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1DT_Orientação Educacional - Correções Teste

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AbrMarFevJandez/19Em 6
CapitalDemacroInteriorTotalTotalTotalTotalTotalTotalmeses
FEMINICÍDIO11682120181227106
CALÚNIA - DIFAMAÇÃO - 
INJÚRIA
11799370586470903108111659815186
ESTUPRO CONSUMADO3025991541782302442632531322
ESTUPRO TENTADO81033513536526949292
ESTUPRO DE 
VULNERÁVEL 
CONSUMADO
901063085044566336157176003525
ESTUPRO DE 
VULNERÁVEL TENTADO
2226102319181894
OUTROS C/C/ 
DIGNIDADE SEXUAL
7217262235354531194
Ocorrências Registradas no mês: Maio de 2020
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CAPA
DIVERSIDADE PARA DOCENTES
Um processo de aceitação.
Preconceito – Racismo – Xenofobia
Lgbtfobia – Misoginia – Machismo
Parafilia – Lugar de Fala
Professor Adriano Brittes
Especialista em Docência
SÃO PAULO
2020
Sumário
Introdução	5
DIVERSIDADE sexual	7
Sexo anatômico	10
Orientação sexual	10
Identidade de gênero	10
Expressão de gênero	11
Explicitando melhor algumas definições:	11
Cisgênero:	11
Transgênero:	11
Gênero fluido:	11
Agênero:	12
Para além da identidade	13
Binariedade	14
Gêneros binários:	14
Não-binariedade:	14
Genderqueer:	14
Disforia de gênero	15
Quais os sintomas	15
Como é feito o diagnóstico	16
O que fazer para lidar com a disforia	17
Bandeiras	18
Comum – Normal – Natural	19
Temas para debate no ambiente educacional	21
Misoginia	21
Filoginia	25
Misandria	27
Filandria	28
Misantropia	28
Precisamos falar sobre machismo	30
Feminicídio	35
Quem são as vítimas?	35
LGBTFOBIA	39
Lei Maria da Penha	40
O debate em sala de aula	42
Igualdade, diversidade e equidade	44
Igualdade, equidade e isonomia	44
Como trabalhar o tema diversidade em sala de aula	46
Sugestões de temas a serem trabalhados:	46
Exemplos e sugestões de atividades:	47
Parafilia	51
Quais dos transtornos parafílicos poderiam levar à criminalidade?	57
Raça e Etnia	60
O que é raça?	62
O que é etnia?	64
As etnias no Brasil	65
Preto ou negro?	67
As Leis	68
Conceito e Preconceito	69
Estereótipo:	69
Preconceito:	69
Discriminação:	69
Injuria:	69
Racismo:	69
Abandono escolar em decorrência da discriminação	71
O que a legislação brasileira diz sobre a diversidade na escola?	73
Educação é pluralidade	73
Combate à discriminação	74
Diversidade como base	75
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR	75
O compromisso com a educação integral	76
As juventudes e o ensino médio	76
Políticas ou Ações Afirmativas	77
Lugar de Fala	80
Conclusão	86
Introdução
No universo educacional, as questões relacionadas à diversidade sexual e a discriminação têm trazido grandes debates. Preconceitos associados a gênero, raça e etnia precisam ser mais aprofundados e trabalhados pelo corpo docente de maneira mais assertiva. A pluralidade existente no comportamento humano faz com que a necessidade dos educadores em entender os diversos comportamentos seja urgente.
Entende-se por educadores não apenas o corpo docente, mas também o grupo gestor e todos os que atuam diretamente no ambiente acadêmico, tais como porteiros, recepcionistas, secretárias, serventes, inspetores, os profissionais da cantina e todos os que possuem contato direto com o aluno no ambiente educacional.
Para além de como lidar com o corpo discente, torna-se imperioso saber como manter a ética junto ao próprio corpo docente, que pode perfeitamente apresentar em seu quadro, profissionais de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero,além de possíveis machistas, misóginos, sexistas, xenofóbicos, racistas e lgbtfóbicos de todo tipo.
O ambiente educacional é composto pela sociedade, de forma que é natural refleti-la em seu espaço. Ou seja, se a sociedade apresenta pessoas diferentes – nos mais variados aspectos – é natural que na escola, na faculdade, no cursinho, essas diferenças também estejam presentes, seja compondo a posição de ensinante ou de aprendente.
Para saber se comportar nesse universo de diferenças é necessário conhecê-lo melhor e mais profundamente. Entender o que é direito e dever, o que é respeito e o que é preconceito, o que é lei e o que é empatia e assim, integrar-se na sociedade da qual não se está isolado.
 Esta pergunta, desta forma, abre espaço para um tom prepotente de quem diz: se você não sabe, eu sei. Sugiro a reformulação. Você acredita estar atualizado com as nomenclaturas que designam a variedade de comportamentos sexuais da atualidade? Acredita estar preparado para orientar os alunos a não reproduzir “fobias” no ambiente acadêmico? Pensa estar preparado para dividir o espaço acadêmico com um colega de profissão que possua orientação sexual ou identidade de gênero diferente da sua?
Ainda que tenha respondido “sim” a todas as questões, gostaria que se permitisse Penso que o indivíduo não pode, ainda que metaforicamente, se “desfazer ou desprender” de seus conceitos para essa reconstrução, uma vez que, a esse ponto, o aprendizado se dará com base em comparações com o antigo conceito ou modo de ver/agir. E, como também, não é possível saber o nível de conhecimento do leitor, sugiro, em vez de eliminar, propor um espaço capaz de agregar e homogeneizar os conhecimentos e conceitos. deixar seus conhecimentos de lado, eliminasse os conceitos já existentes e zere os seus saberes sobre o tema. É um processo de (re)construção. Apenas assim conseguiremos apreender com propriedade: absorver as informações, permitir o assentamento do conhecimento, refletir a respeito deles e então, reproduzi-los. A partir deste momento passamos a gerar o conhecimento. Mas neste processo é preciso continuar abastecendo o reservatório de mais conhecimento; isto porque assim como o reservatório que absorve o conhecimento é inesgotável, as realidades que produzem conhecimento também o são.
Tão mutante e complexo como o ser humano é a língua utilizada por ele. Assim, há uma necessidade veloz de o educador se familiarizar com terminologias e expressões específicas, como aplicá-las no cotidiano e, se necessário, modificar comportamentos.
A forma de aprender mudou em vários aspectos. Do mesmo modo, é preciso entender que a forma de ensinar também mudou e o professor desta década necessita desenvolver aptidão para a nova forma de estudar, que também se modificou. Não se trata apenas de uma – ou todas – disciplina específica, mas de temas transversais, de projetos, de processos. Trata-se da ressignificação do Ensino, onde o aluno deixa o papel de coadjuvante e assume o protagonismo. 
Racismo, machismo, misoginia, lgbtfobia, xenofobia e “lugar de fala” são alguns dos temas a serem estudados a fim de tentar diminuir as desigualdades no ensino, acolhendo as especificidades dos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem, entendendo que o desempenho pedagógico está diretamente associado à aceitação do estudante.
La psicologia della mente, palla di vetro.Este material está longe de ser uma produção que esgote todos os estudos dos temas aqui apresentados. Há muito para se aprofundar. Portanto, ele é apenas um incentivo para introduzir o docente neste universo tão vasto e instigá-lo a saber mais sobre determinados assuntos. É o processo dicotômico onde o ensinante se faz aprendente.
Aqui serão alternados os conceitos teóricos, práticos e experimentais – através de experiências vivenciadas no ambiente que nos cabe – a fim de nos apropriarmos dos conhecimentos desta temática e nos posicionarmos com a segurança necessária para lidar com as diferentes realidades que nos são apresentadas.
Bons estudos!
DIVERSIDADE sexual
Durante a geração “X”1 Geração X é uma expressão que se refere à geração nascida após o baby boom pós-Segunda Guerra Mundial. Geralmente inclui as pessoas nascidas a partir dos anos 1960 até o final dos anos 1970. convencionou-se utilizar a sigla GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) para caracterizar a comunidade de orientação sexual diferente da dita maioria. A partir da década de 1990, a sigla passou a ser considerada excludente e essa mesma comunidade passa a seridentificada pela sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis). Na época atual (2020) a comunidade que compõe a pluralidade de orientações e comportamentos sexuais é conhecida como LGBTQIA+ e saiba, já de antemão, que o sinal gráfico de “mais” engloba uma gama muito grande de outras letras que já estão identificadas e de outras que ainda poderão surgir.
30749242 Entretanto, faz-se importante observar que a diversidade de letras que compõe a sigla também é mesclada. Ou seja, diz respeito não só a orientação sexual, mas também a identidade de gênero e comportamento sexual. De forma que veremos, primeiro, o significado de cada uma das letras que compõe a sigla e, posteriormente, passaremos à diferenciação de comportamentos e orientações.
Existe, também, um debate em curso acerca da utilização da nomenclatura a ser usada comumente. A militância tem utilizado cada vez mais a sigla LGBTQIA+ na tentativa de incluir o maior número de identidades, orientações e comportamentos. As principais ONGs e grande parte da mídia escrita também aderiu à nova nomenclatura; ainda que algumas mídias televisivas, instituições e o público em geral utilize a sigla “LGBT”. O que, por ora, serve como um conceito “guarda-chuva” que cobre todos os integrantes da comunidade.
	Há quem questione a necessidade de tantas letras para identificar a comunidade que se diferencia da heterossexualidade normativa que rege a sociedade. Não haveria um clamor desnecessário para tanto reconhecimento?
O fato é que para haver respeito é necessário saber a quem respeitar, isso implica saber quem são e como tratar cada um, de acordo com as suas Particularidades? especificidades. Não podemos colocar cebola, batata, cenoura e couve-flor todas num mesmo balaio e considerar tudo como vegetal. Apesar de serem, é importante identificar tubérculos, raízes, bulbo, legumes de folhas etc. Faz parte de uma mesma categoria, porém se diferenciam em vários aspectos.
