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13/05/2020 1 APPCC Profª Janaina Vieira Conceito ▪ O sistema APPCC consiste numa abordagem sistemática e estruturada de identificação de perigos e da probabilidade da sua ocorrência (risco) em todas as etapas da produção de alimentos, definindo medidas para o seu controle. 1 2 13/05/2020 2 Histórico ▪ Anos 60 – NASA: alimentos inócuos para o programa espacial • 1971 – o sistema foi apresentado pela primeira vez durante a Conferência Nacional de Proteção de Alimentos e serviu de base para o FDA (Food and Drug Administration) elaborar o regulamento para alimentos de baixa acidez Histórico ▪ Em 1973 - elaborado o primeiro documento detalhando o Sistema APPCC, pela empresa Pillsbury Company (EUA) ▪ 1980 - OMS (Organização Mundial de Saúde), a ICMSF (Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas dos Alimentos) e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura dos EUA), recomendaram a aplicação deste sistema a empresas alimentares 3 4 13/05/2020 3 Histórico ▪ 1985 - Academia Nacional de Ciências dos EUA recomendou o uso do APPCC em programas de proteção de alimentos ▪ 1988 - a Comissão Internacional de Especificação Microbiológica para Alimentos – ICMSF, editou um livro, propondo o Sistema APPCC como instrumento fundamental no Controle de Qualidade do ponto de vista de higiene e microbiologia Histórico ▪ 1993 - O Comitê da Higiene dos Alimentos da Comissão do Codex Alimentarius publicou um Guia para a aplicação do Sistema de APPCC ▪ No Brasil, as iniciativas em prol do APPCC tiveram início a partir de 1991, quando os Ministérios da Saúde e da Agricultura e do Abastecimento, apresentaram normas e procedimentos para a implantação do APPCC em estabelecimentos de pescados e derivados 5 6 13/05/2020 4 Histórico: legislação Portaria nº 1428 de 1993 (MS) Que estabeleceu obrigatoriedade de procedimentos para a implantação do APPCC nas indústrias de alimentos Portaria nº 40 de 1998 (MAA) Que estabeleceu o Manual de Procedimentos no Controle da Produção de Bebidas e Vinagres nos princípios do APPCC Portaria nº 46 de 1998 (MAA) Que estabeleceu o Manual de Procedimentos para Implantação do Sistema APPCC nas indústrias de produtos de origem animal Diretrizes Codex (1997) Para implantação do sistema Objetivo ▪ Prevenir ou manter em níveis aceitáveis a contaminação química, física e biológica dos alimentos, desde a matéria-prima até o momento do consumo. 7 8 13/05/2020 5 Fundamentos Identificação dos significativos e prováveis Caracterização das medidas de controle Identificação do ponto (etapa), no qual o controle é crítico (PCC) Fundamentos Estabelecer controle efetivo no Ponto Crítico Monitorização Tomada de ações corretivas Registro Verificação 9 10 13/05/2020 6 APPCC ▪ São várias etapas interligadas, inerentes ao processamento industrial dos alimentos, incluindo todas as operações que ocorrem desde a obtenção da matéria-prima até o consumo do alimento: Fundamentando-se na identificação dos perigos potenciais à segurança dos alimentos Bem como nas medidas para o controle das condições que geram os perigos O Sistema APPCC é preventivo, garante a inocuidade dos alimentos e inclui aspectos que vão desde a produção, industrialização, distribuição até consumidor final Características do APPCC É RACIONAL porque se baseia em dados registrados sobre as causas das doenças de origem alimentar e enfatiza as operações críticas onde o controle é essencial É LÓGICO E COMPREENSÍVEL porque considera os ingredientes, processos e usos subsequentes dos produtos É CONTÍNUO uma vez que os problemas são detectados antes ou no momento em que ocorrem, possibilitando a aplicação de ações corretivas É SISTEMÁTICO porque é um plano complexo, cobrindo todas as operações, processo e medidas de controle 11 12 13/05/2020 7 Características do APPCC Poderosa ferramenta de gestão, oferecendo uma forma de se conseguir um efetivo controle dos perigos Método que pode ser revisado sempre que novos perigos forem identificados e/ou que parâmetros do processo sofram modificações Ferramenta específica para uma fábrica ou linha de processamento e para um produto considerado • PLANO APPCC: documento elaborado