Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Podem ou não causar reabsorções radiculares ou perfuração da cortical Patologia bucal Granuloma central de células gigantes, querubismo e tumor marrom Granuloma central de células gigantes O que são? Considerados como lesões não neoplásicas. Alguns apresentam comportamento agressivo, similar ao de um neoplasma. Clinicamente são aumentos de volume assintomáticos, e chamam atenção primeiramente durante exame radiográfico Uma minoria pode estar associado a dor, parestesia ou perfuração da tabula óssea cortical, resultando em ulceração da mucosa na superfície da lesão. Baseado em características clínicas e também radiográficas, sugere-se que esta lesão pode ser classificada de duas maneiras: LESÕES NÃO-AGRESSIVAS •Maioria dos casos •Exibem poucos ou nenhum sintoma •Crescimento lento •Sem perfuração da cortical e sem reabsorção radicular dos dentes envolvidos LESÕES AGRESSIVAS •Dor •Crescimento rápido •Perfuração da cortical e reabsorção radicular •Tendência de recidiva após tratamento Lesões mais comuns nas porções anteriores do osso Ampla variação etária, podendo variar entre os 2 aos 80 anos de idade. EPIDEMIOLOGIA Mais de 60% dos casos antes dos 30 anos Tem predileção pelo sexo feminino Embora possa variar nos estudos 70% dos Granulomas Centrais de Células Gigantes ocorrem em mandíbula Quando em mandíbula podem cruzar a linha média RADIOGRAFICAMENTE Bem delimitada, mas sem halo radiopaco Lesão radiolúcida uni ou multilocular Depende do grau de agressividade da lesão Curetagem cuidadosa Lesões agressivas apresentam maior taxa de recidiva. Quando recidivantes, respondem bem a curetagem adicional, mas as vezes necessitam de abordagem cirúrgica mais radical à depender do grau de agressividade Recidiva varia de 11 a 50% dos casos, ou mais. Querubismo O que é? Uma condição rara do desenvolvimento dos ossos gnáticos, herdada como um traço autossômico dominante, com alta penetrância, mas expressividade variável. Ocorre por mutação do gene SH3BP2 (cromossomo 4p16.3) em 80% dos casos. Clinicamente Geralmente ocorre entre os 2 e 5 anos de idade e nos casos moderados, o diagnóstico não pode ser feito até os 10 a 12 anos de idade. As alterações clínicas progridem até a puberdade e então se estabilizam ou regridem lentamente. A maxila pode ser também afetada, envolvendo apenas as tuberosidades, ou em casos mais severos toda a maxila. O envolvimento e aumento do osso pode causar: Distorção marcante das cristas alveolares Deslocamento dentário Falha na erupção Interferência na mastigação Dificuldades de fala Raramente pode levar à perda de visão ou audição normais Presença de células gigantes multinucleadas em um fundo com células mesenquimais ovóides ou fusiformes e macrófagos arredondados HISTOPATOLÓGICO ESTROMA As células gigantes podem estar agregadas focalmente ou difusamente pela lesão TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Frouxamente arranjado e edematoso, com extravasamento de eritrócitos e hemossiderina Lesões mais antigas podem apresentar áreas de fibrose no estroma Pacientes afetados podem apresentar linfadenopatia cervical acentuada Face de querubim ocorre devido ao envolvimento bilateral da região posterior da mandíbula Bochechas rechonchudas angelicais Aumento de exposição da margem da esclera abaixo da íris Aparência de “olhos voltados para o céu” Envolvimento da margem infraorbital e do soalho orbital que desloca o globo para ocular para cima e puxa a pálpebra inferior para baixo Expansão bilateral e indolor da mandíbula posterior (envolvendo ângulos e ramos ascendentes), sendo geralmente simétrica Radiograficamente se apresenta como uma imagem radiolúcida, tipicamente multilocular. O querubismo pode apresentar o aspecto de bolha de sabão Histopatológico Os achados microscópicos são semelhantes ao da lesão central de células gigantes. A lesão consiste em: Tecido fibroso vascular contendo numero variável de células gigantes multinucleadas, sendo menores e focalmente agregadas. Focos de sangue extravasado podem ser visíveis Acúmulos eosinofilicos em forma de manguito parecem ser achados específicos do querubismo Tratamento e prognóstico o prognóstico é imprevisível para qualquer caso, visto que as lesões podem mostrar graus variáveis de remissão e involução após a puberdade. A partir da quarta década de vida, a maioria dos paciente já apresentam traços mais compatíveis com a normalidade Enquanto alguns pacientes apresentam características suaves do querubismo e que regridem com o avançar da idade, outros podem ter essas características persistentes Por isso, o tratar ou observar o paciente é uma decisão difícil. Têm-se obtido resultados positivos em caso de abordagem cirúrgica com curetagem precoce da lesão, no entanto, em alguns casos isso pode acelerar a progressão da lesão. Logo o tratamento para o querubismo é algo a depender do caso de cada paciente e das indicações. Tumor marrom O que é? Um tumor que ocorre por produção em excesso do paratormônio (PTH), relacionado à queda do níveis de cálcio sérico (hiperparatireoidismo) O paratormônio age diretamente no tecido ósseo causando dissolução, ativando osteócitos para absorção de cálcio e fosfato e proliferação de osteoclastos. Clinicamente Geralmente ocorre em pacientes com mais de 60 anos de idade, sendo caracterizado por uma expansão óssea indolor e que pode ocasionar afastamento dos dentes. Como resultado de exames laboratoriais teremos PTH aumentado, cálcio diminuído, fosfatase alcalina aumentada e fósforo diminuído Paciente pode relatar alterações ósseas, roncos abdominais e cálculos renais: Pedras+ossos+roncos abdominais. Radiograficamente apresenta-se como áreas radiolúcidas uni ou multilocuraes, pode causa perda da lâmina dura dos dentes e possuir a aparência de vidro fosco Histopatológico Os achados microscópicos são semelhantes ao da lesão central de células gigantes. A lesão consiste em tecido fibroso vascular frouxo contendo células gigantes multinucleadas, havendo necessidade de dosar PTH Tratamento e prognóstico o prognóstico é autolimitante, pode ser feita plastia pós-correção. Deve-se avaliar o tipo de hiperparatireoidismo, se primário, se secundário Primário- Remoção do tumor e avaliar redução do PTH Secundário- paratireiodectomia, restrição de folato, vitamina D ativa, transplante renal. DIOS Vidro fosco Multilocular
Compartilhar