276625404 Afinal, Usar “problema” como comparativo, pode abrir espaço para outras interpretações. para resolver qualquer problema é necessário identificá-lo; ou seja, torná-lo visível. É justamente a visibilidade pleiteada Sugestão; pelos integrantes por cada integrante da sigla que poderá fazer com que a comunidade obtenha o reconhecimento existencial. Saindo das sombras do preconceito, das garras da intolerância, dos guetos que lhe foram impostos e da marginalidade socio-econômico-educacional na qual foram colocados. Outrossim, a diversidade implica diversos e diferentes tipos de pessoas, de comportamentos, de aparências... Diversos são vários, de modo que a diversidade, por definição é variada, contém o múltiplo em si. Daí a necessidade da sigla que identifica a comunidade LGBTQIA+ ser tal como é.
De acordo com Souza (2019) seguem os significados da sigla que hoje melhor caracteriza a comunidade não inserida no padrão binário heteronormativo:
	L 
	Lésbica (mulher que sente atração emocional-físico-afetiva pelo mesmo sexo);
	G
	Gay (homem que sente atração emocional-físico-afetiva pelo mesmo sexo);
	B
	Bissexual (pessoa que sente atração emocional-físico-afetiva por ambos os sexos);
	T
	Transgênero (identidade de gênero diferente daquela que lhe foi atribuída no nascimento);
	T
	Transsexual (pessoa que, por se sentir pertencente ao outro gênero, pode manifestar o desejo de fazer a cirurgia de transgenitalização, o que não acontece com as travestis);
	T
	Travesti (identidade de gênero feminina e não sente desconforto com sua genitália); 
	Q 
	Queer (aqueles que não se identificam com a heterossexualidade e o binarismo de gênero);
	Q 
	Questionando (alguém descobrindo seu corpo e por quem sente atração);
	I
	Intersexo (genital ambíguo)
	A
	Assexual (sem ou com baixíssima atração sexual)
	A
	Agênero (gênero neutro, desconhecido ou indefinível)
	A
	Aliado (defensor da causa)
	+
	+
	C
	Curioso (desejo de experimentar)
	P 
	Pansexual (pessoa que sente atração por pessoas, independentemente de sexo ou identidade de gênero);
	P 
	Polissexual (atração por vários gêneros ou com múltiplas sexualidades);
	2
	Two-spirit (dois espíritos)
	K
	Kink (palavra em inglês para excitação sexual ou fetiche).
 As principais diferenças
Sexo anatômico
Diz respeito à anatomia das genitálias. Luiz Antônio Guerra (2020), mestre em sociologia pela UnB, explica:
Pode-se dizer que sexo está relacionado às distinções anatômicas e biológicas entre homens e mulheres. O sexo é referente a alguns elementos do corpo como genitálias, aparelhos reprodutivos, seios etc. Assim, temos algumas pessoas do sexo feminino (com vagina/vulva), algumas pessoas do sexo masculino (com pênis) e pessoas intersexuais (casos raros em que existem genitais ambíguos ou ausentes).
Orientação sexual
Está relacionada ao desejo, atração e a afetividade que se possui em relação a outra pessoa. Para quem está inclinado, direcionado, impulsionado o seu desejo de relacionar-se. 
Diz respeito à orientação sexual, ou seja, quais gêneros uma pessoa sente atração sexual ou atração romântica. Existem algumas categorias principais que classificam algumas das possibilidades de atração das pessoas, são elas: heterossexual (quem sente atração por pessoas do gênero oposto), homossexual (quem sente atração por pessoas do mesmo gênero) e bissexual (quem sente atração por pessoas de ambos os gêneros).
Identidade de gênero
284203505 Diz respeito a como a pessoa se identifica com ela mesma. O fato de ela possuir determinado sexo anatômico não oferece garantia alguma de que ela se sinta alinhada com a anatomia de nascença. Guerra (2020) caracteriza da seguinte forma:
Identidade de gênero é a experiência subjetiva de uma pessoa a respeito de si mesma e das suas relações com outros gêneros. Não depende do sexo biológico da pessoa, mas de como ela se percebe. Essa identidade pode ser binária (homem ou mulher), mas também pode ir além dessas representações e rechaçar ambas as possibilidades de reconhecimento, sendo assim pessoas não-binárias (todos os outros gêneros).
Expressão de gênero
Refere-se ao modo de como a pessoa se expressa para o outro. O que veste, como se pronuncia e como se comporta. Martins (2018) aclara um pouco mais essa definição, da seguinte forma:
É o modo como cada indivíduo se expressa no mundo. Roupas, linguajar, voz, estilo, comportamento — características socialmente associadas ao universo feminino ou masculino. O debate é tanto que algumas pessoas já estão criando seus filhos com neutralidade de gênero, isto é, sem atribuir às crianças um gênero ou outro a priori, antes que possam ter consciência de identidade.
Particularmente, acho essa palavra medonha. rs
Explicitando melhor algumas definições:
Cisgênero:
É o indivíduo que se apresenta ao mundo e se identifica com o seu gênero biológico. Por exemplo, se foi considerada do sexo feminino ao nascer, usa nome feminino e se identifica como uma pessoa deste gênero, esta é uma mulher "cis".
Transgênero:
Illustration of transgender symbolEste é um termo "guarda-chuva", segundo a GLAAD, organização LGBT americana que monitora como os membros da comunidade são tratados pela mídia. Ou seja, ele abrange todas as pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi designado ao nascer. No entanto, entre a comunidade trans é possível encontrar ainda, identidades como "transexual" e "travesti". Ambos os termos podem designar pessoas transgênero, mas nem toda pessoa transgênero se sente confortável ao ser tratada por estes nomes. Sugestão: Muito frequentemente, o termo transexual se refere a uma pessoa que passou pela transição de gênero de maneira física, porém, é importante perguntar e esclarecer, caso haja necessidade. É importante perguntar e esclarecer, caso haja necessidade. Muito frequentemente, o termo transexual se refere a uma pessoa que passou pela transição de gênero de maneira física.
Gênero fluido:
São pessoas que se identificam com aspectos sociais de mais de um gênero em momentos diversos de suas vidas. Ou seja, na prática, o indivíduopode se sentir mulher em algum momento, homem em outro ou até "flutuar" por outras identidades de gênero, como agênero. 
Agênero:
 Sugiro suprimir, em função do subtítulo. Agênero é uma identidade que pode denotar ausência de gênero, gênero neutro, ou ausência de identidade de gênero. Algumas pessoas também se identificam como agênero por não entenderem bem seu gênero, ou simplesmente por não ligarem para gênero.
Agender pride flag with correct color scheme, both still and waving. Gay culture symbol. 
 Achei confuso. De quais definições está falando? Não está claro se está falando dos agêneros ou das nomenclaturas. A primeira definição é mais comum, a segunda está presente em algumas definições (mas pessoas que se encaixam nesta podem preferir se identificar como neutrois ou como gênero neutro), e a terceira é raramente mencionada. De acordo com Gomez (2019):
	Deve-se distinguir a definição do termo agênero com o termo “assexual”, que na verdade se refere à orientação sexual e significa que uma pessoa possui ausência de sentimentos sexuais por outras pessoas;
	Também é importante não confundir agênero (agender) com “sem-gênero” (non-gendered), que é um termo antigo referente a pessoas não-binárias, independentemente se a identidade de gênero delas envolve a ausência de gênero de alguma forma ou não.
 
Enquanto uma pessoa que é agendada pode sentir que sua identidade não se encaixa completamente na questão de binariedade masculino / feminino, isso nem sempre significa que eles querem mudar qualquer parte de seus corpos. Seu gênero é seu gênero. Você o define, e ele não define você. No entanto, a maneira como você escolhe se apresentar e se identificar depende totalmente de você e de ninguém mais.
Para além da identidade
Assexual:  Desnecessário. é para todas as pessoas que não sentem atração sexual, ou seja, o sexo não faz parte de um relacionamento.
Pansexual: Pansexual é alguém que sente atração independentemente do gênero da pessoa.
Polissexual: Polissexual é quem sente atração por vários gêneros, mas não por todos.
 Sugiro aprofundar um pouco mais, observando as questões da genitália e do aparelho reprodutor. Intersexo: são pessoas que nascem com genital ambíguo, com pênis, com vagina, depende de cada pessoa. Essas pessoas não se encaixam perfeitamente nas definições tradicionais de “sexo masculino” ou “sexo feminino”.
Two-spirit: é uma identidade indígena americana, bastante antiga, que não possui o padrão de gênero da sociedade como homem e mulher. Eles acreditam ter nascido com espíritos masculino e feminino.
Androginia: condição em que as características de ambos os sexos são claramente expressas em um único indivíduo. Refere-se a indivíduos com fortes traços de personalidade associados a ambos os sexos, combinando tenacidade e gentileza, assertividade e comportamento estimulante, conforme exigido pela situação.
Curioso: Essa expressão, assim como no Assexual, me soa normativo. é para quem tem curiosidade de experimentar outras coisas, mesmo tendo certeza do que é.
Questionando: é uma pessoa que não sabe qual a sua identidade ou orientação sexual.
Crossdresser: sente prazer em usar roupas femininas, identifica-se como homem, e geralmente têm uma vivência heterossexual com uma parceira. De forma que essa prática está desassociada da orientação sexual do praticante.
erotic games and human sexuality concept. kinky sex toys for BDSM fantasy play (ball gag, cuffs, rope, flogger, collar and leash)Transformista: (draq queen ou drag king), mesmo se vestindo — de forma caricata — como alguém de gênero diferente do seu, não necessariamente se reconhece como alguém desse outro gênero, e ao contrário da crença social, parte deles não é homossexual. É caracterizado por uma expressão artística. São pessoas que se apresentam trajadas se maneira oposta ao seu sexo biológico para realizar uma performance.
