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Aula11 - Regime Disciplinar Diferenciado_bGVzc29uOjIyMzE5

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1
Curso	Ênfase	©	2019
EXECUÇÃO	PENAL	–	FELIPE	ALMEIDA
AULA11	-	REGIME	DISCIPLINAR	DIFERENCIADO
1.	REGIME	DISCIPLINAR	DIFERENCIADO	(RDD)
Trataremos	 do	 Regime	 Disciplinar	 Diferenciado	 (RDD)	 ou	 regime	 especial
punitivo.	Na	Lei	de	Execuções	Penais,	há	uma	modalidade	de	sanção	disciplinar	que	é
justamente	 a	 inclusão	 do	 preso	 no	 denominado	 RDD.	 O	 RDD	 foi	 incluído	 pela	 Lei
10.792,	no	ano	de	2003.	O	artigo	52	passou	a	ter	a	seguinte	redação:
Art.	 52.	 A	 prática	 de	 fato	 previsto	 como	 crime	 doloso	 constitui	 falta	 grave	 e,
quando	 ocasione	 subversão	 da	 ordem	 ou	 disciplina	 internas,	 sujeita	 o	 preso
provisório,	 ou	 condenado,	 sem	 prejuízo	 da	 sanção	 penal,	 ao	 regime	 disciplinar
diferenciado,	com	as	seguintes	características:
I	 -	 duração	máxima	de	 trezentos	e	 sessenta	dias,	 sem	prejuízo	de	 repetição	da
sanção	por	nova	falta	grave	de	mesma	espécie,	até	o	limite	de	um	sexto	da	pena
aplicada;
II	-	recolhimento	em	cela	individual;
III	 -	visitas	semanais	de	duas	pessoas,	sem	contar	as	crianças,	com	duração	de
duas	horas;
IV	-	o	preso	terá	direito	à	saída	da	cela	por	2	horas	diárias	para	banho	de	sol.
§	1º	O	regime	disciplinar	diferenciado	também	poderá	abrigar	presos	provisórios
ou	condenados,	nacionais	ou	estrangeiros,	que	apresentem	alto	risco	para	a	ordem
e	a	segurança	do	estabelecimento	penal	ou	da	sociedade.
§	 2º	 Estará	 igualmente	 sujeito	 ao	 regime	 disciplinar	 diferenciado	 o	 preso
provisório	ou	o	condenado	sob	o	qual	recaiam	fundadas	suspeitas	de	envolvimento
ou	 participação,	 a	 qualquer	 título,	 em	 organizações	 criminosas,	 quadrilha	 ou
bando.
Inicialmente,	 cumpre	 ressaltar	 que	 existem	 três	 modalidades	 de	 regime
disciplinar	 diferenciado.	 Temos	uma	primeira	modalidade,	 que	é	 a	 prevista	 no	caput,
denominada	pela	doutrina	de	regime	disciplinar	dif erenciado	sancionatório	ou
punit ivo ,	 ou	 seja,	 é	 o	 RDD	 decorrente	 de	 sanção	 disciplinar.	 Há	 duas	 outras
modalidades	 de	 RDD	 que	 são	 aquelas	 previstas	 nos	 §§1º	 e	 2º,	 considerados	 pela
doutrina	como	modalidades	cautelares	do	regime	disciplinar	dif erenciado .
Tratam-se	de	modalidades	cautelares	em	razão	de	não	decorrerem	da	prática
de	falta	disciplinar,	como	no	caput	do	artigo	52,	que	é	a	modalidade	sancionatória	ou
punitiva.	 No	 caso	 do	 §1º,	 basta	 que	 o	 preso	 apresente	 alto	 risco	 para	 ordem	 e	 a
Execução	Penal	–	Felipe	Almeida
Aula11	-	Regime	Disciplinar	Diferenciado
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Curso	Ênfase	©	2019
segurança	do	estabelecimento	penal	ou	da	sociedade	para	que	ele	possa	ser	inserido
no	 regime	 disciplinar	 diferenciado.	 Tanto	 no	 §1º	 quanto	 no	 §2º	 existem	 verdadeiras
modalidades	 de	 RDD	 cautelar,	 o	 que	 faz	 com	 que	 parcela	 da	 doutrina	 apresente
críticas	bastante	contundentes	com	relação	a	essas	duas	modalidades	cautelares.
