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Periodonto - Ligamento periodontal

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08/04 
Ligamento  
periodontal  
 
COMPOSIÇÃO 
- Componente do periodonto de sustentação 
- Os elementos do ligamento de inserção tem 
origem ectomesenquimal, enquanto o 
periodonto de proteção apresenta origem 
epitelial, e por isso, características tão 
diferentes 
 
FUNÇÃO 
- O ligamento periodontal é a camada 
intermediária do periodonto de sustentação, 
localizado entre o cemento e o osso alveolar 
- O PDL apresenta matriz orgânica (colágeno), 
e sua localização permite a acomodação do 
cemento e osso alveolar. 
- Se não existisse, o cemento e osso alveolar 
se fundiriam por terem a mesma composição 
inorgânica. Isso acarretaria na perda da 
capacidade de suportar a força de oclusão 
 
 
COMPOSIÇÃO 
- Tecido conjuntivo denso modelado: grande 
quantidade de matriz extracelular rica em 
fibras 
- Parte celular (fibroblastos, responsáveis pela 
manutenção das fibras de colágeno) e parte 
fibrosa 
● Parte celular 
 
Fibroblastos: 
- As fibras celulares são constantemente 
renovadas, devido a movimentação do dente, 
lesão, força mastigatória, etc.. Por isso, os 
fibroblastos secretam a ​enzima fosfatase 
alcalina​, que destrói a fibra que deve ser 
substituída, e na sequência, o fibroblasto 
secreta uma nova fibra de colágeno 
- Os fibroblastos produzem novas fibras e 
também renovam (recuperam) o ligamento 
periodontal lesado. Entretanto, eles 
apresentam um limite de secreção de novas 
fibras. 
- Em uma lesão crônica, o dente pode cair em 
consequência de doença periodontal muito 
agressiva, saturando os fibroblastos. Os 
mediadores da inflamação exagerados pode matar 
os fibroblastos 
 
Células ectomesenquimais 
- Entre as fibras de colágeno, existem as 
células ectomesenquimais indiferenciadas 
- Função: repor os fibroblastos a medida em 
que eles envelhecem e perdem a capacidade 
de síntese 
- Podem sofrer estímulos diferenciados e 
gerar cementoblastoma 
 
Restos epiteliais de Malassez 
- Parte restante (“sobra”) da BERH que se 
desintegrou. 
- Não apresenta função do indivíduo saudável, 
porém, frente a processos inflamatórios, essas 
células se multiplicam e formam cistos, que 
contribuem para a dor. A medida que o 
processo inflamatório diminui, o cisto 
também diminui. Ou seja, frente a 
mediadores da inflamação, existe estímulo 
para proliferação dessas células, que 
formarão cistos. 
 
● Parte fibrosa (matriz extracelular) 
 
- Na matriz extracelular estão as fibras de 
colágeno (principalmente tipo I), substância 
fundamental (ác. hialurônico) e as fibras do 
sistema elástico 
 
Substância fundamental 
- A subs. fundamental tem a função de unir as 
fibras de colágeno com as fibras do sistema 
elástico, e também entre o osso alveolar e 
cemento (“cola que mantém os elementos do 
ligamento periodontal unidos”). 
- Apresenta aspecto gelatinoso, devido o 
ácido hialurônico. Por isso, oxigênio e 
nutrientes se difundem através dela, nutrindo 
as células do lig. periodontal e do cemento. 
- Em processos inflamatórios, é responsável 
por liberar o plasma (exsudato) característico 
em um caso de gengivite ou periodontite, por 
exemplo 
 
Fibras do sistema elástico 
- Formado por fibras elásticas, oxitalânicas e 
elaunínicas 
- Estão sempre próximas aos vasos 
sanguíneos, contraindo e relaxando-os, ou 
seja, controlam o fluxo sanguíneo. 
- Através da regulação do fluxo, ocorre uma 
adaptação para o movimento mastigatório 
 
