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Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus

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Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus
Doença crônica caracterizada por hiperglicemia persistente distúrbio metabólico;
Decorre da deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou ambos;
Existem vários tipo de Diabetes, como DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional, etc; 
Etiologia: interação de fatores genéticos e ambientais (obesidade e inatividade física);
O grande problema do Diabetes descontrolado é suas complicações futuras neuropatia periférica, retinopatia, pé diabético (podendo levar a amputação não traumática), nefropatia diabética, logo, consequências vasculares que acometem disversos órgãos. 
Classificação do DM:
Obs.: 
Tipo 1B não tem constatação dos autoanticorpos contra os componentes das ilhotas pancreáticas como no 1A, logo, não dá para saber a origem, é obscura (por isso chamado de idiopático); 
DM tipo 2 90% casos, é o tipo mais comum; 
DM gestacional após o parto tendem a regredir com a DM, cerca de 2% permanecem diabéticas após o parto e cerca de 40% tendem a desenvolver diabetes depois de 15 anos do parto;
Outros tipos de DM secundários a endocrinopatias principalmente a Síndrome de Cushing; secundários a doenças do pancreas exócrino, como traumatismo, pancreatite, neoplasia, fibrose pancreática; infecções virais, por exemplo; medicamentos como Corticosteroides; 
Manifestações clínicas DM:
· Poliúria micção excessiva;
· Polidipsia sede excessiva; 
· Perda ponderal inexplicada;
· Fraqueza;
· Polifagia por conta do catabolismo de PTNs e gorduras, logo, paciente tem uma fome excessiva (estágios mais avançados);
· Infecções;
· Visão turva ou embaçada;
· Cansaço e sono excessivo; 
· Cetoacidose diabética principalmente no DM tipo 1, pois o fato do paciente não produzir insulina, logo, não usa glicose como fonte de energia e sim proteínas e gorduras, e como usa esse metabolismo é principalmente lipidico, pode-se ter acúmulo de corpos cetônicos e levar o paciente ao coma se isso progredir;
Diagnóstico Laboratorial do DM:
· Glicemia de jejum
· Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)
· Hemoglobina glicada (HbA1c)
· Dosagem de autoanticorpos
Obs.: são também usados para o rastreio do DM;
Glicemia de Jejum:
· O objetivo desse exame é avaliar a [glicose] presente no sangue periférico após um período mínimo de jejum de 8 horas (lembrar de nunca ultrapassar 14 horas pois pode influenciar na dosagem); 
· Importante fazer a dosagem da glicemia sempre utilizando o plasma, pois se for feito no sangue periférico a glicose pode diminuir sua concentracao sérica devido ao processo de glicólise; 
· Outro fator importante para impedir a glicólise é coletar o sangue do paciente em um sangue que contém o fluoreto de sódio, pois isso impede a ativação/consumo dela; 
· Deve-se prestar atenção em fatores que podem interferir na dosagem da glicemia de jejum, os quais podem levar a hiperglicemia transitória por conta de hormônios como catecolaminas e cortisol (efeito oposto da insulina) que pode aumentar os níveis dela, como: após exercícios físicos rigorosos, estresse, infecções, traumas, queimaduras...
Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) ou Curva Glicêmica:
· Geralmente ele é feito em pacientes que realizaram previamente o teste da glicemia em jejum e que o valor deu previamente alterado (um valor de pré-diabético). Logo, é necessário fazer esse exame para confirmar; 
· Gestantes é recomendado que se faça o TOTG pois é considerado mais sensível que o da glicemia em jejum, pois durante o período noturno de jejum da gestante ocorre maior consumo de glicose pelo feto, o que acaba diminuindo o nível plasmático de glicemia em jejum da paciente, ai quando ela vai fazer o teste de glicemia em jejum pode ter um nível muito mais baixo, que muitas vezes não denota uma alteração na gestante e sim uma alteração fisiológica pelo estado gravídico. Porém também pode ser feito para rastreio o da glicemia em jejum, mas o TOTG é muito mais sensível, logo, compensa mais. 
· Realização do teste é feita a coleta de sangue do paciente, depois da coleta é administrado ao paciente uma sobrecarga de glicose (cerca de 75g dissolvido em água) e após um certo período de 2h é feito uma nova coleta de sangue e se compara, para ver se o paciente é tolerante ou não a insulina. Ou seja, o objetivo do teste é permitir a avaliação da glicemia após a sobrecarga, que pode ser uma das únicas alterações detectáveis no inicio da diabetes, mostrando a perda na fase inicial da insulina avalia a resposta pancreática através da produção de insulina depois de ser adm glicose. Se der valores elevado, denota diminuição da produção de insulina ou predominio de resistência; 
