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Terapêutica em Odontologia Terapêutica em pacientes especiais Pacientes especiais em Odontologia • Número de pacientes vem crescendo cada vez mais • Profissional deve estar habilitado para atender com segurança • Pacientes ASA II, ASA III ou ASA IV Atendimento de Gestantes • Gengivite gestacional - Deficiência nutricional - Imunodepressão - Aumento da vascularização periodontal pela presença de progesterona Deve-se fazer o controle e remoção de placa, além de motivação para IHB de qualidade. • Estreitar relação com o GO • Atentar para o tipo de procedimento a ser realizado • Realizar intervenções em período adequado Tipos de procedimentos • Qualquer tipo de procedimento que seja necessário pode ser realizado - Exodontias simples - Tratamento periodontal básico - Tratamento endodôntico - Colocação de prótese Época para o atendimento • 1° trimestre: - NÃO adequado - Indisposição -Vulnerabilidade do feto • 2° trimestre: - ADEQUADO - Organogênese completa - Disposição - Hipotensão postural • 3° trimestre: - Não adequado - Desconforto e inchaço - Falta de ar em posição supina - Aumento da frequência urinária Risco potencial de fármacos para o uso Anestesia local • Associar vasoconstrictores às soluções anestésicas a fim de diminuir a toxicidade e aumentar o tempo de anestesia • Optar por fármacos de metabolização anestésica mais rápida • Lidocaína é a mais indicada para uso em gestantes • Hipertensas: mepivacaína (3% - sem vaso) • Prilocaína é contra-indicada pelo risco de metemoglobinemia Controle da dor e inflamação • Remoção da causa • Necessidade de analgesia: Paracetamol (risco B) 500 – 750 mg, 6h/6h, qualquer período da gestação • Dipirona: avaliar risco/benefício (Risco B) - Uso restrito ao 2° trimestre • Opióides: categorias C e D - Devem ser evitados pois podem causar anomalias congênitas e depressão respiratória • AINEs e aspirina (Categoria C e D) são contra-indicados - Prolongamento do trabalho de parto e hemorragias • Necessidade do uso de anti- inflamatórios: - Glicocorticóides (categoria C) - Preferir dexametasona ou betametasona - 2 a 4 mg em dose única - Administração pela manhã Tratamento de infecções bacterianas • Remoção do agente causal • Associação com antibióticos em casos de sinais de disseminação • Amoxicilina (categoria B) - Atóxicas - Agem em estruturas específicas da bactéria - 500mg, 8/8h, 7 dias • Pacientes alérgicas à amoxicilina - Azitromicina (B) 500mg, 24/24h - Clindamicina (B) 300mg, 12/12h • Associação com metronidazol (Categoria B) - 250 ou 400mg, 8/8h • Tetraciclina (Categoria D) - Anormalidades esqueléticas Atendimento odontológico à portadores de doenças cardiovasculares Uso de anestésicos com vasoconstrictores • Epinefrina • Aumento da FC e DC • Contraindicados em indivíduos com isquemia • Pode causar irritação nas células do nodo atrioventricular e causar disritmia • Mesmo assim, a associação de anestésicos com epinefrina não é contra- indicação absoluta para esses pacientes • Controle da dor • Situações de estresse aumentam em 40x a liberação de catecolaminas • Aumento da demanda de O2 no miocárdio • O objetivo principal do atendimento odontológico desses pacientes é reduzir a descarga de catecolaminas em resposta ao estresse - Sedação mínima - Técnicas de condicionamento psicológico - Segurança profissional Situações que contra-indicam a epinefrina • Usar AL com VC • Usar AL sem VC Contraindicações da epinefrina • Hipertensos - PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg • História de infarto do miocárdio - Sem liberação para atendimento odontológico por parte do cardiologista • Menos de 6 meses após AVCs ou IAM • Cirurgia cardíaca recente ou colocação de stents; Angina instável • Arritmias cardíacas; ICC não tratada ou não controlada • Hipertireoidismo não controlado; Feocromocitoma • Paciente que fazem uso de contínuo de anfetaminas ou de drogas ilícitas (cocaína, crack) • Pacientes que fazem uso de inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e fenotiazínicos - Aumentam a concentração de adrenalina circulante ** Usar mepivacaína 3% sem VC Uso de antibacterianos • Não há contra-indicações para uso de nenhuma classe específica • Atentar para a necessidade de profilaxia antibiótica Contato com o médico Atendimento odontológico a pacientes diabéticos Anamnese dirigida 1. Você está sendo acompanhado pelo médico regularmente? 2. Quando foi feito o último exame de glicemia e da hemoglobina glicada? 3. De quais medicamentos você faz uso? 4. Diariamente, qual é a sua dieta alimentar? 