Fibras de colágeno 
 
- 3 tipos: tipo I, tipo III, tipo XII. Cada uma 
exerce uma função 
- O ​colágeno tipo III ​atua caso as fibras 
principais sejam destruídas, repondo-as. Logo, 
apresenta função de reposição 
- O ​colágeno XII​ faz a união do colágeno I com 
as fibras do tecido elástico 
- Graças a elas o ligamento periodontal se une 
ao cemento e ao osso alveolar 
- Essas fibras partem do ligamento e 
adentram no cemento e no osso alveolar, 
permitindo que esse sistema estejam 
conectados. 
 
- Por isso, em doença periodontal agressiva há 
risco de perda do dente, pois as bactérias 
atingem as fibras de colágeno, alterando todo 
o periodonto de inserção que perde sua 
ancoragem. 
 
- Cada risco corresponde a um grupo 
de fibra, separados de acordo com a 
posição, função e inclinação 
 
- Fibras da crista alveolar: ​união com o 
osso alveolar. São as primeiras a 
serem perdidas durante a doença 
periodontal, pois são as primeiras a 
sofrer ataque dos ácidos bacterianos 
- Durante a doença periodontal, a crista 
óssea diminui de tamanho por conta 
do processo inflamatório. Por isso, o 
dente fica amolecido, pois perde a 
fixação superficial 
 
- Fibras horizontais:​ localizadas no 
terço médio da raiz. Entremeio entre 
as fibras da crista e as oblíquas. 
 
- Fibras oblíquas​: terço médio em 
direção ao ápice radicular. São as mais 
comuns, responsáveis por sustentar o 
osso no alvéolo dentário 
- A perda do elemento dental 
geralmente se dá devido a perda das 
fibras oblíquas 
 
- Fibras apicais:​ prendem o ápice 
radicular. Entram diretamente no 
cemento. 
 
- Fibras interradiculares: ​presentes em 
dentes com 2 ou 3 raízes. Todas as 
outras estão presentes em todos os 
dentes 
 
- Durante a d. periodontal, a crista 
óssea diminui de tamanho por conta 
do processo inflamatório. 
- Essas fibras surgem durante a fase de 
raíz 
 
- Após irromper, o dente não apresenta 
todas as fibras em sua posição 
definitiva. A medida em que o dente 
vai nascendo, as fibras se 
movimentam. A força exógena 
exercida faz com que o dente nasça 
em uma posição errada (chupeta) 
- As fibras se abrem e empurram o 
dente para cima 
- As fibras oblíquas são as primeiras a 
serem formadas e se inserirem no 
dente 
- Durante a eclosão do dente, as fibras 
de colágeno estão inseridas no 
cemento, mas muitas ainda não se 
inseriram no osso alveolar. 
- Quando as fibras prenderem no osso 
alveolar a movimentação cessa. Por 
isso, a fixação no osso alveolar passa a 
acontecer durante o irrompimento 
do dente em feixes finos, permitindo 
certa mobilidade. 
- As fibras que se fixarão no dente 
surgem inicialmente finas, para que 
possibilite a movimentação dentária. 
- Atos como roer os dentes, chupeta e 
etc podem fixar o dente no lugar 
errado quando as fibras de colágeno 
associadas ao osso alveolar 
começarem a se espessar. 
 
 
- Quanto antes os hábitos como chupeta 
cessarem, mais chance do dente não se 
posicionar em posição errada. Se cessarem 
enquanto as fibras ainda estão finas, o dente 
não será afetado. 
 
ADAPTAÇÃO ÀS DEMANDAS FUNCIONAIS 
- Várias fibras dispostas em diferentes locais 
com diferentes inclinações. Essa variedade 
garante o equilíbrio das funções 
mastigatórias. 
 
- Quanto ​maior a demanda funcional​ (quanto 
mais força é feita no ligamento), mais grossa a 
fibra se torna, por necessitar de uma fixação 
maior do dente. 
 
