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Resumo Sistema Urogenital - Urinário e Genital

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Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
1 
 
Embriologia II . 
SISTEMA UROGENITAL 
Dois sistemas embriológica e anatomicamente associados: 
→ SISTEMA URINÁRIO – excretor 
→ SISTEMA GENITAL – reprodutivo 
- Estreito relacionamento com o desenvolvimento das suprarrenais 
Origem embriológica: Mesoderma Intermediário (parede dorsal do embrião) 
Esse mesoderma é deslocado ventralmente e perde conexão com os somitos 
Uma elevação de mesoderma se forma em cada lado da aorta – a crista 
urogenital: 
→ A parte da crista urogenital que origina o Sist. Urinário é o cordão 
nefrogênico 
→ A parte que dará origem ao Sist. Genital é a crista gonadal 
 
SISTEMA URINÁRIO 
→ O sistema urinário inicia seu desenvolvimento antes do genital (Rins, Ureter, 
Bexiga e Uretra) 
DESENVOLVIMENTO DOS RINS E URETERES 
Três conjuntos de órgãos excretores (rins) se desenvolvem em embriões humanos 
sequencialmente: 
1. PRONEFRO 
→ Órgãos transitórios (sem função urinária) 
→ Surgem no início da 4ª semana 
→ São grupos celulares e estruturas tubulares na região cervical 
→ Logo se degenera, porém os ductos pronéfricos serão utilizados pelos rins em 
formação 
2. MESONEFRO 
→ Órgãos excretores que surgem ao final da 4ª semana, caudalmente ao 
pronefro rudimentar 
→ Funcionam como rins provisórios por cerca de 4 semanas 
→ Ductos mesonéfricos (originalmente pronéfricos) abrem-se na cloaca 
→ O mesonefro se degenera ao final do 1º trimestre – seus ductos formam 
estruturas de gônadas e genitais internos 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
2 
 
3. METANEFRO 
→ Primórdios dos rins permanentes 
→ Inicia seu desenvolvimento ao início da 5ª semana e está funcionante 
(produtor de urina) 4 semanas depois 
→ Os produtos da excreção são eliminados e transferidos pela placenta para 
metabolização e excreção materna 
→ Os rins permanecentes se desenvolvem a partir de duas fontes: 
- Divertículo Metanéfrico: derivado do ducto mesonéfrico 
- Massa Metanéfrica de Mesoderma Intermediário: derivados do 
cordão nefrogênico 
À medida que se alonga o divertículo metanéfrico penetra na massa metanéfrica 
de mesoderma intermediário 
→ O pedículo do divertículo Metanéfrico torna-se o ureter e a sua extremidade 
cranial passa por repetitivos eventos de ramificação que se diferenciam em 
túbulos coletores do metanefro 
→ Conforme esses túbulos renais se desenvolvem, sua extremidades proximais 
são evaginadas pelos glomérulos 
→ Os túbulos se diferenciam em túbulos contorcidos proximal e distal, e a alça 
do néfron (de Henle) com o glomérulo e sua cápsula formam um néfron 
→ A formação dos néfrons está completa ao nascimento, exceto em crianças 
prematuras 
→ Apesar de a filtração glomerular começar em torno da 9ª semana fetal, a 
maturação funcional dos rins e o aumento da taxa de filtração ocorrem 
após o nascimento 
→ A ramificação do divertículo metanéfrico é dependente da indução pelo 
mesoderma metanefrogênico, e a diferenciação dos néfrons depende da 
indução pelos túbulos coletores 
→ O divertículo metanéfrico e a massa metanéfrica de mesoderma 
intermediário interagem e induzem um ao outro, um processo conhecido 
como indução recíproca, para formar os rins permanentes 
SUPRIMENTO SANGUÍNEO E MUDANÇA DE POSIÇÃO DOS RINS 
→ O rim sobe pois o corpo do embrião se alonga (cresce) 
→ Irrigados pelas artérias renais acessórias que são terminais, ou seja, vão direto 
para o tecido e são o único suprimento sanguíneo 
→ Qualquer lesão resulta em uma isquemia naquela área 
→ As artérias acessórias são 2 vezes mais comuns que as veias acessórias 
ANOMALIAS CONGÊNITAS DOS RINS E URETERES 
1. AGENESIA RENAL (podem ser detectadas por ultrassonografia) 
- Unilateral: mais comum e frequente em homens; hipertrofia compensatória 
do outro rim; suspeita com artéria umbilical única. 
- Bilateral: mais rara; incompatível com a vida; associado com oligodrâmnio 
grave – hipoplasia pulmonar associada. 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
3 
 