Kink: significa fetiche, ou seja, simplesmente pessoas com fetiches.
 Aliados: Composto basicamente por familiares e amigos. São pessoas que se consideram parceiras da comunidade e podem também militar a favor das causas relacionadas à diversidade. 
Binariedade
Gêneros binários:  
Estão associados à binariedade de gênero. São os dois únicos gêneros legitimados pela sociedade e pelas instituições: o gênero feminino e o gênero masculino; mulheres e homens. Uma pessoa binária é aquela que se identifica estritamente com o gênero feminino OU com o gênero masculino, sempre de forma separada, sem fluidez e em totalidade. Pessoas binárias podem ser cis / cisgêneras / cissexuais ou trans / transgêneras / transexuais.
Não-binariedade: 
Gênero não-binário, gênero-queer ou identidade não-binária é um "termo guarda-chuva" para identidades de gênero que não são unicamente masculinas ou femininas, estando, portanto, fora do binário de gênero. O termo está associado a pessoas cuja identidade ou expressão de gênero não se limita às categorias "masculino" ou "feminino". Algumas pessoas não-binárias podem sentir que seu gênero está "em algum lugar entre homem e mulher", segundo a GLAAD, ou até podem definir seu gênero de maneira totalmente diferente — e distante — destes dois polos. Não é, necessariamente, sinônimo de transgênero ou transexual. Uma pessoa não-binária também pode se apresentar como "genderqueer" ou afirmar que tem identidade de gênero "não-conformista".
Genderqueer:
Pessoas que não são nem 100% homens, nem 100% mulheres. Pessoas bigênero ou com gênero que flui entre homem e mulher também podem se dizer genderqueer. 
Disforia de gênero
É possível que o educador possa identificar em seus alunos, comportamentos que denotem constante insatisfação íntima e que podem se converter em depressão, desejos suicidas ou agressividade extrema, haja vista que há variação de comportamentos entre os indivíduos que sofram de incongruência de gênero.
O Portal Tua Saúde traz um vasto material sobre o tema, a fim de esclarecer processos e procedimentos que ajudem a identificar o sofrimento pelo qual passam algumas pessoas.
A disforia de gênero consiste numa desconexão entre o sexo com que a pessoa nasce e a sua identidade de gênero, ou seja, a pessoa que nasce com sexo masculino, mas tem um sentimento interno como feminino e vice-versa. Além disso, a pessoa com disforia de gênero também pode sentir que não é do sexo masculino nem feminino, que é uma combinação dos dois, ou que a sua identidade de gênero muda.
Man in prison hands of behind hold Steel cage jail bars. offender criminal locked in jail. filter dark vintage.Assim, as pessoas com disforia de gênero, se sentem aprisionadas em um corpo que não consideram ser o seu, manifestando sentimentos de angústia, sofrimento, ansiedade, irritabilidade ou mesmo depressão.
O tratamento consiste na realização de psicoterapia, terapia hormonal, e em casos mais extremos, cirurgia para mudança de sexo.
A importância da observação a esses comportamentos é fundamental para que o professor possa auxiliar no processo de solução de conflito pelo qual o aprendente vivencia. A conversa com outros professores e com a coordenação pode levar A ideia é “Levar aos pais a sugestão de” ou “a conversa com outros...pode levar à” (no sentido de chegar ao ponto de?) a sugestão aos pais, a busca de um profissional para entender melhor a inquietação ou o isolamento gerado pela disforia.
Quais os sintomas
A disforia de gênero desenvolve-se normalmente por volta dos 2 anos de idade, no entanto, algumas pessoas podem reconhecer sentimentos de disforia de gênero somente quando chegam à idade adulta.
1. Sintomas em crianças
Crianças com disforia de gênero, apresentam geralmente os seguintes sintomas:
	Querem vestir roupas feitas para crianças do sexo oposto;
	Teimam que pertencem ao sexo oposto;
	Fingem que são do sexo oposto em várias situações;
	Gostam mais de brincar com brinquedos e jogos associadas ao outro sexo;
	Mostram sentimentos negativos em relação aos seus órgãos genitais;
	Evitam brincadeiras de outras crianças do próprio sexo;
	Preferem ter companheiros de brincadeirado sexo oposto;
Além disso, as crianças podem também evitar brincadeiras características do sexo oposto, ou no caso de a criança ser do sexo feminino, ela pode vir a urinar de pé ou urinar sentada, caso seja um menino.
2. Sintomas em adultos
Algumas pessoas com disforia de gênero só se reconhecem disfóricas quando já são adultas, podendo começar por vestir roupas do sexo diferente ao seu, e só depois perceber que têm distrofia de gênero, no entanto não se deve confundir com travestismo. No travestismo, geralmente os homens sentem excitação sexual ao vestir roupas do sexo oposto, o que não implica que tenham um sentimento interno de pertencimento a esse sexo.
Vector illustration of a man lock up in prisonAlém disso, algumas pessoas com disforia de gênero podem tentar insistir num comportamento consonante com o seu sexo biológico, como namorar e até se casar, para mascarar os sentimentos reais e negar o anseio de pertencer a outro sexo.
As pessoas que só reconhecem a disforia de gênero na idade adulta, podem também desenvolver sintomas de depressão, comportamentos suicidas e ansiedade por medo de não serem aceitas pela família e amigos.
Como é feito o diagnóstico
Quando há suspeita de disforia, o profissional adequado para identificá-la é o psicólogo, ele fará a avaliação baseada nos sintomas, que normalmente só se realiza a partir dos 6 anos de idade.
O diagnóstico é confirmado em casos em que as pessoas sentem há 6 meses ou mais, que os seus órgãos sexuais não são compatíveis com sua identidade de gênero, tendo aversão à sua anatomia, sentindo angústia extrema, perdendo vontade e motivação para realizar as tarefas do Sem hífen dia-a-dia, sentindo desejo de se livrar das características sexuais que começam a aparecer na puberdade e acreditando ser do sexo oposto.
O que fazer para lidar com a disforia
Os adultos com disforia de gênero que não tenham sentimentos de angústia e que consigam fazer o seu diaadia sem sofrimento, normalmente não precisam de tratamento. No entanto, caso esta situação provoque muito sofrimento na pessoa, existem várias formas de tratamento como a psicoterapia ou a terapia hormonal, e em casos mais graves, a cirurgia para mudança de sexo, que é irreversível.
1. Psicoterapia
A psicoterapia consiste numa série de sessões, acompanhadas por um psicólogo ou um psiquiatra, em que o objetivo não é o de mudar o sentimento do indivíduo em relação à sua identidade de gênero, mas sim, o de lidar com o sofrimento causado pela angústia de se sentir num corpo que não é seu, ou de não se sentir aceito pela sociedade.
2. Terapia hormonal
A terapia hormonal consiste na terapia à base de remédios contendo hormônios que alteraram as características sexuais secundárias. No caso de homens, o remédio utilizado é um hormônio feminino, o estrogênio, que provoca o crescimento das mamas, diminuição do tamanho do pênis e incapacidade de manter a ereção.
No caso das mulheres, o hormônio utilizado é a testosterona, que provoca o crescimento de mais pelos pelo corpo, incluindo a barba, alteração da distribuição da gordura pelo corpo, alteração da voz, que fica mais grave e alterações no odor corporal.
3. Cirurgia de mudança de gênero
A cirurgia de mudança de gênero é feita com o objetivo de adequar as características físicas e os órgãos genitais de quem apresenta a disforia de gênero, de forma que a pessoa possa ter o corpo com o qual se sente confortável. Esta cirurgia pode ser realizada em ambos os sexos, e consiste na construção de uma nova genitália e a remoção de outros órgãos.
A cirurgia de redesignação sexual, transgenitalização, ou neofaloplastia é realizada em pessoas do gênero feminino ou masculino, e envolve Está estranha essa frase. complexos longos de procedimentos cirúrgicos, que tratam tanto da construção de uma nova genitália, chamados de neopênis ou neovagina, bem como da remoção de outros órgãos, como pênis, mama, útero e ovários.
Além disso, para que este tipo de procedimento seja realizado, é necessário que a pessoa faça um tratamento hormonal para a adequação das características físicas, além do acompanhamento psicológico, de forma que seja possível determinar que aquela nova identidade física Irá se adequar ou, então, se adapta (o verbo adequar não possui essa conjugação) se adequa ao indivíduo e não haja arrependimentos.
Bandeiras
Algumas bandeiras referentes ao orgulho LGBTQIA+
 A sigla LGBTQIA+: No reino animal, a natureza não produziu apenas um gato peludo e um cachorro doméstico. Criou também a onça, a girafa, o elefante o hipopótamo, o camelo, a borboleta – antes lagarta – as aves, os répteis, os peçonhentos... tudo coexiste e faz parte de um todo harmonioso. ...E não para por aqui. Há muitas outras definições e nomenclaturas que, de forma alguma, devem causar espanto. E tantas outras ainda surgirão. A diversidade não possui esse nome à toa. Ela é diversificada, variada, múltipla, que por vezes se interliga a outras diferenças e, por outras, estão desvinculadas entre si.
A natureza se expressa na diversidade! 
Comum – Normal – Natural 
Os educadores precisam, mais e melhor que ninguém, identificar a naturalidade nas diferenças. Assim como as desigualdades sociais e econômicas são percebidas e não se ataca os que se diferenciam por isso, as demais diferenças precisam ser reconhecidas de forma espontânea. As pessoas se diferenciam pela sua aparência e isso é natural! Se diferenciam por suas expressões faciais, pela tonalidade de voz, pela maneira de andar e é natural que seja assim. De modo análogo, deve se tornar cada vez mais natural o reconhecimento, a aceitação e o acolhimento das pessoas que se diferenciam não apenas pelo sexo anatômico, mas também pela sua identidade e/ou expressão de gênero. Por detrás da aparência, permanece um cidadão, um filho ou filha, um pai ou mãe, um aprendente ou ensinante, um ser humano e, é daí que precisa nascer e Me parece perdida, nessa construção reconhecer a valorização.