- Caso a​ demanda funcional for baixa​ (pouco 
estímulo da força de mastigação), os 
fibroblastos liberam colágenase, fosfatase 
alcalina e outras enzimas que destroem o 
ligamento periodontal, estreitando a 
espessura desse feixe de fibras. 
- Por isso, o estímulo da mastigação na criança 
é de suma importância, pois nesse ato é dada 
uma demanda funcional para o ligamento 
periodontal. 
- Os feixes finos também podem gerar 
posicionamento errado do dente 
 
- A força mecânica aumenta a tensão no 
dente, estimulando os fibroblastos a 
produzirem mais fibras de colágeno e o tecido 
ósseo e a reabsorção óssea. Logo, o osso 
alveolar também se modifica. 
- Ex: movimentação ortodôntica estimula a 
reorganização das fibras de colágeno e 
promove também a reabsorção óssea. Por 
isso, esses tratamentos são demorados, pois o 
dente precisa ser posicionado no local certo e 
ali mantido a fim de que o espessamento do 
feixe possa acontecer. 
 
- Reação inflamatória durante a doença 
periodontal:​ nesse caso, a respostainflamatória é nociva pois é liberado uma 
quantidade de citocina muito grande 
- Com isso, os fibroblastos liberam 
metaloproteinases, que destroem as fibras de 
colágeno. 
- Nesse caso, o colágeno é destruído pela 
colagenase bacteriana e pelas 
metaloproteinases produzidas pelo próprio 
fibroblastos 
- As metaloproteinases são liberadas devido a 
alta liberação de citocinas. A citocina é 
liberada em excesso pois a doença 
periodontal está ativa e a bactéria está 
presente o tempo todo. 
 
- O ​colágeno tipo III ​atua caso as fibras 
principais sejam destruídas, repondo-as. Logo, 
apresenta função de reposição 
- O ​colágeno XII​ faz a união do colágeno I com 
as fibras do tecido elástico 
 
 
 
● Anquilose 
 
- Anquilose dentária é a ​fusão anatômica 
entre a raiz do dente e o osso alveolar, 
causada pela ausência do ligamento 
periodontal 
 
- É uma consequência da erupção anormal do 
dente. Para que a erupção aconteça, o 
ligamento periodontal funciona como uma 
alavanca para o dente. 
 
 
 
 
CAUSAS 
- Fator genético 
- Lesão traumática com o dente ainda incluso, 
gerando processo inflamatório agressivo e 
prejudicial ao desenvolvimento (mais comum) 
- Os elementos desse processo inflamatório 
são tão agressivos que o ligamento 
periodontal não consegue se regenerar ou 
impedir o fibroblasto não consegue sintetizar 
as fibras de colágeno 
- Com isso, a ​matriz do cemento se mistura a 
matriz óssea​, ocorrendo a fusão da matriz do 
dente com o osso alveolar 
- Além disso, pode acontecer reabsorção 
radicular 
- Mais comum em dentes decíduos 
 
CONSEQUÊNCIA 
- Na anquilose, esse movimento de alavanca 
do ligamento periodontal não aconteceu de 
forma correta e por isso o dente anquilosado 
é posicionado um pouco mais para baixo que 
os outros, pois não possui o ligamento 
periodontal para fazer força para cima  
● Na lesão traumática ocorre algo similar a 
doença periodontal: além de colágeno, os 
fibroblastos secretam metaloproteinases, 
que são as mesmas produzidas pelas 
bactérias. 
- A metaloproteinase bacteriana destrói a 
fibra de colágeno que gera a queda do 
dente 
 
- Na resposta inflamatória, a 
metaloproteinase ​também é liberada, porém, 
de forma​ nociva​. Ou seja, o trauma gera 
resposta inflamatória que estimula a 
produção de metaloproteinases. Essas, 
destroem as fibras de colágeno e o espaço 
que existia entre a raiz do dente e o osso 
alveolar passa a não existir mais. Existe agora 
uma mistura de matriz 
 
