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Princípios da Tecnologia de alimentos Enzimas de utilidade na indústria de alimentos Disciplina: Tecnologia de alimentos Profª MSc. Taciane Ladislau Localização e distribuição de enzimas Vegetais, leite, carne, frutas, trigo Obtenção industrial Vegetais trituração dos tecidos Animais trituração dos tecidos Microorganimos cultura Enzimas de utilidade na indústria de alimentos Manipulação genética Ajuste das condições de cultivo Triagem de microrganismos super produtores Ciclos de fermentação curtos Meios de fermentação de baixo custo Diversidade de enzimas Efeitos indesejáveis Escurecimento de frutas e vegetais causados pelas polifenoloxidases Rancidez de farinhas pela ação de lipases e lipoxigenases Amolecimento de tecidos vegetais provocado por enzimas pécticas Efeitos desejáveis Processo de rigidez cadavérica e maturação da carne Processos de fermentação Clarificação das bebidas Maturação de queijos Enzimas em tecnologia de alimentos Hidrólise do amido Enzimas amilolíticas Aplicação tecnológica de enzimas α-amilase β-amilase Glicoamilase AMIDO Dextrina + Maltose Glicose Origem das amilases: Vegetal (cereais, batata, soja) Microorgânica (fungos e bactérias) Aplicação das amilases: Fabricação de bebidas Panificação Xaropes Amido em dextrina impedir espessamento exagerado de xaropes Enzimas amilolíticas Maltose e glicose Fermentação α-amilase α-amilase microrgânica mais resistente ao calor Propriedades: Ação sobre amido cru e gelatinoso pH ideal: 5,7 – 6,5 Inativada: pH: 3,3 Termo resistente : até 70ºC Ativação por cloreto de sódio β -amilase pH ideal: 4,5 Inativa-se a 70ºC Dispensa ativadores Enzimas amilolíticas α-amilase Rompem ligações no interior do substrato (endoamilases) Rompem ligações α-1,4 Ativada através de NaCl β-amilase Rompem ligações α-1,4 Hidrolisam extremidades do substrato (exoamilases) Ação interrompida no ponto onde o acoplamento α –glicose não pode ser hidrolisado Dextrina limite < estabilidade térmica Enzimas amilolíticas Problemas Amilases pão “solado” pão mais mole, aberto Amilases Enzimas amilolíticas Maltose e glicose Fermentação CO2 Glicoamilase ou aminoglicosidase Hidroliza os acoplamentos α -1,4, bem como α -1,6, embora a uma taxa mais lenta Produzida por bactérias e fungos Industrialmente usada na produção de xaropes de glicose Panificação Enzimas amilolíticas Propriedades gerais das amilases industriais Enzimas amilolíticas Enzimas hidrolizantes de dissacarídeos Sacarose Glicose + Frutose Invertase Invertases ou sacarases Ação mais rápida que o sistema de fermentação Produzidas a partir de fontes vegetais e fungos pH=4,5-5,0; temm:25-55°C Aplicação industrial Fabricação de açúcar invertido Biscoitos, caramelos, chocolates Mel de sacarose Produtos de confeitaria Impedir cristalização de açúcar em sorvetes Açúcar invertido: >umidade >solubilidade > Capacidade adoçante Lactase Produzida por fungos pH: 4,7 Aplicação industrial Laticínios Evitar cristalização (lactose) Leite para indivíduos com intolerância à lactose Iogurte: aumento da acidez, da viscosidade, poder edulcorante e vida de prateleira Enzimas hidrolizantes de dissacarídeos Lactose Glicose + Galactose Lactase Origem animal, vegetal e microrgânica Proteases vegetais Papaína Mais utilizada entre as enzimas vegetais Atua sobre o colágeno e a elastina Origem do látex de Carica papaya Bromelina Origem do látex de Ananas consomus e Ananas bracteatus Ficina Origem do látex de Ficus sp Proteases Proteínas Peptídios Aminoácidos Grupos amina e carboxila Proteases Proteases animais Pepsina Células do estômago Tripsina Pâncreas Coalho, quimosina ou renina animal Estômago Proteases microrgânicas Renina Proteases Aplicação industrial das proteases Coagulação do leite queijos (reninas) Cervejarias Papaína e bromelina: degradação da proteína responsável por turvação de bebidas Panificação Maturação do glúten Trigo melhor sabor, volume e textura Pão maior expansão e elasticidade da massa menor tempo de amassamento mecânico Proteases Aplicação industrial das proteases Abrandamento de carnes Imersão ou dispersão Enzimas em solução aquosa ou alcoólica 30min à 3h Pulverização Veículos secos