· Pacientes que vão fazer esse teste devem manter a dieta habitual, sem nenhum tipo de restrição a carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores a realização do teste; 
Hemoglobina Glicada (HbA1c):
· Reflete uma medida indireta da glicemia nos últimos 3 a 4 meses, diferente da glicemia de jejum que é mais momentâneo; 
· A glicose se combina com a Hb de maneira contínua e quase que de modo irrerversível, permanecendo assim durante o tempo de vida dos eritrócitos, que é cerca de 120 dias por isso que avalia de maneira indireta a glicose que está associada a Hb nesse perído de tempo;
· Mas existem fatores que podem interfeir na dosagem da HbA1c, como: pacientes anêmicos, com hemoglobinopatias, uremia, idade, etnia... 
· Esse exame é útil tanto para o diagnóstico do paciente, como para monitoramento do paciente com DM (saber se está respondendo a tratamentos) e para prever o desenvolvimento ou progressão de alguma complicação microvascular (lembrando que glicose elevada ocasiona alteracoes vasculares que pode lesar diferentes tipos de tecidos); 
· Para se fazer a dosagem da Hb glicada tem que se utilizar um Metódo Padronizado pelo conselho Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) que foi certificado pela National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP); 
Dosagem de autoanticorpos:
· Esse exame não é feito para todo mundo, SOMENTE se o paciente tem suspeita de DM do tipo1;
· Anticorpo anti-ilhota (ICA) reage com todos os componentes da ilhota pancreática;
· Anticorpo anti-insulina (IAA) específico para células beta-pancreáticas;
· Anticorpo anti-descarboxilase do ácido glutâmico (Anti-GAD) subfrações do anticorpo anti-ilhota pancreática, aparece mais associado com o DM no tipo 1;
· Anticorpo anti-tirosina fosfatase (Anti-IA2)
· Identificar Diabetes Autoimune latente do Adulto (LADA) diabetes em indivíduos mais velhos, que desenvolvem o DM de forma insindiosa, e o inicio dos anticorpos ocorre de forma tardia, muitas vezes classificados como DM 2 erroneamente. Além disso esses individuos podem apresentar caracteristicas que gerem certas duvidas, logo, é necessário levar história familiar positiva para DM, paciente com idade acima dos 40 anos, magro, cetoacidose, falência precoce aos medicamentos hipoglicemiantes orais; 
· Na maioria dos casos não é necessairo fazer a dosagem dos autoanticorpos, pois a clínica diz muito sobre; 
Diagnóstico de normoglicemia, pré-diabetes e diabetes:
Qual a recomendação para pacientes pré-diabéticos? Mudança no estilo de vida em relação a alimentação, exercícios físicos, evitar tabagismo se for fumante, regular pressão arterial, etc tudo isso para evitar doenças vasculares;
Exames laboratoriais – Controle Glicêmico:
Não validados para uso diagnóstico:
· São usados para controle da glicemia e não para diagnóstico; 
· Glicemia pós-prandial a ideia é medir a glicose no sangue algum tempo após o consumo de algum alimento que contem carboidrato e ver se tem resposta a insulina. Esse teste foi feito para fazer estratificação de risco para CV, porém se teve dificuldade para fazer os valores de referencia, portanto, não se deve ser usada para diagnóstico;
· Frutosamina nome genérico de proteínas glicadas no plasma. Logo, a frutosamina foi feita na intenção de avaliar as PTN glicadas presentes na amostra do paciente. Ela vem sendo usada como alternativa na dosagem da Hb glicada, quando esta apresentaproblemas metodológicos ou quando o paciente tem alguma alteração de hemoglobinopatia e logo tem a indicação para usar a Frutosamina ao invés da Hemoglobina Glicada. A diferença entre elas é que a [glicose plasmática] conjugada as PTN varia de 1 a 3 semanas, isso quer dizer que a Frutosamina reflete a glicose plasmática dos último 30 dias, diferente Hb glicada que é dos últimos meses; 
· 1,5-anidroglucitol essa substância ocorre de forma natural no organismo e tem estrutura muito similar a da glicose. Ele é filtrado pelos glomérulos e cerca de 99% é reabsorvido pelos túbulos renais. A ideia é que quando a glicemia é maior que o limiar renal, a glicose inibe a reabsorção desse composto e os niveis desse marcador fica inversamente proporcional aos da hiperglicemia. Esse teste será promissor quando for validado com valores padrões de referência; 
· Albumina glicada o que diferencia da Frutosamina é que a PTN específica aqui é a albumina. Avalia de forma direta a glicemia conjugada a albumina. Nesse caso não conseguiram validar a dosagem dessa Alb glicada a longo prazo, e não chegaram a VR, logo, também é usada para controle glicemico e não para diagnóstico; 
Diabetes Mellitus Gestacional:
· Até o momento não existe um consenso sobre a melhor estratégia de rastreamento e diagnóstico para o DM Gestacional, e sim recomendações que são aceitas internacionalmente, as quais foram propostas por algumas sociedades cientificas incluindo a Sociedade Brasileira de Diabetes, contudo, existe alguma discordância entre algumas sociedades.
Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus
 