Ainda	 que	 haja	 críticas	 de	 natureza	 criminológica	 com	 relação	 à	 modalidade
sancionatória	ou	punitiva,	em	relação	a	um	regime	mais	duro	do	que	o	da	própria	pena
privativa	 de	 liberdade,	 assim	 como	 outros	 aspectos	 controvertidos,	 é	 certo	 que	 as
modalidades	dos	§§	1º	e	2º	despertam	críticas	por	parte	da	doutrina	na	medida	em	que
elas	 não	 resultam	 de	 prática	 de	 falta	 disciplinar.	 Elas	 são,	 na	 verdade,	modalidades
cautelares	 que,	 em	 última	 análise,	 acabam	 atribuindo	 ao	 condenado	 ou	 ao	 preso
provisório	um	estigma	do	qual	sequer	é	possível	defender-se.
Parte	da	doutrina	costuma	afirmar	que	se	trata	de	Direito	Penal	do	inimigo,	em
vista	que	se	estabelece	uma	modalidade	de	sanção	disciplinar	sem	que	o	sujeito	tenha
praticado	sanção	disciplinar,	ou	seja,	é	dado	um	tratamento	diferenciado	àqueles	que
são	 considerados	 inimigos	 do	 estado,	 tal	 como	 esse	movimento	 de	 política	 criminal
denominado	de	Direito	Penal	do	inimigo,	que	remonta	às	teorias	de	Jakob	da	escola	de
Bonn.
Há	autores	que	criticam	essas	modalidades	que,	em	última	análise,	 violarão	a
própria	 ampla	 defesa	 e	 o	 contraditório	 na	 medida	 em	 que	 não	 há	 nenhum	 fato
criminoso,	não	há	nenhum	inquérito	policial	deflagrado,	não	há	nenhuma	ação	penal
em	 curso	 que	 vise	 apurar	 esses	 fatos	 que	 ensejam	 a	 inserção	 do	 preso	 no	 regime
disciplinar	diferenciado.	Simplesmente	 se	 tem	um	estigma,	um	predicado,	do	qual	 o
preço	sequer	tem	como	se	defender,	já	que	não	é	possível	se	defender	de	qualidades
que	lhe	são	atribuídas.
Como	 não	 existe	 nada	 de	 concreto,	 são	 apenas	 indícios	 como	 o	 próprio	 §1º
afirma,	não	há	 condição	de	eventualmente	 combater	 esses	 argumentos	e,	 portanto,
parte	da	doutrina	entende	que	essas	modalidades	cautelares	seriam	inconstitucionais
por	 violarem	 o	 contraditório,	 a	 ampla	 defesa,	 por	 violar	 o	 Direito	 Penal	 do	 fato	 e
caracterizar	 verdadeiro	 Direito	 Penal	 do	 autor,	 ou	 seja,	 reunir	 aquilo	 que	 a	 doutrina
hoje	denomina	de	doutrina	do	Direito	Penal	do	inimigo.
Não	obstante	as	críticas	doutrinárias	as	quais	são	elaboradas	e	desferidas	contra
essas	 modalidades	 do	 RDD,	 os	 tribunais	 superiores	 permanecem	 aceitando	 como
constitucionais	 essas	 modalidades	 consideradas	 como	 cautelares	 do	 RDD.	 Logo,	 há
Execução	Penal	–	Felipe	Almeida
Aula11	-	Regime	Disciplinar	Diferenciado
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Curso	Ênfase	©	2019
controvérsias	 quanto	 à	 constitucionalidade,	 quanto	 à	 própria	 convencionalidade	 do
RDD,	no	entanto	os	tribunais	superiores	aceitam	essa	modalidade	de	regime	disciplinar
diferenciado.	 Expressões	 como	 "fundadas	 suspeitas",	 "alto	 risco	 para	 a	 sociedade",
"alto	 risco	 para	 o	 estabelecimento	 prisional"	 são	 consideradas	 como	 legais	 pelos
tribunais	superiores.
A	natureza	jurídica	do	RDD	é	de	sanção	disciplinar,	conforme	o	inciso	V	do	artigo
53	da	Lei	de	Execuções	Penais.
Art.	53.	Constituem	sanções	disciplinares:
I	-	advertência	verbal;
II	-	repreensão;
III	-	suspensão	ou	restrição	de	direitos	(artigo	41,	parágrafo	único);
IV	-	isolamento	na	própria	cela,	ou	em	local	adequado,	nos	estabelecimentos	que
possuam	alojamento	coletivo,	observado	o	disposto	no	artigo	88	desta	Lei.