para um produto ou processo, com uma sequência lógica, onde constam todas as etapas e justificativas para sua estruturação • PERIGO: contaminante de natureza química, física ou biológica, ou constituinte do alimento que pode causar dano à saúde ou à integridade do consumidor. Também podemos considerar aspectos de qualidade, fraude econômica e deteriorações • PERIGO SIGNIFICATIVO: perigo de ocorrência possível e/ou com potencial para resultar em risco inaceitável à saúde do consumidor Definições importantes 13 14 13/05/2020 8 Definições importantes ▪ ANÁLISE DE PERIGOS: consiste na identificação e avaliação de perigos potenciais, de natureza física, química e biológica, que representam riscos à saúde do consumidor ▪ MEDIDA DE CONTROLE (medida preventiva): qualquer ação ou atividade que pode ser usada para prevenir, eliminar ou reduzir um perigo à saúde do consumidor Definições importantes • CONTROLAR : gerenciar as ações de operação para mantê- las de acordo com os limites pré-estabelecidos (controlar um processo) • CONTROLE: o estado no qual os procedimentos corretos estão sendo aplicados e a etapa ou processo está de acordo com os limites pré-estabelecidos (o processo está sob controle) • CRITÉRIO: requisito no qual é baseada a tomada de decisão ou julgamento. 15 16 13/05/2020 9 Definições importantes • ETAPA: operação ou estágio de um processo produtivo ou de um produto, desde a produção primária até o consumo • LIMITE CRÍTICO: valores ou atributos máximos e/ou mínimos estabelecidos para cada critério e que, quando não atendidos, significam impossibilidade de garantia da segurança do alimento • LIMITE DE SEGURANÇA: valores ou atributos próximos aos limites críticos que são adotados como medida de segurança para reduzir a possibilidade de os mesmos não serem atendidos. Definições importantes • MONITOR: indivíduo que conduz a monitorização • MONITORIZAÇÃO (monitoração): sequência planejada de observações ou mensuração devidamente registradas que permitem avaliar se um perigo está sob controle 17 18 13/05/2020 10 Definições importantes • AÇÃO CORRETIVA: procedimentos ou ações a serem tomados quando se constata que um critério encontra-se fora dos limites estabelecidos Definições importantes • PONTO DE CONTROLE (PC): são os procedimentos de pré-requisitos – são as Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Padrões de Higiene Operacional • PONTO CRÍTICO DE CONTROLE (PCC): qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas de controle (preventivas) para manter um perigo significativo sob controle, com o objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor 19 20 13/05/2020 11 Definições importantes • REGISTRO: documento específico para dados/resultados/leituras específicas • RISCO: estimativa da possibilidade de ocorrência de um perigo. Os riscos podem ser classificados em: • alto • médio • baixo Definições importantes • SEVERIDADE: é dimensionar a gravidade do perigo quanto às consequências resultantes de sua operação • A severidade pode ser • Alta • Média • baixa • VERIFICAÇÃO: uso de procedimentos ou testes para validar, auditar, inspecionar, calibrar, com a finalidade de assegurar que o Plano APPCC está em concordância com o Sistema APPCC e é cumprido operacionalmente e/ou necessita de modificação 21 22 13/05/2020 12 Por que usar o sistema APPCC? Principal e primeira responsabilidade da indústria: segurança dos produtos alimentícios, além de outras características de qualidade O controle de qualidade e a segurança do produto por meio da análise do produto finalé relativamente de alcance limitado Por que usar o sistema APPCC? As análise laboratoriais implica na destruição de amostras O Sistema APPCC está preparado para controles durante a produção e tem por base princípios e conceitos preventivos As análise microbiológicas são de custo elevado e demoradas 23 24 13/05/2020 13 No gerenciamento de perigos Desde a produção primária até o consumo Onde se aplica o sistema APPCC? Benefícios da Segurança de alimentos ▪ Proporciona garantia da segurança do alimento ▪ Aumenta a qualidade dos produtos alimentícios ▪ Reduz custos operacionais, pela redução do recolhimento, destruição ou reprocessamento do