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HISTOPATOLOGIA - Nanismo Acondroplasico

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c 
 Fábio Duarte – Medicina p3 
HISTOPATOLOGIA 
 
Nanismo Acondroplásico 
Ossos: aspectos gerais 
 O sistema esquelético é composto por 206 ossos que variam no tamanho e no 
formato. Os ossos são compostos essencialmente por um tipo exclusivo de tecido 
conjuntivo mineralizado — o tecido ósseo — que sofre mineralização com uma mistura 
distinta representada por uma matriz orgânica (35%) e por elementos inorgânicos 
(65%). 
 
 1. A composição dos ossos orgânicos, inorgânicos e matriz óssea: 
 a. Inorgânicos: 
 O componente mineral inorgânico consiste, principalmente, na hidroxiapatita 
de cálcio. Esse mineral dá ao tecido ósseo força e rigidez, fazendo com que o 
tecido ósseo funcione como depósito para 99% do cálcio do corpo, 85% 
do fósforo do corpo e 65% do sódio e do magnésio do corpo. 
 b. Orgânicos: 
 O componente orgânico inclui as células do tecido ósseo e o osteoide de 
natureza proteica. As células formadoras de tecido ósseo incluem os 
osteoblastos e os osteócitos, enquanto as células da linhagem de reabsorção da 
matriz óssea incluem as células precursoras dos osteoclastos e os osteoclastos 
funcionalmente maduros. 
c. Matriz óssea: 
 Composta com 20% de matéria orgânica, 15% de água e 65% de mineral. 
 
 Muitas pessoas julgam o tecido ósseo como inerte e imutável, porém o tecido ósseo é 
muito dinâmico, fazendo sempre reabsorção e renovação, processo chamado de 
remodelação. 
Os efeitos finais da remodelação podem ser a manutenção do tecido ósseo, a perda 
de tecido ósseo ou a deposição de tecido ósseo, com o equilíbrio sendo determinado 
pelas atividades relativas dos osteoblastos, os quais depositam tecido ósseo, e dos 
osteoclastos, os quais reabsorvem o tecido ósseo, ou seja, a homeostase entre 
 
HISTOPATOLOGIA 
Nanismo Acondroplásico 
 2 
 
Nanismo acondroplásico 
 
Definição 
Acondroplasia é uma doença do grupo das displasia esqueléticas, nas quais ocorrem 
alterações intrínsecas no crescimento ou remodelamento de cartilagens e ossos. A 
acondroplasia é a causa mais comum de baixa estatura desproporcional relacionada 
ao encurtamento de membros. 
Fisiopatologia 
O acometimento principal é no esqueleto apendicular, com envolvimento rizomélico 
(proximal) das extremidades. Assim, alterações encontram-se em braços e coxas, 
com os antebraços, pernas, mãos e pés acometidos em menor intensidade. O 
esqueleto axial se encontra íntegro. A alteração histológica principal é a 
ossificação endocondral anormal. 
A acondroplasia é a forma mais comum de nanismo. Ela é causada pela ativação de 
mutações pontuais no receptor para o fator de crescimento de fibroblastos 3 
(FGFR3), um receptor com atividade de tirosina-quinase que transmite sinais 
intracelulares. O defeito é decorrente da substituição do aminoácido arginina pelo 
aminoácido glicina no domínio transmembrana do receptor situado no condrócito da 
placa de crescimento dos ossos. Os sinais transmitidos pelo FGFR3 inibem a 
proliferação e a função dos condrócitos dos discos epifisários (ou placas epifisárias); 
consequentemente, o crescimento dos discos epifisários normais é suprimido, e o 
comprimento dos ossos longos é severamente atrofiado. 
Mutações no receptor FGFR3 (sinais intracelulares)  inibição da proliferação/função dos condrócitos 
 crescimento dos discos epifisários é suprimido. 
A doença pode ser herdada de maneira autossômica dominante, mas muitos casos 
se originam a partir de novas mutações espontâneas. A acondroplasia afeta todos os 
ossos que se desenvolvem por ossificação endocondral. As alterações mais 
evidentes incluem baixa estatura, encurtamento desproporcional dos membros 
osteoblastos e osteoclastos determina a manutenção óssea. 
 
 Nesse senitdo, atividade dos osteoblastos e dos osteoclastos é altamente regulada 
tanto pela integração local entre esses dois tipos celulares como também por fatores 
circulantes que exercem forte impacto sobre sua atividade, como a vitamina D e o 
hormônio das paratireoides. Entre os fatores locais que regulam a remodelação do 
tecido ósseo, os mais importantes são o RANK (receptor para a ativação do fator 
nuclear kB), o ligante do RANK (RANKL) e a osteoprotegerina (OPG). 
 