V	-	inclusão	no	regime	disciplinar	diferenciado.																								(Incluído	pela	Lei	nº
10.792,	de	2003)
Portanto,	 não	 há	 que	 se	 comentar	 em	 outra	 natureza	 senão	 a	 de	 sanção
disciplinar,	 ainda	que	estas	modalidades	 sejam	considerados	modalidade	cautelares,
as	quais	visam	punir	a	pessoa,	não	o	fato	por	ela	praticado.	Não	há	de	se	falar	em	outra
natureza	jurídica	senão	a	de	sanção	disciplinar,	muito	embora	os	§§	1º	e	2º	não	retratem
uma	 verdadeira	 sanção	 disciplinar,	 visto	 que	 não	 são	 precedidos	 de	 prática	 de
qualquer	infração	dessa	natureza.
Como	 já	 observado,	 a	 competência	 para	 inserir	 o	 preso	 no	 RDD	 é	 do	 juiz	 da
execução	 penal,	 como	 determina	 o	 artigo	 54.	 O	 próprio	 artigo	 54	 expressa	 em	 seus
parágrafos	o	procedimento	para	inserir	o	preso	no	RDD:
Art.	54.	As	sanções	dos	incisos	I	a	IV	do	art.	53	serão	aplicadas	por	ato	motivado
do	 diretor	 do	 estabelecimento	 e	 a	 do	 inciso	 V,	 por	 prévio	 e	 fundamentado
despacho	do	juiz	competente.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	10.792,	de	2003)
§	1º	A	autorização	para	a	 inclusão	do	preso	em	regime	disciplinar	dependerá	de
requerimento	circunstanciado	elaborado	pelo	diretor	do	estabelecimento	ou	outra
autoridade	administrativa.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.792,	de	2003)
§	 2º	 A	 decisão	 judicial	 sobre	 inclusão	 de	 preso	 em	 regime	 disciplinar	 será
precedida	de	manifestação	do	Ministério	Público	e	da	defesa	e	prolatada	no	prazo
máximo	de	quinze	dias.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.792,	de	2003)
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Há	uma	controversa	quanto	à	legitimidade	do	Ministério	Público	para	requerer	a
inserção	de	preso	no	RDD.	Parcela	da	doutrina	entende	que	o	Ministério	Público	não	é
legitimado	para	requerer	a	inserção	de	preso	em	RDD,	na	medida	em	que	o	legislador
cita	 o	 diretor	 do	 estabelecimento	 ou	 outra	 autoridade	 administrativa,e	 o	 Ministério
Público	 não	 estaria	 abarcado	 pela	 expressão	 "outra	 autoridade	 administrativa".	 A
expressão	 trataria,	 por	 exemplo,	 de	 secretariado,	 como	 o	 Secretário	 de	 Segurança
Pública,	 o	 Secretário	 de	 Defesa	 Social,	 o	 Secretário	 de	 Estado	 de	 Administração
Penitenciária,	 que	 seriam	 as	 outras	 autoridades	 administrativas.	 Parcela	 da	 doutrina
afirma	 que	 se	 o	 legislador	 assim	 desejasse,	 colocaria	 expressamente	 o	 Ministério
Público	como	legitimado	para	requerer	a	inserção	no	RDD.
Há	determinadas	decisões	jurisprudenciais	entendendo	que	o	Ministério	Público
estaria	 legitimado	 para	 requerer	 a	 inclusão	 de	 preso	 em	 regime	 disciplinar
diferenciado.	Houve,	 inclusive,	um	episódio	com	relação	ao	ex-governador	do	Rio	de
Janeiro,	que	foi,	de	certa	forma	desrespeitoso,	segundo	o	Ministério	Público,	com	o	juiz
que	presidia	a	audiência	e	o	MP	requereu	a	sua	inclusão.	Embora	essa	inclusão	no	RDD
tenha	sido	desconstituída	posteriormente,	em	um	primeiro	momento	 foi	considerado
como	legítimo	o	requerimento	do	Ministério	Público	para	inserção	do	preso	em	regime
disciplinar	diferenciado.
Logo,	a	questão	se	mostra	controvertida,	porém	há	precedentes	jurisprudenciais
admitindo	 que	 o	 Ministério	 Público	 figure	 como	 ente	 legitimado	 para	 requerer	 a
inclusão	de	preso	em	RDD.
Quanto	 ao	 §2º,	 ressalte-se	 que	 a	 jurisprudência	 vem	 admitindo	 o	 denominado
contraditório	diferido,	ou	seja,	na	hipótese	de	 iminência,	de	urgência,	na	 inclusão	do
preso	em	RDD.	Algumas	decisões	jurisprudenciais	admitem	que	o	preso	seja	colocado
de	imediato	no	regime	disciplinar	diferenciado	e	depois	haja	a	manifestação	tanto	do
Ministério	Público	quanto	da	defesa,	o	que	a	jurisprudência	denomina	de	contraditório
diferido	nas	hipóteses	de	RDD.