2. ROTAÇÃO ANORMAL DOS RINS 
- 2.1. Rins Ectópicos 
- 2.2. Rins Fundidos 
- 2.3. Duplicação do Trato Urinário 
3. RIM EM FERRADURA 
- Em 0,2% da população os polos dos rins são fusionados, geralmente são os 
polos inferiores que se fundem 
- 7% das pessoas com síndrome de turner (X0) tem rins em ferradura 
4. DOENÇA CÍSTICA DO RIM 
→ DOENÇA RENAL POLICÍSTICA 
- Doença autossômica recessiva 
- Pode ser diagnosticada na ultrassonografia obstétrica 
- Os dois rins apresentam centenas de pequenos cistos 
- Insuficiência reanl com necessidade de dialise ou transplante e 
grande mortalidade 
→ DOENÇA RENAL MULTICÍSTICA DISPLÁSICA 
- Alterações morfológicas durante o desenvolvimento do sistema renal 
- Doença unilateral em 75% dos casos 
- Apresenta menos cistos que podem variar de poucos milímetros a 
muitos centímetros 
DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA E URETRA 
A cloaca é septada em porção dorsal e ventral por uma projeção do mesênquima 
– septo urorretal 
→ Porção Dorsal: Reto e parte do Canal Anal 
→ Porção Ventral: Seio Urogenital 
o O seio urogenital é dividido em 3 partes: 
▪ Parte vesical cranial = forma a maior parte da bexiga e é 
contínua com a alantoide 
▪ Parte pélvica mediana = torna-se a uretra (inteira, nas mulheres 
/ parte prostática, nos homens) 
▪ Parte fálica caudal = cresce em direção ao tubérculo genital 
→ O epitélio da bexiga é derivado do endoderma da parte vesical do seio 
urogenital 
→ Inicialmente a bexiga é contínua ao alantoide (estrutura vestigial) 
- A alantoide logo sofre constrição e se torna um cordão fibroso 
espesso – o úraco 
- No adulto, o úraco é o ligamento umbilical mediano 
- Nos recém-nascidos e crianças, a bexiga urinária, mesmo quando 
vazia, fica no abdômen 
- Ela começa a entrar na pelve por volta dos 6 anos, mas fica 
internamente à pelve somente na puberdade 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
4 
 
- O ápice da bexiga urinária é contínua com o ligamento umbilical 
mediano, que fica entre os ligamentos umbilicais mediais 
(remanescentes fibrosos das artérias umbilicais) 
- ANOMALIAS DO ÚRACO: 1. Fístula; 2. Cisto; 3. Seio 
ANOMALIAS CONGENITAS DA BEXIGA 
→ MEGACISTIS CONGÊNITA 
- Grande bexiga patológica 
- Desordem congênita do broto uretérico que pode resultar em valvas 
uretrais posteriores 
- Pode causar falência renal absoluta e hipoplasia pulmonar letal 
- Tratamento com drenagem intrauterina 
- Acúmulo de líquido na bexiga e não consegue eliminar através da 
uretra 
→ EXTROFIA DA BEXIGA 
- Mais comum em meninos 
- Há exposição e protrusão da parede posterior da bexiga 
- Pode haver separação do pênis, escrotos e púbis 
- Ocorre pelo fechamento mediano incompleto da parte inferior da 
parede abdominal 
DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS (ADRENAIS) 
Origem dupla: 
► Córtex da Glândula: Origem Mesodérmica 
► Medula da Glândula: Células da Crista Neural 
→ A primeira indicação do córtex ocorre na sexta semana 
→ As células que formam o córtex fetal são derivadas do mesotélio que reveste 
a parede abdominal posterior 
→ As células que formam a medula são derivadas do gânglio simpático 
adjacente (derivado da crista neural) 
→ Inicialmente, as células da crista neural formam uma massa no lado medial 
do córtex 
→ Conforme elas são envolvidas pelo córtex fetal, estas células se diferenciam 
em células secretoras da medula 
→ Mais tarde, células mesenquimais surgem do mesotélio e envolvem o córtex 
fetal dando origem ao córtex permanente 
 
