), ô (avô), u nas seguintes
categorias (note que a vogal a já encontra-se classificada como uma vogal central): 
Anterior:_______________ Central: a Posterior:__________________.
8.3. Arredondamento dos lábios
Durante a articulação de um segmento consonantal os lábios podem estar esten-
didos (distensos) ou podem estar arredondados. Estes dois parâmetros são suficien-
tes para a descrição dos segmentos vocálicos.
Exercício 3
1. Pronuncie as vogais i, ê (ipê), é (pé), a, ó (avó), ô (avô), u. Observe a posição 
dos lábios durante a articulação destas vogais. Classifique estas vogais como arredon-
dadas: e como não-arredondadas:___________________ .
A tabela abaixo ilustra a relação entre o arredondamento (ou não) dos lábios e a 
altura da língua na articulação de segmentos vocálicos. Mais especificamente, ilustra- 
se a posição a ser assumida pelos lábios em termos dos diferentes graus de altura que 
podem ser assumidos pela língua.
F o n ética — A d e s c riç ã o do s s e g m e n to s v o c á lic o s 6 9
Lábios estendidos Lábios arredondados
Alta <=> O
Média-alta <=> o
Média-baixa o O
Baixa O O
A seguir apresentamos um quadro fazendo uso dos símbolos adotados pela As-
sociação Internacional de Fonética para a transcrição dos segmentos vocálicos. Note 
que há quatro graus de altura. Em sistemas vocálicos em que apenas três graus de 
altura são relevantes, temos as seguintes categorias para a altura da língua: alta, 
média e baixa. Você deverá utilizar os critérios articulatórios descritos acima para 
caracterizar os segmentos vocálicos do quadro. Por exemplo a vogal [ui] difere-se 
da vogal [u] somente quanto ao arredondamento dos lábios. Temos então que [m] é 
um [u] produzido com os lábios estendidos. Da mesma maneira a vogal |y] difere-se 
da vogal [i] somente quanto ao arredondamento dos lábios (que são arredondados 
em [y]). Temos então que [y] é um [i] produzido com os lábios arredondados. Se-
guindo os critérios articulatórios tente pronunciar as vogais ilustradas abaixo.
arred
anterior
não-arred arred
central
não-arred
posterior
arrect não-arred
alta y i i u UImédia-alta 0 e 0 0 0 r
média-baixa oe 8 G 3 0 A
baixa (E ae a a D
Figura 8: Classificação das vogais quanto ao arredondamento dos lábios, anterioridade/ 
posterioridade e altura
Das vogais listadas acima selecionamos sete que ocorrem em posição tônica no 
português:
7 0 F o né tica — A r tic u la ç õ e s s e c u n d á ria s d o s s e g m e n to s v o c á lic o s
Símbolo Exemplo
li] vi ['vi]
[e] ipê [i'pe]
[e] pé l 'p e ]
[a] pá l'pa]
[0] avó [a'v3]
[o] avô [a'vo]
[u] jacu l3 a'ku]
Para precisarmos exatamente a descrição de uma vogal podemos utilizar um dos 
diacríticos abaixo.
 ̂ mais alto 
 ̂ mais baixo 
h retraído 
avançado
qualidade mais alta 
qualidade mais baixa 
qualidade mais posterior 
qualidade mais anterior
A presença de um destes diacríticos indicará a alteração da qualidade da vogal 
que estamos descrevendo em relação a uma vogal cardeal tomada como referência. Os 
diacríticos são colocados abaixo dos símbolos fonéticos utilizados para caracterizar um 
segmento vocálico. Por exemplo, um símbolo como [ i ] indica que tomamos como 
referência [i], mas que há uma qualidade vocálica mais retraída ou posterior. Se quiser-
mos indicar que a vogal que estamos descrevendo é mais retraída e também mais baixa 
devemos colocar os diacríticos ̂ e t abaixo dos símbolo da vogal que tomamos como 
referência. Procedemos a seguir a descrição das propriedades articulatórias ou articula-
ções secundárias das vogais que contribuem para uma descrição mais precisa dos seg-
mentos vocálicos.
9. Articulações secundárias dos segmentos vocálicos
Discutiremos algumas das propriedades articulatórias secundárias observadas 
durante a produção de segmentos vocálicos. Tomamos como referência para a descri-
ção apresentada a seguir os trabalhos de Abercrombie (1967) e Cagliari (1981).