HISTOPATOLOGIA 
Nanismo Acondroplásico 
 3 
superiores, arqueamento das pernas e formação de um relevo (bossa) na região 
frontal com hipoplasia do meio da face. A cartilagem das placas epifisárias se 
apresenta desorganizada e hipoplásica. 
Tipos de células do tecido ósseo 
 Osteócito: células no interior da matriz extracelular, ocupando as lacunas das quais 
partem canalículos (canais que ligam essas células: para nutrir; deixando passar 
íons de um osteócito para outro). 
É sempre 1 osteócito para cada lacuna. O núcleo é achatado, tem pouco retículo 
endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e com núcleo com 
cromatina condensada. 
Sua função é manter a matriz extracelular. Quando essas células morrem, elas 
são reabsorvidas pelos osteoclastos. 
Osteoblasto: dispõem-se um ao lado do outro. Quando estão ativos, são cuboides e 
tem citoplasma basófilo, já os menos ativos são mais achatados com citoplasma 
menos basófilo 
Sua função é sintetizar a parte orgânica da matriz extracelular (como as 
glicoproteínas, proteoglicanos e colágeno I) e concentrar o fosfato de cálcio, 
depositando tecido ósseo. 
Uma vez aprisionados na matriz recém-formada, passam a ser denominados 
osteócitos. 
Osteoclasto: células móveis, multinucleadas, gigantes, extensamente ramificadas, 
citoplasma granuloso e pouco basófilo nos jovens e acidófilos nos maduros. 
Sua função é reabsorver o tecido ósseo. 
Eles são formados por precursores mononucleados da medula óssea combinados 
com o tecido ósseo. 
 
HISTOPATOLOGIA 
Nanismo Acondroplásico 
 4 
 
Processos de ossificação 
Ossificação Intramembranosa 
É feito a partir da diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos no 
interior de membranas conjuntivas. 
As células mesenquimais, na ossificação intramembranosa, migram do mesênquima 
e agregam-se em áreas específicas, nas quais o osso será formado, centro de 
ossificação primária. 
Em humanos, os primeiros sinais da ossificação intramembranosa aparecem por 
volta da oitava semana de gestação e a partir dela são formados ossos do crânio 
(exemplo: frontal, parietal, partes do occipital, maxila, mandíbula) e clavícula. A 
ossificação intramembranosa também é importante para o crescimento dos ossos 
curtos e aumento da espessura de ossos longos. 
À medida que a agregação das células mesenquimais continua, o tecido 
recém-organizado torna-se mais vascularizado e as células mesenquimais ficam 
maiores e arredondadas para diferenciarem-se em osteoblastos que passam a 
sintetizar e secretar colágeno e proteoglicanos da matriz óssea (osteoide). 
Os osteoblastos situados no interior da matriz óssea distanciam-se enquanto a 
matriz óssea é formada, porém permanecem unidos por delgado prolongamento 
citoplasmático. Posteriormente, a matriz torna-se calcificada, envolve 
completamente os osteoblastos que passam a ser denominados osteócitos e os 
prolongamentos citoplasmáticos intercomunicantes das células ficam em canalículos. 
As partes da membrana que não ossificam formam o endósteo e o periósteo. 
Ossificação endocondral 
Inicia-se sobre uma peça de cartilagem hialina do esqueleto que irá formar tecido 
ósseo. Esse tipo de ossificação é o responsável básico pela constituição dos 
ossos curtos e longos. 
Existem 5 zonas nesse tipo de ossificação: 
Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina, sem nenhuma presença de 
alteração morfológica; 
Zona de proliferação: os condrócitosdividem-se rapidamente e formam fileiras ou 
colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no eixo longitudinal do osso; 
 
HISTOPATOLOGIA 
Nanismo Acondroplásico 
 5 
Zona de cartilagem hipertrófica: os condrócitos estão bem volumosos, possuem 
depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. Os condrócitos morrem por 
apoptose; 
Zona de cartilagem calcificada: ocorre a mineralização da matriz cartilaginosa e 
termina a apoptose dos condrócitos; 
Zona de ossificação: aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células 
osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos 
condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, 
que, por sua vez, depositam matriz óssea sobre os restos de matriz cartilaginosa. 
A matriz óssea calcifica- se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em 
osteócitos. 
 
 
 
 
HISTOPATOLOGIA 
Nanismo Acondroplásico 
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