 
- Um dos dentes é anquilosado, observa-se 
que não existe ligamento periodontal e essa 
região se assemelha com osso alveolar 
- Dente anquilosado apresenta posição mais 
baixa 
- Acaba se “encavalando” no dente vizinho 
 
- Em dentição permanente é mais raro 
 
CONDUTA 
- Remoção cirúrgica do dente decíduo 
anquilosado 
- Remoção do dente permanente e colocação 
de implante 
- Mesmo com sua posição errada, não deve 
ser usado tratamento ortodôntico nesse caso, 
pois houve a fusão do osso com o ligamento 
alveolar, perdendo a articulação. 
- Não é possível reposicionar esse elemento, 
pois quem garante sua movimentação 
(ligamento periodontal) está ausente 
 
- O dente anquilosado e seus vizinhos são 
mais susceptíveis a ​cárie​ por não estar na 
posição correta. Sendo assim, acabam tendo 
um contato muito próximo, gerando um 
maior acúmulo de restos alimentares, criando 
reentrâncias e pontos de deposição. 
 
- Para reverter a anquilose deve ser gerado 
fibroblastos, já que ele é responsável por 
secretar colágeno, que é necessário para a 
estimular a estrutura ausente, principalmente 
o colágeno tipo 1. 
- Além disso, também seria possível pegar as 
células indiferenciadas (tronco) do dente 
vizinho, (a do dente anquilosado não é viável) 
e convertê-las em fibroblastos, para que elas 
sintetizassem as novas fibras de colágeno 
- Na anquilose, tanto as células mesenquimais 
indiferenciadas quanto os fibroblastos 
morreram, mas pode ser pego o do dente 
vizinho 
 
- Além disso, o uso da células tronco 
mesenquimais indiferenciadas podem ser 
usadas no tratamento (terapia) de doença 
periodontal 
- Atualmente, as terapias consistem em raspar 
(remover) a área atingida (grupo de células 
mortas). Com isso, espera-se que ocorra a 
renovação do ligamento periodontal, porém, 
muitas vezes isso não acontece devido a 
resposta inflamatória muito severa, 
impossibilitando os fibroblastos de 
secretarem colágeno 
- Com as células tronco do ligamento, outras 
regiões também podem ser regenerados, 
como cemento e osso alveolar 
(principalmente), regenerando todo o sistema 
do periodonto 
- Redução da crista alveolar 
na doença periodontal 
 
- Uso das células tronco mesenquimais é mais 
eficiente na regeneração periodontal como 
um todo, pois ela já sofreu uma pré 
diferenciação, logo, sua reprogramação será 
mais simples e mais fácil do que da polpa 
- Se fosse pegar as células da polpa, iria ter 
que zerar suas informações e iniciar a 
reprogramação zero 
- Célula tronco mesenquimal é colocada 
diretamente na matriz em que ela foi 
colocada na sua programação inicial, logo, 
sabe responder aos fatores de crescimento 
que induziram os pré cementoblasto, 
fibroblasto em osteoblastos nas células 
maduras 
- Nesse caso, ela está no ambiente natural de 
onde foi retirada e sendo exposta aos fatores 
de crescimento e diferenciação comuns 
daquela região 
 
- Poderia ser uma alternativa as terapias 
tradicionais em doenças periodontais 
avançadas, pois se for identificada no início 
apenas a raspagem já seria suficiente. Usada 
apenas no caso onde o processo inflamatório 
já destruiu grande parte dos fibroblastos 
 