Fiz questão de evidenciar a expressão “natural” repetidamente no parágrafo anterior para que nos apropriemos do verdadeiro significado dessa palavra, em contraposição da utilização equivocada de expressões como “normal” em situações relativas à diversidade.
Quando uma professora diz que “hoje em dia é normal ter alunas lésbicas”, na verdade cria uma normativa inexistente. Quando diz que “é natural os gays apanharem na rua cada vez mais, por estarem se expondo mais”, está na verdade naturalizando uma atrocidade.
Vejamos.
Comum: É usual, habitual, corriqueiro.
	Feito por muitos. Ex.: O comum é dormir à noite.
	Apesar de ser o mais comum, não há uma norma para esse procedimento. Há quem trabalhe à noite! Esses não são anormais, apenas possuem um hábito incomum.
Normal: Norma, regra, lei.
De acordo com a regra/lei. Ex.: No Brasil, o normal é se casar com apenas uma pessoa.
	Oficialmente, o Brasil não permite a bigamia ou poligamia. Ou seja, a lei (norma) brasileira não permite ser casado(a) com duas ou mais pessoas ao mesmo tempo. De forma que não é normal.
	Apesar de não ser normal no Brasil, em mais de 40 países a poligamia é aceita. De forma que a norma brasileira não é a mesma que o “normal” de outros países.
	Se fosse um hábito brasileiro as pessoas permanecerem casadas com mais de um indivíduo, poderia ser algo comum, mas permaneceria sendo anormal.
A regra pode abarcar o conceito de “o que não é proibido é permitido”. 
Natural: Que pertence ou se refere; que é regido ou provocado pela natureza.
Nasce com o indivíduo, não se adquire. Ex.: O interesse sexual dos jovens é natural!
	Não se coloca no jovem o desejo pelas práticas sexuais. É um interesse que vai se intensificado em cada um, naturalmente.
	Não se pode dizer que é um interesse normal, por não ser uma norma. Mas é também comum.
	Em menor proporção, pode haver jovens desinteressados por sexo. Haja vista que a natureza desses indivíduos não foi despertada para esse interesse. É incomum, mas não é anormal e, tampouco antinatural, pois não se trata de uma anomalia.
gay pride dogCabe ao profissional da Educação propiciar a educação de qualidade, partindo de processos pedagógicos que valorize os envolvidos nesse processo e reconheça as diferenças existentes em vários aspectos. Que considere a diferença como benéfica e entenda que “ser diferente” é natural. Na espécie humana não há formatação que produzam indivíduos em série, com a mesma data de fabricação, aparência ou com o mesmo comportamento. É preciso conhecer as diferenças para respeitá-las!
Avalie o seu entendimento
	Em outros países, há muitos docentes que fazem intriga de seus colegas professores, frequentemente. Tais comportamentos tidos como “fofoca” podem ser considerados como:
	Normais
	Naturais
	Comuns
	Anômalos 
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	A aluna, declaradamente bissexual, tem se relacionado apenas com a colega do 2º ano do ensino médio. Tal comportamento pode ser considerado como:
	Incomum
	Anormal
	Antinatural
	Natural
Temas para debate no ambiente educacional
Misoginia
No que tange às questões de gênero, há que se ter um cuidado especial, sobretudo no ambiente educacional, para que não haja um discurso de valorização do homem em detrimento à inferiorização da mulher. Não se pode naturalizar como adequadas, frases como: “isso é coisa de menino” ou “fale como homem” ou ainda “isso não é brincadeira pra menina”. É essa separação exacerbada que cria, desde a primeira infância, o conceito de brutalização ou de fragilidade.
Uma criança ao se interessar por determinado brinquedo, deseja apenas brincar! O brinquedo em si não possui sexo, tampouco inteligência para rechaçar o brincador. Tanto o brinquedo quanto o brincador fazem parte da mesma brincadeira. Roubar a inocência da brincadeira, sobre o pretexto de essa ou aquela brincadeira trabalhar a favor da sexualidade, pode ser considerado um ato perverso.
Tanto a misoginia quanto a misandria, e ainda a lgbtfobia, nascem da intolerância dos pais, avós, demais familiares e amigos que participam do processo de formação do indivíduo de maneira a imprimir as primeiras marcas de preconceito e sexismo2 Atitude, discurso ou comportamento, que se baseia no preconceito e na discriminação sexual fortuitos. Às vezes este processo se dá espontaneamente, por osmose, com o preconceito já internalizado na estrutura familiar, que o perpetua por gerações. Ou seja, os pais da atualidade educam de determinada forma, por terem sido educados desta maneira por seus pais, e transmitem o preconceito pelo DNA social daquela família. Outras vezes, trata-se de preconceito consciente, dado por convicções sociais ou religiosas, muitas vezes adquiridos pelo individuo, no processo avançado de sua formação: na adolescência ou já adulto.
 Estando o preconceito...o que? Se for: “estando esses comportamentos, “internalizados”, cabe vírgula após “intolerância” e a adequação do termo. Estando o preconceito, o racismo, a intolerância internalizada, os jovens acolhem tais comportamentos como se fossem comuns, ou ainda “normais” e seguem reproduzindo-o. Sugiro que faça parte do raciocínio anterior, sem o “.” De tal forma a transmiti-lo como comportamentos que supervalorizam o que é masculino e inferiorizam o que é feminino. Esse Este jovem, em princípio, possui condições de alcançar todas as esferas de poder, todas as possibilidades profissionais podem se apresentar e atingir todos os níveis da camada social-econômica. Mas, para isso, precisará passar pelo processo de alfabetização, de sociabilidade escolar, constituir o seu aprendizado educacional, participar continuamente do ambiente pedagógico e quiçá, construir uma vida acadêmica nos processos decorrentes das esferas superiores de ensino. Assim, desde a primeira infância, o pequeno cidadão passará pelos profissionais da Educação, a quem caberá no mínimo, não reforçar a ideia de misoginia através de palavras e posturas cotidianas, no decorrer dos anos de convivência no ambiente educacional. Com sorte e um pouco mais de determinação, quem sabe possamos até extinguir a ideia e comportamentos misóginos na escola.
 
 Educadores, Já passou da hora de darmos um basta à misoginia. 
A misoginia é um termo oriundo da Grécia antiga que significa ódio, repulsa, desprezo ou aversão às mulheres, ou ainda, ao que é feminino. A expressão voltou à luz para conceituar as relações nocivas que ocorrem entre homens e mulheres. Onde ele pode e ela não; ele é mais e ela, menos; ele é superiorizado e ela, inferiorizada.
 Misoginia: Ódio, repulsa, desprezo ou aversão às mulheres, ou ainda, ao que é feminino. 
A ascensão do ativismo, sobretudo o virtual, propiciou a amplificação dos discursos e mobilizações de movimentos sociais, como o feminismo, na tentativa de assegurar o direito de equidade entre os sexos e o combate ao machismo secular.
Carneiro (2019) esclarece as origens misóginas com o Período Homérico3 O Período Homérico corresponde ao segundo período de desenvolvimento da civilização grega que ocorreu após o período pré-homérico, entre os anos de 1150 a.C. a 800 a.C.. O nome dado a esta fase, está relacionado com o poeta grego Homero, autor dos poemas épicos “A Ilíada” e a “Odisseia”. :
As bases sociais, políticas e econômicas ocidentais foram estabelecidas na Grécia antiga, cujo sistema sócio-político delegava à mulher uma posição secundária. No período Homérico, a unidade básica da sociedade grega era o genos, um sistema familiar que se caracterizava pela máxima autoridade concedida ao pater (patriarca) da família, que ao falecer, tinha seus poderes político, social, religioso e econômico transmitidos ao filho mais velho.
A ideia de sistema patriarcal, onde o pai, ou seja, o homem é detentor do poder já estava presente.
Entretanto, no fim deste período, a população cresceu e a economia, essencialmente agrícola, decaiu. Houve, assim, a desintegração das comunidades gentílicas e o surgimento das cidades-Estados (ou pólis gregas), onde foi reiterada a ideia da soberania mKing Queen Skull Crownasculina.
Com a decadência do sistema agrícola, que em seu auge funcionava com similaridade nos desempenhos de funções entre homens e mulheres, o sistema patriarcal intensifica suas bases dando direitos exclusivos aos homens. Com a sociedade patriarcal estabelecida, os homens passam a ser considerados como seres superiores.
Neste contexto, surge o termo que definiria a base psicológica dos comportamentos masculinos nocivos em relação às mulheres. Oriunda da união entre os termos gregos “miseo” e “gyne”, cujos significados são respectivamente ódio e mulheres, a palavra misoginia é usada para definir sentimentos de aversão, repulsa ou desprezo pelas mulheres e valores femininos. 
Derrota e PerdaTodo ódio nasce da intolerância que, em menor ou maior intensidade, traz o preconceito em seus braços. A opinião, a ideia, o conceito e o sentimento são formados sem razão abalizada. Torna-se imperativo ao intolerante ser guiado pela opinião, tonando qualquer argumento inválido. O “achismo” é seu guia.
Mais uma vez se torna imprescindível a figura do educador que aclare o poder da argumentação fundamentada. Não há argumento que derrube o fato de quais e quantas são as moléculas que formem a composição da água em seu estado puro. Não basta o aluno “achar” que não é assim.