ANOMALIA CONGÊNITA DAS ADRENAIS 
→ HIPERPLASIA CONGÊNITA 
- Grupo de distúrbios genéticos autossômicos recessivos 
- Deficiências enzimáticas na biossíntese hormonal 
- Crescimento anormal das células do córtex adrenal → excessivaprodução de androgênio no período fetal 
 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
5 
 
 
Pontos Importantes: 
✓ A formação do sistema urinário inicia na 4ª semana 
✓ Com a formação do cordão nefrogênico, tem-se a crista urogenital 
✓ 3 etapas: 
o Formação do pronefro – não funcional, função estrutural e 
formação dos ductos pronéfricos 
o Desenvolvimento do mesonefro – surgem no final da 4ª semana, 
funcionais, formam-se os ductos mesonéfricos 
o Metanefro – início da 5ª semana, e produz urina na 9ª semana 
✓ Rins PD – interação do divertículo metanéfrico e da massa 
metanéfrica do mesoderma intermediário – indução recíproca 
✓ Ascenção relativa dos rins leva a uma posição junta as suprarrenais 
✓ As suprarrenais derivam de tecido mesodérmico (córtex) e células da 
crista neural (medula) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
6 
 
SISTEMA GENITAL 
→ O sexo cromossômico e genético de um embrião é determinado na 
fertilização (conforme o espermatozoide que fertiliza o óvulo) 
→ As características masculinas e femininas só começam a se 
desenvolver na sétima semana 
→ Os sistemas genitais iniciais são semelhantes nos dois sexos – estágio 
indiferenciado do desenvolvimento sexual 
DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS 
As gônadas (testículos e ovários) são derivados de três fontes: 
1. O Mesotélio (epitélio mesodérmico) que reveste a parede abdominal 
posterior 
2. O Mesênquima Subjacente (tec. conjuntivo embrionário) 
3. As células germinativas primordiais 
I. GONADAS INDIFERENCIADAS 
→ O desenvolvimento das gônadas ocorrem durante a 5ª semana, quando 
uma área espessada de mesotélio se desenvolve no lado medial do 
mesonefro 
→ A proliferação deste epitélio e do mesênquima subjacente produz uma 
saliência no lado medial do mesonefro — a crista gonadal 
→ Cordões epiteliais digitiformes — os cordões sexuais primários — logo 
penetram o mesênquima subjacente 
→ Gônadas indiferenciadas consistem, desse modo, em um córtex externo e 
uma medula interna 
- Em embriões com o complexo cromossômico XX, o córtex da gônada 
indiferenciada se diferencia no ovário e a medula regride. 
- Em embriões com sexo cromossômico XY, a medula se diferencia no 
testículo e o córtex regride 
II. CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS 
→ Estas células sexuais são visíveis, no início da 4ª semana, entre as células 
endodérmicas do saco vitelino 
→ Durante o dobramento do embrião, as células germinativas primordiais 
migram ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior até as cristas 
gonodais 
→ Durante a 6ª semana, as células germinativas primordiais penetram no 
mesênquima subjacente e são incorporadas nos cordões gonádicos 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
7 
 