5. Recentemente, você teve alguma complicação decorrente da doença? Cuidados pré-operatórios • Certifique-se de que o paciente não está em jejum • Avalie a glicemia, se necessário • Atendimentos devem ser realizados pela manhã • Controle da pressão arterial se faz importante Anestesia local • Epinefrina tem ação oposta à insulina - Hormônio hiperglicêmico • Efeitos adversos podem existir em pacientes que dependem da insulina • Não há contraindicação de uso em pacientes controlados • Atentar para as doses diárias e para as quantidades de tubetes Controle da dor e inflamação • Dor leve a moderada - Paracetamol • Controle da inflamação e edema - 1 a duas doses de dexametasona - Tratamento prolongado pode causar hiperglicemia • AINES - Hiperglicemia por competição pelo sítio de ligação à proteínas plasmáticas da glicose Controle de infecções • Profilaxia antibacteriana deve ser realizada em pacientes descompensados • Infecções bacterianas devem ser tratadas de forma agressiva - Relação direta entre Diabetes e infecções • Terapia antibacteriana não difere daquela empregada à pacientes ASA I, independente do controle da doença • Em tratamentos prolongados, deve-se ter o cuidado para evitar surgimento de infecções fúngicas secundárias Atendimento odontológico a pacientes hepatopatas • Anamnese dirigida ao paciente • Contato com o médico - Plano de tratamento - Fármacos a serem usados - Alternativas • Objetivo de controlar infecção de dor - Evitar jejum - Evitar o atendimento de pacientes no período menstrual • Restaurações de amálgama são contraindicadas • Anestesia local - Preferir bupivacaína e prilocaína - Diminui a taxa de metabolização hepática Controle da dor e inflamação • Preferência pela dipirona • Alérgicos a dipirona podem tomar paracetamol respeitando a metade da dose máxima diária (4g) • AINEs recomendados: ibuprofeno e meloxicam - Metabolização hepática insignificante • Dexametasona pode ser utilizada - Dose única ou duas doses Controle da infecção • Amoxicilina é a mais indicada - Pacientes alérgicos devem tomar azitromicina ou clindamicina • Uso do metronidazol - Avaliar risco/benefícios, pois apresenta extensa metabolização hepática • Antifúngicos sistêmicos são contra-indicados - Deve-se estender a terapia local o máximo possível Atendimento odontológico de pacientes nefropatas Cuidados gerais • Contato prévio com o nefrologista • Avaliar hemograma e coagulograma • Avaliação da PA durante todo o procedimento • Tratamento odontológico que objetiva a solução da infecção - Hemólise, secreção de cortisol e hiperglicemia - Progressão da ISR Anestesia local • Empregar volumes reduzidos (2 tubetes por sessão) • Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 • Contraindicação de epinefrina:prilocaína 3% com felipressina • Mepivacaína não é indicada pois possui extensa excreção renal Controle da dor e inflamação • Dores leves: dipirona ou paracetamol • Dores moderadas a intensas: tramadol (10 mg 12/12h) • Evitar uso de aspirina • Evitar os AINEs - Inibição da COX leva à injúria renal, aumento da PA e agravamento da ISR • Dar preferência à dexametasona - Dose única ou período curto Controle de infecções • Doença renal leve: sem necessidade de ajuste de dose • Amoxicilina, metronidazol, claritormicina, azitromicina e clindamicina • Evitar tetraciclinas e as cefalosporinas - Potencial nefrotóxico Hemodiálise – precauções adicionais • Avaliar a capacidade de tolerância do paciente aos procedimentos mais invasivos ou de maior duração (use o bom senso) • Na avaliação da pressão arterial, nunca empregar o braço que contém a fístula arteriovenosa necessária às sessões de hemodiálise • Realizar atendimentos após 24h da hemodiálise - Paciente em hemodiálise recebe heparina para facilitar a passagem do sangue pela máquina Hemodiálise – Uso de antibióticos • Azitromicina e a clindamicina não necessitam de ajuste das doses ou aumento do intervalo • O intervalo entre as doses de amoxicilina poderá ser mantido a cada 8 horas ou ajustado para cada 12 ou 24 horas. • O metronidazol não requer ajustes nas doses quando empregado por tempos curtos (máximo de 7 dias) - Se o clearence de creatina é < 10ml/min, SEMPRE considerar a dose de 250mg Pós-transplante • Adequação bucal prévia ao transplante - Foco de infecção pode aumentar a chance de rejeição • Procedimentos eletivos devem ser realizados após 6 meses do transplante • Urgências odontológicas devem ser atendidas em ambiente hospitalar • Considerar profilaxia antibiótica devido o uso de imunossupressores - Bacteremia transitória podem resultar em glomerulonefrite Atendimentos odontológicos de pacientes asmáticos Anamnese dirigida 1. De qual tipo de asma você é portador? (Leve – intermitente e persistente; moderada ou severa) 2. Qual era a sua idade quando a asma foi diagnosticada? Quais mudanças você percebeu desde então? 3. Você tem algum tipo de alergia? 4. Quais medicamentos você utiliza para o tratamento da asma? 5. Você se sente ansioso ou com medo quando vem ao consultório? 6. Você passou por alguma crise ou complicação recente? Como foi tratada? 7. O que provoca seus ataques de asma? Cuidados gerais • Anestesia local com lidocaína e epinefrina - Relaxamento musculatura bronquiolar - Se o paciente relata alergia, empregar prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/ml • Para controle da dor, utilizar paracetamol ou dipirona • Para controle do edema: glicocorticóides - AINES são contraindicados
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