Em uma dissertação argumentativa, cujo tema seja “Ensino público”, não basta ao aluno escrever simplesmente que não gosta, ou que gosta; que é chato, demorado ou que pensa haver matérias desnecessárias. É necessário que o aluno entenda sobre argumentação como um conjunto de ideias e fatos que constituem a construção de um posicionamento claro, linear e consistente. Precisa aprender e utilizar os recursos linguísticos disponíveis para discorrer sobre o tema, argumentar e até contra argumentar, utilizar-se de exemplos que encorpem o seu ponto de vista e esclareça o seu posicionamento, independentemente de este ser favorável ou desfavorável ao “Ensino público”. As opiniões podem ser respeitáveis, mas nem sempre concordáveis. São os argumentos que possuemvalor de construção do pensamento e, consequentemente, do comportamento ético. Mas não um argumento qualquer, e sim o argumento fundamentado. Senão, volta a ser apenas opinião.
aula vacíaNão podemos tratar de misoginia sem os argumentos inteligíveis que a combatam. É necessário que haja compreensão no sistema ensino-aprendizagem, Achei confuso. entre todos os envolvidos no processo, que o discurso argumentativo deve ser uma tônica uníssona em sala de aula. Por que as meninas que se envolvem com muitos rapazes da escola, correm o risco de terem a sua imagem manchada e passar a serem vulgarizadas, enquanto os meninos que se envolvem com muitas garotas parecem ser vangloriados e terem a sua imagem enaltecida? Quais são os valores que legitimam essa diferença de visões e reações entre o comportamento masculino e o feminino? As respostas desse tipo de questão devem ser argumentos sólidos a serem construídos dentro da unidade escolar. O cerne da questão não está nem na vulgarização e, tampouco no enaltecimento. Mas sim nos motivos que distinguem os dois grupos, baseados na ideia que o masculino possui do feminino e vice-versa.
Filoginia
A filoginia é o antônimo de misoginia e pode ser traduzido por amor, afeto, apreço e respeito à mulher e ao que é feminino.
Deve-se haver um cuidado no processo de inserção de determinado tema na sociedade, para que não se incorra no equívoco de exaltar o que queremos extinguir. É preciso falar de misoginia para saber de que se trata, mas em seguida, evidenciar a filoginia. Colocar os holofotes sobre o respeito ao que é feminino.
 Filoginia: Amor, afeto, apreço e respeito à mulher e ao que é feminino. 
Ouso dizer que às vezes você se espanta com minha maneira independente de andar pelo mundo como se a natureza me tivesse feito de seu sexo, e não do da pobre Eva. Acredite em mim, querido amigo, a mente não tem sexo, a não ser aquele que o hábito e a educação lhe dão.
Frances Wright, feminista inglesa, em 1822 (Gay, 1995:306)
Há definições filóginas que classificam a filoginia como sendo a teoria da igualdade intelectual do homem e da mulher, o que também é uma definição apropriada. Isso seria uma justificativa da afirmação acima? Se sim, substituiria o ponto por “,”. Já que substantivos como “amor” e “afeto” podem ser entendidos de maneira a objetificar a mulher. Amor no sentido de adoração e de admiração intelectual, não física.
 Filoginia: Teoria da igualdade intelectual do homem e da mulher. 
Assim, a filoginia também deve ser pauta de nossas discussões acadêmicas e incentivada como atitude a ser reconhecida em todo o processo de ensino-aprendizagem, de maneira a difundir o termo e seu real significado. Entretanto, com o devido cuidado para não impor tal valorização em detrimento do desprezo ao que é masculino, mas sim, no sentido de equidade, de equiparação, de equivalência.
Dentre os diversos tipos de feminismos existentes na atualidade, muitas vezes se evidenciou aquele que estava a trabalho do corpo e do sexo, tais como a liberdade sexual e “meu corpo, minhas regras”. A reivindicação do prazer sexual feminino e o direito ao próprio corpo, durante décadas parece ter sido a tônica do movimento feminista, o que desencadeou o surgimento do antifeminismo. Porém, a ideia de que “o que é masculino é público e o que é feminino é privado” não cabe mais na contemporaneidade deste nosso século. O feminismo da atualidade reivindica muitas outras pautas.
Margareth Rago (2001), professora do Departamento de História da Unicamp, em seu estudo intitulado Feminilizar é preciso – Por uma cultura filógina, salienta:
A persistente associação da feminista com o lesbianismo, a histeria, o "furor uterino", a incapacidade de ser amada por um homem, repondo-se todas as misóginas concepções vitorianas sobre a sexualidade feminina, marcam profundamente a referência pela qual se lida com o fenômeno, ainda hoje. Essa questão adquire maior importância quando levamos em conta que o feminismo colocou como uma de suas principais bandeiras as "políticas do corpo", o direito ao próprio corpo, a reivindicação do prazer sexual para as mulheres e que, aliás, progrediu nessa direção.
Atualmente evidencia-se um feminismo moderador, que reivindica igualdade de oportunidades, equiparação salarial, divisão de tarefas domésticas e familiares, condições de igualdade profissional, de forma a ser um feminismo que propõe a equidade de gêneros, partindo de conceitos intelectuais, financeiros e sociais.
Smiling university professor in libraryAssim, passa a ser inevitável abordar o tema com a naturalidade de qualquer outro. Porém, mais que desenvolver a oratória, é preciso estabelecer pontes de diálogo que levem a comportamentos de respeito e admiração ao feminino. E isso começa na sala dos professores, no tratamento do corpo docente entre si e com o grupo gestor, a fim de não conceder privilégios. Os professores devem possuir os mesmos direitos que as professoras, as professoras com filhos devem ter as mesmas oportunidades que as professoras sem filhos; eliminando qualquer vestígio de distinção que não esteja amparada no conhecimento e/ou na facilidade de transmiti-lo.
Todo cuidado é pouco! Numa época em que a polarização de temas parece não dar espaço para uma terceira opinião, os profissionais da área educacional devem estar munidos de conhecimento dos temas relacionados a todos os gêneros, tal como a misandria.
Misandria
A misandria é a expressão que caracteriza o sentimento de raiva ou aversão praticado contra o sexo masculino. Etimologicamente, o termo "misandria" surgiu do grego misosandrosia, composto pela junção das partículas misos, que quer dizer "ódio", e andros que significa "homem". Atualmente, o termo “androfobia” também pode ser considerado sinônimo de misandria.
 Misandria: Raiva, repulsa, ódio ou aversão praticado contra o homem ou ao que é masculino. Androfobia 
Percebe-se que o sinal de alerta deve estar ativo por todo o tempo. Visto que se trabalhado o tema filoginia, sem o devido preparo, o educador pode incorrer de maneira imperceptível, no equívoco de criar aversão ao sexo oposto do feminino. Tendo a realidade exposta, sabe-se que a misandria ocorre em proporções ínfimas, se comparada a misoginia. Ainda assim, todos os temas relacionados a gêneros devem ser contemplados.
Muitas pessoas associam o feminismo como um propagador do discurso misândrico, no entanto, o feminismo, ao contrário do machismo, é um movimento político, social e filosófico que defende a igualdade de direitos e deveres entre o sexo masculino e feminino. 
Assim como a mulher não deve ser atacada em seus direitos pelo fato de ser mulher, o homem também não. Os comportamentos sociais, isolada ou coletivamente são passíveis de questionamento. Porém, questionar atitudes não é o mesmo que questionar sujeitos. Atitudes comportamentais, tais como covardia, lealdade, falsidade, sinceridade etc., legitimam discussões baseadas num comportamento ético, não em comportamentos sexuais de masculino ou feminino. O educador precisa valorizar cada vez mais o comportamento do estudante como sendo alguém em processo de formação e, se necessário orientar quanto a determinado comportamento, deverá fazê-lo baseado em princípio éticos. O aluno não deve gritar com a aluna, tanto quanto esta não deve gritar com aquele. A moça não deve ofender o rapaz, tanto quanto este não deve ofender aquela. Percebemos assim, que a questão de gênero deve ser duplamente exaltada, para depois ser esquecida. Isto é, atingir a equidade de gêneros, considerando a isonomia de tratamento.
Há quem odeie e há quem ame e/ou admire o masculino. E então, chegamos a filandria.
Filandria
Filandria é o oposto da misandria, ou seja, trata-se da admiração, apreço e paixão pelo sexo e pelo universo masculino. Também encontramos definições que se referem a amor, afeição, afeto metrossexual, paixão ao masculino ou másculo.
 Filandria: Admiração, apreço, paixão pelo homem e/ou pelo que é masculino. 
Dobra-se o cuidado para abordar o tema filandria,visto que a sociedade patriarcal, por gerações, criou uma sociedade que, naturalmente, já admira o homem pelo fato de ser homem. O cuidado deve ser redobrado para que o machismo não se evidencie neste discurso e desfavoreça a definição. Já que aqui não se trata do conceito relacionado à superioridade do homem em relação à mulher.
Mas o ser humano é complexo. Tanto quanto a complexidade física é a complexidade Ou psicológico? psicológica-emocional-social. Há a aversão a homens e às mulheres, bem como a adoração a ambos. Numa escala bem menor, há ainda a misantropia.
Misantropia
A misantropia é a repulsa ou aversão ao ser humano ou à humanidade. Apesar de ser uma definição chocante, existe! A princípio, a misantropia gera falta de sociabilidade e possui em seu bojo uma miscelânea de intolerâncias. Também encontramos definições que a caracterizam como o conjunto dos vários tipos de discriminações e preconceitos existentes, como a homofobia, xenofobia e misoginia.
 Misantropia: Repulsa ou aversão ao ser humano ou à humanidade. 
Em linhas gerais e, resumidamente, teremos então:
 
Precisamos falar sobre machismo
Conhecido também como masculinidade tóxica, ou ainda, masculinidade frágil, o machismo estrutural é o responsável por todo tipo de preconceito identitário de gênero. Haja vista que a ideia de que a heteronormatividade4 Que enxerga a heterossexualidade como a norma numa sociedade. Que marginaliza as orientações sexuais que se diferem da heterossexual. masculina atravessa séculos de domínio em praticamente todas as sociedades, ditas modernas.
geballte Faust - gewaltbereiter Schläger / FäusteA ideia de superioridade masculina é a grande responsável pela intimidação do homem frente às suas emoções e fragilidades. Como consequência, o efeito foi o de expor, ridicularizar e violentar todos aqueles que expressam o que ele não consegue, ou que expressa apenas em secreto; já que demonstrar as suas fragilidades seria atestá-lo como um homem fraco, inferior, diminuído.