F o n é tica — A r tic u la ç õ e s s e c u n d á ria s d o s s e g m e n to s v o c á lic o s 71
9.1. Duração
A duração de um determinado segmento só pode ser medida comparativamente 
em relação a outros segmentos. Em outras palavras, a duração é uma medida relativa 
entre segmentos. Os diacríticos abaixo são utilizados para marcar a duração dos seg-
mentos vocálicos. Todos os exemplos são ilustrados com a vogal a, mas os diacríticos 
podem acompanhar qualquer segmento vocálico. Por exemplo: [a:] duração longa; [a.] 
duração média; [a] duração breve.
Se em uma determinada língua a duração não se faz relevante, o símbolo utilizado 
sem nenhum diacrítico corresponderá às vogais daquela língua. Isto porque a duração é 
obrigatoriamente comparativa. Outros fatores, como o acento tônico, por exemplo, in-
fluenciam na duração de uma vogal. Assim, vogais acentuadas tendem a ser mais lon-
gas. Se este for o caso na língua a ser descrita, pode-se assumir que a duração é causada 
pelo acento e não em oposição a outras vogais do sistema daquela língua. Em algumas 
línguas a duração é extremamente importante na produção dos segmentos vocálicos, 
como o inglês por exemplo. Note que em inglês as palavras têm significados diferentes 
se a vogal for longa ou breve: “to leave”sair [ li: v] e “to live”viver [liv]. Em português 
este não é o caso, embora as vogais acentuadas sejam percebidas como mais longas em 
relação as vogais não acentuadas (cf. Cagliari & Massini-Cagliari (1998)).
9.2. Desvozeamento
Normalmente, segmentos vocálicos são vozeados, isto é, durante a sua produção 
as cordas vocais estão vibrando. Contudo, segmentos vocálicos podem ser produzidos 
com a propriedade articulatória secundária de desvozeamento. Neste caso, as cordas 
vocais não vibram durante a produção da vogal (de maneira análoga a consoantes 
desvozeadas). Faremos uso de um pequeno círculo colocado abaixo do segmento vocálico 
para caracterizar a propriedade secundária de desvozeamento. Assim,4a] caracteriza o 
segmento [a] com a propriedade de desvozeamento. Em português o desvozeamento de 
segmentos vocálicos geralmente ocorre em vogais não acentuadas em final de palavra, 
como por exemplo as vogais finais das palavras “pata, sapo, bote”.
9.3. Nasalização
Se durante a articulação de uma vogal ocorrer o abaixamento do véu palatino, 
parte do fluxo de ar penetrará na cavidade nasal sendo expelido pelas narinas e produ-
zindo assim uma qualidade vocálica nasalizada. Faremos uso de um til, isto é [ ~], 
colocado acima do segmento vocálico para marcar a nasalidade. Assim, [ã] caracteriza 
o segmento [a] com a propriedade de nasalização.
Ressaltamos que a nasalidade (causada pelo abaixamento do véu palatino) e a altura 
da língua na articulação das vogais estão intimamente relacionadas. Para uma vogal que 
é articulada com a língua na posição elevada - como i ou u - ser nasalizada, é necessário 
apenas um pequeno abaixamento do véu palatino permitindo então o acesso do fluxo de 
ar à cavidade nasal. A configuração do trato vocal é portanto bastante semelhante durante
7 2 F o nética — A r tic u la ç õ e s s e c u n d á r ia s d o s s e g m e n to s v o c á lic o s
a produção das vogais i e u orais e das vogais i e u nasais. As vogais articuladas com o 
gradativo abaixamento da língua necessitam de um abaixamento também gradativo do 
véu palatino, de modo que haja a integração da cavidade faríngea com a cavidade 
nasofaríngea. Portanto, uma vogal que seja articulada com a língua na posição mais abai-
xada possível - como a - necessita de um abaixamento relativamente grande do véu 
palatino para que seja percebida como nasalizada. A configuração do trato vocal é bastan-
te diferente durante a produção da vogal a oral e da vogal a nasal.
9.4. Tensão
Segmentos tensos estão em oposição a segmentos frouxos (ou lax). Um seg-
mento tenso é produzido com maior esforço muscular do que um segmento frouxo. 