→ A migração das células germinativas primordiais apresenta grande controle 
genético 
 
III. DETERMINAÇÃO DO SEXO 
→ O desenvolvimento do fenótipo masculino requer um cromossomo Y (gene 
SRY para o fator determinante do testículo - FDT) → determina a 
diferenciação testicular 
→ Sob a influência deste fator organizador, os cordões sexuais primários 
diferenciam-se em cordões seminíferos (primórdios dos túbulos seminíferos) 
→ A ausência de um cromossomo Y resulta na formação de um ovário 
→ O tipo de gônada presente, então, determina o tipo de diferenciação 
sexual que ocorre nos ductos genitais e na genitália externa. 
→ A testosterona, produzida pelo testículo fetal, a diidrotestosterona (um 
metabólito da testosterona), e o hormônio antimülleriano determinam a 
diferenciação sexual masculina normal 
A diferenciação sexual feminina primária no feto não depende de hormônios; ela 
ocorre mesmo se os ovários estiverem ausentes 
DESENVOLVIMENTO DOS TESTÍCULOS 
→ O desenvolvimento de uma túnica albugínea densa é a indicação 
característica do desenvolvimento testicular no feto 
→ Gradualmente, o testículo em crescimento se separa do mesonefro em 
degeneração e torna-se suspenso pelo seu próprio mesentério – o 
mesorquídio 
→ Os túbulos seminíferos são separados pelo mesênquima que dá origem às 
células intersticiais (células de Leydig) 
→ Por volta da 8ª sem., estas células começam a secretar hormônios 
androgênios, testosterona e androstenediona, que induzem a diferenciação 
masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa 
→ Além da testosterona, o testículo fetal produz uma glicoproteína conhecida 
como hormônio antimülleriano (AMH) 
→ O AMH é produzido pelas células de sustentação (células de Sertoli), que 
continua até a puberdade, quando os níveis de hormônio antimülleriano 
diminuem 
→ O AMH suprime o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos, que 
formam o útero e as tubas uterinas 
DESENVOLVIMENTO DOS OVÁRIOS 
→ Os cordões sexuais primários não se tornam proeminentes, mas penetram 
na medula e formam uma rede ovariana rudimentar 
→ Com cerca de 16 semanas, estes cordões começam a se romper, formando 
agrupamentos isolados de células – os folículos primordiais – cada um 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
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constituído de uma ovogônia, derivada de uma célula germinativa 
primordial 
→ Conforme o ovário se separa do mesonefro em regressão, fica suspenso por 
um mesentério — o mesovário 
Ducto Paramesonefro = Ducto Mülleriano que forma o útero 
DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA 
Da 4ª até o início da 7ª semana, as genitálias externas são sexualmente 
indiferenciadas 
→ GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA 
- Induzida pela testosterona – produzida pelos testículos fetais 
- À medida que o falo cresce e se alonga para se tornar o pênis, as 
pregas urogenitais formam as paredes laterais do sulco uretral na 
superfície ventral do pênis 
- Este sulco é revestido por uma proliferação de células endodérmicas, 
a placa uretral, que se estende a partir da porção fálica do seio 
urogenital 
- As pregas urogenitais fundem-se uma com a outra, ao longo da 
superfície ventral do pênis, para formar a uretra esponjosa 
- Na extremidade da glande do pênis, uma invaginação do 
ectoderma forma um cordão ectodérmico celular, que cresce em 
direção à raiz do pênis para se unir à uretra esponjosa (orifício uretral 
externo) 
- Os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis se desenvolvem 
a partir do mesênquima do falo. As intumescências labioescrotais 
crescem uma em direção à outra e se fundem, formando o escroto. 
A linha de fusão destas pregas é claramente visível como a rafe 
escrotal 
→ GENITÁLIA EXTERNA FEMININA 
- Estrógenos produzidos pela placenta e ovários fetais. 
- O primórdio do falo no feto do sexo feminino torna-se gradualmente 
o clitóris. 
- As partes não fusionadas das pregas urogenitais formam os pequenos 
lábios. 
- A maior parte das pregas labioescrotais permanece não fusionada e 
forma duas grandes pregas de pele, os grandes lábios. 
 