No ambiente estudantil ainda é comum perceber alguns estudantes héteros e cisgênero se reunirem para se autoafirmarem como “machos” no grupo. E para isso necessitam “provar” aos demais, através de comportamentos agressivos, que ele não é “menininha”, ou seja, não é frágil. Assim, esses meninos perdem a capacidade de desenvolver a empatia e abafam o seu sentimentalismo e a sua emotividade; Entendi o sentido da palavra “seja”, mas após utilizá-la 3 vezes num sentido, logo após ela aparece em “sejam”. Fica redundante na leitura. Sugiro manter os dois primeiros e substituir o terceiro por “ou ainda”. seja na tentativa de conquistar o maior número de meninas – que serão consideradas como troféus em sua coleção –, seja Sugiro substituir “através” por “por meio”, uma vez que “através” é quando a ação atravessa o objeto. ex.: “Vejo o céu através da vidraça”. através da brutalidade – o que evidenciará a sua força física –, seja através de deboche aos outros meninos que demonstrem sensibilidade – sejam eles gays ou não – ou através do menosprezo a tudo aquilo que expressa feminilidade. Esses jovens pensam estar no topo da pirâmide de gêneros.
A questão é: Nas unidades escolares esse comportamento é combatido? Por quem? Combater o comportamento machista na infância e adolescência significa chamar a atenção ou orientar? Se o machismo está internalizado é necessário que haja um tratamento eficaz.
Um paciente enfermo se interna em uma unidade hospitalar a fim de que possa se recuperar. Tal recuperação necessita tratamento, o que implica cuidados e orientações. Precisará de medicações variadas para combater infecções ou inflamações, poderá se privar de alguns tipos de alimentos, terá repouso e uma série de medidas que façam este tratamento ser considerado eficiente. De modo análogo, é preciso considerar o ambiente educacional como o local de tratamento do machismo, onde os professores são os médicos; os monitores, inspetores, serventes e demais profissionais são os enfermeiros. O local onde todos os profissionais têm competência e sabem o que fazer para ajudar no “tratamento” do aluno. O machismo passa a ser combatido como uma doença que precisa de tratamento, e a unidade escolar é o local mais apropriado para tratá-lo até que ele deixe de estar internalizado.
Na tentativa de descortinar o machismo, nos deparamos com comportamentos que se evidenciam de maneira escancarada e, O machismo estrutural é mais fácil de ser combatido? com maior mais facilidade de ser combatido, mas também com algo que é mais preocupante: o machismo estrutural. Este, vem das entranhas da sociedade. Entendamos que a sociedade é composta pelas famílias e os membros dessas famílias atuam nas instituições. Logo, é no âmago das famílias que se encontram as estruturas do machismo que, posteriormente, são refletidos nas instituições que compõe essa sociedade. Assim, o machismo que se encontra nas repartições públicas, no supermercado, na oficina, na escola etc., é o resultado da criação do indivíduo.
A psicóloga Raquel Baldo (2016) esclarece:
Entendendo o conceito e a presença do machismo em nossa vida, podemos sim pensar que o machismo é passado de pai para filho, de escola para aluno, pois se trata de um ensinamento cultural. E não acontece em livros, técnicas ou cartilhas, mas sim através de atos e palavras ligadas aos valores morais e sociais, são informações absorvidas psíquica e emocionalmente e que farão parte do ser humano (masculino ou feminino) ao longo de suas vidas, ditando inconscientemente suas atitudes, pensamentos, sentimentos e escolhas, podendo assim repetir o que foi aprendido. 
Mujer capaz de obra en poses típicas del trabajoPor definição, estrutura é algo que dá sustentação a alguma coisa. Imagine a estrutura de uma construção (uma casa, por exemplo). Sabe-se que uma das grandes preocupações dos engenheiros e arquitetos é que a construção possua estrutura confiável. A estrutura é o conjunto de elementos que sustentam e dão estabilidade a uma construção. Os elementos que constituem a base de uma estrutura são fundações, pilares, vigas e lajes. De forma que a estabilidade da construção, a confiabilidade e resistência estão ancoradas na estrutura. Porém, quando pronta, pouco se nota – ou se dá destaque – as estruturas daquela casa. Uma vez acabada, não está visível no imóvel a base de sua fundação, bem como não se percebem os caibros, os blocos, os ferros, arames, concreto e tudo o mais que é necessário para que essa estrutura se mantenha firme, rígida, confiável. Ao entrarmos na casa pronta, vemos apenas o resultado, já que a maior parte dos elementos que compõe a estrutura ? ... não são visíveis. Estão “escondidos”.
Assim é o machismo estrutural. Sabe-se que está ali, mas é sutil, recreativo, disfarçado. E é baseado nessa estrutura machista que se levantam grandes “edificações”, tais como a misoginia, a lgbtfobia e o feminicídio.
De acordo com dicionário Michaelis, temos algumas definições de machismo:
	Virilidade agressiva;
	Orgulho masculino em excesso;
	Ideologia da supremacia do macho que nega a igualdade de direitos para homens e mulheres.
O que significa concluir que no machismo estrutural, a agressividade, a virilidade excessiva e a ideia de supremacia masculina estão “escondidas” nos hábitos e comportamentos Sugestão: cotidianos; e não apenas nos homens. Muitas mulheres também são machistas. cotidianos. E não apenas no comportamento do homem. Muitas mulheres também são machistas. Aliás, em menor proporção, o machismo pode ser encontrado inclusive em gays, lésbicas e bissexuais. Uma vez que o machismo está na estrutura da sociedade, todos os que compõem a sociedade estão sujeitos – em maior ou menor grau – a reproduzi-lo em suas relações. Sejam essas relações profissionais, familiares, sentimentais e até em relações de amizade.
Ao evocarmos o tema preconceito e desigualdade, tais como a misoginia, a lgbtfobia, o racismo e a xenofobia, percebemos que atualmente há dispositivos legais para combatê-los, desde que sejamações explícitas, como agressões ou assédio. Porém, o que preocupa tanto quanto o preconceito explicitamente agressivo, são as estruturas que desencadeiam tais comportamentos. No que tange ao preconceito relacionado ao feminino, o machismo estrutural se revela de maneira sutil, recreativo e comumente aceito por ter se normalizado. Há um encadeamento organizado nos posicionamentos, falas e comportamentos do machismo estrutural que desencadeia a agressividade. 
Um diretor de unidade escolar que faz um comentário “inofensivo”, um professor que faz só uma “brincadeira” ou uma docente que apenas teceu um “comentário”, dificilmente percebem que se utilizam do conceito de machismo de forma disfarçada. Muitas vezes, por terem ouvido tal “comentário” por diversas vezes ou por terem presenciado aquela “brincadeira” desde pequeno, alegam ter falado “sem maldade”. Mas o machismo estrutural se reveste e se aproveita da ignorância . ! Entretanto, há quem saia do obscurantismo, e ainda assim, resista em mudar. Agora ele tem conhecimento de que aquela “brincadeira” é machista, mas, como não sente que é ofensiva, continua a “brincar” da mesma forma. É um paradoxo? Neste momento, deixa de ser ignorância (no sentido de ignorar os fatos, os motivos, as consequências) e passa a ser crueldade, perversidade, malignidade disfarçada de teimosia. 
É recorrente um homem pensar em mudar determinada fala ou atitude machista, se outro homem disser a ele que tal discurso é machista. O preconceituoso atinge um grau de machismo comportamental tão elevado, que seria incapaz de ouvir uma mulher dizer que ele teve uma atitude machista sem pensar que ela é “mal amada” e que não sabe “brincar”. Cabe ao homem mais esclarecido e consciente difundir o pensamento antimachista entre os seus pares. Não se trata de “ajudar” a mulher contra o machismo. Se trata de construir uma sociedade melhor, sem hipocrisia . ! 
É fato que o machismo já não é mais visto como a algumas décadas, mas ainda há muito o que fazer a fim de diminuir os comportamentos machistas no cotidiano. Extingui-lo? Talvez quando do retorno ao paraíso edênico. Ou não! Quem sabe no decorrer das próximas gerações possamos observar de maneira naturalizada, filhos que orientam os pais para que não reproduzam falas e atitudes machistas. Quem sabe os educadores de todo o mundo abordem o tema detalhada e abertamente? esmiuçadamente aos seus alunos desde a fase de alfabetização até o pós-doutorado. De qualquer forma é preciso começar agora . ! É a atual geração de docentes que precisa contribuir para o esfacelamento do machismo na Educação.
Mudanças históricas são relativamente lentas, porém quanto maior o engajamento da sociedade, maior a probabilidade de acelerar o processo para que se estabeleça a igualdade de gêneros. Dizer a uma aluna que o rapaz da outra classe passou a mão em suas pernas, à revelia, porque ela estava com uma roupa provocativa , ... já não deveria estar no escopo dessa discussão. O responsável é sempre o sujeito ativo do abuso e não a pessoa abusada. Não há motivo que legitime o comportamento do rapaz em questão. Tampouco há motivo que legitime um docente mencionar que a culpa está associada à vestimenta da vítima.