produto final ▪ Diminui a necessidade de testes dos produtos acabados 25 26 13/05/2020 14 Benefícios da Segurança de alimentos ▪ Diminui as análises laboratoriais tradicionais ▪ Reduz perdas de matérias-primas e produtos ▪ Maior competitividade do produto na comercialização ▪ Maior credibilidade junto ao cliente (consumidor) Benefícios da Segurança de alimentos ▪ Complementa Sistemas de Gestão ▪ Facilita as inspeções dos Órgãos Regulamentadores ▪ Atendimento aos requisitos legais do MS e do MAA e de legislações internacionais 27 28 13/05/2020 15 Sistema de gestão de alimentos ▪ Prevenção contra alimentos inseguros – alimentos não devem ser nocivos aos consumidores ▪ Baseado em: Pré requisitos (BPF + BPH) (no Brasil BPF engloba todas as boas práticas – agrícolas, higiene e fabricação) Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Requisitos de Sistema de Gestão (controle dos documentos, registros) ▪ Objetivos Dar subsídios para elaboração do Plano Colaborar para o cumprimento da legislação brasileira Guia para a elaboração do plano APPCC 29 30 13/05/2020 16 Estabelecimento e implementação do APPCC ▪ Decisão pela gerência de usar o sistema APPCC ▪ Treinamento e formação da equipe APPCC ▪ Desenvolvimento da documentação do plano APPCC 12 passos 12 passos ▪ 1. Organizar a equipe ▪ 2. Descrever o produto ▪ 3. Identificar intenção de uso ▪ 4. Construir os diagramas de fluxo ▪ 5. Verificação no local do diagrama de fluxo ▪ 6. Listar os potenciais PCCs, conduzir análise de perigos e determinar medidas de controle 31 32 13/05/2020 17 12 passos ▪ 7. Determinar os PCCs ▪ 8. Estabelecer limites críticos para os PCCs ▪ 9. Estabelecer o sistema de monitoramento para cada PCC ▪ 10. Estabelecer ações corretivas para cada desvio que possa ocorrer ▪ 11. Estabelecer procedimentos de verificação ▪ 12. Estabelecer documentação e meio de manutenção das informações DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS IDENTIFICAÇÃO E ORGANOGRAMA DA EMPRESA AVALIAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA Etapas preliminares para a elaboração do plano APPCC 33 34 13/05/2020 18 Identificação da Empresa Organograma da empresa DATA: __/__/____ APROVADO POR: ____________________ Direção geral Coordenador do Programa/Equipe APPCC 35 36 13/05/2020 19 (*) Na empresa (**) Na equipe DATA: ____/____/______ APROVADO POR: ________________________ 37 38 13/05/2020 20 DESCRIÇÃO DO PRODUTO E USO ESPERADO ELABORAÇÃO DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO CONFIRMAÇÃO DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO FORMAÇÃO DA EQUIPE Etapas para a elaboração do plano APPCC Formação da equipe APPCC ▪ Comprometimento da direção / supervisão ▪ Definir um coordenador (profissional competente e treinado) ▪ Membros da equipe devem ter experiência e conhecer o processo ▪ Formação da equipe multidisciplinar mínimo 3 pessoas máximo 7 pessoas 39 40 13/05/2020 21 Descrição do produto ▪ Descrever o alimento, seus ingredientes e métodos de processamento ▪ Intenção de uso do produto Descrever como o produto será usado e por quem Crianças, idosos, imunodeprimidos Descrição do produto ▪ Aspectos físico-químicos: pH Atividade de água Teor de sólidos solúveis totais Conteúdo proteico 41 42 13/05/2020 22 Descrição do produto ▪ Procedimentos recomendados: Tratamentos térmicos e não térmicos Resfriamento Congelamento Embalagem Condições de transporte Condições de armazenamento Validade 43 44 13/05/2020 23 Grupo de produtos: Sanduíches naturais Preparações: Sanduíche natural de frango e cenoura ralada, sanduíche natural de ricota, Sanduíche natural de peito de peru, etc. produto deverá ser servido frio à temperatura inferior a 10 °C.Característica do produto final: Formas de distribuição: A distribuição é realizada em balcões refrigerados à temperatura máxima de 10 °C. Prazo de validade: 24 horas em temperatura máxima de 10°C. Instruções contidas no rótulo: Nome do fabricante, data de fabricação, data de validade, ingredientes, valor nutricional, forma de armazenamento. Controles durante o transporte, distribuição e comercialização: Monitorar a temperatura de exposição e a validade. DATA: __/__/____ APROVADO POR: ____________________ (nome do produto ou grupo de produtos)Formulário do produto: 1- ANÁLISE DOS PERIGOS E MEDIDAS PREVENTIVAS 2- IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE 3- ESTABELECIMENTO DOS LIMITES CRÍTICOS 4- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO 5- ESTABELECIMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS 6- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO 7- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE REGISTROS Princípios 45 46 13/05/2020 24 Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 1 – Análise dos Perigos e Medidas Preventivas Elaboração de um fluxograma do processo Identificação dos perigos e avaliação da sua severidade Listagem dos perigos e especificação das medidas de controle FluxogramadeProcessoSanduíche natural de frango e cenoura ralada 47 48 13/05/2020 25 Descrição do processo ▪ A descrição do processo deve ser com um nível de detalhamento amplo, e, contemplar inclusive o layout da área produtiva ▪ Descrição simples, clara, objetiva das etapas envolvidas no processamento do produto ▪ Não existem regras para sua apresentação, cada empresa tem seu estilo de fluxograma Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 1 – Análise dos Perigos e Medidas Preventivas Elaboração de um fluxograma do processo Identificação dos perigos e avaliação da sua severidade Listagem dos perigos e especificação das medidas de controle 49 50 13/05/2020 26 Perigos ▪ Biológicos Bactérias, vírus, fungos e parasitos; ▪ Químicos Toxinas (venenos) naturais, micotoxinas e ficotoxinas (origem microbiana), pesticidas, herbicidas, antibióticos, anabolizan-tes, aditivos, lubrificantes, pinturas (tintas) e desinfetantes. ▪ Físicos Vidros, metais, madeira ou quaisquer objetos que possam causar danos ao consumidor, ferimentos de boca, quebra de dentes, entre outros. ▪ Para a qualidade Micro-organismos deteriorantes, substâncias que alterem as características sensoriais dos alimentos Análise dos perigos ▪ Estudo detalhado do preparo do alimento ▪ Fluxograma Elaborar de forma específica para um determinado produto ou grupo afim Reavaliar e reformular, quando houver alterações na matéria prima, formulação, técnica de preparo, condições de processo, embalagem e uso previsto para o produto 51 52 13/05/2020 27 Análise dos perigos ▪ Passos Analisar os perigos possíveis na carga Avaliar as etapas do transporte e sua influência sobre os perigos e os riscos Observar condições operacionais Realizar análises que orientem a coleta de dados sobre a ocorrência e concentração dos perigos Avaliar resultados Análise de perigos ▪ Fatores que levam a variação de perigos e riscos para o mesmo grupo de produtos Diferentes tipos de produtos transportados simultaneamente, ou produtos semelhantes de origens diversas Tipos de instalações (área física) Pequenas variações nos procedimentos Tipos de equipamentos, dispositivos e acessórios disponíveis na unidade de transporte Tempo de carregamento, descarregamento e deslocamento Experiênciae conscientização do pessoal envolvido nas operações 53 54 13/05/2020 28 Análise de perigos ▪ Severidade Relacionada com as consequências que os perigos podem causar aos seres humanos A severidade se refere, portanto ao perigo Significância do perigo: Sa – satisfatório (desprezível) 1 Me – menor 1-2 Ma – maior 3-6 Cr – crítico 9 Fonte: FAO, 1996, modificado Alta Sa Me Ma Cr Média Sa Me Ma Ma Baixo Sa Me Me Me Desprezível Sa Sa Sa Sa Baixa Média Alta Análise de perigos 55 56 13/05/2020 29 Análise de perigos ▪ Identificar os perigos e a probabilidade de ocorrência (risco) Aplicação da Matriz de RISCO, através da OCORRÊNCIA x SEVERIDADE Probabilidade de ocorrência Ocorrência Alta Sa Me Ma Cr Média Sa Me Ma Ma Baixa Sa Me Me Me Insignificante Sa Sa Sa Sa Baixa Média Alta Severidade Significância do perigo Sa: satisfatório (insignificante); Me: menor Ma: maior; Cr: crítica Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 1 – Análise dos Perigos e Medidas Preventivas Elaboração de um fluxograma do processo Identificação dos perigos e avaliação da sua severidade Listagem dos perigos e especificação das medidas preventivas 57 58 13/05/2020 30 Análise de perigos ▪ Estabelecer medidas