- Ainda não utilizado em seres humanos, pois 
a pesquisa está no início 
 
● Suprimento sanguíneo 
 
- O ligamento periodontal é extremamente 
vascularizado, sendo que muitos deles 
apresentam origem na polpa. Outros, tem 
origem no osso alveolar. 
- A alta vascularização é importante para sua 
regeneração  
- Um suprimento sanguíneo inadequado gera 
desnutrição dos fibroblastos, diminuindo o 
fornecimento de oxigênio, comum na 
anquilose e doença periodontal agressivo, 
gerando uma regeneração insuficiente 
- O suprimento sanguíneo é fundamental para 
manter a viabilidade de todo o sistema 
funcional 
- O bom suprimento sanguíneo garante a 
renovação dos fibroblastos, e, 
consequentemente, do ligamento periodontal 
 
- Os vasos possuem​ curso intraósseo, e 
abrem no ligamento periodontal, ​não 
adentrando o cemento (logo, o cemento é 
avascular) 
- Ao extrair o dente, existe um coágulo 
ocupando o espaço do alvéolo, que aos 
poucos é reabsorvido 
Após a reabsorção, ocorre a angiogênese e os 
vasos passam a ter um curso apenas 
intraósseo, pois o ligamento periodontal foi 
removido após a extração 
 
● Suprimento nervoso 
- Importante para percepção e adaptação às 
demandas funcionais 
 
- Fibras provenientes do próprio nervo 
dentário: penetram pelo forame apical 
 
- Grupo proveniente do osso alveolar: penetra 
lateralmente e ramifica no sentido apical e 
cervical 
 
- Nervo trigêmio: função específica de dor e 
pressão 
 
- Axônios provenientes do mesencéfalo: 
posição da mandíbula 
 
- Fibras nociceptivas: encontradas em todas as 
regiões 
 
- Terminações nervosas livres: ao longo de 
toda a raiz e nociceptores e mecanoceptores 
 
- Corpúsculo de Ruffini: ao redor do ápice da 
raiz e Mecanoreceptores 
 
- Função das fibras: permite as adaptações as 
demandas funcionais, percepção de dor e 
mecânica 
 
- Alteração a alta forças de tensão: 
- Aumento da largura e espessura do 
ligamento 
- Feixes aumentam a espessura 
- Remodelação do colágeno e reabsorção 
óssea 
 
- Alteração a baixa demanda: 
- Estreitamento do ligamento 
 - Diminuição do número de fibras, 
estreitando o feixe 
 
- O tratamento ortodôntico correspondea 
uma reabsorção óssea e reposicionamento de 
fibras do ligamento periodontal. Entretanto, 
para que isso aconteça, é necessário a 
mecano percepção (noção sensorial) 
 
● Movimentação 
ortodôntica 
 
- Acontece em todo o periodonto de inserção 
(remodelação do osso alveolar e do ligamento 
periodontal) 
- Destruição e reconstrução de fibras de 
colágeno e do osso alveolar por meio de 
estímulo de pressão e de tensão, percebido 
pelos vasos sanguíneos e gerando uma 
remodelagem tecidual 
 
- Esse processo não pode ser agressivo, pois 
se toda a força for colocada de uma vez, será 
gerados muitos danos e os tecidos não 
conseguem se recuperar (similar a anquilose) 
- Nesse caso, a pressão exercida foi tão 
grande que promove destruição tecidual 
- As forças devem ser colocadas aos poucos, 
para que tenha um estímulo para 
reorganização tecidual, e não destruição dos 
tecidos 
 
PROCESSO LENTO 
- Qualquer força colocada com intenção de 
movimentação (como fio ortodôntico, 
elástico) gera: 
- Alterações nos vasos sanguíneos e regiões 
de isquemia (falta de oxigenação) 
- Morte celular em algumas regiões 
- Inflamação​ do ligamento periodontal 
- Se essas forças são colocados de forma 
suave, age como estímulo porém se for 
colocado de forma agressiva muitas células 
serão mortas, comprometendo a capacidade 
de regeneração 
 