É preciso combater o machismo em todas as suas manifestações. Da mesma forma que o rapaz, no pátio da escola, pode acreditar possuir o direito de agarrar a garota para provar que é macho; pode acreditar também que, sua suposta superioridade lhe concede o direito de ridicularizar o garoto gay, no momento do intervalo, frente aos amigos. Moya (2016) salienta: 
Indo além, o machismo se estende de tal forma que influencia condutas homofóbicas, sendo comum ouvir termos como “mulherzinha” ou “mocinha” em referência pejorativa a homens homossexuais ou atéa heterossexuais que se aproximam, mesmo que de forma sutil, a estereótipos femininos, considerados inferiores em relação aos masculinos. Ou seja, o raciocínio implícito na homofobia contra homens se deve, em partes, por uma questão oriunda do machismo.
É dever de todos combater o machismo. É dever das mulheres e dos homens; é dever dos alunos, dos professores, coordenadores, diretores e quanto mais alta é a “patente”, maior é a possibilidade de se fazer ouvir, e do discurso ecoar pelas dependências da unidade escolar. Entretanto, a presença mais frequente no convívio com o aluno é o docente, sendo do corpo docente a responsabilidade de reverberar o combate ao machismo; explicar, orientar, exemplificar atitudes que caracterizam o comportamento que se deseja combater, num ambiente amigável e que inspire respeito.
A ideia de que é natural o homem ser desleixado, enquanto a mulher deve ser mais asseada; que ele deve ser mais racional e menos sentimental que ela; que ele deve ser o provedor e ela, a provida, são posturas que desfavorecem a equidade. Moya (2019) acrescenta:
Uma consequência desse tipo de aprendizado (machista) é que os homens crescem entendendo que se cuidar deve ser uma preocupação feminina. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a expectativa de vida dos homens é inferior à das mulheres – a média é de 73,8 anos para elas, contra 69,1 para eles. No Brasil, a discrepância é ainda maior: as mulheres vivem em média 79,1 anos, enquanto os homens vivem 71,9 anos. Marcia Regina Cominetti, do Laboratório de Biologia do Envelhecimento da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), atribui a esses números algumas razões, sendo uma delas – mas não a única – o fato das mulheres cuidarem mais da própria saúde: “elas fumam menos, bebem menos, trabalham em serviços menos pesados e se tratam mais do que os homens”.
Entre machismo e misoginia há uma diferença sutil. A misoginia refere-se a um sentimento de ódio e desprezo à mulher. Se distingue do machismo por envolver um forte conteúdo emocional à base de repulsa e aversão e se manifestar nas sociedades patriarcais pordiferentes formas de violência contra as mulheres, como o assédio (moral, verbal e sexual), a violência sexual e doméstica e o feminicídio. Para a neurocientista e filósofa Berit Brogaard, misoginia não é simplesmente odiar mulheres, mas odiar mulheres que não se comportam da maneira esperada pela pessoa que a discrimina.
 Não está tirando a misoginia do hall do feminicídio? O feminicídio é resultado direto do machismo, que é o ápice da agressão contra a mulher. Entretanto, é consenso que – na maioria das vezes – essa etapa foi precedida por agressões físicas e na etapa anterior por agressões verbais, violência psicológica, chantagem emocional e, em alguns casos, promessas de mudanças.
É preciso trabalhar nos alunos a não naturalidade desses comportamentos. É preciso ensinar a este estudante, não apenas a não ser machista, como ensiná-lo a combater tal comportamento. Enfatizar que qualquer pessoa pode denunciar agressões e não precisa sequer que a vítima seja conhecida.
Feminicídio
Com o aumento do número de assassinatos de mulheres em virtude do gênero, foi aprovada a Lei 13.104, em 9 de março de 2015, a chamada Lei do Feminicídio. Esta mudança no Código Penal Brasileiro é uma resposta a um crime que tem tirado a vida de milhares de mulheres. Dados do Mapa da Violência Contra a Mulher mostra que em 2018, 15.925 mulheres foram assassinadas em situação de violência doméstica, porém, a imprensa noticiou 3,8 vezes mais casos de feminicídio.
 2018 Feminicídio no país
https://www.dm.jor.br/cidades/2019/08/agosto-lilas-o-mapa-do-feminicidio/
Quem são as vítimas?
De acordo com o documento divulgado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, cerca de 6,7% das vítimas de feminicídio possuíam menos de 18 anos de idade. Já 90,8% das mulheres assassinadas nesta condição tinham entre 18 e 59 anos de idade. As idosas foram vítimas de feminicídio em Não seria 2,5%? 6,7% dos casos noticiados pela imprensa brasileira entre janeiro e novembro de 2018.
Vítimas do feminicídioTodos os números são assustadores, sem dúvida. Mulheres de todas as idades, todos os níveis sociais e de escolaridade estão presentes nestes númerosbrutais e só há um responsável: o machismo . ! A sociedade não pode se conformar com essa brutalidade. Os estudantes precisam conhecer esses números e não podem se conformar com eles. Aqui estão contempladas mães, filhas, irmãs, tias, primas e até avós que são mortas pelo machismo.
Acuadas e sob constante ameaça, em geral, as mulheres optam por não fazer a denúncia quando ocorre a primeira agressão. Depois, é um caminho sem volta. Se faz necessário também, fixar que a maioria dos assassinos dessas mulheres são seus companheiros, ex-companheiros, namorados e esposos. Eles representam 95,2% dos algozes. Já os parentes, em especial os pais, avós, irmãos e tios representam cerca de 4,8% dos responsáveis pelos feminicídios.
Quem prática o feminicídio
Se percebermos que dentre as mulheres agredidas estão as que são namoradas do agressor e que, tanto o agressor quanto a agredida podem estar dentro da unidade escolar, a responsabilidade do corpo docente no combate ao machismo fica evidente. Seja como profissional, como educador ou como cidadão, este tema precisa ser aprofundado. 
Para além do feminicídio, deve-se registrar que a maioria de estupros acontecem com mulheres e, ainda que o estupro não se consuma, há estatísticas que registram essas tentativas – o que também é uma violência – sem contar o estupro de vulnerável (menor de 14 anos, pessoa idosa, pessoa com deficiência mental ou pessoa impossibilitada de oferecer resistência) cujas vítimas são majoritariamente do sexo feminino, soma-se aí os incontáveis tipos de assédio e a injúria racial, onde as mulheres também se encontram. Considerando o grande número de vítimas que não denunciam os abusos e observando os dados disponibilizados no Portal da Transparência – Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP., é natural que haja espanto . !
Violência Contra as Mulheres
(Lei n° 14.545 de 14 de setembro de 2011)
NOTA TÉCNICA
1.	Dados 2018 e 2019 - as naturezas Homicídio Doloso, Estupro e Estupro de Vulnerável (consumado e tentado) referem-se à quantidade de vítimas, havendo ou não violência doméstica associada no Boletim de Ocorrência.
2.	Considera-se nessa visualização Feminicídio (Inc VI, §2º do art. 121 do código penal) apenas os casos onde essa agravante foi incluída entre as naturezas no Boletim de Ocorrência.
3.	Fonte dados 2018 e 2019
Homicídio Doloso, Estupro e Estupro de Vulnerável (consumado e tentado): R.D.O. (Registro Digital de Ocorrência);
Demais dados: B.E.E. (Boletim Estatístico Eletrônico).
http://www.ssp.sp.gov.br/Estatistica/ViolenciaMulher.aspx
Não é absurdo considerar que todo o tipo de violência sexual até aqui registrada é decorrente do machismo cancerígeno que se difunde, como metástase, em todas as camadas da sociedade, em todas as esferas de poder e instituições, desconsiderando classe econômica ou formação acadêmica. Um homem não pode jamais se acostumar com a ideia de seus pares acreditarem que o seu gênero é um “habeas corpus” para cometer atrocidades de toda sorte. O homem de verdade deve ter hombridade para, dentre outros, rechaçar o comportamento tóxico do machismo estruturalizado. Sem o machismo, não haverá adubo para fertilizar a misoginia ou a lgbtfobia. Seja homem e não machista!
Feeling blue
Igualdade de direitos não significa tornar a mulher um homem, mas reconhecer que ela tem os mesmos direitos que ele. Reconhecer os direitos é aceitar que ela pode. Apenas isso. Tanto quanto o homem , ... a mulher pode!
Uma mulher arrotar na frente dos amigos, falar alto e dizer sucessivos palavrões, Se refere a “uma mulher”. Deveria ser “pode”, o que não cabe nessa construção. Sugiro reformular. Sugestão: Se uma mulher arrotar na frente dos amigos, falar alto e dizer sucessivos palavrões, pode ser considerada com atitudes de mulheres que não se comportam da maneira que se espera que uma mulher se comporte. Mas quando o homem se comporta da mesma forma, há beleza nesse comportamento? podem ser consideradas atitudes de mulheres que não se comportam da maneira que se espera que uma mulher se comporte. Mas se o homem se comportar da mesma forma... há beleza nesse comportamento? A sociedade machista não avalia o ato em si, mas quem o cometeu. Se for algo a ser reprovado, deve ser reprovado o comportamento, seja o dele ou o dela. E se for para ser aceito, a regra deve ser a mesma. Discutamos as ações, não os sujeitos!
Por ter como objetivo o combate ao machismo na sociedade, muitas pessoas têm a ideia errônea de que feminismo é o oposto do machismo no sentido de que feministas almejam uma sociedade onde as mulheres oprimem os homens. Na realidade, porém, o feminismo é um movimento social, político e ideológico que visa uma sociedade com igualdade de direitos entre os gêneros. 
LGBTFOBIA
Determination to succeed. Muscular man having inner determination and commitment to break glass wall. Determined latino man removing obstacle with determination and confidence. Determination conceptTanto como a misoginia, a lgbtfobia também é refém do machismo. E vale lembrar que quando nos referimos ao machismo, não estamos nos referindo especificamente aos homens, já que muitas mulheres também reproduzem o machismo. A visão de que “o que é feminino está numa categoria inferior” pode ser encontrada na maioria das religiões tradicionais, na política e nas instituições de maneira geral.
O Brasil é líder mundial de mortes da população LGBTQIA+.