de preventivas Objetivos: Eliminar, prevenir, ou reduzir perigos químicos, físicos ou biológicos. Exemplo: Perigo químico Exemplos de medidas preventivas Produtos de limpeza ➢Utilização de compostos atóxicos e compatíveis com os alimentos; ➢Armazenamento dos produtos de limpeza em locais separados e controlados 59 60 13/05/2020 31 Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 2 – Identificação dos Pontos Críticos de Controle Determinação dos pontos críticos de controle (PCCs) usando a árvore de decisão PCC Qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas de controle (preventivas) para manter um perigo significativo sob controle. Exemplo: Salmonella Perigo: Ponto Crítico de Controle - Cocção; - Acidificação; - Higienização. 1. Existem medidas preventivas nesta etapa ou em etapas subseqüentes para o perigo identificado? Sim 2. Esta etapa elimina ou reduz a probabilidade de ocorrência deste perigo a um nível aceitável? Não Sim 3. A contaminação com os perigos identificados poderia atingir níveis inaceitáveis? 4. Uma etapa subseqüente eliminará os perigos identificados ou reduzirá a probabilidade de ocorrência a um nível aceitável? Não PCC Modificar a etapa, processo ou produto O controle nesta etapa é necessário para a segurança? Não é PCC Não Não Não Sim Sim Sim 61 62 13/05/2020 32 FluxogramadeProcessoSanduíche natural de frango e cenoura ralada Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 3 – Estabelecimento dos Limites Críticos Especificação de critérios - limites e tolerância que indicam se uma operação está sob controle num dado PCC Valores máximos/mínimos que assegurem o controle do perigo 63 64 13/05/2020 33 Princípios do Sistema APPCC ▪ Limites críticos Fontes seguras (dados, literatura, prática, leis...) Métodos qualitativos ou quantitativos Tempo Temperatura Concentração salina pH Acidez titulável Textura Aroma Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 4 – Estabelecimento dos Procedimentos de Monitorização Observações ou mensurações para avaliar se um determinado PCC está sob controle e para produzir registros para uso futuro na verificação 65 66 13/05/2020 34 Princípios do Sistema APPCC ▪ Monitoramento dos PCCs O que, como, quem... Frequência de monitorização Tipos Observação visual Análise sensorial Medições químicas (pH, cloro residual, salmoura...) Medições físicas (tempo, temperatura, Aw, detectores de metais) Testes microbiológicos Monitoramento ▪ Descongelamento do frango Limite crítico: 4°C Medidas corretivas: ajustar a temperatura da câmara Registro em planilha de controle de PCC O quê? Temperatura Quando? Durante o descongelamento a cada 8 h Como? Termômetro Quem? Facilitador Sanduíche natural de frango e cenoura ralada 67 68 13/05/2020 35 Monitoramento ▪ Aquecimento (Cocção) do frango Limite crítico: 74°C Medidas corretivas: reprocesso Registro em planilha de controle de PCC O quê? Temperatura Quando? Após cocção Como? Termômetro portátil Quem? Facilitador Sanduíche natural de frango e cenoura ralada Monitoramento ▪ Resfriamento do frango Limite crítico: 4°C Medidas corretivas: ajustar a temperatura da câmara Registro em planilha de controle de PCC O quê? Temperatura da câmara Quando? Durante o descongelamento a cada 12 h Como? Termômetro Quem? Facilitador Sanduíche natural de frango e cenoura ralada 69 70 13/05/2020 36 Exemplos de monitoração de um PCC Medição de temperatura com o uso de termômetro. Avaliação visual para detectar qualquer cor, formato fora do padrão. Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 5 – Estabelecimento das Ações Corretivas Estabelecimento das ações corretivas a tomar quando num dado PCC se identifica um desvio revelado pela monitorização 71 72 13/05/2020 37 Princípios do Sistema APPCC ▪ Estabelecimento das ações corretivas Detecção de desvios dos limites críticos Resposta imediata frente a um desvio Específicas, claras e eficientes Exemplos Ajuste tempo, temperatura ou pH Rejeição lote matéria-prima Reprocesso Destruição do produto Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 6 – Estabelecimento dos Procedimentos de Verificação Estabelecimento de sistemas de registro e arquivo de dados que documentam o plano APPCC 73 