 
Doença crônica caracterizada
 
por hiperglicemia persistente 
à
 
distúrbio metabólico
;
 
Decorre da deficiência na
 
produção de insulina ou na sua ação, ou ambos;
 
Existem vários tipo de Diabetes, como DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional, etc; 
 
Etiologia: interação de fatores genéticos e ambientais (obesidade e inatividade física);
 
O grande problema do Diabetes 
descon
trolado 
é suas 
complicações
 
futuras 
à
 
neuropatia periférica, retinopatia, pé 
diabético
 
(podendo levar a amputação não traumática)
, nefropatia diabética, logo, consequências vasculares que 
acometem
 
disversos órgãos. 
 
 
Classificação do DM:
 
 
 
Obs.: 
 
Tipo 1B
 
à
 
não tem constatação dos autoanticorpos 
contra os componentes das ilhotas pancreáticas 
como no 1
A, 
logo, não dá para
 
saber a origem, é obscura (por isso 
chamado de idiopático); 
 
DM tipo 2
 
à
 
90% casos, é o tipo ma
is comum; 
 
DM gestacional
 
à
 
após o parto tendem a reg
red
ir com a DM, 
cerca de 2% permanecem diabéticas após o parto e 
cerca de 40% tendem a desenvolver diabetes depois de 15 anos do parto;
 
Outros tipos de DM
 
à
 
secundários a endocrinopatias principalmente a Síndrome de Cushing; secundários a doenças 
do pancreas exócrino, como traumatismo, pancreatite, neoplasia, fibrose pancreática; infecções virais, por exemplo; 
medicamentos como Corticosteroides; 
 
 
Manifestações clínicas DM:
 
·
 
Poliúria
 
à
 
micção excessiva;
 
·
 
Polidipsia
 
à
 
sede excessiva; 
 
·
 
Perda ponderal inexplicada
;
 
·
 
Fraqueza
;
 
·
 
Polifagia
 
à
 
por conta do catabolismo de PTNs e gorduras, logo, paciente tem uma fome ex
cessiva
 
(estágios 
mais avançados)
;
 
·
 
Infecções
;
 
·
 
Visão turva ou embaçada;
 
·
 
Cansaço e sono excessivo; 
 
·
 
Cetoacidose diabéti
ca 
à
 
principalmente no DM tipo 1
, pois o fato do paciente não produz
ir insulina, logo, 
não
 
usa glicose co
mo fonte de e
nergia e sim proteí
nas e gorduras, e como usa esse metab
olismo 
é 
principalmente 
lipidico, pode
-
se ter acú
mulo de corpos cetô
nicos e levar o paciente ao coma
 
se isso 
progredir
;
 