De acordo com o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), 329 pessoas foram assassinadas no Brasil por motivo de preconceito quanto à orientação sexual ou identidade de gênero em 2019. Deste total de óbitos, 297 mortes (90,3%) são relacionadas a homicídios e 32 mortes (9,7%) relacionadas suicídios. 
Ainda é grande o número de jovens que se suicidam por falta de aceitação. Como o caso publicado pelo site Catraca Livre, em março de 2020, sobre o jovem Yago Oliveira, de 18 anos que publicou no perfil da sua rede social em janeiro do mesmo ano: "Como eles dizem, ser gay é pecado, mas ser racista, corrupto, assassino, estuprador, pedófilo e não criar os filhos tá de boa". A publicação foi feita no dia 18 de janeiro e no dia 14 de março, o rapaz cometeu suicídio. Suicídio imposto!
close up of happy male gay couple holding handsO Brasil deu um passo importante para a comunidade LGBT depois que a Suprema Corte decidiu que atos de homofobia e transfobia serão considerados crime no Brasil e terão o mesmo tratamento penal que o racismo, com penas de até cinco anos de prisão, até que o Congresso legisle sobre o assunto. A tese fixada pelo Supremo é válida até que o Congresso aprove uma lei específica.
Fatos-conquistas da comunidade LGBTQIA+:
	2013, o casamento homossexual passou a ser reconhecido no Brasil;
	2018, pessoas trans conquistaram o direito de mudar o gênero nos documentos oficiais;
	2019 a discriminação contra LGBT tornou-se crime inafiançável e imprescritível.
Lei Maria da Penha
A Lei protege também mulher transgênero ou transexual e homem gay
O texto do consultor jurídico Sérgio Rodas é bastante esclarecedor no que diz respeito ao direito da utilização da Lei por mulheres, cis ou transgênero, bem como quem se caracteriza como representante mais frágil da relação. 
As proteções da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) resguardam quem exerce o papel social de mulher, seja biológica, transgênero, transexual ou homem homossexual. E o sujeito ativo da violência doméstica contra elas também pode ser do sexo feminino, já fixou o Superior Tribunal de Justiça, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade.
Segundo André Luiz Nicolitt, juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Gonçalo, o sujeito ativo dos crimes previstos na Lei Maria da Penha pode ser tanto homem quanto mulher — entendimento já fixado pelo STJ (Conflito de Competência 88.027).
“Isso porque a cultura machista e patriarcal se estruturou de tal forma e com tamanho poder de dominação que suas ideias foram naturalizadas na sociedade, inclusive por mulheres. Sendo assim,não raro, mulheres assumem comportamentos machistas e os reproduzem, assumindo, Redundante. Não sinto falta se suprimi-lo. Porém, me parece ser uma citação... não raro, o papel de opressor, sendo instrumentalizadas pelo dominador, como na escravidão existiu o negro que era ‘capitão do mato’, o que vem sendo tratado às vezes como síndrome de Estocolmo”5 Síndrome de Estocolmo é um estado PSICOLÓGICO em que a pessoa submetida a intimidação, medo, tensão e até mesmo agressões, passa a ter empatia e sentimento de AMOR e amizade por seu AGRESSOR. , argumentou o juiz.
Na visão de Nicolitt, todas as medidas protetivas da Lei Maria da Penha podem ser aplicadas àquelas do gênero feminino, independentemente do sexo. Ou seja: são cabíveis também para resguardar gays, travestis, transgêneros e transexuais, além de mulheres (sic).
 A Lei Maria da Penha poderá ser aplicada para proteger o lado mais frágil da relação, independentemente do sexo biológico da pessoa agredida, e as penas previstas em lei podem recair ao agressor(a), independendo também do sexo anatômico. 
São Paulo é o estado que mais mata pessoas trans no Brasil, mostra ...
Lfbtfobia e misoginia se aproximam, no que diz respeito às causas que produzem violência a essas populações: a sensação de superioridade do que é masculino e, consequentemente, a inferioridade do feminino. Assim, o machismo acredita ter o poder de consertar o que crê não funcionar de acordo com suas convicções e, assim, produz todo o tipo de violência: verbal, psicológica e física. De forma que tanto o feminicídio quanto LGBTcídio (O LGBTcídio é definido no projeto (PL 7292/17) como homicídio cometido contra homossexuais e transexuais por conta dessas condições) e as respectivas violências que desencadeiam esses tipos de mortes estão mais relacionados ao comportamento machista do que o comportamento feminino.
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Neste contexto é necessário entender que o machismo se produz e se reproduz na sociedade como um comportamento secular e não apenas por homens heterossexuais e cisgênero, mas inclusive (e não pouco) por mulheres que criaram gerações inteiras ensinando que o macho é superior, de forma que o que é feminino ocupa uma posição de subserviência. Postura essa que se arrasta até os dias atuais, onde ensinam o menino a ser brutalizado para apreender a se “defender” e a não derramar uma única lágrima, porque “homem que é homem não chora”, criando homens de masculinidade frágil. Seja pela criação familiar ou por crenças e dogmas religiosos, a sociedade continua a fazer a clara distinção entre gêneros, concedendo privilégios apenas a um deles.
O pai que cria o filho ensinando que a criança deve preferir a camiseta do time “X” e pisar na camiseta do time “Y”, chamando-a de feia e que deve servir de pano de chão, não percebe que está ensinando intolerância desde os primeiros passos do filho, Sugiro “em vez de”, por passar a ideia de “no lugar de” e “invés” de contrário. ao invés de criar o filho para respeitar a diversidade. A mãe que proíbe a filha de brincar de carrinho ou de futebol, não percebe que cria um sexismo na educação, uma vez que a criança percebe a brincadeira apenas como brincadeira. São os pais que atribuem significado a elas, como se precisasse órgão genital para empinar uma pipa ou andar de skate. É o machismo tóxico que precisa ser combatido desde a primeira infância. Mas é necessário começar agora, reeducando jovens, adultos e idosos.
O debate em sala de aula
sala de aula vazia com quadro verde "quadro negro" 
A discriminação não poupa nem mesmo o ambiente escolar. A pesquisa “Viver em São Paulo – Diversidade” 2018, da Rede Nossa São Paulo, questionou em quais locais os paulistanos e paulistanas presenciaram ou vivenciaram situações de preconceito de gênero ou orientação sexual. As escolas e as faculdades aparecem em 3º lugar, com 39% das respostas. Diante de um preconceito que mata, é urgente discutir o assunto dentro de sala de aula. Ainda segundo a pesquisa da Rede Nossa São Paulo, quanto mais escolarizado o indivíduo, maior a tolerância e o apoio às políticas de inclusão dos LGBTQIA+. Ou seja, a reflexão crítica e o acesso à informação de qualidade podem construir uma sociedade mais plural. 
https://www.cartacapital.com.br/diversidade/sao-paulo-e-o-estado-que-mais-mata-pessoas-trans-no-brasil-mostra-relatorio/
	São Paulo segue liderando as estatísticas de agressões à população LGBTQIA+. Entretanto, vemos no quadro anterior o número, isolado, apenas de pessoas transsexuais. Devemos refletir: Se quanto mais escolarizado e com mais acesso à informação, maior a tolerância e o apoio às questões sobre diversidade , ... porque o estado mais rico do Brasil é líder em estatísticas lgbtfóbicas? O fato de estar matriculado é o mesmo de estar escolarizado? Frequentar às aulas é garantia de apreender sobre respeito, limites, direitos e deveres entre os seus pares? 
 JOVEM VÍTIMA DE HOMOFOBIA.
Aluno foi agredido a pauladas por cinco adolescentes; vítima e agressor estudam juntos. http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/02/doi-muito-diz-homossexual-agredido-na-porta-de-escola-em-sao-jose.html 
O que dizer, por exemplo, do jovem homossexual espancado na saída da escola em São José dos Campos por mais 5 rapazes, sendo que 4 eram da mesma escola e o arquiteto da covardia, tinha 16 anos e estudava na mesma sala? Ao levar ao conhecimento da direção as ameaças que vinha sofrendo desde o começo do ano, decidiu-se por transferir de sala o ameaçado que no mesmo dia da transferência sofreu a agressão.
O que você, como membro do grupo gestor ou como docente, poderia fazer para que o desfecho desse episódio fosse diferente?
Levaria o mesmo tempo para providenciar a transferência? Transferiria de sala o aluno agressor ou o agredido? Chamaria os pais? Suspenderia o ameaçador assim que o ameaçado tivesse feito a denúncia? O caso em questão nos faz refletir sobre o olhar do educador em atividade, como um mediador eficaz de conflitos. Porém, ações preventivas devem ser realizadas no decorrer de todo o ano letivo, por todos os anos e não apenas quando houver um fato isolado.
Igualdade, diversidade e equidade
criança com dúvidasO Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao acesso à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por etnias, sexo e condição socioeconômica de suas famílias.
Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes.
Igualdade, equidade e isonomia
A Constituição Federal declara que "todos são iguais perante a lei", mas a desigualdade social, étnica e a de gênero é histórica e a discriminação é permanente, pois faz parte da realidade brasileira, que exige medidas compensatórias e ações afirmativas. Assim, todos são iguais perante a lei, mas desiguais em suas existências reais. De forma que o trabalho a ser desenvolvido não é o de tornar todos iguais, mas o de observar as diferenças para estabelecer equidade.
	Igualdade: Não apresenta diferenças
	Fato de não se apresentar diferença de qualidade ou valor, ou de, numa comparação, mostrarem-se as mesmas proporções, dimensões, naturezas, aparências, intensidades; uniformidade; paridade; estabilidade.
	Equidade: apreciação, julgamento justo.
	Virtude de quem ou do que (atitude, comportamento, fato etc.) manifesta senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de direitos.
	Isonomia: princípio geral do direito segundo o qual todos são iguais perante a lei; não devendo ser feita nenhuma distinção entre

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