74 13/05/2020 38 Verificação do processo ▪ Nesta etapa a equipe APPCC deve revisar toda a descrição do processo ▪ Verificar “in loco” o processo ▪ Faz-se os ajustes necessários, se aplicável Princípios do Sistema APPCC ▪ Procedimentos de verificação Determinar se o sistema funciona corretamente Processos distintos: Técnico/científico (limites críticos são satisfatórios?) Validação do plano (funciona bem?) Revalidação (periódica) Exemplos: Verificação de normas de monitorização Verificação dos processos de monitorização Verificação dos registros dos PCCs 75 76 13/05/2020 39 Princípios do Sistema APPCC ▪ Princípio 7 – Estabelecimento dos Procedimentos de Registro Estabelecimento de procedimentos para verificação do sistema APPCC, incluindo testes complementares, e revisão do sistema que mostrem que ele funciona efetivamente Princípios do Sistema APPCC ▪ Procedimentos de registros Equipe e funções Fichas técnicas Fluxograma Limites críticos Controles diversos.... 77 78 13/05/2020 40 PlanoAPPCC Etapa Perigo Medidas Preventivas Limites Críticos Monitorização Ação Corretiva Registro PC ou PCC Verificação Cocção do frango PCC B (m.o. patogênicos esporulados: Salmonella, Clostridium perfringens, Bacilus cereus) Q (nenhum) F (nenhum) Assegurar a temperatura mínima de cocção do frango. Temperatura mínima de cocção: 65°C / 15 minutos. O quê? Temperatura de cocção Como? Auxílio de termômetro Quando? A cada cocção Quem? Cozinheiro Cozinha até que atinja a temperatura mínima de cocção. Planilha de controle de temperaturas de cocção. Supervisão do preenchimento da planilha. Programa de calibração do termômetro. Sanduíche natural de frango e cenoura ralada ▪ Produção de bifes de hambúrguer bovino congelado 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Perguntas › Existe algum perigo? ▪ Escherichia coli O157:H7, Toxoplasma gondii e Salmonella › O perigo desaparecerá no processamento? ▪ Sim, em qual etapa? › Há risco de contaminação cruzada em quais etapas? 79 80 13/05/2020 41 ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10.Consumo Princípio 1 – Identificação de Perigos › A carne crua é um ingrediente sensível, e o produto cozido está sujeito a recontaminação depois do processamento e durante sua distribuição ÁrvorededecisãoparadeterminaçãodePontosCríticosdeControle(PCC) PERGUNTA 01: Poderiam existir medidas preventivas para o perigo em questão? PERGUNTA 02: Essa etapa visa eliminar ou reduzir a ocorrência de perigo em níveis aceitáveis? SIM PERGUNTA 03: A contaminação do perigo em questão poderia ocorrer em níveis acima dos aceitáveis, ou aumentar até níveis inaceitáveis? NÃO Não é um PCC NÃO PARE Não é um PCC NÃO PARE PERGUNTA 04: Existe uma etapa posterior capaz de eliminar o perigo em questão ou reduzí-lo a um nível aceitável? SIM SIM PCCSIM NÃO Não é um PCC PARE 81 82 13/05/2020 42 ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 2 – Identificação de PCCs › Hipótese: condições gerais das carcaças e dos cortes da carne → BPFs › Quais os PCCs? ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 3 – Limites críticos › Qual é o parâmetro crítico? › Quais são os limites críticos de cada PCC identificado? 83 84 13/05/2020 43 ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 4 – Monitoramento do APPCC › Como deve ser realizado o monitoramento para cada PCC? ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 5 –Ações corretivas › Refere-se às não conformidades dos limites críticos identificados durante o monitoramento dos PCCs. › Se a temperatura de cozimento não for atingida? 85 86 13/05/2020 44 ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 6 – Verificação › Como será realizada a verificação? › Todos os micro-organismos patogênicos relevantes foram destruídos nos PCCs? › Os produtos vendidos nos estabelecimentos foram contaminados depois de cozidos? ▪ Aplicação dos princípios do APPCC 1. Recebimento 2. Moagem 3. Mistura 4. Moldagem 5. Cozimento 6. Congelamento 7. Empacotamento 8. Distribuição 9. Reaquecimento 10. Consumo Princípio 7 – Arquivamento › Quais registros devem ser arquivados? 87 88 13/05/2020 45 89 90 13/05/2020 46 Fim... Dúvidas? 91 92
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