- O osso alveolar é o primeiro a responder a 
esse estímulo, enquanto o ligamento 
periodontal é o último 
- Por isso, se o aparelho ortodôntico for 
retirado antes da hora, o dente voltará a 
posição original (o ligamento periodontal 
demora mais tempo para espessar e fixar o 
dente no lugar novo) 
-Para fixar: 
- Hipóxia, inflamação 
- Os fibroblastos espessam um lado (nova 
posição), enquanto outra posição é destruída 
- Ao colocar aparelho o paciente sente dor, 
mas depois a dor começa a diminuir. Isso 
acontece pois o ligamento periodontal está se 
espessando. 
- A resposta do osso alveolar a hipóxia é mais 
rápida 
- De um lado o tecido ósseo é 
destruído, para dar espaço para o 
dente se movimentar e do outro lado 
um novo tecido ósseo é produzido 
para não deixar o dente voltar 
- A força deve ser equilibrada: leve 
destruição e reconstrução 
- Processos mediados pela inflamação 
celular 
 
1. Hialinização ligamentar:​ necrose estéril, 
pois a morte de célula é promovido devido a 
interrupção do fluxo sanguíneo. Quanto maior 
a tensão, maior a interrupção do suprimento 
- Leve tensão → pequena área de 
hialinização 
- Tensão intensa → grande área de 
hialinização 
 
2. Processo inflamatório 
- Extravasamento de fluído que comprime os 
fibroblastos (preenche o espaço entre os 
fibroblastos), criando​ zona de compressão 
- Essa compressão destrói ligamentos de 
colágeno de um lado enquanto estimula a 
formação de novas fibras 
- A força deve ser aplicada e seguida de 
um tempo de adaptação, pois é nesse 
tempo que acontece o espessamento 
e síntese de novas fibras 
 
- Ex: elásticos que só devem ser tirados 
na alimentação, pois a força é menor 
do que a da troca do fio do braquete. 
Porém, essa força é um estímulo 
contínuo, e tirar o elástico, o estímulo 
cessa 
- Se for tirado rapidamente 
(alimentação), o estímulo volta e a 
fibra volta a espessar 
 
- Quanto maior o tempo em que a força é 
aplicada, mais rápido acontecerá o 
espessamento das fibras de colágeno 
- Ao retirar a força incidente, mais lenta será a 
movimentação pois as fibras já estarão mais 
espessas 
 
ÁREAS DE PRESSÃO E TENSÃO 
Área de pressão 
- A pressão é colocada de um lado, enquanto 
a tensão é colocada de outro 
- A pressão é aplicada na mesma direção da 
força 
- É ali que novas fibras deverão ser 
construídas 
- Deverá haver reabsorção óssea para que o 
dente tenha espaço para se movimentar 
- Nessa região é criada a região de 
hialinização, isquemia e processo inflamatório 
 
Área de tensão 
- A área de tensão é onde as fibras estavam 
acomodadas. Elas são destruídas, enquanto 
um novo osso é sintetizado 
- Nesse lado, o ligamento periodontal é 
estirado (estendido) 
- No primeiro momento, o ligamento deve 
ficar mais fino para que o dente consiga se 
movimentar 
 
- Para que o ligamento periodontal responda 
a pressão e tensão, é preciso ter em conjunto 
a remodelação do tecido ósseo 
- Por isso, o movimento ortodôntico é 
baseado na alteração do ligamento 
periodontal e osso alveolar 
 
 
Resumo 
Ligamento periodontal é um sistema 
funcional altamente inervado e 
vascularizado, necessárias para a resposta 
e ​adaptação à demanda​ de uso. 
- Essencial pois evita a fusão entre o 
cemento osso alveolar (anquilose), que 
compromete a mobilidade dos dentes 
- Células tronco ​mesenquimais​ garantem 
a​ neoformação de tecido ósseo​, formação 
de cemento e regeneração de fibras. No 
futuro poderá ser alternativa as terapias 
atuais 
- As células tronco mesenquimais 
permitem a movimentação ortodôntica, 
devido o osso alveolar e ligamento 
periodontal

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