Proteases Proteases Celulases Originada de fungos Aplicação industrial Digerir material fibroso de vegetais Abrandamento de ervilhas secas Em vegetais rápido cozimento Para aumentar o sabor de cogumelos e alterar a textura de alimentos Enzimas hidrolisantes de tecido vegetal fibroso Origem microrgânica e vegetal Atuam em substâncias pécticas (polissacarídeos vegetais que compõem a parede celular) Aplicação industrial Extração do suco de frutas e clarificação Filtração mais veloz Evita obstrução dos poros dos filtros Extração de pigmentos e aromas Enzimas pécticas Molho de tomate inativação de enzimas pécticas Aplicação industrial Origem animal (esôfago e pâncreas) realce do sabor de queijos Origem microrgânica realce do sabor de queijos Aromatizar produtos contendo manteiga Panificação Enzimas lipolíticas Lipídios Ácidos graxos Glicerol Lipases Catalases Origem animal (eritrócitos e fígado) e microrgânica Aplicação industrial Em alimentos com alto teor de peróxido de hidrogênio garantir características organolépticas Ação antioxidante Controla o desenvolvimento de organismos anaeróbios (vinhos) – junto com glicose-oxidase Enzimas oxidativas Peroxidases Origem: leucócitos, vegetais e leite Catalisam a degradação peroxidativa dos ácidos graxos insaturados → sabor de ranço Aplicação industrial Devido à alta estabilidade e fácil detecção determinar se o processamento de alimentos pelo calor foi adequado Enzimas oxidativas Glicose-oxidase Glicose ácido glicônico + peróxido de hidrogênio Origem microrgânica Aplicação industrial Eliminar traços de glicose e oxigênio em certos produtos: Sucos e derivados vegetais, cervejas e vinhos – evita alterações de cor e aroma, perdas de ácido ascórbico e o aparecimento de aeróbios Manteiga: assegura por mais tempo o sabor e aroma Protegem superfícies de carnes, laticínios e dessecados contra oxidação pelo material da embalagem Reduzem processos corrosivos (conservas, bebidas) Enzimas oxidativas 23 Polifenol-oxidase Ou fenolase, tirosinase ou catecolase Compressão ou esmagamento dos tecidos vegetais (ex. sucos) Rompimento celular e junção ao oxigênio (ação da polifenol-oxidase) Oxidação de fenóis Empardecimento Alterações de cor, sabor, aroma e valor nutritivo dos alimentos Enzimas oxidativas Polifenol-oxidase Aplicação industrial – prevenção do empardecimento Inativação da polifenol-oxidase Eliminação do oxigênio local Batatas para fritar, fermentação do chá Processos para evitar o empardecimento Inativação da polifenol-oxidase (tratamento térmico, dióxido de enxofre, sulfitos, acidulantes) Eliminação do oxigênio local (vácuo, salmoura, calda açucarada) Adição de antifenolases (o-metil transferases, protocatéquico) Enzimas oxidativas Lipoxidase ou lipoxigenase Catalisa oxidação de ácidos graxos polinsaturados, bem como seus ésteres e glicérides altera caracteres organolépticos Ácidos graxos alvos: linoléico, linolênico e araquidônico Fontes: leguminosas, cereais, legumes Favorável: melhora a qualidade da farinha de trigo – incorporação Inativação: tratamento térmico Enzimas oxidativas Ácido ascórbico-oxidase Oxidação do ácido ascórbico Ácido L-ascórbico + ½ O2 ácido dehidroascórbico + H2O Perda do poder da vitamina C Aplicação industrial: Inativação enzimática – sucos cítricos Baixa temperatura, redução de O2 por desaeração, pasteurização Enzimas oxidativas Participam do saboroma característico de vegetais e frutas Liberados por ação térmica e enzinmática Utilização industrial: Compensar a perda do saboroma Exaltar saboroma Corrigir aromas impróprio Ex. frutas cítricas correção do sabor amargoEnzimas flavorizantes Vantagens Aumentam a qualidade e estabilidade de produtos alimentícios; Estabelecem e exaltam o sabor dos alimentos; Pode melhorar o valor nutritivo de um alimento, torná-lo mais saboroso, digestivo, ou atraente; Com adequação do pH, temperatura e número de enzimas, exerce o controle de velocidade das reações; Podem ser inativadas quando a reação atinge o ponto requerido; Aumentar a segurança e preservação de alimentos; Permite maior velocidade dos processos de extração Podem ser inativadas Enzimas em tecnologia de alimentos
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