Segmentos frouxos ocorrem no português brasileiro em vogais átonas finais: “patu, 
safari” . As vogais altas frouxas (e átonas postônicas) em “patu, safari” podem ser 
contrastadas com as vogais altas tensas (e tônicas) em “jacu, saci” .
O recurso descritivo apresentado acima é amplamente utilizado na caracterização 
dos sistemas vocálicos. Este sistema agrupa as vogais em relação às seguintes caracterís-
ticas: a) arredondamento ou não dos lábios; b) anterioridade ou posterioridade da posi-
ção da língua (que também pode ser central); e c) quanto à altura da língua, que pode ser 
dividida entre três ou quatro grupos dependendo do sistema vocálico em questão. Há, 
contudo um outro método de descrição dos segmentos vocálicos que se denomina Méto-
do das Vogais Cardeais. Aspectos teóricos e metodológicos de tal método são apresenta-
dos em Abercrombie (1967) e Cristófaro Silva (1999b). O Método das Vogais Cardeais 
utiliza critérios auditivos e articulatórios na descrição dos segmentos vocálicos.
Do ponto de vista de classificação, as vogais são categorizadas quanto a três 
parâmetros na seguinte ordem: (altura+anteriorídade+arredondcimento). Assim, a clas-
sificação da vogal [i] é: “vogal alta anterior não-arredondada”. Propriedades articulatórias 
secundárias - duração, vozeamento, nasalização e tensão - são indicadas como último 
item na classificação. Assim, um segmento como [i] é classificado como “vogal alta 
anterior não-arredondada nasal”. As vogais nasais [ê,õ] são classificadas como “vogal 
média anterior (ou posterior) nasal” . A omissão da categoria “média-alta” (em favor de 
média apenas) será justificada posteriormente.
Exercício 4
Classifique as vogais abaixo seguindo os dois primeiros exemplos. Note que a ordem 
notacional é quanto à altura, anterioridade-posterioridade, arredondamento e nasalidade 
(omitimos o parâmetro de nasalidade quando este não ocorre).
1. [i] vogal alta anterior não-arredondada
2. [i] vogal alta anterior não-arredondada nasal
3. [ej _____________________________________________________________
4. lei ____________________________________________________________
5. [8] ___________________________________________________________
F o n é tica — D ito n g o s 7 36. [a]
7. [ã]
8. [3 ]
9. [o]
10. [õ]
11. [u]
12. [2]
Dê o símbolo
i. n ] vogal
2. [ ] vogal
3. [ ] vogal
4. í ] vogal
5. [ ] vogal
6. [ ] vogal
7. [ ] vogal
8. [ ] vogal
9. [ ] vogal
io. r 1 vogal
Exercício 5
da vogal correspondente às classificações abaixo. Siga o exemplo
alta anterior não-arredondada nasal 
alta posterior arredondada nasal 
baixa central não-arredondada 
média-baixa anterior não-arredondada 
média-alta anterior não-arredondada 
média-baixa posterior arredondada 
média-alta posterior arredondada 
alta anterior não-arredondada 
baixa central não-arredondada nasal 
alta posterior arredondada
10. Ditongos
Ditongos são geralmente tratados como uma seqüência de segmentos. Um dos 
segmentos da seqüência é interpretado como uma vogal e o outro é interpretado como 
“semivocóide, semicontóide, semivogal, vogal assilábica” ou de “glide”. Faremos uso 
do termo glide em detrimento destes outros termos (pronuncia-se “gl[ai]de”). Apre-
sentamos a seguir um recurso descritivo da fonética para a caracterização de ditongos.
Do ponto de vista fonético o que caracteriza um segmento como vocálico ou 
consonantal é o fato de haver ou não obstrução da passagem da corrente de ar pelo trato 
vocal. Segmentos vocálicos apresentam a passagem livre da corrente de ar. Segmentos 
consonantais apresentam obstrução ou fricção. Glides podem apresentar características 
fonéticas de segmentos vocálicos ou consonantais. É a função dos segmentos na estru-
tura sonora que justifica a análise mais adequada para os glides em cada língua em 
particular. Em português, classificamos os glides como segmentos vocálicos. A análise 
que justifica tal proposta é discutida na parte de Fonêmica.
Um ditongo é uma vogal que apresenta mudanças de qualidade continuamente 
dentro de um percurso na área vocálica. As vogais que não apresentam mudança de

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