 
Diagnóstico Laboratorial do DM:
 
·
 
Glicemia de jejum
 
·
 
Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)
 
·
 
Hemoglobina glicada (HbA1c)
 
·
 
Dosagem de autoanticorpos
 
Obs
.: são também usados para o rastreio do DM
;
 
Glicemia de Jejum:
 
·
 
O objetivo desse exame é avaliar a [glicose] presente no sangue periférico após 
um período 
mínimo de 
jejum de 8
 
hor
as
 
(lembrar
 
de n
unca ultrapassar
 
14 horas
 
pois pode influenciar na 
dosagem)
; 
 
·
 
Importante fazer a dosagem da glicemia sempre utilizando o 
plasma
, pois se for feito no sangue periférico a 
glicose pode diminuir sua concentracao sérica devido ao processo de glicólise; 
 
·
 
Outro fator importante para impe
dir a glicólise é coletar o sangue do paciente em um sangue que contém o 
fluoreto de sódio, pois isso impede a ativação/consumo dela; 
 
Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus 
 
Doença crônica caracterizada por hiperglicemia persistente  distúrbio metabólico; 
Decorre da deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou ambos; 
Existem vários tipo de Diabetes, como DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional, etc; 
Etiologia: interação de fatores genéticos e ambientais (obesidade e inatividade física); 
O grande problema do Diabetes descontrolado é suas complicações futuras  neuropatia periférica, retinopatia, pé 
diabético (podendo levar a amputação não traumática), nefropatia diabética, logo, consequências vasculares que 
acometem disversos órgãos. 
 
Classificação do DM: 
 
 
Obs.: 
Tipo 1B  não tem constatação dos autoanticorpos contra os componentes das ilhotas pancreáticas como no 1A, 
logo, não dá para saber a origem, é obscura (por isso chamado de idiopático); 
DM tipo 2  90% casos, é o tipo mais comum; 
DM gestacional  após o parto tendem a regredir com a DM, cerca de 2% permanecem diabéticas após o parto e 
cerca de 40% tendem a desenvolver diabetes depois de 15 anos do parto; 
Outros tipos de DM  secundários a endocrinopatias principalmente a Síndrome de Cushing; secundários a doenças 
do pancreas exócrino, como traumatismo, pancreatite, neoplasia, fibrose pancreática; infecções virais, por exemplo; 
medicamentos como Corticosteroides; 
 
Manifestações clínicas DM: 
 Poliúria  micção excessiva; 
 Polidipsia  sede excessiva; 
 Perda ponderal inexplicada; 
 Fraqueza; 
 Polifagia  por conta do catabolismo de PTNs e gorduras, logo, paciente tem uma fome excessiva (estágios 
mais avançados); 
 Infecções; 
 Visão turva ou embaçada; 
 Cansaço e sono excessivo; 
 Cetoacidose diabética  principalmente no DM tipo 1, pois o fato do paciente não produzir insulina, logo, não 
usa glicose como fonte de energia e sim proteínas e gorduras, e como usa esse metabolismo é 
principalmente lipidico, pode-se ter acúmulo de corpos cetônicos e levar o paciente ao coma se isso 
progredir; 
 
Diagnóstico Laboratorial do DM: 
 Glicemia de jejum 
 Teste oral de tolerância a glicose (TOTG) 
 Hemoglobina glicada (HbA1c) 
 Dosagem de autoanticorpos 
Obs.: são também usados para o rastreio do DM; 
Glicemia de Jejum: 
 O objetivo desse exame é avaliar a [glicose] presente no sangue periférico após um período mínimo de 
jejum de 8 horas (lembrar de nunca ultrapassar 14 horas pois pode influenciar na dosagem); 
 Importante fazer a dosagem da glicemia sempre utilizando o plasma, pois se for feito no sangue periférico a 
glicose pode diminuir sua concentracao sérica devido ao processo de glicólise; 
 Outro fator importante para impedir a glicólise é coletar o sangue do paciente em um sangue que contém o 
fluoreto de sódio, pois isso impede a ativação/consumo dela;

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