A	decisão	que	inclui	desafia	o	recurso	previsto	na	Lei	de	Execução	Penal,	que	é
recurso	 de	 agravo	 (artigo	 197	 da	 LEP),	 bem	 como	 eventual	 ação	 autônoma	 de
impugnação	de	habeas	corpus	a	qual	conjuntamente	pode	vir	a	intentar	desconstituir	o
despacho	do	juiz	competente	o	qual	insere	o	preso	no	RDD.
Art.	197.	Das	decisões	proferidas	pelo	 Juiz	caberá	recurso	de	agravo,	sem	efeito
suspensivo.
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Curso	Ênfase	©	2019
As	características	do	RDD	se	encontram	nos	incisos	do	artigo	52:
(i)	duração	máxima	de	360	dias,	sem	o	prejuízo	de	repetição	da	sanção	por	nova
falta	grave	da	mesma	espécie	até	o	limite	de	um	sexto	da	pena	aplicada.	Observe-se
que	 não	 é	 um	 ano	 (365	 dias),	 sim	 360	 dias.	 O	 RDD	 não	 pode	 ser	 infinito,	 há	 uma
limitação,	 justamente	 a	 de	 ser,	 no	 máximo,	 um	 sexto	 da	 pena	 na	 hipótese	 de
renovação	da	inclusão	ou	da	manutenção	do	RDD.
(ii)	recolhimento	em	célula	individual;
(iii)	visitas	semanais	de	duas	pessoas,	sem	contar	as	crianças,	com	duração	de	2
horas;
(iv)	o	preso	terá	direito	a	saída	da	célula	por	duas	horas	diárias	para	banho	de
sol.
Essas	 características	 do	 RDD	 são	 as	 características	 mínimas	 que	 uma	 pessoa
recolhida	 e	 privada	 de	 liberdade	 tem	 o	 direito.	 Não	 é	 afastado	 o	 direito	 à	 visitação,
embora	restringido,	o	sujeito	permanece,	como	em	todas	as	tratativas	 internacionais,
com	o	direito	à	atividade	física	ou	a	duas	horas	de	banho	de	sol,	a	qual	é	uma	questão
de	saúde	pública,	para	que	o	sujeito	possa	ter	condição	de	receber	 tanto	vitamina	D
por	 parte	 do	 banho	 de	 sol,	 bem	 como	 não	 desenvolver	 atrofia	muscular,	 realizando
atividade	física.	Ou	seja,	o	mínimo	para	uma	pessoa	privada	de	liberdade	é	aquilo	que
tem	como	características	do	regime	disciplinar	diferenciado,	sendo	o	mais	importante
a	questão	da	sua	renovação.
O	RDD	não	se	confunde	com	as	penitenciárias	 federais	de	segurança	máxima.
Normalmente	o	preso	cumpre	o	RDD	nas	penitenciárias	federais	de	segurança	máxima,
porém	não	significa	que	os	dois	se	confundem.	Embora	o	RDD	possa	vir	a	ser	cumprido
em	tais	estabelecimentos,	estes	são	 regulamentados	por	uma	 lei	específica,	que	é	a
Lei	11.671/2008,	que	regulamenta	a	inclusão	de	presos	nas	penitenciárias	federais	de
segurança	 máxima.	 Essa	 Lei	 trata	 da	 excepcionalidade	 da	 medida,	 do	 tempo	 de
duração,	mas	é	uma	questão	própria	das	penitenciárias	federais.
Existem	estados	da	Federação	que	possuem	estabelecimentos	prisionais	próprios
para	cumprimento	de	RDD,	sem	a	necessidade	de	transferir	o	preso	para	penitenciárias
federais	 de	 segurança	 máxima.	 Por	 óbvio,	 quando	 a	 questão	 da	 segurança	 e	 do
interesse	 público	 prevalecerem,	 ele	 será	 inserido	 em	 uma	 dessas	 penitenciárias
federais	de	segurança	máxima	e	lá	irá	cumprir	o	RDD.	Contudo,	a	Lei	11.671/2088	não
trata	do	RDD,	é	a	Lei	de	Penitenciárias	Federais	de	Segurança	Máxima.
Execução	Penal	–	Felipe	Almeida
Aula11	-	Regime	Disciplinar	Diferenciado
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Curso	Ênfase	©	2019

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