 
 
 
 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
9 
 
ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL 
→ GENITÁLIA AMBÍGUA 
- HERMAFRODITISMO VERDADEIRO: tecido ovariano e testicular na 
mesma gônada 
o Há o desenvolvimento do córtex e da medula da gônada 
indiferenciada 
o 70% são XX / 20% são mosaicos XX-XY / 105 são XY 
o Os tecidos gonodais geralmente não são funcionais 
- PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO: 46, XX com masculinização 
o Exposição do feto feminino a excesso de androgênios 
o Virilização da genitália externa 
o Causas = Hiperplasia adrenal congênita; Uso de agentes 
androgênicos na gravidez; tumores maternos masculinizantes 
(ovarianos ou adrenais) 
- PSEUDO-HERMAFRODITISMO MASCULINO: 46, XY com virilização 
o Produção inadequada de hormônios pelos testículos fetais 
- DEFICIÊNCIA NO RECEPTOR DE ANDROGÊNIO (Sd. da insensibilidade 
androgênica ou Sd. de Morris): 46, XY com testículos 
o Ausência de útero e tubasuterinas 
o Genitália externa feminina 
o Desenvolvimento das mamas 
o Amenorreia (ausência de menstruação) 
→ HIPOSPÁDIA (desenvolvimento incompleto da uretra anterior, do corpo cavernoso 
e do prepúcio) 
- Anomalia mais comum do pênis (1:300 meninos) 
- Hipospádia da glande e peniana = 80% 
- Produção inadequada de androgênios 
→ CRIPTORQUIDIA E TESTÍCULOS ECTÓPICOS 
- Criptorquidia: 3-4% dos meninos (30% dos prematuros) 
- Falha no descêndio testicular (35ª semana) 
- Pode ocorrer acúmulo de líquido = hidrocele 
- Fechamento do conduto peritônio-vaginal – não comunicante 9 
meses a 1 ano de vida 
→ AGENESIA DE GENITÁLIA EXTERNA 
- Ausência do pênis ou clitóris 
- Extremamente raro 
- Interações inadequadas entre o ectoderma e o mesênquima 
durante a 7ª semana 
- Geralmente a uretra se abre no períneo (próximo ao ânus) 
- Cloaca 
→ ANOMALIAS DAS TUBAS, ÚTERO E VAGINA 
- TUBAS E ÚTERO 
o ÚTERO DUPLO (DIDELFO) com vagina Dupla ou Única 
o ÚTERO BICÓRNEO com ou sem um corno rudimentar 
Pedro Henrique de Figueiredo Sousa – Medicina UNIVATES atm 2025/B 
 
10 
 
o ÚTERO SEPTADO 
o ÚTERO UNICÓRNEO 
- VAGINA 
o PERFURAÇÃO INCOMPLETA DO HÍMEM 
o HÍMEM SEPTADO 
o HÍMEM CRIBIFORME 
o HÍMEM MICROPERFURADO 
o HÍMEM IMPERFURADO 
 
Pontos Importantes: 
✓ A formação do sistema genital inicia na 4ª semana, mas as 
características femininas ou masculinas iniciam seu desenvolvimento 
apenas na 7ª semana 
✓ As gônadas iniciam seu desenvolvimento sem qualquer diferenciação 
✓ A ação de genes presentes no cromossomo Y serão determinantes 
para a masculinização embrionária e fetal: andrógenos 
✓ O AMH produzido pelas células de Sertoli inibe o desenvolvimento dos 
ductos de Müller (paramesonéfricos), de onde derivam o útero e as 
tubas uterinas 
✓ As estruturas primordiais responsáveis pela formação da genitália 
masculina e feminina são as mesmas

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